I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 13
O menino da sorveteria


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente!! Nao postei ontem pq eu fiquei o dia todo fora. Fui ver meu sobrinho q tá doente tadinho ='( Boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312786/chapter/13

- Posso falar com você ou ainda tá com muito puta comigo? – Turner perguntou interrompendo minha leitura. Po, bem na parte do beijo da Tris e do Tobias. Sacanagem.

- Que é?

- Tá, eu sei que você ainda tá fula da vida comigo, mas eu não fiz nada!

- Aham. – Disse continuando a ler o livro.

- Você sabe que eu não iria fazer aquilo com você. – Dei de ombros. – Então por que continua me tratando me assim? Pra não perder o costume?

- Talvez. – Ele arqueou a sobrancelha.

- Ah, qual é, Jenny.

- Cala a boca. Tá me atrapalhando. – Ele se calou, mas continuou do meu lado. O que não adiantou muita coisa, já que continuava me incomodando.

- Você poderia ser mais amigável. Seria mais fácil.

- O que seria mais fácil?

- Tudo. – Revirei os olhos.

- Como se fosse algo muito especial falar comigo.

- Você nem imagina o quanto. – Ele murmurou, mas eu escutei. Olhei com uma sobrancelha arqueada e totalmente surpresa pra ele, que corou na hora.

- Tá me zoando? – Ele revirou os olhos e não me respondeu.

- Você podia esquecer aquilo e tudo voltava a ser como era antes.

- Que nem na semana passada ou quando você me humilhava? – Ele abriu a boca e fechou varias vezes.

- É crime tá afim de você?

- O problema não é alguém tá afim de mim, o problema é essa pessoa ser você!

- É impossível falar contigo!

- Hm. Interessante. – Disse e voltei a ler meu livro enquanto ele virava as costas. – AH MEU DEUS! – Berrei e ele virou pra mim novamente. – Não acredito que ele tá ignorando ela! VADIO! – Falei sobre o livro. Ele revirou os olhos rindo irônico e saiu me deixando, finalmente, sozinha.

(...)

Se passaram três dias. E confesso que a culpa tem pesado na minha mente depois da minha ultima discussão com o Turner. Andei conversando com a minha vó sobre isso. Sim, minha vó. Com a minha mãe é impossível. Ela sempre vai falar que a errada sou eu. Mas enfim, eu falei com a minha vó.

*Flashback on*

- Vó? Tá ocupada demais? – Falei entrando na cozinha e ela olhou pra mim.

- Pode falar. – Contei pra ela o que aconteceu aquele dia desde a hora que ele tentou me beijar até o dia seguinte quando ele foi falar comigo.

- Eu to me sentindo culpada. – Disse finalizando.

- Já entendi tudo. Menos a ultima parte. Tá se sentindo culpada pelo o que exatamente?

- Acho que fui rude com ele. E se ele tiver falando a verdade?

- Não tem como descobrir. Você não deixa o menino se aproximar. – Mordi o lado de dentro da bochecha.

- Acha melhor deixar as coisas como estão?

- Sim. Deixar que se resolvam com o tempo. Se não foi uma aposta, daqui a tempo ele vai tentar te beijar de novo. – Arqueei uma sobrancelha pensando. É, ela tem razão. Sorri de canto. Me despedi da minha vó e saí.

Quando eu tava saindo da casa da minha vó, e passando na frente da casa do Turner, ele tava saindo. Acenei e ele fez o mesmo.

- Vai pra casa? – Assenti. – Quer carona?

- Ahn... não, obrigada. – Ele deu de ombros e eu continuei meu caminho.

*Flashback off*

- Sua vó me falou que você foi falar com ela ontem. – Minha mãe disse entrando no meu quarto. Tirei os fones e olhei pra ela.

- Ela disse o que?

- Disse que você tá arrependida. – Arqueei uma sobrancelha.

- Não foi isso que eu disse pra ela.

- Se você foi rude... – Ela disse impaciente.

- Sim, eu fui. Mas não me arrependo. Só acho que exagerei.

- Você é confusa demais. – Dei de ombros. - Vai falar com ele?

- Não. Vovó acha melhor eu deixar as coisas se resolverem com o tempo. – Disse inclinando a cabeça pra trás na cadeira, fazendo a mesma girar de leve pra um lado e pro outro.

- Tá gostando dele? – Ri fraco.

- Lógico que não.

- Mesmo? – Olhei pra ela.

- Claro que é “mesmo”. – Ela não falou nada. Só olhou pra mim. – Acho que vou sair. To afim de comer sorvete. Quer ir?

- Não. Tenho um monte de coisa pra terminar ainda. – Assenti. Me troquei e saí.

Sentei lá. Coloquei sorvete de chocolate, limão, pavê, menta... Senhor, eu vou rolando pra casa desse jeito. Sentei na parte de cima e fiquei lá sozinha. Só tinha eu. Tinha uma casa na frente. E uau. O filho da dona era bem... “saudável”. Ele sorriu piscando pra mim e eu sorri de volta. Depois ele saiu do quarto. Vi pela janela da sala que ele tinha saído de casa. Dei de ombros comendo meu sorvete ainda. Ouvi a porta abrindo e olhei. Deus, isso é algum tipo de teste? Turner se afastou dos amigos e veio até mim. Ele se sentou de frente pra mim. Continuei olhando pra ele.

- Tá tudo bem entre a gente? – Dei de ombros comendo o sorvete. – Eu não vou tentar te beijar de novo. – Olhei pra ele novamente.

- Mesmo?

- Mesmo. – Ele disse corando de leve. – E sua mãe, como tá?

- Tá bem. – A porta abriu de novo e eu sorri. O guri da janela olhou pro Jason.

- Oi. – Ele disse. Eu vou morrer. Acho que sorri mais derretida do que meu sorvete.

- Oi. – Disse ainda sorrindo. Vi de relance que Jason tava com uma sobrancelha arqueada.

- Ér... não sabia que tava acompanha. – O bonitinho disse coçando a nuca constrangido.

- Eu não to.

- É, ela tá. – Eu e o Turner falamos ao mesmo tempo. Olhei pra ele e arqueei uma sobrancelha.

- Relaxa, eu to sozinha. Né, Turner? – Disse. Ele levantou e foi lá com os amigos dele.

- Seu ex? – O menino perguntou apontando pra ele, disfarçadamente. Ri.

- Não.

- Acho que ele não gostou muito de me ver aqui.

- Ele não tem que gostar de nada. Nem meu amigo é. – Ele riu fraco e eu ri junto.

- Sou Will.

- Jenny. – O ser lá do outro lado ouviu e olhou pra mim.

- Vai fazer alguma coisa depois daqui? – Fiz que não com a cabeça. – A gente podia sair. – Sorri.

- Claro. – Joguei o potinho fora e fui com ele em direção a saída.

- Sempre morou aqui?

- Não. Morava até os 11. Aí me mudei pra Atlanta e voltei esse ano.

- Estranharia se você sempre tivesse morado aqui e eu nunca tivesse te visto. Porque se eu visse uma vez, me lembraria. Com certeza. – Sorri e ele sorriu de volta. – Mora por aqui?

- Sim. Umas duas ruas atrás da sorveteria.

- Então moramos perto. – Meu celular começou a tocar. Se eu tivesse com um menino feio, isso não teria acontecido.

*Ligação on*

- Filha, preciso da sua ajuda.

- Pra que?

- Eu não sei o que vestir. – Revirei os olhos.

- To indo já.

*Ligação off*

- Eu vou ter que ir.

- Tudo bem. Posso te levar? – Assenti. Fomos o caminho conversando. Ele é legal. Uns minutos depois chegamos lá.

- É aqui.

- Posso te ver amanhã?

- Claro.

- Então, até amanhã, Jenny. – Ele disse e me deu um beijo no canto da boca.

- Tchau, Will. – Disse e entrei em casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Xoxo :3