I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 11
"Não tem nada de fofo"


Notas iniciais do capítulo

ooi mores :3 Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312786/chapter/11

Chegamos na casa do Turner e minha mãe tava lá. Acordei o Jason e descemos do carro. Logo depois, os caras do guincho colocaram o carro na frente de casa.

- Meu bebê! Como você tá? – A senhora Turner falou e abraçou o Jason, que fez uma careta. Reprimi um riso, mas por dentro eu gargalhava! Abracei minha mãe.

- Como você tá, meu amor? – Ela me perguntou.

- Eu to bem, mãe.

- Mesmo?

- Claro.

- Vocês querem que a gente leve vocês? – O senhor Turner perguntou.

- Não precisa. A gente vai dormir na minha mãe que é aqui do lado. – Minha mãe respondeu. Nos despedimos de todo mundo e fomos pra casa da minha vó. Minha mãe disse que já tinha avisado que dormiríamos lá e eu fui direto tomar banho.

- Filha?

- Eu. – Respondi de dentro do box já.

- Tá muito cansada?

- Quer que eu te conte como foi? – Ela assentiu parecendo uma garota de 14 anos e eu ri. – Foi legal.

- Nossa, só?

- Você quer que eu responda o que?

- Fala se ele foi gentil, atencioso, se ele chegou em você. – Olhei pra ela através do vidro quase transparente do box.

- Mãe, a gente não foi lá pra ficar.

- Mas não aconteceu nada de mais? Nem quando o carro parou do nada?

- Eu contei da minha fobia pra ele. – Ela abriu o box e me olhou com cara de tédio.

- Me conta as coisas direito?

- Ai que coisa! Ele queria sair pra achar sinal pra ligar pra vocês. E eu pedi pra ele não me deixar sozinha lá. Tava escuro demais.

- Que fofa.

- Não. Para. Não tem nada de fofo. Enfim, não aconteceu nada de mais. Ele só me ofereceu a jaqueta dele.

- E...?

- Eu não aceitei.

- Por que não?

- Porque ele tava molhado por causa da chuva e eu não tava com frio. Mas mesmo assim ele deixou comigo. E teve uma hora que eu achei que ele ia tentar me beijar.

- MASOQ. Como? Que hora? No show?

- Não, depois do show. A gente tinha parado pra comer numa lanchonete. Mas enfim, foi irrelevante. Ele nem se aproximou demais.

- Hm... e o show como foi?

- Mãe, foi incrível! Foi tão lindo! – Ela sorriu.

- Vou deixar você terminar seu banho. – Assenti. Pouco tempo depois, eu saí, coloquei o pijama e deitei na cama.

Acordei e fiquei enrolando durante um bom tempo na cama. Olhei no relógio e eram quase 15h30. Levantei, tomei um banho, me arrumei e desci pra comer alguma coisa.

- Oi vó. – Dei um beijo na bochecha dela. Minha voz quase não saia.

- Oi, querida. Sua mãe vai passar aqui pra te buscar depois do serviço.

- Tudo bem. E o vovô?

- Tá na loja. Se quiser passar lá, mais tarde. – Assenti e comi fruta. Olhei pra janela, vendo a casa do Turner. Ontem ele ficou molhado pra cassete. Imagina se ele pegou gripe? Acho que não. Apesar que ontem quando a gente chegou em casa ele tava bem pálido. Terminei de comer e lavei minhas mãos.

- Vou dar uma passada no Turner ok? – Ela assentiu e eu saí. Toquei a campainha e uma senhora atendeu. – O Jason tá aí?

- Tá sim. Entra. – Ela me deu passagem e eu entrei. – Só um minuto. – Assenti e ela subiu as escadas. Um tempo depois ela voltou falando que eu podia subir. Assim fiz. Bati na porta do quarto e depois entrei. Ele tava deitado na cama todo encolhido com o endredom.

- Oi. – Disse e sorri de canto.

- Oi. – Que horror, Jason tava parecendo um zumbi. Pior que ontem. Com olheiras, pálido, e ele tava com o nariz vermelho também.

- Como você tá? – Perguntei me sentando na ponta da cama.

- Com dor no corpo e dor de cabeça. E sua voz tá horrível.

- Eu sei. A sua também. E melhoras. – Ele sorriu, ou tentou, e eu sorri de volta.

- Achei que você já tava em casa.

- Não, acabei de acordar. Você vai no médico?

- Fui hoje de manhã. – Bateram na porta.

- Hora do remédio, senhor Turner.

- Me chama de Jason, pelo amor de Deus, Sandra. – Ela riu fraco e ele tomou o bagui fazendo uma careta. Logo depois ela saiu.

- É muito ruim?

- É horrível.

- Tá passando o que?

- Sei lá. Eu tava no celular. Como era morar lá?

- Em Atlanta? – Ele assentiu. – Era normal ué. – Disse e ri fraco.

- Mas normal como? Lá não é que nem aqui, se você me entende.

- A diferença é que lá sempre vai ter gente na rua, independente do horário. Aqui tem bastante gente, eu sei. Mas lá era tipo “uau”. Não dá explicar. – Ele riu fraco.

- É mais legal lá ou aqui?

- Apesar de eu sempre ter gostado de morar lá, aqui. Você sempre morou aqui né?

- Não.

- Jura? Morava onde?

- Morava numa cidade perto de Nova Iorque. Me mudei pra cá com três anos.

- Achei que você tivesse nascido aqui. – Ficamos em silencio por um tempo. – Quer jogar?

- Quero. Pode ser o player 1 se quiser. – Olhei pra ele.

- Nossa, to surpresa. Nunca deixam outra pessoa ser player 1. Alias, nem eu deixo.

- Pra mim tanto faz. – Ele disse dando de ombros.

(...)

- Jason, tem uma mulher lá em baixo procurando pela Jenny. – A tal Sandra disse e eu olhei no relógio. 20h00 já.

- Deve ser minha mãe. Nem vi a hora passar.

- Nem eu. - Ele disse.

- Então, tchau, Jason. Melhoras.

- Tchau, Jenny. Obrigado. – Desci e ela tava lá me esperando e conversando com a senhora Turner.

- Oi senhora Turner.

- Oi, querida.

- Então, vamos? – Minha mãe disse e eu assenti. Nos despedimos da senhora Turner e saímos.

- Hm... Tava fazendo o que lá? – Minha mãe disse quando entramos na casa da minha vó.

- Ele tá doente. Fui ver como ele tava. Aí a gente ficou jogando vídeo game.

- Ai que fofo. – Minha mãe tava parecendo um meme.

Revirei os olhos.

- Não tem nada de fofo.

- A mãe dele te adora! Já imaginamos vocês dois juntos. – Eu virei um pimentão!

- Vocês duas ficaram loucas! – Meus avós só olharam pra gente e não falaram nada. Jantamos e depois fomos embora.

(...)

Entrei no refeitório e olhei em volta. Sentei numa mesa sozinha e lá fiquei.

- Não achei que você fosse faltar ontem. – Tyler disse sentando do meu lado e eu revirei os olhos.

- Pois é né.

- E como foi ontem? – Olhei pra ele.

- Pra que quer saber?

- Foi só uma pergunta.

- Foi bom. Ótimo, na verdade.

- Hm... Ficaram? – Olhei pra ele fazendo uma careta.

- Tá de zoa?

- Sei lá né. Vai saber. – Revirei os olhos.

- E se fiquei? – Ele respirei fundo.

- Você já como ele é.

- Ah, Tyler, vai pra porra. – Disse irritada e me levantei.

(...)

A aula foi um tédio. Sem contar que aquele professor de merda de ingles ficou me testando a aula inteira. Todas as perguntas que ele fazia, eram pra mim.

Cheguei em casa e tinha um bilhete da minha mãe dizendo que ela ia almoçar no trabalho. Fiz algo pra eu comer e depois fiquei vendo uma maratona de Phineas e Ferb que tava passando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acreditam q eu tenho fobia de escuro de verdade? '-' Morro de medo kkk Xoxo :3