I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 10
Volta pra casa


Notas iniciais do capítulo

oooi gente!! Boa leitura :3



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~1 hora depois~

Óbvio que já tinha escurecido faz tempo. E a gente tava no meio do nada. Já disse que odeio estradas?

Começou a sair fumaça do motor do carro. Era só o que faltava.

- Jason? O que tá acontecendo?

- Eu não sei. – O carro começou a “engasgar” (sabem, quando fica falhando o motor?). – Acho que a gente vai ter que parar.

- Parar onde? Olha em volta! Não tem nada.

- Um tempo não vai matar ninguém. – Ah vai sim.

- E se tiver um maníaco no meio do mato? – Ele riu parando o carro no acostamento. Nem passava carro direito por ali. SOCORRO!

- Não vai ter nada. – Mordi o lábio. Eu morro de medo de escuro. Na verdade eu tenho fobia. Trauma de infância de uma vez que deu apagão em casa e eu fiquei trancada no banheiro. Mas enfim, se eu ficar aqui. Eu vou morrer! – Tá com medo? – Olhei pra ele.

- Um pouco.

- Ninguém vai sair pra atacar a gente ok? – Ele disse rindo. – Isso só acontece em filme.

- Eu tenho medo de escuro.

- O que? Não ouvi.

- Eu tenho medo de escuro! Eu sei que é estranho pra alguém de 16 anos, mas eu tenho ok! – Ele arqueou uma sobrancelha.

- Ah... – Ele ligou a luz que fica em cima do retrovisor central. Ele pegou o celular e ligou pra alguém. – Aqui não tem sinal. – Bufei. – Eu vou tentar achar um lugar aqui perto com sinal.

- Não, tá louco?! Vai me deixar aqui sozinha?! – Praticamente gritei.

- Então a gente vai ter que ficar aqui. Eu não posso ligar o carro com o motor assim. – Não falei nada. – Tá cansada né? – Assenti.

- Eu to morrendo de vontade de tomar banho. Eu to me sentindo imunda!

- Daqui a meia hora eu tento ligar o carro ok? – Assenti. Pelo menos dava pra ouvir musica. Eu fiquei jogando no celular enquanto ele ficou escrevendo não sei o que num caderninho.

Deu meia hora e ele tentou ligar o carro. E agora nem fumaça saía. O carro não ligava de jeito nenhum.

- Se eu sair pra pegar sinal vem comigo então. Já que você não quer ficar sozinha.

- Tem lanterna? – Ele fez que não com a cabeça. – Tá bom. Vamos, mas eu vou sair por esse lado. – Ele riu fraco, mas não questionou. Do meu lado só tinha mato. Nem ferrando que eu ia sair por ali. Saímos do carro e começamos a andar. Andamos por mais de meia hora.

- Nada ainda? – Perguntei.

- Não. Mas olha ali. – Ele disse apontando. – Se lá tem luz, tem gente. – Eu juro que se o show não tivesse sido tão bom, eu me mataria agora.

Chegamos ao tal lugar da luz. Era tipo uma fazenda.

- Eu não vou entrar aí. Não sei que tipo de pessoa pode ter. – Ele revirou os olhos.

- Olha, a gente não tem escolha. – Bufei e fui andando com ele até lá. Batemos na porta e uma velhinha abriu. Nos episódios de Supernatural as velhinhas nunca são agradáveis como parecem ser! Ok, menos.

- Pois não? – Ela perguntou fofa.

- A senhora tem um telefone que a gente pode usar? – Ele perguntou.

- Estão perdidos não é?

- Na verdade, meu carro quebrou a um tempo daqui.

- Podem entrar. Sou a senhora Evans.

- Sou Jason e ela é Jenny. – Sorri fraco. Entramos e ela deu um telefone pra gente.

- Se vocês quiserem eu posso pedir pro meu filho ir com o caminhão trazer o carro pra vocês.

- Ah, pode ser. Só vou fazer a ligação. – Ela assentiu e saiu.

- Não tá com medo? – Ele gargalhou.

- Medo de que? – Revirei os olhos e ele não falou nada. Ligou pra mãe dele e avisou o que tinha acontecido. Ela disse que ia ligar pro guincho vim buscar a gente e ele disse onde estávamos. Peguei o telefone pra avisar a minha mãe.

*Ligação on*

- Mãe?

- Tá chegando?

- Na verdade, o carro quebrou. A gente achou uma fazenda e uma senhora emprestou o telefone.

- Ai meu Deus! Vocês tão bem?

- Sim, mãe. Estamos bem. A senhora Turner disse que ia ligar pro guincho vim buscar a gente.

- Pelo amor de Deus. Cuidado vocês dois.

- Relaxa, mãe. A gente não vai morrer.

- Eu to falando sério, garota.

- Eu sei. Bom, vou desligar. O telefone não é meu né. Beijo. Te amo.

- Também te amo.

*Ligação off*

- Esse é meu filho, Peter, e esses são Jason e Jenny.

- Ah sim. Ah quanto tempo o carro tá daqui, mais ou menos?

- Acho que um pouco mais de meia hora. – Disse.

- Ok. Então, vamos? – Assentimos e fomos até lá. Tava chovendo pra porra. Chegamos, eles empurraram o carro e colocaram na parte de trás do caminhão e voltamos.

- Vocês vão querer dormir aqui? – Olhei pro Jason.

- Na verdade, a gente tá esperando o guincho chegar.

- Pela hora que é vai demorar horas.

- Ah... tudo bem.

- Só temos o celeiro ok?

- Ok. – Respondemos. Ela ainda deu um travesseiro pra gente. Que meiga. Entramos e deixamos a luz acesa, claro.

- Tudo bem? – Ele me perguntou.

- Na medida do possível. E você?

- To bem. Dorme.

- Não tá com sono?

- Um pouco.

- Então por que não dorme?

- E se alguém vier aqui? – Dei de ombros e fechei os olhos. Senti algo sobre mim e abri os olhos. Era o casaco dele. – Achei que tivesse com frio. – Ri fraco.

- Mas quem tá molhado aqui é você. – Ele riu fraco também. Em pouco tempo dormi.

(...)

- Hey, acorda. – Um zumbi, ou Jason se preferir, me acordou. – Chegaram. – Levantei e fomos pra fora.

- Obrigada, senhora. – Disse.

- Não precisa agradecer, querida. Eu não iria deixar um casal tão jovem na rua. Ainda mais essa hora. – Corei.

- Ah... nós não somos um casal. – Falei rindo fraco.

- Ah, então me desculpe. – Sorrimos fraco e entramos no carro.

- Meu Deus, você precisa dormir. – Falei pra ele.

- Eu sei.

- Quase levei um susto com essa sua cara de zumbi. – Ele me deu a língua e eu ri fraco. Pouco tempo depois, nós dois havíamos dormido.

Acordei pouco tempo depois. A gente ainda tava indo pra casa. Jason tava no decimo quinto sono. Meu celular tinha acabado a bateria, e eu não tava com a mínima vontade de dormir. Olhei em volta. Lembrei do “estoque de comida” e abri o porta luvas. Tava morrendo de fome. Peguei um salgadinho e comecei a comer. Olhei em volta. O tal caderninho que ele tava escrevendo mais cedo tava no banco de trás. Peguei sem fazer muito barulho. Se fosse um diário eu ia chamar ele de gay. Mas não parecia ser isso. Eram poesias. Hmmmmmmmmmmmm tá xonis, Turner? Coloquei o caderno em cima do painel do carro e fiquei sentada no banco comendo.


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Notas finais do capítulo

Vcs já queriam q eles se beijassem né?? Teve gente até perguntando se ia acontecer coisas a mais kkkk Sua safadinhas. Xoxo :3