Juntos até o Fim em Hogwarts escrita por Victane


Capítulo 14
Sogro


Notas iniciais do capítulo

HELLO, MEUS AMORES, estou muito mais muito feliz mesmo, por todos esses reviews dessa vez vocês se superaram viu, e estou pulando de alegria por causa disso então vamos aos avisos:
*Muita gente anda me perguntando quando será o primeiro beijo do Hugo e da Sam, por isso eu digo tenham calma ok? Vai acontecer a qualquer momento, eu to demorando a chegar mais nessa história de beijo e tudo porque quero que eles se aproximem primeiro, e isso vai acontecer no proximo capitulo ok? Não o beijo, mas a aproximação.
* Os últimos casais a se formarem são SCOROSE E JAMENIQUE, então paciência meus lindos e boa leitura!
Lumus



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Alvo Potter

Levantei-me da cama com um pulo, praticamente corri para o banheiro indo tomar meu banho. Era uma manhã de sábado, hoje fazia exatamente um mês que Sara e eu estávamos namorando. Tudo estava muito bom entre nós, apesar de ter acontecido alguma coisas durante esse tempo que ficamos juntos. Nós pretendíamos dar o próximo passo, quer dizer, na verdade quem está dizendo isso sou eu, minha namorada não esclareceu com todas as palavras, mas um homem de verdade saberia quando a garota estivesse querendo, não saberia? Apesar de não dizer com todas as palavras, durante as várias vezes que nos beijávamos e em alguns momentos eu queria avançar um pouco, Sara não me repreendia, isso deveria ser um sinal, não deveria? Devem estar se perguntando o porquê de não fazermos nada ainda já que Sara não me parava... Simples, alguém sempre nos atrapalhava. Sempre! Houve uma vez que estávamos nos beijando no quarto dela e incrivelmente nem notei o tempo passar, mas a chegada da noite me fez perceber que o período de aula que matamos acabara, ou melhor, não a chegada da noite, mas sim a de Lilian. Exatamente! Minha irmã chegou ao quarto estragando tudo, normalmente ela não quebraria nosso clima, mas precisava estudar e deveria estar de TPM porque sinceramente nunca vi a Lilian tão brava como naquele dia, ela me mandou sair dali, mas ninguém mandava em mim, mandava? Tive a brilhante ideia de discutir sobre sua ordem e a garota ameaçou contar para o pai da Sara o que nós estávamos fazendo e se tem uma coisa que me assusta mais do que a Lilian de TPM me ameaçando, era o famoso Draco Malfoy. Por falar em alguém atrapalhando tudo, houve outra vez onde uma pessoa pior que a Lilian nos pegou no flagra.

~~ Flash Back On ~~

Nós estávamos no meu quarto, era um domingo á tarde, todos saíram, e a loira queria tocar violão (sim, é um instrumento trouxa, sim, ela gosta de algumas coisas trouxas, não posso negar que eles são criativos e sim para a última também, ela sabia tocar e gostava, não seria eu quem impediria isso), então pedi que ela o tocasse para mim. Sara pegou o violão delicadamente e começou a dedilhá-lo lentamente, com suavidade que me deixou impressionado, imediatamente conheci o toque da música que ela pretendia cantar. A música já estava prestes a acabar, o tempo passara tão rápido enquanto ela tocava, parecia que o tempo havia congelado enquanto a admirava de perto.

– It's just too little too late

A little too wrong

And I can't wait

Boy you know all the right things to say…You know it's just too little too late… You say you dream of my face
But you don't like me
You just like the chase
To be real it doesn't matter anyway
You know it's just too little too late… - Cantarolou a última parte me olhando no fundo dos olhos, como se pudesse atravessar minha alma com aqueles lindos olhos azuis da cor do oceano. Minha nossa como amo esta garota! Sua voz era tão linda, ela é tão linda, não pude me segurar. Sara me encarava confusa, esperando que dissesse alguma coisa, mas estava mudo, não conseguia pensar direito, apenas encará-la sorrindo. A loira abriu a boca para dizer algo, mas não deixei que ela sequer começasse, peguei o violão com cuidado e ela me olhou curiosa, coloquei-o ao lado da cama e a puxei delicadamente pela nuca. Passei minha mão por seu lindo cabelo loiro e colei meus lábios aos dela, Sara logo aceitou meu beijo, colocando rapidamente suas mãos em meu cabelo, os despenteando, adorava quando fazia isso! Como estávamos sentados um de frente para o outro, a puxei pela cintura e aproximei nossos corpos, ainda durante o beijo, Sara encaixou suas pernas em minha cintura e senti meu corpo tremer com a proximidade de seu corpo. O beijo se tornou algo que não podia descrever em palavras, parecia mais selvagem e senti dentro do fundo do meu peito o desejo de tê-la naquele exato momento. Nossas línguas pareciam loucas dentro de nossas bocas, tudo acontecia tão rápido. Passei minhas mãos pela lateral de sua barriga, brincando com sua blusa enquanto decidia se a tirava ou não, Sara mordeu meu lábio inferior com suavidade e sabia que ela me queria também, ali, vi que podia avançar o sinal. Agarrei sua bunda com uma mão, a apertando e com a outra comecei a puxar sua camisa para cima, quando sua roupa já estava na metade, ouvi passos pesados e um respiro tão pesado que no silêncio do quarto, mas pareceu que algum animal feroz respirava bem na minha cara.

– Mas o que diabos está acontecendo aqui?! – Perguntou Scorpius raivoso como um animal, enquanto cruzava os pratos e encostava-se na porta, é, eu estava certo sobre o animal. Senti meu corpo endurecer na mesma hora, aquilo sim era tenso. Encarei Sara e ela abaixou sua blusa e me empurrou de leve, percebi que ainda estava colado ao seu corpo com ela encaixada em minha cintura, dei um pulo da cama e fitei o loiro bravo que parecia tentar controlar a raiva para não me matar ali mesmo.

– Calma, Malfoy, não foi nada. – Sorri tentando tranquilizá-lo, olhei rápido para Sara e ela apontava com o olhar para meu cabelo, passei a mão por ele para acalmá-lo e fazer os fios voltarem ao lugar já que ela havia o despenteado totalmente.

– COMO PODE DIZER QUE NÃO É NADA?! – Explodiu Scorpius, ele parecia até controlado, mas eu não devia ter dito nada, apenas saído dali e torcido para ele não me bater na saída, mas não... Alvo tem sempre que fazer merda. Aprendam... Nunca, nunca, nunca, em circunstância alguma mesmo, repita o meu erro. Nunca diga “Não foi nada” para seu melhor amigo quando você estava praticamente passando a mão na bunda da irmã dele. Nunca! - VOCÊS ESTAVAM QUASE... – Scorpius fazia força para se controlar, podia ver, mas o ciumento Scorpius tinha que reinar ali e marcar seu território. - AAAAHHH SAI DAQUI, POTTER. – Gritou por fim e pisquei para Sara, ela praticamente correu dali sem nem olhar para o irmão e ele saiu atrás dela, me deixando sozinho no quarto, mas não antes de me mandar o olhar, sim, o olhar, olhar esse que só ele sabia dar, era um olhar bastante ameaçado, mas não tinha tanto medo dele quanto tinha do pai. Peguei o violão que ela esquecera e sorri, revirei os olhos, pensativo, tinha sido quase, quase!

~~ Flash Back Off ~~

Sim, sei que devo oficializar nosso namoro indo até Draco e o informar o que sinto pela Sara, mas vocês já viram o modo como o homem levanta a sobrancelha? Não?! Então nunca viram algo realmente intimidador, aquele homem consegue arquear a sobrancelha como ninguém, me causa medo só de pensar em dizer algo do tipo a ele. Saí do banheiro e vesti minha roupa pressa, queria estar com Sara, esse último mês fora assim, sempre que podia estava ao lado dela. A desejava mais que tudo nesse mundo e odiava o fato de ter sempre alguém nos atrapalhando, queria me sentir seguro ao seu lado, mas isso só aconteceria se contássemos ao seu pai sobre nosso namoro, e se essa era a única solução, que assim seja! Já havia saído do quarto e caminhava até o salão para encontrar minha namorada, antes mesmo de chegar ao meu destino a aviste no corredor.

– Oi minha linda, dormiu bem? – Perguntei me aproximando dela e lhe dando um selinho.

– Muito bem, sonhei até com você... – Disse sorrindo. – Só um selinho?! – Sara fez um biquinho que meu Merlin, entregaria minha vida se ela continuasse com aquilo.

– Quantos você quiser. – Falei lhe dando outro selinho, quando iria me afastar, Sara segurou minha nuca e aprofundou o beijo pedindo passagem com a língua, minhas mãos foi para sua cintura, retribuindo completamente o gesto de carinho.

– Ei! Ei! EI! – Uma voz nos fez nos separarmos. – Chega né?! Vão ficar mesmo fazendo isso no meio do corredor? – Perguntou uma doninha irritante que estava me tirando do sério ultimamente. Encarei Scorpius com os olhos semicerrados enquanto ele me fitava com a sobrancelha arqueada, exatamente como o pai, mas aquilo não me dava medo, não mais!

– Relaxa, cabeça de vento, só foi um beijo. – Falei calmamente, soltando Sara, e dando de ombros. Tinha que manter a calma perto dele, apesar de irritante e meu melhor amigo, ele era irmão da minha namorada.

– Sei bem... – Disse Scorpius rindo abusado. – Só um beijo, puff! Começa assim e depois você está em cima dela, ela está enganchada em você e eu voarei em cima dos dois se continuarem com essa safadeza desenfreada. – Murmurou carrancudo. “Safadeza desenfreada”? Da onde essa criatura tirou isso? Bufei não dando muito importância e caminhamos juntos para o salão, Sara ainda estava corada. Comemos em silêncio enquanto punha minhas engrenagens mentais para funcionar, assim que acabamos, decidir agir.

– Já chega! Não aguento mais seu irmão controlando nosso namoro. – Desabafei quando vi Scorpius se afastar para conversar com alguns garotos.

– Mas a gente não pode fazer nada, Alvo. – Sara entendeu bem o que quis dizer e corou assim que abri minha boca, ela ficava linda assim toda vermelhinha, mas isso não vinha ao caso. Concentre-se na raiva, Alvo, apenas na raiva!

– Podemos sim, vem comigo! – Falei agindo por impulso e a puxando pelo braço. Sara me seguiu sem dizer nada, acho que confiava em mim o suficiente para esperar o que viria pela frente, não podia desapontá-la. Tinha um plano e esperava que ele desse certo. Iria mandar uma carta para nossos pais e pedirei que eles venham imediatamente para Hogwarts. Expliquei o plano para Sara quando já estávamos perto do nosso salão comunal.

– Tem certeza que quer falar com meu pai, Alvo? – Perguntou Sara meio receosa.

– Claro, meu amor, pior que a doninha Junior ele não é. – Falei tentando deixá-la calma, mas sabia que era pura mentira e a cada vez que pensava na conversa que iria ter com o seu pai, ficava mais e mais nervoso.

– Acredite! Ele é bem pior que o Scorp. – Disse séria. A olhei nervoso, mas precisava seguir em frente. Nossos amigos se juntaram a nós depois de todos tomarem café, ficaram por ali apenas conversando e por incrível que possa parecer, não, eles não nos perguntaram o que estávamos fazendo. Sara me encarou como se esperasse que eu a mandasse parar, mas apenas assenti em silêncio e ela começou a escrever sua carta.

“Querido papai, tenho notícias daqui, e são muito boas, pelo menos para mim, gostaria que comparecesse imediatamente em Hogwarts essa tarde ás 16h, por favor, não se atrase, beijos, de sua filha. Sara Hyperion Malfoy.”

– Porque colocar o sobrenome? – Perguntei curioso e achando fofo o fato dela escrever “papai”.

– Meu pai adora o sobrenome dele, achei que desse jeito pudesse amenizar sua reação ao receber a carta. – Explicou um pouco nervosa.

– Tudo bem, vou escrever a minha. – Falei soltando a respiração e pegando um pedaço de pergaminho, comecei a escrever.

“Harry, preciso que venha imediatamente á Hogwarts, irei precisar de sua ajuda e tenho uma noticia a dar, mas devido a algumas circunstâncias que talvez me impeçam de conseguir meu objetivo, irei precisar de você aqui, agradeceria e muito se comparecesse á Hogwarts ás 16h, por favor, não se atrase, apesar de sempre lhe dizer isso e você não escutar. Do seu filho, Alvo.”

– Sem formalidade nenhuma, amor? – Perguntou-me notando a diferença entre nossas cartas, Sara tinha a sobrancelha arqueada, lembrando a expressão de Scorpius, será que era de família?

– Meu pai é do bem... – Sara me olhou carrancuda como se perguntasse: “E o meu pai é o que? Do mal?”, tinha vontade de responder que sim, mas não iria tão longe. - Além do mais, sou filho homem, é tudo mais fácil, se fosse com a Lílian seria bem pior, ai você ia ver o famoso Harry Potter, homem que derrotou Voldemort em pessoa, agir. – Continuei dando de ombros. Sara riu do meu comentário

– Lilian o que? – Perguntou Lilian escutando a parte que a mencionei.

– O que vocês estão fazendo? – Perguntou Hugo atraindo atenção para nós. Todos nos fitavam.

– Nós só estamos mandando cartas para nossos pais, eles irão vir aqui e contaremos a eles sobre nosso namoro. Por isso meio que... Preciso da ajuda de vocês. – Expliquei praticamente implorando no final.

– Desde quando você virou suicida, maninho? – Perguntou James rindo de canto.

– Não enche, Jay, vai me ajudar ou não? – Perguntei sério.

– CLARO! – Falaram Domi e Rose juntas, todos assentiram, exceto James que parecia achar minha ideia a coisa mais louca do mundo e até que era... Um pouco.

– Não contem comigo nessa, parece idiotice! - Resmungou James cruzando os braços.

– Cala a boca, James! Vai me dizer que não quer ver a cara do Alvo quando a doninha alfa arquear a sobrancelha daquele jeito medonho que ele consegue, fazendo seu irmão se borrar de medo? – Disse Domi, senti vontade de rir com a piada e com as expressões bravas dos irmãos Malfoy ao verem seu pai ser chamado de “doninha alfa”, mas quase me engasguei pensando em como tudo aconteceria. Se até Dominique percebia a expressão ameaçadora do Draco, imagina como estava me sentindo agora? James assentiu calado pensativamente, provavelmente pensando em como me veria se ferrar na frente de todos, assim concordou em ajudar. É, apesar das más intenções do meu irmão, agradeci internamente á Domi, só ela mesmo para fazer James Sirius Potter colaborar com algo que não o favorecesse. Passamos o resto da tarde ali, saímos do salão comunal apenas para comermos. Sara e eu não nos beijávamos, nem nos abraçávamos, nem ficamos perto um do outro. Só conseguia pensar em como tudo poderia dar errado. Senti minha barriga doer de puro nervosismo, sentia vontade de abraçar minha namorada, para sentir segurança, mas tinha primeiro que pensar em como daria a notícia. De vez em quando alguém fazia algum comentário engraçado para avaliar o clima, na maioria das vezes era o James ou o John, mas sabiam que nada me faria ficar bem até que eu conversasse com Draco. Finalmente chegara a hora, era exatamente 16h, continuamos esperando no salão, sentados nos pufes fofinhos ali presentes, Sara eu encarávamos a janela quando avistamos um ser de cabelos pretos e olhar divertido que agora andava pelo gramado do lado de fora, sabíamos que ele demoraria a chegar onde estávamos, mas agradeci internamente por ser meu pai o primeiro a chegar. Mas como tudo dá errado para mim, escutei vozes do lado de fora do retrato e eram da Diretora e de Draco, com certeza havia entrado pelo outro lado do castelo e não o vimos. Gelei ao escutar sua voz, essa era a hora, coragem, Alvo, coragem!

– Mas que bela visita Sr. Malfoy, a tempo que não lhe vejo, siga-me, eles estão aqui... Bolas Festivas. – Falou Minerva anunciando a chegada do meu sogro malvado. Eles entraram e Minerva se despediu, o deixando na nossa presença, engoli em seco. Draco Malfoy nos encarava com um sorriso no rosto, mas seus trajes formais, seu cabelo bem penteado e ar autoritário, o deixava sério mesmo que ele sorrisse.

– Olá, garotos, minha princesa, como vai você? – Nos cumprimentou e foi na direção de Sara, a abraçando. Senti suor em minhas mãos e um embrulho na barriga. Droga!

– Papai! – Sara retribuíra o abraço, o apertando forte.

– Scorpius, filho, como está? – Perguntou um pouco mais severo, seus olhos acinzentados brilhavam ao ver o filho mais velho.

– Vou bem pai, e o senhor, como vai? Novidades? – Cumprimentou-o Scorpius apertando a mão de seu pai.

– Não muitos, mas sinto que vem novidade pela frente, não é mesmo, Sara?! Vai me contar o motivo pelo qual me fez estar aqui? Fiquei realmente muito curioso! – Draco encarou a loira, fazendo o que temia que ele fizesse. O Malfoy mais velho arqueou a sobrancelha na direção da filha e meu corpo tremeu, o cara nem estava olhando para mim e senti o efeito de sua expressão dura.

– Olá, crianças. – Disse alguém e nossos olhares se desviaram para a porta. E é como sempre dizem: Sempre há uma luz no fim do túnel. Encarei meu pai alegremente, Merlin havia me mandado a salvação, obrigado! Harry James Potter parecia um homem normal, sorria nos encarando, com seu olhar brilhando especialmente em minha direção. O mesmo homem que lutou com Voldemort em pessoa, venceu a morte uma vez, mandou a ver com dementadores, matou um basilisco e fez outras coisas que a lista ficaria muito grande para mencionar, iria fazer algo bem mais perigoso, me ajudar a acalmar Draco Malfoy.

– Pai, até que fim chegou! – Falei correndo para abraçá-lo, Draco parecia pasmo em ver meu pai depois de tanto tempo.

– Mas o que houve filho? Parecia tão urgente na carta, e como você é meu filho mais responsável... – Olhou para James que bufou frustrado. – Pensei que pudesse ser alguma coisa com seus irmãos, vocês estão bem? – Meu pai perguntou olhando na direção de Lilian e James.

– A questão é que seu filho mais responsável, possa talvez ser morto neste recinto. – Soltou James revirando os olhos a repetir o “responsável”. Bufei estressado, ele não podia estragar isso agora. Harry me olhou com cuidado.

– A questão é que chamei vocês dois aqui para fazer um comunicado importante... – Comecei depois de respirar fundo, todos me olhavam com expectativa, Sara estava ao meu lado me apoiando silenciosamente.

– Quer dizer que foi você que me chamou aqui, pequeno Potter? – Perguntou Draco curioso, ele me fitava como se quisesse me matar, por perder um tempo precioso de sua vida ocupada.

– Deixe que ele conte logo, Draco, pare der ser tão ranzinza. – Retrucou meu pai sorrindo de canto.

– Não sou ranzinza, Potter, você que parece dar muito cabimento a seus filhos, mas ora vejam só, um pirralho me tirando dos meus afazeres para provavelmente dizer algo bobo, más é claro que... – Draco se aproximou de meu pai o encarando furioso, ele colocou o dedo no peito do meu pai como se fosse partir para cima dele ali mesmo. - Estou brincando, garoto, pode continuar. – Completou tirando o dedo do peito do meu pai e sorrindo para mim, Harry sorriu mais ainda e mesmo assim continuei nervoso. Suspirei com medo, mas Draco agora parecia mais relaxado e divertido. Tentei rir para suavizar o clima, mas saiu mais como uma tosse.

– É só que... – Comecei a gaguejar e a tossir.

– Mas que enrolação pra dizer uma só coisa, eles estão namorando, felizes? – Soltou James falando de uma vez só e saindo da sala. Draco e Harry nos encaravam com uma expressão que não conseguia definir corretamente, parecia confusão, raiva, diversão. Droga, o que estavam pensando? Engoli em seco e senti o embrulho em minha barriga, só aumentar. Os dois se entreolharam e começaram a rir. Oi?

– Posso saber o que os dois estão rindo? – Falou Sara parecendo brava e erguendo a sobrancelha para os dois.

– É só que... O James estava certo, vocês só queriam falar isso e nos enrolaram mais que tudo... – Harry tentava segurar o riso, mas não conseguia. – De qualquer forma... - Mais risos. - Parabéns, crianças. – Completou continuando a rir.

– No meu caso não é por causa de toda enrolação, estou rindo porque ora vejam só, um Potter e uma Malfoy namorando?! Isso sim é uma coisa que não se vê todos os dias, na verdade, tenho que dizer, garoto, você tem coragem igual a seu pai, na sua idade eu costumava zoar muito com ele, mas agora por fim ficamos amigos e creio que não existe nenhuma rixa entre os Potter e os Malfoy, não mais, agora.... Se fosse diferente, imagina se um Malfoy namorasse um Weasley, seria o fim do mundo... – Retrucou Draco sorrindo divertido. Rose e Scorpius se entreolharam com algo que consegui identificar como culpa. Não entendi o motivo, mas pareceu bem estranho naquele momento.

– Sabe, depois que me tornei para alguns, um ex-comensal da morte, poucos não me julgaram. Sua familia, Alvo, e todos os Weasley, assim como a Granger, me apoiaram, mas teve um em especial que não me suporta, e desde então aprendi a não suporta-lo como antes. – Draco me encarava sério. - Ronald Weasley, não o suporto e nunca o suportarei, então que fique aqui bem claro, pequeno Potter, que sou a favor deste namoro, e tome muito cuidado com minha filha, mas uma coisa que não admitiria em circunstância alguma é que Sara ou Scorpius namorassem um dos filhos do Weasley que menos suporto, fui claro?! – Perguntou e assenti tentando não achar tudo aquilo muito estranho. - Nada contra vocês, Hugo, não é?! E Rose, mas seu pai e eu não nos damos muito bem. – Draco direcionou seu olhar para Rose e Hugo e eles assentiram de olhos arregalados.

– Muito obrigado Sr. Malfoy, e acho que muitos aqui acreditam assim como eu, que o que o senhor não quer que aconteça, realmente não vai acontecer... – Falei sorrindo de canto. – Rose e Scorpius não se suportam, não é mesmo?! – Sorri tranquilamente para meu melhor amigo e minha prima. A convivência entre eles parecia melhor, mas um romance? Draco podia ficar despreocupado, tinha certeza disso!

– Já que está tudo bem, podemos ir para casa, certo? – Perguntou Harry para o Malfoy. - Mas antes, gostaria de dar um abraço nos meus filhos, venham cá crianças... – Continuou meu pai nos chamando para um abraço em grupo, Draco também foi para perto de seus filhos. – E é claro, na mais nova integrante da família Potter. – Mesmo nos abraçando, Harry ainda teve forças para puxar Sara para o abraço em grupo, a vi rindo e sorrido também.

– Potter! – Draco chamou atenção do meu velho. - Eles ainda não se casaram, se acalme, ás vezes você parece uma garota. – Resmungou rindo.

– Gostaria de falar com James antes de ir, mas ele não está aqui e infelizmente tenho que ir... – Harry sorriu tristonho. – Estava com saudades de seu humor de velho chato, Malfoy. – Murmurou meu pai encarando o loiro que o olhou carrancudo. Harry nos abraçou mais uma vez e se direcionou ao retrato da mulher gorda juntamente com Draco. – Adorei sua nova casa filho, acho que ficaria melhor na Grifinória... – Draco rolou os olhos assim como Scorpius e eu. – Mas o chapéu seletor sabe o que faz e... Filho? Sua mãe vai adorar saber da novidade. – Ele acenou em despedida e acenamos de volta, assim indo em seguida. Sorri largamente na direção de Sara e ela se jogou em meus braços, me dando um selinho demorado e me abraçando apertado logo em seguida. Nossos amigos pareciam felizes por nós. Scorpius e Rose continuavam estranhos, mas estava muito feliz para notar algo a mais. Agora só o que faltava na nossa relação, era darmos o próximo passo, mas isso seria quanto estivéssemos prontos. Sei que falei que estávamos incontroláveis, mas agora tudo parecia bem, não precisávamos de tanta pressa, afinal, assim como Sara, também sou virgem, o que me fazia lembrar que tínhamos que ter o dobro de cuidado com todos os detalhes, precisávamos ter uma primeira vez inesquecível para os dois. Depois de muito aproveitar a noite com minha namorada e meus amigos, fui dormir e planejei conversar com Scorpius, Rose e James para saber o que eles tinham. Tomara que não me esqueça disso!


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Notas finais do capítulo

Bom, gente, o que falar desse capitulo? Vocês devem se perguntar por que não fiz o Draco ser explosivo e ciumento como o Scorpius né? Mas respondo, vocês viram a indireta que ele deu pra o casal SCOROSE? Pois é essa personalidade do Draco só vai aparecer quando seu filho começar a se meter com a filha do seu "inimigo", então PACIÊNCIA! E quanto ao lindo do Harry tenham calma já já o lado pai ciumento, vai aparecer, deixa só mexerem com a princesinha do papai, hihih! O próximo capitulo se chamará “Filhos não Perfeitos”, só vai dar JAMENIQUE, então, amoris gostaram do capitulo? O que mereço? Reviews? Recomendações? Xingamentos? (OMG :( ) vocês que sabem, então, bye meus lindos :D