Juntos até o Fim em Hogwarts escrita por Victane


Capítulo 15
Filhos não Perfeitos


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores, primeiro gostaria de agradecer pelos 155 REVIEWS? To quase tendo um infarto aqui kkk, obrigada mesmo, amoris, saibam que estou muito feliz e to escrevendo essa fic bem rápido, pois as motivações são vocês ;)! Esse capítulo é meio depressivo, porque eu tava meio triste no dia em que escrevi, mas... Coisas inesperadas vão acontecer, espero que gostem, esse capítulo é dedicado para linda da LadyWeasley26 (seu nome aqui de novo né linda? kk)que mandou o reviews de número 150, Boa leitura amoris :D
Lumus



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James Potter

Acordei antes de todos os garotos, sendo hoje um domingo, eles adoravam dormir até mais tarde, mesmo o John que costumava acordar cedo para correr ao redor do castelo. Suspirei me levantando da cama e indo ao banheiro, 13 de outubro, faltavam umas duas semanas e meia para o dia das bruxas, sorri de leve, adorava o feriado. Sempre comíamos muitos doces, nos divertíamos bastante, aprontávamos por ai e os professores não pegavam tanto no nosso pé, era um dia belo.

Deixei que a água corresse por toda extensão do meu corpo, o relaxando, passei a mão nos cabelos molhados, os esfregando para lavá-los bem, esperando apenas que à medida que lavasse minha cabeça, todos os problemas descessem com a água pelo ralo do banheiro. Perguntas bombardeavam minha mente, não permitindo que me relaxasse por inteiro. Porque tinha contado ao Draco sobre Alvo e Sara? Devia ter respeitado seu momento, ele que deveria ter contado tudo. Estava fazendo coisas sem pensar, isso me deixava louco! Fiquei com raiva de mim mesmo por ter feito aquilo, graças a Merlin o Draco não foi duro com meu irmão, tudo dera certo, mas se não ocorresse assim, não me perdoaria por isso.

Saí do banheiro, vesti uma bermuda azul e uma camiseta regata branca e caminhei para o salão, precisava pedir desculpas para Alvo, mas meu orgulho falava mais alto e preferi esperar, se fosse fazer isso agora acabaria falando mais do que devia, era melhor deixar para conversar com ele quando minha mente estivesse relaxada, se é que isso iria acontecer.

Sentei-me á mesa assim que entrei no salão e depois de estar quase terminando o meu café, os garotos chegaram juntamente com as meninas, conversando animadamente, exceto Sara e Alvo que se abraçavam de lado e trocavam olhares carinhosos. Respirei pesado, de repente estava me irritando por qualquer motivo, isso era tão chato, era como se precisasse falar com alguém, mas com quem falaria? Ninguém me entenderia! Para piorar tudo, Dominique Weasley sentou-se bem na minha frente, começando a comer normalmente enquanto a observava em silêncio. Seus cabelos loiros encontravam-se presos em um coque totalmente mal arrumado no alto da cabeça, alguns fios caiam por seu rosto, mas Domi parecia não se importar, como se soubesse que não precisava se arrumar muito para estar bonita.

Desviei minha atenção dela, apenas para notar que as outras garotas usavam maquiagens extravagantes, roupas curtas, algumas até usavam salto alto, Merlin, era apenas de manhã, como elas conseguiam? Olhei novamente para Domi, ela parecia despreocupada com sua blusa regata branca e sua calça jeans rasgada, tão linda, tão irresistível. É claro que só porque ela vestia aquelas roupas não quer dizer que ela não se preocupava com a aparência, mas era domingo, dia de relaxar, de curtir e não precisávamos estudar, então porque se arrumar tanto para nada?!

Sorri de leve a olhando, até que não a dera tanta atenção nos últimos dias, normalmente gostava de irritá-la e principalmente de dizer coisas safadas perto dela, apenas para vê-la corar, Domi ficava tão linda envergonhada. Depois do Baile, decidi dar um tempo, no começo achava que era apenas porque estava a sufocando com toda aquela atenção exagerada, principalmente depois do quase beijo, mas na verdade, queria apenas que ela sentisse minha falta, porém, pelo que vejo, ela não sentiu. Não consigo definir o que senti quando quase nos beijamos, como queria que fosse ela quem tivesse tomado a iniciativa, sem que precisasse forçar nada, mas sei que nunca aconteceria, Dominique Weasley não me suporta e é tão orgulhosa quanto eu.

– O que você tem, maninho? Está tão estranho! – Perguntou Lilian.

– Nada, Lily, é só falta do que fazer mesmo, relaxa! – A tranquilizei rapidamente para que dessem o assunto como encerrado. Não estava pronto para pedir desculpas a Alvo agora.

– Fácil! É só arrumar alguém para preencher esse tempinho com você, garanhão. Entendeu a mensagem né?! – Disse Scorpius sorrindo malicioso em minha direção.

– Não, obrigado, Malfoy, mas no momento, estou apenas tentando dar um tempo nisso tudo... Você deveria fazer o mesmo. – Falei dando de ombros.

– Lógico que ele não vai fazer isso, Jay, ele é viciado em garotas fúteis que não dão valor nem a si mesmas quem dirá a ele. – Rebateu Rose atacando Scorpius, a Weasley pronunciara as palavras com tanta força que mais parecia estar as cuspindo no rosto do loiro. Percebemos o clima tenso que se instalara na mesa no momento em que nenhuma resposta veio de Scorpius.

– Vai ver está só sentindo falta de aprontar por aí, em, James? – Disse Domi com um sorriso divertido no rosto, mas com a testa franzida enquanto desajeitadamente tentava cortar as panquecas em seu prato. Ri daquilo, mas pensei um pouco.

– Eu só... – Mas que droga, será que não podiam me deixam em paz por um minuto? – Só quero ficar sozinho, podem, por favor, só voltarem a fazer suas coisas e me deixarem em paz?! – Levantei os fitando. – Estarei no jardim, mas é lógico que não vão querer saber disso, não irão precisar de mim mesmo... Até depois! – Completei saindo dali.

Porque eles estavam fingindo se preocupar comigo? Não preciso disso! Droga, até já estou pensando besteira, qual o problema comigo? Essa sensação de impotência e fracasso nunca irá passar? Argh!

O simples fato de ser um Potter me causava calafrios, simplesmente por poder ter tudo que queria, apesar de meus pais não terem me criado assim, sabia que em Hogwarts o meu sobrenome surtia o efeito desejado, me rendendo favores especiais que em algumas ocasiões eram bem convenientes. Mas por outro lado me causava uma espécie de... Arrependimento. Até agora não tinha feito coisa alguma para merecer tal sobrenome. Meu pai carregava uma história gigantesca em suas costas, que começara quando ele era bebê e se estendera de seu primeiro ano em Hogwarts até o ultimo. E o que fiz? Nada até agora! Apenas finjo estudar e fico com garotas bonitas que adorariam receber o sobrenome Potter na certidão de casamento.

Cheguei finalmente ao jardim, tinha caminhado pelos corredores sem nem perceber, sentei embaixo de uma árvore grande, ela era tão bonita. Droga, professor Neville já havia falado sobre ela, porque eu não sabia o seu nome? Ah, é claro, eu não presto atenção nas aulas, deve ser por isso. Fiquei observando as folhas da árvore se balançarem para cá e para lá conforme o vento as agitava, devagar, fechei meus olhos, respirando o ar puro, deixando que meu corpo relaxasse aos poucos, aquela era uma sensação boa, tão boa que nem percebi que havia adormecido ali mesmo.

Abri meus olhos, senti minhas costas doerem por ter dormido encostado á árvore, o sol estava quase se pondo. Caramba, o tempo passara tão rápido! Senti algo molhado em meus olhos, passei a mão para ver o que era e... Eram lágrimas. Lágrimas? Estava mesmo chorando? Por quê? Droga, nem saber o motivo de estar chorando eu sei! Idiota! Me sentia inútil e agora nem me importava com mais e mais lágrimas escorrendo por meu rosto.

– James? Está chorando? Por quê? – Perguntou uma voz conhecida, Dominique aproximou-se de mim, parecendo ter pena. Enxuguei rapidamente as lágrimas e desviei o olhar do dela, encarando a grama.

– Hum... Não... – Respirei fundo e a encarei. – Não te interessa, saía daqui Dominique, não preciso que sinta pena de mim! – Cuspi as palavras, sendo duro, mas sabia que precisava conversar e se apenas ela tinha vindo até aqui, algum significado isso teria. Fiquei grato pela sua atitude, apesar de tê-la tratado rudemente, Dominique sentou-se ao meu lado, encostando-se na árvore e me surpreendendo enquanto fitava o lago sem dizer nada. Longos minutos se passaram, não tive coragem de sair dali e deixá-la sozinha, mas confesso que aquilo era bom, ficar assim com ela, sem precisar dizer muito, apesar de que sabia que alguma hora um de nós iria quebrar o silêncio, felizmente foi ela.

– Sei como se sente...

– Não sabe não. – Mal começou e já a interrompi. – Você não sabe como me sinto... Desculpe, mas não sabe. – Falei pausadamente com as lágrimas voltando a escorrer por meu rosto.

– Sempre achando que é o único no mundo que tem problemas, não é, Potter? Ás vezes também me sinto inútil. – Disse melancolicamente, a fitei esperando que continuasse.

– Hum... Você... Você também se sente assim? Mesmo? – Perguntei pausadamente. Dominique não me fitava, apenas continuava a observar o lago. Enxuguei minhas lágrimas e esperei.

– Você não sabe como! – Admitiu parecendo sentir dor.

– Sei sim... Eu... – Não sabia por onde começar. – Meu pai e minha mãe são tudo pra mim! – Esclareci. – Mas não levo jeito para o futuro que eles planejam para mim. Sou sempre o cara idiota que faz coisas idiotas, e que não leva jeito para nada. Não sei jogar Quadribol, muito menos ser o apanhador perfeito que meu pai era, até tentei me esforçar, mas não consigo, o Alvo faz isso bem melhor do que eu, ele nem precisa de muito e simplesmente consegue, é assim que é, mas não é assim comigo... – Suspirei cansado. – Não quero que pense que é inveja... – Domi negou com a cabeça. – Mas... É que é difícil tentar ser bom em algo e alguém, ou melhor, seu irmão mais novo chegar e fazer tão facilmente como se tudo fosse tão simples. Alvo é um substituto perfeito para meu pai se é isso que ele procura, ele se dá bem na escola, ás vezes, mas já é muito comparado ao meu desempenho, ele é bom em Quadribol, até com as garotas ele é como o papai, sempre o cara tímido e romântico... – Estiquei meus braços e os coloquei para trás da cabeça, me apoiando melhor na árvore. – Quanto a mim, você sabe... Sou sempre o irresponsável que não faz nada da vida e que não merece ter o sobrenome que carrego.

– Mas seu pai nunca lhe disse isso, James. – Questionou Dominique.

– Sei que ele não disse, mas há coisas que dá para se notar... – Afirmei. A loira agora me olhava atenciosamente. – Por exemplo... Quando é Natal o Alvo sempre fala como foi na escola, como se deu bem nos jogos, a Lilian conta como se divertiu com as amigas e foi bem nas provas. Quanto a mim... Só posso dizer como passei a temporada em Hogwarts do jeito mais errado possível, bebendo em festas e transando com muitas garotas, ás vezes, de algumas nem lembro o nome. Isso é... Decepcionante! – Terminei envergonhado. Dominique escutava tudo em silêncio, mas minhas ultimas palavras a deixaram estranha, não com pena, mas ela me encarava como se me compreendesse, apesar de saber que ela não saía por aí ficando com todo mundo.

– Ás vezes, Sirius, é só tentar... Hum... Porque você não muda? As pessoas vivem errando, mas elas não mudam porque não se dão conta dos seus erros, mas você... Você sabe que erra, já é alguma coisa, é só usar isso para mudar... Dar orgulho aos seus pais, assim como você quer fazer, não é? E apesar de saber que seus pais sentem muito orgulho de você, acho que deveria tentar mudar por eles, ou melhor, por você. – Dominique sorriu de leve e se encostou mais a árvore, em seguida, passando a mão por meus cabelos arrepiados. Sorri a vendo fazer carinho em mim, apesar de me criticar e me xingar sempre que a provoco, ela é a única pessoa que consegue me entender.

– E como acha que vou fazer isso, Weasley? – Perguntei observando seus olhos azuis que agora deixavam cair algumas lágrimas.

– Não sei! – Deu de ombros. – Mas que tal fazer o que você faz de melhor?

– E o que faço de melhor? – Perguntei pensando besteira. Sei que o momento não era propicio para sexo, apesar de todo e qualquer momento ser propicio para sexo, mas o que o James sabe fazer de melhor? Qualquer um sabe que arraso na hora de mandar a ver, mas observando de perto a Dominique, como estava fazendo agora, sabia que ela não se referia á nada do que minha mente maliciosa pensava. – E o que faço de melhor? – Repeti sem todo aquele tom malicioso de antes, esperando que ela tirasse aqueles pensamentos safados de minha mente.

– James, você sabe que não tem nenhum Potter nessa escola inteira que não fica com mais garotas do que você, certo? Bom, havia um Potter, seu avô James segundo as histórias que foram passadas por nossas gerações, mas isso já faz tempo e... – A olhei confuso. Como ficar com garotas me ajudaria a dar orgulho para meus pais? – Assim como seu avô James... Não existiu nenhum outro Potter depois dele que consiga aprontar tanto com todo mundo como você faz tão facilmente. Seu avô era como você e mesmo assim foi considerado um ótimo bruxo, não foi? Você é quase a cópia dele, honre-o e divirta-se, é seu ultimo ano aqui. Quer dar orgulho para seus pais? Tenha bastante histórias para contar. Faça o que quiser, não há nada melhor do que dizer a eles que você se divertiu em seu ultimo ano e quanto aos estudos... Você tem a mim, a Rose e aos outros, nós podemos lhe ajudar... Você sabe... Não é como você falou de manhã, nós nos importamos mesmo com você. – Domi sorriu largo me inspirando a fazer tudo que ela dissera.

– Você está certa! – Me levantei a assustando com minha grande empolgação. – Vou sair por ai e me divertir, todos vão conhecer James Sirius Potter... Se é que já não conhecem, haha! – Ri irônico piscando o olho para ela. Domi tentava dar seu melhor sorriso, mas ainda parecia um pouco abatida. – Espera! Porque estava chorando? – Perguntei lembrando-me que antes de me aconselhar, ela estava chorando, acho que deve ter pensando que não notara. – Porque disse que sabia como me sentia inútil? Porque se sente inútil? – Perguntei me sentando novamente em seu lado, lhe olhando fixo e esperando que ela fosse sincera comigo como fui com ela.

– Hum, tá, tudo bem... – Domi respirou fundo, como se pedisse forças para começar. – Na verdade, como você, sou tratada bem em casa, minha mãe e meu pai são maravilhosos... – Ela sorriu ao se referir a eles. – Nunca falaram nada, mas conhecendo o sorriso orgulhoso que minha mãe dá ao ver Victoire e Teddy tão felizes e casados, ou o sorriso do meu pai quando Louis contava a ele como tinha ficado com algumas garotas quando estudava em Beauxbatons... – Ainda tentava achar o problema nessa situação toda, seria ciúmes? Acho que não! – Quando o assunto sou eu, minha mãe vive dizendo que irei achar meu príncipe encantado e vou me casar com ele, ter lindos filhos loiros e perfeitos. Ela sabe que vou bem na escola, mas não é isso que importa para ela de verdade. Fleur quer que me case, lhe dê netos... Sabe... Quer ver minha felicidade com outra pessoa, isso me incomoda tanto.

– Pelo menos você tira boas notas... – Ela riu. – Sabe como te imagino? – Domi assentiu, esperando que eu continuasse. – Te imagino trabalhando, sendo independente e feliz, não fazendo diferença se está com alguém ou não.

– Obrigada! – Domi sorriu. – Mas... Por incrível que pareça, quero o que minha mãe quer, quero sossegar com alguém quando encontrar a pessoa certa, quero ter filhos, uma ótima carreira e... E o meu medo é... Não conseguir realizar nada disso. – Domi bufou cansada, finalmente me fazendo entender sua situação.

– Você vai conseguir, é claro que vai! Olhe pra você, você é linda, inteligente... – Falava enquanto alisava seu cabelo delicadamente, retribuindo o carinho, nossos rostos estavam muito próximos um do outro. – Não é muito sexy, mas isso você supera com o tempo... – Falei rindo tentando suavizar o clima, começava a sentir um nervosismo estranho, isso não era típico de mim.

Estava mesmo elogiando Dominique Weasley? Sim, era isso mesmo que eu estava fazendo. Nossa! Antes que pudesse continuar a refletir essa história toda, Dominique fez algo que não esperava. Ela se impulsionou um pouco na minha direção e me beijou. Sim, ela me beijou mesmo. Meu Merlin, isso estava mesmo acontecendo?! Sim, estava, pois sentia sua língua pedindo passagem nesse exato momento, aceitei o beijo enquanto ela se inclinava mais ainda na minha direção, ficando quase em cima de mim de um jeito desajeitado já que estávamos sentados apoiados na árvore. Nossas línguas dançavam loucamente em nossas bocas e minhas mãos se direcionaram para sua cintura, a apertando, enquanto suas mãos brincavam com os pelinhos da minha nuca. Nem me dei conta que quase não conseguia respirar direito, Dominique me empurrou e a olhei confuso, sem entender. Ela ergueu o dedo indicador, abriu a boca, mas ainda respirava pesado.

– Então não sou sexy? – Perguntou ironicamente. O que? Tínhamos acabado de nos beijar e ela só prestou atenção na parte que falei que ela não era sexy? Que loucura! Mulheres são loucas, só pode ser isso!

– Acabamos de nos beijar, Weasley e você... Eu... Espera, porque me beijou? – Perguntou confuso.

– Você disse que eu não era sexy então quis provar que podia fazer isso. – Disse não fazendo sentindo algum.

– E não é mesmo, mas nem por isso quer dizer que você é sexy só porque me beijou. – Que conversa doida era essa?

– Você me ofendeu, Potter. Então você estava ai... E eu aqui... E... Ah, quer saber?! Eu não sei por que fiz isso, mas de uma coisa eu sei... Isso NUNCA MAIS VAI ACONTECER... Nunca, ouviu? – Perguntou nervosa, Dominique levantou e limpou o pouco de grama que grudara em sua calça. Confesso que também não sabia o motivo dela ter feito aquilo, mas gostei, pena que não iria acontecer de novo, mas de uma coisa estava errado, Dominique Weasley tinha sim coragem suficiente para tomar a iniciativa!

– Que seja, mas porque essa preocupação toda se te acho sexy ou não? – Perguntei um pouco mais confuso do que já estava.

– Porque vou te ajudar a deixar seus pais orgulhosos. – Falou dando de ombros, me levantei intrigado e encarei.

– Garota, pelas cuecas de Merlin, começa a fazer sentido! – Pedi não aguentando mais, não tinha como essa conversa ficar mais louca.

– Se vou te ajudar você também pode me ajudar, certo? – Assenti com a cabeça. – Então, caçarei meu príncipe encantado e para isso preciso chamar atenção, ok? – Estava começando a entender o que ela queria dizer. – Preciso ser um pouco mais sexy e você me ajudaria muito se me dissesse como posso fazer isso, sabe, você tem experiência. – Pela primeira vez na vida, Dominique Weasley precisava de conselhos meu, ressaltando o que ela mais me criticava, minha experiência com as garotas.

– Então você quer dicas de como ser sexy? – Perguntei surpreso, ela assentiu me fazendo rir alto, me recompus vendo seu olhar ameaçador. – Tá, se isso é mesmo pra valer, hum... Garotas que me fazem delirar, usam uniformes customizados, não como vagabundas, mas sim como garotas que sabem provocar, mas também sabem se recompor... – Falei criticamente, se era para levar a sério, era isso que estava fazendo. – Uma blusa com decote é... Perfeita! E uma dica importante, provoque apenas quem você quer, não todos, isso é fundamental, assim não suja sua reputação e se torna a garota que todo mundo quer pegar, mas que só vai dar bola pra um cara que todo mundo queria ser, você entendeu? – Perguntei lembrando-se de uma garota no quarto ano que me fazia delirar com as roupas que usava, ela me tirava do sério, todos os garotos queriam estar no meu lugar, mas era só pra mim que ela dava bola, mas depois que consegui levá-la para o reino do prazer do James, pouco tempo depois ela se transferiu para outra escola.

Dominique ainda me encarava com olhar sonhador, me dei conta que tinha feito uma besteira, tinha acabado de dizer para ela ficar só com um, o que não me incluía, ou seja, adeus desejo do James de levar a priminha gostosa para o delírio. Tentei me tranquilizar, Dominique não era muito provocante, quer dizer, ela era gostosa, pra caramba, mas ás vezes era um pouco desastrada e acho que apenas eu observava cada coisa que ela fazia, apenas porque a acho muito interessante, porque ela é, qual é?! Ela é o tipo de garota inteligente e gostosa que todo cara queria tentar chamar para sair, mas era intimidante e a maioria desistia com medo de levar um NÃO. Acho que apenas um além de mim era capaz de correr o risco, o Zabine mais velho, apesar dos dois terem se afastado depois do Baile, ele era insistente.

– Obrigada, Jay. – Falou me dando um beijo na bochecha, olhei agradecido para ela, Domi tinha me ajudado e muito, ela sorriu e saiu dali saltitando. Toda aquela conversa tinha me tirado um peso enorme das costas, Domi me fez pensar que meus pais sentiriam sim orgulho de mim se eu quisesse, tudo dependia de mim e ficar se lamentando não funcionava. Não posso fingir o que não sou e era isso que faria, seria eu mesmo sem medo. Sorri e fui para o salão, comi algo, não avistei ninguém e direcionei-me para o quarto.

– Alvo, cara, me desculpa, você sabe, por ter falado daquela forma com o Draco sobre o namoro de vocês, só fiquei enciumado por besteira minha, mas agora já está tudo bem, por favor, me desculpa mano? – Pedi afobado assim que o vi em nosso dormitório, os garotos me encaravam sorridentes, como se eu estivesse fazendo a coisa certa e eu estava, Alvo assentiu.

– Claro, mano, acho que a Domi teve uma conversa muito boa com você... – Antes que perguntasse como ele sabia, Alvo prosseguiu. – Ela me falou. – Explicou dando de ombros, sempre calmo. Dei uma tapinha no seu ombro e depois de tomar um bom banho, fui dormir pensando em como seria o dia de amanhã e como aquela garota tinha sido legal e boa pra mim como ninguém tinha sido.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram do capitulo? u.u.u. mereço reviews, recomendações? Qualquer coisa? kkk bem bem... Tenho um aviso pra dar: Gente, tenho que informar que a fic vai ser bem longuinha, porque to muito inspirada e to escrevendo sempre que surge alguma ideia, então por isso informo que vão ter que me aguentar por um bom tempo kkk! O nome do próximo capítulo se chamará "Impulsivo" e vai acontecer uma coisa que muitos de vocês estavam esperando pra acontecer (adoro deixar o povo curioso). Como a AnnabethChasee diz e eu adoro, Sou a ESCRITORA DIVA DO MAL kkk obrigada linda adoro esse apelido até mais ;D