Katie POV

_Prontos?

_Aham.

_A que horas podemos ir?

_Daqui duas horas.

_Avisou sua mãe?

_Quero fazer isso pessoalmente.

_Vista-se. – joguei a roupa pra ele. Estávamos sendo monossilábicos praticamente.

Ele dirigiu direto para a casa da D. Simone.

_Ah! Como esta meu filho? E você Katie?

_Nós estamos bem D. Simone...já... – não terminei a frase por que sabia que era melhor o Tom falar.

_O Bill foi seqüestrado. – D. Simone apenas abriu a boca fazendo um O perfeito. – estamos indo para o Brasil para resolver as coisas, quer chamar a polícia daqui?

_Não..não...vamos! O que estamos esperando! – Oh mulher enérgica e decidida!

Esperamos no aeroporto o avião e embarcamos.Eram 7 da manha, horário do Brasil, quando o avião pousou. Ao desembarcarmos nós vimos o Georg e uma garota morena com ele.

_Olá Georg. O que houve? – ouvi a D. Simone perguntar ao Georg meio desesperada.

_Muitas coisas. O Bill está...bem... – respondeu hesitantemente ao olhar desesperado da mãe. Ela se limitou ao sorrir por saber que seu filho estava vivo.

________________________

Philippe POV

Após a ligação do Tom tratei logo de avisar a embaixada alemã sobre o ocorrido. Eles tratariam de chamar alguém.

_Tudo o que podemos fazer agora é esperar. – Marcela falou totalmente infeliz sentando-se na cadeira da cozinha. A tia Nick ainda estava assustada, mas razoavelmente melhor.

O silêncio era mortal, parecia que ele não queria ser interrompido, a não ser pelos ruídos da rua e do relógio que tiquetaqueava no alto da parede.

O som que se fez depois de meia hora era como um tiro no meio do deserto, assustador.O interfone tocou, todos pularam dos seu lugares. Marcela foi correndo atender.

_Oi.

_Tem uma moça chamada Carol aqui, ela falou que é da polícia.

_Pode deixar entrar, obrigada.

A campainha tocou , interrompendo os cochichos que ecoavam pela casa.

Georg foi atender. Olhei por cima do ombro e vi uma morena na porta com mais três pessoas.

_Boa noite, eu sou Carol, a encarregada do caso do seqüestro. – ela mostrou um papel para Georg. - A sorte dele foi que ela flou em alemão. Deve ter vindo da embaixada.

_Entre – Tia Nick havia se levantado e ido até a porta.

_Olá, a senhora é  a D. Nicole Schlüter, correto? – a fala foi totalmente formal.

_Ahãm.

_Eu gostaria de saber como está o caso. Como tem um artista famoso, piora desagradavelmente a situação.

_A situação piora é por que a Ang está grávida e pode ter alguma complicação por causa de uma seqüela no cérebro também. – Julie foi rápida. Carol apenas arqueou as sobrancelhas.

_Pior do que imaginava.

_Concerteza – assentiu um dos homens que acompanhavam.

_Bom, vamos aos detalhes.

_____________________

Angela POV

Graças a Deus a hora começara a passar rápido. Quando se está mais calma, você nem vê o tempo passar.

Tinham se passado apenas 50 minutos após a ligação. Teríamos que aturar mais 2 horas com uma paciência que daria inveja a Jó.

Um dos caras ficaram lá, o Carlos André foi embora, mas não antes de eu mandar ele sumir de perto dali. Não duvidava dos meus amigos nessas horas. Era melhor ninguém saber da existência dele.

Bill estava sendo a pessoa mais tranqüila que eu já vi na vida! Ele simplesmente ficou quieto, às vezes me lançando olhares furtivos para ver seu estava tudo bem comigo.

Ambos sabíamos que dar um piti ou qualquer coisa parecida não ia adiantar de nada. Era melhor esperar e ver o que acontecia.

Mais meia hora se passou. Os barulhos lá fora agora eram maiores, com gente gritando, e um cheiro que me deixou nauseada, em circunstancias normais, não estando grávida e nervosa, eu teria adorado aquele cheiro, era comida caseira. Nada melhor que isso.

_Você está bem Ang? – minha cabeça rodou um pouquinho mas logo passou.

_Estou sim, só um mal-estar passageiro, coisa normal.Bill me olhou descrente.

_Sério.

Meia hora se passava num piscar de olhos, mas logo o tempo começou a se arrastar, eu queria ir para casa. Queria me agarrar no Bill e dormir bem, sem ninguém pra vigiar ou falar alguma coisa.

_________________________

Philippe POV

Demorou mais ou menos uma hora até que todos tivessem se entendido com tudo.

Enquanto os ‘policiais’ conectavam centenas de fios no telefone e no notebook, conversas surgiam pelo apartamento todo. Aquilo era apenas para rastrear o numero e de onde ligavam. Rezando que o numero não estivesse clonado, o que era muito comum entre idiotas do calibre dos que seqüestraram a Ang e o Bill.

Oito horas chegaram como se tivessem sido apenas 5 minutos.

O telefone tocou apenas duas vezes antes da Tia atender.

_Resolvido já?

_Já, o dinheiro está numa mochila, pronta para ser entregue. E a minha filha e o namorado dela? – ela inspirava autoridade e calma, pensar que a Ang e o Bill iam sair de lá dava uma sensação boa.