Acordei na manhã seguinte meio zonza, tateei a cama a procura de Darius, e nada.

Abri os olhos lentamente para me acostumar com a luz que vinha da janela, olhei para o relógio, já eram uma hora da tarde.

Levantei em um pulo da cama, tomei um banho quente, e fui ao closed e apenas encontrei um short e uma bata. Eu iria ainda hoje pegar minhas roupas na minha casa. Desci a escada e fui até a cozinha, um café da manhã farto estava sobre a mesa, logo ao lado de um jarro com tulipas... Darius sabia que essas eram minhas flores preferidas, sorri.

Cheguei perto das flores e as cheirei fechando os olhos, vendo que havia um pequeno papel. O pequei cuidadosamente, vendo que ele estava um pouco amassada, e comecei a le-lo.

Bom dia!

Bem, imaginei que quando acordasse estaria cheia de fome, de certo saiu do quarto e foi direto para a cozinha né?

Eu queria estar ai, apreciando esse belo café com você e poder está matando essa saudade que sinto.

Desde quando nos encontramos ontem, não paro de pensar em você... E só de imaginar que irá se casar, eu deveria perder um pouquinho de minhas esperanças, porém não as perdi, você será minha Ashe.

Mas isso não vem ao caso agora, não é?

Eu te amo, Ashe...

-Logan.

Assim que terminei de ler fiquei parada olhando para o bilhete em minha mão.

-O que seria isso, Ashe? – disse uma voz atrás de mim que me fez arrepiar pelo seu tom duro.

-Darius... – disse me virando lentamente para encara-lo.

-Ashe – respirou fundo como se quisesse se acalmar – da para você me explicar o que é isso? – falou com os olhos fechados, se controlando para não gritar.

-Darius, eu encontrei com Logan ontem, quando estava com Jac, indo para a loja de vestidos de noivas, e eu comentei que iria me casar com você, e ele disse que não desistiria assim de mim...

-Então quer dizer que vocês só se viram ontem e ele tem a intimidade de te mandar café da manhã?- perguntou Darius com as mãos fechadas em punhos.

-Sim, por favor... – disse já com as lágrimas descendo por meus olhos. – Acredita em mim...

Vi seus ombros relaxarem no mesmo momento, levantou sua mão e limpou as lagrimas que caiam com o dedo  e o passou pela minha bochecha e contornou meus lábios.

-Ei, não chore... – disse - minha vida é ver você sorrindo. – dei um pequeno sorriso, ele costumava a falar aquilo pra mim todas as vezes que eu chorava. – eu acredito em você... Apenas fiquei com medo de te perder...

-Você não vai me perder nunquinha... Eu te amo, e sempre amarei. – disse ficando na ponta do pé para dar um beijo nele.

-Está com fome? – perguntou depois de um momento namorando.

-Uhum... – Darius passou para traz da bancada, olhou para mim e eu apenas consenti, eu sabia o que ele queria fazer.

Pegou tudo o que estava ali naquela bancada e jogou uma por uma as coisas que estavam ali, até mesmo as tulipas.

-E então, o que quer comer? – sorriu satisfeito.