Cap. 4

Anteriormente...

- Stefan se entregou para salvar Damon e a mim.

[...]

- 12 de Março de 1922. “Eu apaguei por dias. Acordei com sangue de estranhos em lugares que eu não reconheço, com mulheres que eu não lembro”

[...]

- Elas foram atras de Stefan na montanha Smoky onde tem um bando de lobisomens.

[...]

- Nós iríamos nos casar.

Agora...

Pdv Demi

Desci as escadas ouvindo vozes vinda da cozinha. Ric saia de lá meio sonolento. Sorri para ele que fez o mesmo (claro que foi um sorriso sonolento e parecia que ele estava dopado -fica em off).

- Fico feliz que voltou a morar conosco. - murmurei enquanto ele subia as escadas.

- Eu também. - ele disse sorrindo daquela forma. 

Ri de leve e entrei na cozinha. Damon e Elena estavam na mesma atras do fogão. Eu parei na porta e os olhei quieta. Os dois conversavam sobre a festa (que não é bem uma festa) onde todas as familias fundadoras estariam. Damon fez um comentário idiota - o que não é novidade - e Elena lhe empurrou de leve rindo. Ambos sorriram para si e senti um ciumes se formando.

Resolvi dizer algo antes que ficasse nervosa.

- Bom dia. - falei finalmente e entrei na cozinha indo direto para geladeira.

- Bom dia, Demi. - Elena disse sorrindo.

- Pensei que estava em coma, eu estava até indo ligar para um médico! - Damon disse implicante. Elena riu e continuei fazendo o que eu estava fazendo -pegando um danone na geladeira e o abrindo.

- Demi, você vai a festa? - Elena perguntou olhando-me.

- Acho que sim. - dei de ombros e virei para sair. Damon olhou-me meio confuso mas ignorei - Até lá.

- Onde você vai, Demitria? - Damon perguntou desconfiado.

- Acho que vou... - fiquei pensativa - Na verdade, nem sei. - dei de ombros pegando minhas chaves - Até mais! - sorri sarcastica.

Sai de casa e entrei em meu carro. Eu não estava a fim de discutir com Damon novamente sobre aquilo entre ele e Elena. Então resolvi sair e esfriar a cabeça.

Dirigi rapidamente para o unico lugar que me veio na cabeça. Em minutos parei meu carro a frente do prédio simples mas um pouco luxuoso. Desci de meu carro e subi as escadas do prédio. Rapidamente cheguei no ultimo andar e então apertei a campainha. Em segundos a porta se abriu rapidamente e Alyssa veio me abraçar forte.

- Que saudade! - ela falou animada - Entre!

Entramos em seu lindo apartamento e fomos para sala. Sentamos no sofá e Lys me ofereceu algo para beber. Neguei e então começamos a conversar:

- Eu ia te ligar por esses dias... - falei dando de ombros - Mas está acontecendo tantas coisas! - revirei os olhos e ela me olhava atenciosa.

- Demi, eu ando seguindo os passos de Klaus. - ela disse calma e a olhei surpresa - Ele tenta criar hibridos e mais hibridos, mas os planos estão indo errado...

- Porque Elena está viva. - eu completei rapidamente e ela me olhou surpresa agora - Foi por isso que andei meio sumida. Damon, Elena e eu estávamos atras de Stefan.

- E Stefan não quer voltar, não? - ela disse suspirando e neguei desapontada.

PDV Stefan

Entrei no bar da Glória e não entendi o que estava acontecendo. Glória estava sentada a uma mesa, lendo alguns livros (grimórios); Klaus estava sentado na cadeira - olhando entediado para o que Glória fazia; e Rebekah estava impaciente sentada no balcão do bar.

- O que ela está fazendo? - perguntei confuso.

- Falhando. - Klaus disse implicante e irritado.

- É dificil encontrar algo sem ter ideia de onde começar. - Glória disse imersa em seu feitiço.

- Então me use. - Rebekah disse rapidamente saindo do balcão - Usei aquilo durante um milenio.

- Viu? Ela deu uma solução! - Glória disse estendendo a mão para Rebekah. 

Rebekah sentou-se na mesa e deu sua mão a Glória. Só então comecei a entender o que se passava...

- Ela... Está procurando o colar? - perguntei querendo ouvir um não como resposta.

Klaus afirmou com a cabeça e olhou sério para a bruxa.

- Senti algo. - Glória disse e fiquei preocupado, mas não demonstrei.

Todos a olhamos expectivos e ela começou a sussurrar seu feitiço. Alguns segundos depois ela terminou de sussurrar o feitço e ficou séria. Seu olhar veio para mim. Eu sabia que com certeza ela tinha descoberto algo.

- Encontrei. - ela disse finalmente.

- Onde? - Rebekah perguntou ansiosa.

- Não funciona assim querida. - Glória disse olhando de volta para Rebekah - EU vejo as imagens. Vejo algumas garotas conversando...

- Sim, algumas garotas mortas, se ela não me devolverem meu colar. - Rebekah falou irritada.

- Terei que ver de novo se quiser detalhes. - Glória avisou.

- Então veja. - Klaus disse se aproximando dela.

- Precisarei de mais tempo. - ela falou séria - E espaço. - completou rapidamente e Klaus a encarou - Estão atrapalhando a minha mágica.

- Podemos esperar. - Klaus disse ficando a frente de Glória - Ainda te darei mais tempo se você fizer um outro feitiço para mim. - ele disse e sorriu com certa maldade e um brilho nos olhos - Quero que tente saber algo sobre Aghata. - Klaus disse convicto

Tanto Glória, quanto Rebekah e eu ficamos de olhos arregalados. Esperávamos tudo de Klaus, exceto por ele querer saber de Aghata.

- Aghata? - Rebekah indagou sem entender - Aghata morreu, por que quer saber dela?

- Glória, você pode ou não constatar algo sobre Aghata? - Klaus insistiu ignorando a Rebekah.

- Não será facil, Klaus. Não tenho nada de Aghata. - Glória disse negando. Klaus tirou algo de seu bolso e reparei ser um colar com um pingente que ao meu ponto de vista me parecia bem antigo.

- Use isso. - ele disse lhe entregando o colar e ela assentiu - Quando souber de mais detalhes, chame-me. - avisou.

PDV Demi

Lys e eu conversávamos comendo pipoca e assistindo tv. Estávamos falando da festa que terá daqui a pouco e iremos juntas. 

- Pelo que eu vi, Elena estava fazendo chilli. - falei dando de ombros - E Damon a ajudava, claro. - revirei os olhos. Lis me olhou diferentemente.

- Você está com ciumes de Damon com Elena? - ela perguntou-me incredula. 

- Não é ciumes. Se fosse eu não teria deixado os dois sozinhos,né? - disse revirando os olhos negando - Eu só não estou gostando dessa aproximação deles. Hoje mesmo, os dois estavam rindo e brincando. Sério, nem brigar brigavam! - falei incrédula e suspirei.

- Damon te ama, Demi. - ela lembrou. 

- Sim, ele me ama, mas... - de repente sinto uma dor afligindo minha cabeça. Como se eu tivesse levado uma enorme pancada. Arfei levando as mãos na cabeça e fechei meus olhos.

- Demi! Demi, o que está acontecendo?! - Lys me perguntou assustada e segurou em meus ombros. Soltei um grito de dor.

Era como se uma fogueira estivesse sendo acesa dentro de minha cabeça. Veio em minha cabeça a imagem de um amuleto... A dor parou de repente e cai nos braços de Lys.

- Demi, por favor, o que houve??! - Lys insistiu novamente.

Com minha respiração desacelerada, minha pele suando fria e minhas mãos tremendos, consegui levantar lentamente.

- Eu não sei. - murmurei assustada - Foi como se minha cabeça estivesse pegando fogo. - falei confusa agora. Ela me olhou sem entender e sentei-me de novo - O mais estranho foi... O amuleto que vi.

- Amuleto? - ela ficou confusa e assenti - Que amuleto?

- Eu não sei, eu nunca o vi antes... Mas agora me parece que lembro dele de algum lugar. - fiquei pensativa e ela também.

- Me de detalhes desse amuleto. - ela pediu ansiosa.

- Ele era de prata, fazia um losango... dentro dele havia um cristal preto com detalhes de pedra... - fiquei sem entender - Ah, e tinha pequenos simbolos nele. - conclui. 

Alyssa pensou por alguns instantes até que seu rosto ficou surpreso e depois assustado.

- Esse era o colar de Aghata! - ela disse de uma vez e assustei - Era um tipo de um amuleto que sua família tinha. E seu pai lhe deixou... Mas antes de morrer, você deixou com Niklaus. Acho que aquele amuleto deve ter algo relacionado a você então.

Eu arregalei meus olhos de primeira. Depois fiquei sem entender.

PDV DA AUTORA

Glória estava sozinha em seu bar. Ela segurava o amuleto que Klaus havia lhe deixado. Não entendia o porquê de ele querer tanto saber sobre Aghata logo agora. Glória já sabia da história de Klaus e Aghata. Mas apenas que ela morrera por uma bruxa. Ela queria entender essa nova obsessão de Klaus.

A bruxa sentou-se a frente de sua mesa com seus grimórios abertos e pegou o amuleto. Então logo já pronunciava seu feitiço... 

De primeira nada aconteceu. Mas Glória estava determinada. Voltou a dizer o feitiço... De repente o colar começou a levitar sozinho. Glória o olhou impressionada sem parar o feitiço. Ela fechou os olhos quando sentiu as imagens vindo em sua cabeça.

Foram muitas imagens se diferenciando... Até que finalmente parou numa imagem antiga. Como se fosse lembranças. Não de Glória. Klaus estava com uma bela jovem ao seu lado. A jovem deveria ter pouco menos de 20 anos. Tinha uma beleza pura e inocente. Tinha a pele branca como neve, os olhos cor de mel grandes e chamativos, as maçãs do rosto eram coradas levemente e tinha os lábios carnudos.

As imagens sumiram e tudo apagou-se. Glória arfou sentindo novas imagens vindo. Agora parou em duas jovens conversando. As duas estavam sentadas no sofá. Uma garota era loira e tinha os olhos quase verdes. A outra... 

Glória assustou-se quando reparou que a outra era a mesma que vira com Klaus.

PDV Damon

Eu estava naquela chata e irritante festa dos fundadores. Comecei a andar em volta procurando por algo que me interessasse. Nada! O que eu poderia esperar?!

- Festa dos fundadores. - resmunguei. Ric estava bem atrás de mim - Isso é apenas uma desculpa para o conselho se reunir e falar sobre vampiros.

Revirei os olhos e tomei minha bebida. 

- Damon, acho que precisa se afastar um pouco de Demitria e Elena. - Alaric disse-me sério. Eu o olhei sem entender.

- O que disse? - indaguei.

- Isso que está acontecendo entre vocês... Não é legal. - ele disse negando. Ainda estava sério e preocupado.

- Acho que isso não é problema seu, Ric. - disse revirando os olhos.

- Sim, é meu problema. - ele disse contrariando-me - Devo cuidar delas, e é o que estou fazendo. - afirmou. Dei um passo em sua direção, olhando sério e irritado para ele.

- Bem. Então diga-me o que estou fazendo de errado? - pedi.

- Só acho que precisa dar um tempo a elas. - ele avisou - Estará magoando a Demitria, e causará brigas entre as duas. - falou incrédulo - Eu não quero isso para as duas.

Eu ia argumentar, mas a xerife se interferiu vindo me chamar para a reunião do conselho. Sai de lá olhando furioso para Ric.

PDV Demi

Voltei para minha casa e fui tomar um banho. Coloquei um vestido branco rodado e sapatos pretos. Deixei meus cabelos soltos com uma tiara branca e passei leve maquiagem. 

Assim que cheguei na festa, logo, logo já anoiteceria. Ainda tinha bastante gente rodando por aqui. Eu fui conversar com a prefeita e a xerife. Conversei coisa de minutos. Logo encontrei Ric e fiquei conversando com ele, que estava bem preocupado. 

- Essa sua preocupação por acaso se chama Damon Salvatore? - perguntei tentando parecer casual.

Ele olhou-me surpreso e sorri.

- Eu percebo essas coisas de longe. - sussurrei dando de ombros - Qual foi o problema da vez?

- O pai de Caroline apareceu novamente. - ele explicou rapidamente - Damon está furioso e quer matá-lo.

- Onde ele está? - perguntei revirando os olhos irritada.

- Eu não sei, ele deve estar por ai. - deu de ombros.

Sai de lá, já a procura do meu namorado estressado. Fiquei andando pelo lado de fora, minutos depois resolvi procurá-lo lá dentro. Fui para o andar de cima, nada. Desci para o salão principal, nada. Droga, Damon!!

Resolvi ir procurá-lo no escritório. Ando até lá, mas no caminho escuto barulhos de coisas se quebrando. Corro até o escritório e assusto-me quando vejo Caroline e Damon lutando. No chão, tinha um homem machucado.

- O que está havendo aqui?! - grito furiosa.

Caroline joga Damon contra a parede e corre até seu pai machucado. Ela o segura e imediatamente sai daqui sem nos dizer nada. Damon se recuperava e se levantou surpreso.

- Que droga. – ele resmungou se levantando do chão com seu rosto completamente machucado – Amo briga de garotas. – disse irônico e ficou de pé.

- Damon, o que deu em você? – perguntei irritada e andei até ele – Você não pode fazer isso!

- Por que não? – perguntou irritado também – Não é nada que eu não tenha feito antes. – disse como se fosse óbvio.

- Damon, você não era assim! – falei indignada.

- Sim, eu era! – ele disse nervoso – Mas você me fez ficar desta forma “bonzinho”!

- Agora você vai me culpar pela sua melhora? – perguntei indignada.

- Não, não estou te culpando! – negou nervoso – Mas por que de repente é tão importante me manter controlado?

- Eu não quero que você seja o que as pessoas acham que você é! – falei nervosa – Eu não quero que você se torne um... – calei-me no mesmo momento. Ele olhou-me sério e deu um passo em minha direção.

- Um o quê? Um monstro? Ah, sinto muito em desaponta-la, Demitria, pois pelo que sei eu ainda sou um vampiro! – falou nervoso e assustei-me dando um passo para trás.

- Mas eu não quero que você aja como um! – falei mais nervosa e magoada.

- Não sou o Stefan! Não sou o bonzinho que todos pensam e querem que eu seja! – falou raivoso e segurou em meus ombros – Eu já mudei tudo em mim por você, agora não tente mudar a minha natureza!

- Não quero mudar sua natureza! Só quero que deixe de ser um idiota! – gritei me soltando dele com força e ele me olhou irritado.

Rapidamente dei-lhe as costas e sai do escritório praticamente correndo. Limpando minhas lágrimas que caiam raivosamente. Idiota! É isso que ele é! Um idiota!

(...)

Já fazia dois dias que eu não falava com Damon. Sei que estou pegando pesado de mais com ele. Eu acho. Na verdade, estou apenas o ajudando a ser uma pessoa melhor. Mas se é isso que ele não quer... Não sou eu que lhe direi o que ele deve fazer ou como deve fazer. Sou apenas sua namorada. Para ele não deve ser algo tão importante, sim?

Esta noite estaremos arrumando o colégio para a noite de pegadinhas para os novatos. Digo, Caroline está nos abrigando a fazer isso. Eu estava trancada em meu quarto, ouvindo minha musica em paz, quando Caroline entra em meu quarto – pela janela – e me obriga a ir com ela e Elena ao colégio. Não tive como negar. Nem poderia. Claro.

- Acho que vou colocar tintas nas cadeiras dos professores. – Matt disse pegando o espirito da coisa já. Rimos e ele saiu pela porta. Estávamos na sala de aula colocando - acredite ou não - ratoeira no chão. 

- Vou colar a mesa do Ric! – Elena disse se empolgando.

- Esse é o espírito! – Caroline disse rindo e Elena sorriu saindo da sala – Eu te amo!

Ficamos na sala, apenas Caroline e eu. Tyler saiu com Bonnie para colocar papeis higienico na piscina.

- E então? – ela começou a puxar conversa – Como vai você e o Damon? – olhou-me curiosa.

- Eu não sei. – dei de ombros – Hoje é o segundo dia que eu não o vejo. – suspirei chateada.

- Damon está bem. – Caroline disse sem importancias – Ele deve estar causando alguma maldade agora que não está com você. – revirou os olhos.

- Caroline! – eu a repreendi incrédula.

- O que? – olhou-me confusa – Desculpe-me, mas antes de você entrar na vida dele, Damon só causava maldade por onde passava. E, sinto muito, mas creio que há certas coisas que não se pode mudar. – deu de ombros.

- Talvez ele tenha mudado, Caroline. – falei com a cabeça baixa – Eu acredito nele.

- Eu também acredito nele, mas Damon não mudaria assim: tão de repente! Eu estava até estranhando ele não ter feito nenhuma besteira há muito tempo. – suspirou revirando os olhos e voltou a montar as ratoeiras.

Coloquei a ratoeira sobre a mesa e caminhei para fora da sala, tomando cuidado para não pisar nas ratoeiras montadas. Enfim sai da sala e passei pelos corredores movimentados e cheios de pegadinhas. Abri a porta da saida e esbarrei em alguém.

- Desculp... – calei-me quando meus olhos levantaram-se até aquele rosto familiar. Engoli em seco e senti minha respiração ofegar – Klaus. – doeu-me ao dizer esse nome. Mas foi apenas isso que disse.

- Olá... Aghata. – ele murmurou com os olhos irritados, mas bem no fundo, podia dizer que tinha mágoa. 

Ofeguei sem reação. Ele não podia ter descoberto. Não agora!

Rapidamente, virei-me para sair de lá e correr. Mas quando viro-me para tal ação, Klaus já estava a minha frente. Dei um passo para tras e ele segurou meu braço com força.

- Por que se escondeu de mim? – ele perguntou nervoso e não lhe respondi nada – Hein? Séculos pensei que estivesse morta! – ele me chacoalhou com força e assustei-me – Agora... – puxou-me para mais perto dele e segurou meu rosto levemente – O que faço com você? – olhou-me pensativo e aproximou seu rosto do meu – Pensou que eu nunca descobriria não? Mas já logo percebi quando você me chamou de Nick. Apenas você e Rebekah me chamavam de Nick.

- Me deixa em paz. – eu sussurrei com medo.