Confissões Do Exílio escrita por Rosemary Grohl


Capítulo 8
Abismo entre extremos


Notas iniciais do capítulo

oi rsrs
voltei demoradamente mas voltei. se tiver erros de portugues, perdoem, mas a pressa e o fato de eu estar sem word são fatores agravantes. então me deem toques se acharem alguma coisa de errado. se lerem, deixei review nem que seja pra dizer um oi rs. espero que curtam e tals, bjs.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312097/chapter/8

O vento frio raspa soberbo pela minha face. Perdoe, Lizzie, mas eu não me barbeei. Não. Deixei a barba crescer um pouco mais do que deveria e sei, que se você estivesse aqui, me repreenderia. Sei também que faz tempo que não te escrevo. Mas, Lizzie, só agora tive a possibilidade de fazer uma cópia plena de cartas para que pudesse manter um acervo constante daquilo que lhe envio. Não tenho, porém, o tempo ou papel necessário para lhe contar o venho passando. E mesmo que tivesse, ainda me faltariam as palavras e a sanidade para explicar o que vem ocorrendo a mim. Então serei breve e espero que compreenda, contudo.

O julgamento ocorreu, enfim, mas já faz um tempo. Cerca de três meses pelo que pude notar. Desde então, fui sentenciado ao exílio e cá estou, fora das Terras de Ignia. Mas não se preocupe, Lizzie, achei um lugar onde posso ficar bem e ser cuidado.

Como conhecedora das leis, você sabe bem que com o exílio vem a perda de poderes. Mas esse homem - que por enquanto prefiro não nomear nas cartas que lhe envio - encontrou meios de levar magia de volta a vida daqueles que a perderam por motivos pequenos. Estou reaprendendo a ser eu. Estou reaprendendo a fazer magia, Lizzie, e em breve estarei quase completo.

Faz cerca de um mês e meio desde que meu treinamento começou. Já tenho forças para realizar os encantamentos básicos como levitação, movimento e rastreamento. Fugimos um pouco do que seria normal no cronograma para que eu pudesse lhe enviar esta carta. Insisti que meu Mestre me ensinasse a fazer o encanto da cópia plena. Levei semanas de treinamento árduo, mas alcancei um  nível aceitável e agora, encontro-me na varanda do meu quarto lhe escrevendo enquanto a cópia plena da carta vai se fazendo bem ao meu lado.

A lua é crescente, esta noite. Do jeito que gostávamos, Lizzie. Uma fatia de queijo em meio a fome, um sorriso branco no meio da escuridão. A noite está bastante impiedosa e, devido ao início do outono, começa a ficar frio aqui no castelo.

Gostaria de lhe dar detalhes, porém nem eu os conheço. Sei apenas que aqui moram centenas de criaturas exiladas pelos mais diversos motivos e outras que escolheram deixar Ignia. Não pense que são insanas, como eu fiz, Lizzie, não as julgue. Ainda não sei muito e quando souber, espero poder contar, mas há motivos para deixar aquilo que pensávamos ser o paraíso.

De toda forma, não conheço quase ninguém e prefiro que permaneça assim.

Sei que você adoraria me ver cheio de amigos, feliz e pleno como eu costumava ser. Mas já não sou esse eu. Desde o incidente, Lizzie, nada tem sido igual. Sinto-me numa enorme transição. Num abismo gigantesco entre meu eu antigo e meu eu futuro.

Do futuro pouco sei. Tenho sonhos, talvez até planos. Mas nada posso prever. O que houver de acontecer, acontecerá e isso está fora do meu alcance.

Meu antigo eu se perdeu no momento eu que e lhe perdi. No momento em que sua alma me deixou, eu me deixei também. Não sei quem sou agora. Não sei o quanto resta do que fui nem o quanto serei ou quando serei.

Isso tudo me apavora. A incerteza, a falta de claridade com a qual contemplo o que posso vir a ser.

O que sei, porém, é que vou lutar para retomar aquilo que é meu por direito. Conseguirei meus poderes, Lizzie, serei um mago novamente. O resto, contudo, terei de esperar para ver. As incertezas me corroem, mas me dão forças. No vão entre eu e o que seria certo, mora a esperança. Doce, boba, alegre. Eu já não a tinha há tempos. Mas ela pareceu querer me visitar e eu abri as portas, Lizzie. Eu preciso acreditar nisso. Preciso acreditar em mim ou em qualquer outra coisa. Preciso apenas acreditar.

Prometo mandar notícias tão breve quanto possível, contando mais detalhadamente o que se passa. Perdão se demorei muito para dizer pouco. Mas quero que saiba que estou bem. Não de todo bem, mas vivo. E vejo nisso um ótimo começo. Manterei a fé acesa, como lhe prometi.

De todas as promessas que fiz, essa foi a mais acertada: manter a fé eu prometo àquela que teve a fé brilhando em seus olhos até o segundo no qual eles se apagaram por completo e sua alma deixou seu corpo.

Colocarei a carta na fogueira, Lizzie. Espero que as cinzas cheguem logo até você.

Adeus, Lizzie, com todo o meu amor, adeus.
 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ta, ok, tudo bem, falou. é estranho aparecer a Lizzie. mas me deu vontade. ela é meio que a explicação pra tudo o que aconteceu com ele, mas não to com vontade de contar o porquê. mas fiquem ligadinhos e tudo mais pra poderem entender o que vier por aí.
bjs, até os reviews.
ou não.
mas tomara que sim.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Confissões Do Exílio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.