Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 7
Capítulo 7 - Eu adoro ouvir histórias.


Notas iniciais do capítulo

Caraca, valeu pedir 10 reviews, recebi 16!!!
Espero que gostem!
Boa leitura!!



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_ Sabe o que é pior nisso tudo? – Diogo falou quando se sentou numa das cadeiras do bar.

_ O quê?

_ Meu pai! Quando ele souber desse castigo eu tou ferrado. Muito ferrado.

_ Ao menos você tem pais que se preocupam com você e que por muito que você num goste eles se preocupam demasiado com seu futuro. – falei enquanto me sentei também num lugar vazio.

_ Porque diz isso?

_ Meus tios num ligam nem um pouco pra mim.

_ E seus pais? – ele fez meu olhar desviar da mesa e meus dedos pararem de desenhar sobre ela.

_ È uma longa história!

_ Eu adoro ouvir histórias. – ela falou rindo, inocentemente.

_ Mais essa eu num gosto de contar! – falei olhando bem no fundo de seus olhos, lugar onde eu estava totalmente fixa.

_ Ok eu não vou… - Diogo não terminou e depois de olhar para alguma coisa atrás de mim me beijou.

Ao principio fiquei imóvel e com os olhos arregalados. Ainda pensei eu dar um valente tapa nele, mais depois repensei nesse assunto. Ele pediu mais de mim e eu bem devagar fui encaixando melhor meus lábios nos seus. O beijo foi muito desajeitado. Ele mexia a boca a medo e eu fazia o mesmo. Levei minha mão em seu rosto e bem devagar e temendo qualquer reação dele a fui pousando devagar.

O beijo terminou com um selinho demorado e com meu dedo passando em cima de seus lábios. Colamos nossas testas e ficamos olhando um para o outro. Sua respiração se misturou com a minha e acho que se não fosse a Liz a falar pra gente, tínhamos voltado a colar as bocas.

_ Isso é que é se estar apaixonado, né?

_ O que você quer Liz? – Diogo falou me olhando, se bem que eu ainda estava que meio sem chão e fora da realidade. Tinha sido atingida por um montão de… de sei lá o quê e estava completamente fora de mim. Olhava para Diogo, mesmo sabendo que seu olhar também estava em cima de mim.

_ Nada apenas vim comentar a cena dos recém pombinhos.

_ É, veio mesmo fazer isso? – Diogo falou. – Sempre pensei que pombos e peruas não se dessem bem!

_ Você não está insinuando que … ?

_ Eu não estou insinuando. Eu estou mesmo afirmando agora vaze daqui! – Ele levantou a mão indicando a saída e coisa cor de rosa mas que hoje por acaso usava laranja, e que mal viu o gesto bateu com o pé no chão feito criança e depois saiu. Apertando os punhos e batendo o sapato tão alto que parecia que estávamos no meio de um tiroteio.

Dava voltas e voltas na cama sem encontrar a posição certa. Não conseguia pregar olho. E acho que estava tentando negar a razão. Mas estava sendo  impossível. Aquele beijo não saia de minha cabeça. Aquela troca de olhares, o seu sabor,…

Passei umas quantas vezes a mão pelo rosto e disse mentalmente para “ Esqueça Sophia. Esqueça! Ele não merece tanta atenção!” mais as palavras pareciam tão pouco poderosas para ditar a ordem que transmitiam!

_ Não consegue dormir? – A voz de Diogo ecoou e eu fiz de conta que não ouvi. Não me mexi mais e tentei dar a entender que dormia para evitar alguma pergunta sua, mas não consegui e lá respondi.

_ Não. E você também não consegue dormir?

_ Acho que não!

_ Acha? Porquê? Não tem certeza? – fiz ar de riso e perguntei.

_ Nesse momento acho que não tenho certezas de nada!

_ O que impede você de pregar olho? Pesadelo ou Sonho?

_ O que impede você de pregar olho também? – acho que ele tentou evitar que fosse o primeiro a responder e empurrou  a questão pra mim. Voltando assim a deixar aquele quarto sem pio algum.

Depois de pensar umas quantas vezes sobre se respondia ou não. Respondi e por coincidência ou não ele respondeu ao mesmo tempo, curiosamente a mesma coisa.

_ Você! – rimos os dois abafados sem sabermos bem o que falar.

Depois disso nenhum outro ruido se ouviu no quarto apenas eu dando mais uma volta na cama.

Acordei, não com alguém saltando em minha cama mais sim com musica em altos berros me fazendo pinchar na cama. Pequei em qualquer coisa que me apareceu á mão e atirei contra a aparelhagem que parou logo de imitir som.

_ Hei. Não é preciso tanta agressividade nem tanta violência. Sabe que pode ter acabado com meu sistema de som!

_ Não. Você é que estava acabando com meu sistema auditivo e consequentemente com o meu  sistema cerebral com tanto ruido. Será que num dá pra por uma musica mais calma e menos Hard como essa?

_ Ahhhhh, - ele se fez de pensativo. – Não. Até porque está na nossa hora!

_ Desculpe? Na nossa hora?

_ Sim! Está quase soando o sinal e se você num se despacha a gente vai ficar sem café da manhã de novo. E olhe que eu sou um homem que precisa se comida!

_ Um homem? Você nem sequer um palmo de adolescente tem quanto mais de homem!

_ Ai é? – assenti rindo o provocando, levando de seguida com ele em cima de mim fazendo cosquinhas e roubando risadas de minha pessoa.

Até que a gente parou, nossos olhares se encontraram e nossos sorrisos foram se apagando de nossos rostos lentamente. O que importou naquele momento não foram as palavras porque sinceramente achei que elas não existiram o que mais importou foram os olhares que disseram tudo o que a boca não conseguiu dizer.

_ Eu tenho que me despachar se não vou me atrasar. – ele saiu de cima de mim e eu corri para o banheiro com minha roupa.

Quando cheguei no quarto ele já num estava em lá. Devia ter percebido que tinha pouco tempo para o seu café da manhã e desceu para o tomar. Peguei minha bolsa e sai. Fui direta na sala e Rita já estava lá.

_ Bom dia!

_ Bom dia! Tudo bem? – ela perguntou.

_ Mais ó menos! – ela fechou o livro que tinha na sua frente e que dava um revisada com olhos e me encarou.

_ O que rolou?

_ Você viu a cena de ontem no bar?

_ Entre você e Diogo? Não. Mais já ouvi uns boatos! Porquê que pergunta?

_ Eu acho que o pesadelo e a assombração que ele causava em mim está se tornando um sonho cor de rosa pra mim.

_ Sonho cor de rosa?

_ Sim. O beijo dele ainda não me saiu da cabeça e… - Diogo passou a porta da sala e eu hesitei parando de falar e acompanhando cada passo que ele dava com o olhar.

_E… ? – ela pediu a continuação.

_ Depois eu te falo. Agora vai começar a aula!  – fiz sinal com a cabeça para ela olhar pra trás e depois peguei em minhas coisas me dirigindo para meu lugar.

Estava sentada com Rita no bar. Estava tão longe de Diogo que estava praticamente do outro lado do bar , mas estava tão perto pois nossos olhares se encontravam sistematicamente e mesmo sem eu querer a gente estava fixa um no outro de novo.

_ Mais e aí me explique melhor essa coisa do sonho cor de rosa! – Rita falou bebendo seu suco enquanto eu abanava com o meu no copo.

_ Ontem como você já ouviu falar eu e Diogo nos beijamos e o pior é que eu gostei.

_ Como assim você gostou? Num foi você que falou pra mim que vocês eram inimigos mortais?

_ Aí é que está. Eu não sei o que está dando em mim mais ontem se a perua da Liz não tivesse se metido entre o beijo a gente não tinha parado os amassos.

_ Brinca?

_ Falo sério. Já para não falar de hoje de manhã.

_ O que rolou hoje de manhã? – ela falou pronunciando “hoje de manhã” do mesmo jeito que eu pronunciei.

_ Acho que se eu não tivesse desviado a cena, o lance tinha acabado em beijo de novo!

_ Mas que cena, que lance? Fale direito!

_ Porque tem que ser tão chata! Eu não vou estar pra aqui falando de pormenores que eu já esqueci. O que á pra dizer é que a gente quase se beijou de novo!

_ Não diga que eu já esqueci! Diga que eu estou tentando esquecer!

_ Cala a boca! – deu um empurram de leve em seu braço e ela riu.

Entretanto a matilha da escola se chegou perto de mim e de Rita.

_  Oi. – Liz falou.

_ Oi – eu e Rita falamos em conjunto.

_ Desculpe se alguma vez foi ruim com você. Nunca pensei que vivesse traumatizada com o que rolou com seus pais nem nunca pensei que tivesse tantos problemas na delegacia por causa deles. Deve ser mesmo mau saber que os pais são uns criminosos, hein! – Liz falou tão alto que todo o bar ouviu. E todos me começaram a lançar olhares.

_ Como você pode ser tão cabra, hein!

_ Cabra eu? Eu só não me sinto bem com uma filha de vadios pisando o mesmo chão que eu. – foi a gota de água. Deu um tapa bem grande no rosto da Liz que mal descolei a mão de sua face se notou uma grande mancha vermelha.

_ Você nunca mais abre o bico para falar de meus pais, ouviu?! E para que fique sabendo eu tenho problemas com a delegacia porque infelizmente meus pais morreram  em Marselha, este ano antes do colégio começar e em vez de você que vive bem da vida que basta estalar o dedinho e tem uma  bando de garotas que o que querem mais é levantar ás saias e dizer “ Eu sou amiga da Liz!”, eu vivo com dois tios que o que mais querem é se verem livres de mim e que desejam a minha morte, só para ficarem com a minha herança. E a  única pessoa que liga pra mim nesse mundo é o Dr. Meireles que me ajuda com a delegacia e trata de me resguardar de meus tios, e de seus joguinhos venenosos. – estava evitando não chorar, mais meus olhos já estavam marejados e o pingo salgado que tentei conter acabou por rebentar em meu olho.

Peguei minha bolsa e fugi daquele lugar. Corri bem depressa para fora do edifício. Chovia. E quando pus um pé fora do colégio minhas gotas salgadas se misturaram com a água da chuva. Não sabia para onde ir e por isso comecei correndo. Quanto mais corria mais chorar queria. Quando dei por mim estava atrás do colégio. Numa parte que ninguém ia. Me encostei no muro alto e deixei meu corpo deslizar conforme minhas pernas até eu sentar encolhida no chão  entre soluços e lágrimas, libertando tudo o que tinha cá dentro guardado á muito tempo…


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ficou legal?
Deixam reviews!! Muitos reviews!! Fico aguardando!! Amanhã tem mais!
Um beijão!
xD