Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda
Notas iniciais do capítulo
Caraca, valeu pedir 10 reviews, recebi 16!!!
Espero que gostem!
Boa leitura!!
_ Sabe o que é pior nisso tudo? – Diogo falou quando se sentou numa das cadeiras do bar.
_ O quê?
_ Meu pai! Quando ele souber desse castigo eu tou ferrado. Muito ferrado.
_ Ao menos você tem pais que se preocupam com você e que por muito que você num goste eles se preocupam demasiado com seu futuro. – falei enquanto me sentei também num lugar vazio.
_ Porque diz isso?
_ Meus tios num ligam nem um pouco pra mim.
_ E seus pais? – ele fez meu olhar desviar da mesa e meus dedos pararem de desenhar sobre ela.
_ È uma longa história!
_ Eu adoro ouvir histórias. – ela falou rindo, inocentemente.
_ Mais essa eu num gosto de contar! – falei olhando bem no fundo de seus olhos, lugar onde eu estava totalmente fixa.
_ Ok eu não vou… - Diogo não terminou e depois de olhar para alguma coisa atrás de mim me beijou.
Ao principio fiquei imóvel e com os olhos arregalados. Ainda pensei eu dar um valente tapa nele, mais depois repensei nesse assunto. Ele pediu mais de mim e eu bem devagar fui encaixando melhor meus lábios nos seus. O beijo foi muito desajeitado. Ele mexia a boca a medo e eu fazia o mesmo. Levei minha mão em seu rosto e bem devagar e temendo qualquer reação dele a fui pousando devagar.
O beijo terminou com um selinho demorado e com meu dedo passando em cima de seus lábios. Colamos nossas testas e ficamos olhando um para o outro. Sua respiração se misturou com a minha e acho que se não fosse a Liz a falar pra gente, tínhamos voltado a colar as bocas.
_ Isso é que é se estar apaixonado, né?
_ O que você quer Liz? – Diogo falou me olhando, se bem que eu ainda estava que meio sem chão e fora da realidade. Tinha sido atingida por um montão de… de sei lá o quê e estava completamente fora de mim. Olhava para Diogo, mesmo sabendo que seu olhar também estava em cima de mim.
_ Nada apenas vim comentar a cena dos recém pombinhos.
_ É, veio mesmo fazer isso? – Diogo falou. – Sempre pensei que pombos e peruas não se dessem bem!
_ Você não está insinuando que … ?
_ Eu não estou insinuando. Eu estou mesmo afirmando agora vaze daqui! – Ele levantou a mão indicando a saída e coisa cor de rosa mas que hoje por acaso usava laranja, e que mal viu o gesto bateu com o pé no chão feito criança e depois saiu. Apertando os punhos e batendo o sapato tão alto que parecia que estávamos no meio de um tiroteio.
…
Dava voltas e voltas na cama sem encontrar a posição certa. Não conseguia pregar olho. E acho que estava tentando negar a razão. Mas estava sendo impossível. Aquele beijo não saia de minha cabeça. Aquela troca de olhares, o seu sabor,…
Passei umas quantas vezes a mão pelo rosto e disse mentalmente para “ Esqueça Sophia. Esqueça! Ele não merece tanta atenção!” mais as palavras pareciam tão pouco poderosas para ditar a ordem que transmitiam!
_ Não consegue dormir? – A voz de Diogo ecoou e eu fiz de conta que não ouvi. Não me mexi mais e tentei dar a entender que dormia para evitar alguma pergunta sua, mas não consegui e lá respondi.
_ Não. E você também não consegue dormir?
_ Acho que não!
_ Acha? Porquê? Não tem certeza? – fiz ar de riso e perguntei.
_ Nesse momento acho que não tenho certezas de nada!
_ O que impede você de pregar olho? Pesadelo ou Sonho?
_ O que impede você de pregar olho também? – acho que ele tentou evitar que fosse o primeiro a responder e empurrou a questão pra mim. Voltando assim a deixar aquele quarto sem pio algum.
Depois de pensar umas quantas vezes sobre se respondia ou não. Respondi e por coincidência ou não ele respondeu ao mesmo tempo, curiosamente a mesma coisa.
_ Você! – rimos os dois abafados sem sabermos bem o que falar.
Depois disso nenhum outro ruido se ouviu no quarto apenas eu dando mais uma volta na cama.
…
Acordei, não com alguém saltando em minha cama mais sim com musica em altos berros me fazendo pinchar na cama. Pequei em qualquer coisa que me apareceu á mão e atirei contra a aparelhagem que parou logo de imitir som.
_ Hei. Não é preciso tanta agressividade nem tanta violência. Sabe que pode ter acabado com meu sistema de som!
_ Não. Você é que estava acabando com meu sistema auditivo e consequentemente com o meu sistema cerebral com tanto ruido. Será que num dá pra por uma musica mais calma e menos Hard como essa?
_ Ahhhhh, - ele se fez de pensativo. – Não. Até porque está na nossa hora!
_ Desculpe? Na nossa hora?
_ Sim! Está quase soando o sinal e se você num se despacha a gente vai ficar sem café da manhã de novo. E olhe que eu sou um homem que precisa se comida!
_ Um homem? Você nem sequer um palmo de adolescente tem quanto mais de homem!
_ Ai é? – assenti rindo o provocando, levando de seguida com ele em cima de mim fazendo cosquinhas e roubando risadas de minha pessoa.
Até que a gente parou, nossos olhares se encontraram e nossos sorrisos foram se apagando de nossos rostos lentamente. O que importou naquele momento não foram as palavras porque sinceramente achei que elas não existiram o que mais importou foram os olhares que disseram tudo o que a boca não conseguiu dizer.
_ Eu tenho que me despachar se não vou me atrasar. – ele saiu de cima de mim e eu corri para o banheiro com minha roupa.
Quando cheguei no quarto ele já num estava em lá. Devia ter percebido que tinha pouco tempo para o seu café da manhã e desceu para o tomar. Peguei minha bolsa e sai. Fui direta na sala e Rita já estava lá.
_ Bom dia!
_ Bom dia! Tudo bem? – ela perguntou.
_ Mais ó menos! – ela fechou o livro que tinha na sua frente e que dava um revisada com olhos e me encarou.
_ O que rolou?
_ Você viu a cena de ontem no bar?
_ Entre você e Diogo? Não. Mais já ouvi uns boatos! Porquê que pergunta?
_ Eu acho que o pesadelo e a assombração que ele causava em mim está se tornando um sonho cor de rosa pra mim.
_ Sonho cor de rosa?
_ Sim. O beijo dele ainda não me saiu da cabeça e… - Diogo passou a porta da sala e eu hesitei parando de falar e acompanhando cada passo que ele dava com o olhar.
_E… ? – ela pediu a continuação.
_ Depois eu te falo. Agora vai começar a aula! – fiz sinal com a cabeça para ela olhar pra trás e depois peguei em minhas coisas me dirigindo para meu lugar.
…
Estava sentada com Rita no bar. Estava tão longe de Diogo que estava praticamente do outro lado do bar , mas estava tão perto pois nossos olhares se encontravam sistematicamente e mesmo sem eu querer a gente estava fixa um no outro de novo.
_ Mais e aí me explique melhor essa coisa do sonho cor de rosa! – Rita falou bebendo seu suco enquanto eu abanava com o meu no copo.
_ Ontem como você já ouviu falar eu e Diogo nos beijamos e o pior é que eu gostei.
_ Como assim você gostou? Num foi você que falou pra mim que vocês eram inimigos mortais?
_ Aí é que está. Eu não sei o que está dando em mim mais ontem se a perua da Liz não tivesse se metido entre o beijo a gente não tinha parado os amassos.
_ Brinca?
_ Falo sério. Já para não falar de hoje de manhã.
_ O que rolou hoje de manhã? – ela falou pronunciando “hoje de manhã” do mesmo jeito que eu pronunciei.
_ Acho que se eu não tivesse desviado a cena, o lance tinha acabado em beijo de novo!
_ Mas que cena, que lance? Fale direito!
_ Porque tem que ser tão chata! Eu não vou estar pra aqui falando de pormenores que eu já esqueci. O que á pra dizer é que a gente quase se beijou de novo!
_ Não diga que eu já esqueci! Diga que eu estou tentando esquecer!
_ Cala a boca! – deu um empurram de leve em seu braço e ela riu.
Entretanto a matilha da escola se chegou perto de mim e de Rita.
_ Oi. – Liz falou.
_ Oi – eu e Rita falamos em conjunto.
_ Desculpe se alguma vez foi ruim com você. Nunca pensei que vivesse traumatizada com o que rolou com seus pais nem nunca pensei que tivesse tantos problemas na delegacia por causa deles. Deve ser mesmo mau saber que os pais são uns criminosos, hein! – Liz falou tão alto que todo o bar ouviu. E todos me começaram a lançar olhares.
_ Como você pode ser tão cabra, hein!
_ Cabra eu? Eu só não me sinto bem com uma filha de vadios pisando o mesmo chão que eu. – foi a gota de água. Deu um tapa bem grande no rosto da Liz que mal descolei a mão de sua face se notou uma grande mancha vermelha.
_ Você nunca mais abre o bico para falar de meus pais, ouviu?! E para que fique sabendo eu tenho problemas com a delegacia porque infelizmente meus pais morreram em Marselha, este ano antes do colégio começar e em vez de você que vive bem da vida que basta estalar o dedinho e tem uma bando de garotas que o que querem mais é levantar ás saias e dizer “ Eu sou amiga da Liz!”, eu vivo com dois tios que o que mais querem é se verem livres de mim e que desejam a minha morte, só para ficarem com a minha herança. E a única pessoa que liga pra mim nesse mundo é o Dr. Meireles que me ajuda com a delegacia e trata de me resguardar de meus tios, e de seus joguinhos venenosos. – estava evitando não chorar, mais meus olhos já estavam marejados e o pingo salgado que tentei conter acabou por rebentar em meu olho.
Peguei minha bolsa e fugi daquele lugar. Corri bem depressa para fora do edifício. Chovia. E quando pus um pé fora do colégio minhas gotas salgadas se misturaram com a água da chuva. Não sabia para onde ir e por isso comecei correndo. Quanto mais corria mais chorar queria. Quando dei por mim estava atrás do colégio. Numa parte que ninguém ia. Me encostei no muro alto e deixei meu corpo deslizar conforme minhas pernas até eu sentar encolhida no chão entre soluços e lágrimas, libertando tudo o que tinha cá dentro guardado á muito tempo…
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O que acharam? Ficou legal?
Deixam reviews!! Muitos reviews!! Fico aguardando!! Amanhã tem mais!
Um beijão!
xD