Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 51
Capítulo 51 - Tem duvida, procure dicionário!


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo!! Passei dos 100 favoritos, por isso acho que isso significa que tenho que obter 100 Reviews!
Quero ver se vai mesmo ser assim e talvez, tenham uma surpresa no próximo capitulo!
Gente machuquei o braço e isso tá feio. Me doí pra caramba. Sejam vocês a animar meu dia estragado, deixando ideias e sugestões pra mim. Me contem como acham que vai ser o final da fic, como acham que eles vão passar a viver longe um do outro. Como imaginam eles no final?
Contem pra mim. :)
Boa leitura....
* Desculpem os erros, sem revisar!!



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POV DIOGO

Acordei, mas não abri logo o olho, me virei na cama e só depois é que o fiz. O sol que adentrava no quarto dava cor a tudo o que por lá havia. Trazia com ele o nascer do dia. Olhei pro lado e não vi ninguém. Não vi Sophia. Onde ela estava? No banheiro? Talvez. A noite passou depressa mas devagar ao mesmo tempo.

Seria o fim da gente. O fim do que houve. Ficou mais que claro que quando o sol rompesse o céu a gente falaria o ultimo adeus e esqueceria que em tempos tivemos alguma coisa. A noite com ela foi boa, e a melhor forma de despedida. Só precisava de senti-la uma vez mais. Só precisava de abraça-la uma vez mais.

Agarrei melhor o travesseiro e dele caiu um bilhete. Me sentei na cama, tapando minhas pernas e apenas deixando descoberto meu peito. Passei a mão pelo cabelo, o desarrumando ainda mais e depois li, o que nele, com a conhecida letra de Sophia tinha rabiscado.

LI uma, duas, três vezes e mesmo assim ficava coma  sensação que não era o que eu li que ela tinha escrito.

Como assim se foi sem se despedir de mim? Como assim deixou um bilhete? Encostei a cabeça na cabeceira da cama e bufei, passando a mão pelos olhos. Encobrindo uma lágrima e os abrindo ainda mais.

Se calhar o melhor foi mesmo, assim ser. Sem despedidas fica mais fácil. Mas era duro na mesma. Me levantei e apanhei minha roupa que se distribuía pelos vários cantos do quarto. Me vesti e fiz a cama. O mínimo que podia fazer depois do favor que a Damiana fez pra gente. Deixei o quarto mais ó menos e antes de sair dei uma olhada pelo espelho, pra ver meu cabelo.

Uma marca vermelha em meu pescoço chamou minha atenção. Me aproximei um pouco mais pra admirar de mais perto o que aquilo era e passei os dedos por cima. Sorri bobo. Só de imaginar que foi Sophia que a tingiu na minha pele. Baixei um pouco mais a gola e reparei que afinal não era uma, mais a baixo havia outra. Quantas mais ela deixou espalhadas por meu corpo?

Quando me dirigi para a entrada, Damiana, preparava o café da manhã. Fiquei perturbado pois não sabia muito bem o que falar.

_ Bom dia, menino!

_ bom dia, Damiana!

_ Passou bem a noite? – boa pergunta. Será que ela escutou alguma coisa? A gente fez o mínimo de barulho! Mas tendo em conta que estávamos com a cabeça em outros lugares que não o barulho talvez, tivéssemos perdido a noção e deixado escapar algum gemido ou coisa do género.

_ Sim. Cama confortável a sua! – comentei pondo a mão atrás da nuca atrapalhado.

_ Ela se foi! – Damiana pousou o ultimo prato na mesa. Parece que também já sabia da novidade, que não era novidade!

_ Viu ela sair?

_ Não. Apenas li! – ela levantou um pequeno cartão, afinal eu não fui o único a quem ela deixou bilhete.

_ Eu acho que vou indo também!

_ Porque não toma café da manhã aqui?

_ Não. Adoraria, mas estou já, muito tempo fora do colégio. Se demorar vão acabar por dar por minha ausência, e por minha escapadela. Tenho mesmo que ir.

_ Mas… - não deixei ela acabar e dei um beijo em sua testa.

_ Obrigo por tudo. E obrigada por tratar de Sophia durante esse dias.

Virei costas e me dirigi na porta, estava na minha vez de seguir em frente.

...

Quando estava já próximo do colégio, liguei pra Tomás e supliquei pra que ele atendesse! Fui cedo, mesmo antes das aulas começarem , o que significava que ele ainda não podia estar em aula e assim , me poderia ajudar.

_ Cara, estou chegando na entrada do colégio e necessito sua ajuda pra entrar, não demora, tá!

_ Mas Diogo, como quer que eu te ajude? Nessa hora tem muita gente no pátio principal e vai dar demasiado nas vistas, não?

_ Tomás, se arranje peça ajuda pra Rita. Ela saberá o que fazer, mas se despache. – sabia que ele me iria contrariar e por isso mal acabei de falar, apertei o vermelho.  Ele que se arranje!

Fiquei a uns metros de distância esperando seu sinal e para quem estava assim tão atrapalhado e sem solução, foi rápido demais.

O portão se abriu e ele me chamou. Fui andando calmamente até lá. O que o enervou.

Entrei no colégio e a expressão de Tomás foi:

_ Onde ela está?

_ Isso pergunto eu! Onde você esteve? – mal a gente se virou, imagine só quem encontrou.

Se pensaram que foi Rita! Sim foi ela mas não estava sozinha. Se pensaram que era ela e o diretor! Parabéns, porque acertaram em cheio.

_ Os três pra minha sala, agora!

_ Então Macedo, vai demorar pra falar porque saiu do colégio? – sentado em sua cadeira giratória o diretor nos encarava.

_ Porque… - uma boa desculpa, que evitasse o menos perguntas possíveis, eu estava precisando e bem rápido. – Porque…

_ Não vou perder muito tempo com isso. Nenhum de vocês está querendo colaborar, então o melhor é   vos atribuir um   castigo.

_ Um castigo? – acho que Rita se engasgou, quando ouviu a palavra castigo.

_ Sim. Vão os três passar a limpar a cantina no final do jantar, todos os dias até eu mandar parar, e achar que é o bastante!

_ Mas a gente tá em época de prova, e as provas finais, como vai ter tempo pra estudar, se tem aula de manhã á noite? – Rita tentou convence-lo que isso não era o certo, mas não estava resultando.

_ Assim como têm tempo, pra se escapar do colégio, e para ajudar os amiguinhos a não serem apanhados, também podem disponibilizar um pouco do vosso tempo pra fazer trabalhos na cantina. E aviso que começam já hoje. – Tomás tentou falar mais ele o cortou. – E não vale a pena virem pra cá com teatrinhos, porque minha decisão está tomada, agora rua. Para as aulas, que já bateu o sinal.

Foi o que fizemos saímos calados. Agora viraríamos empregadas de limpeza. Eu bem falo, esse colégio vai de mal a pior.

_ Viu cara, eu te avisei, não deu certo, e gora vou virar faxineiro! – Tomás falou já correndo para a aula, me deixando a mim e Rita pra trás.

_ Não é por lavar prato, ou limpar mesas que as mulheres da cantina, ficaram sem dedos, por isso você também não corre esse risco!

Rita riu junto comigo.  Ao contrário de Tomás não tínhamos a mínima pressa de chegar na aula!

_ Qual foi a parte de que eu falei que a aula já começou e que estão atrasados que ainda não entenderam? – o boi do diretor gritou do fundo do corredor, nos fazendo revirar os olhos e correr pra sala, que marrento ele, hein!

Quando todo o mundo acabou de jantar a pensa ficamos nós na cantina. Começamos levantando os pratos e levando pra cozinha, recebendo instruções das senhoras que já trabalhavam por lá há muito tempo.

Não nos deixaram escolher o que fazer e logo definiram o que cada um faria.

_ A menina e você vão limpar as mesas e varrer a cantina! – ela apontou pra mim e pra Rita. – Você vem ajudar a gente a lavar a loiça!

Tomás não ficou satisfeito com seu cargo, mas nunca se pode agradar a todos.

Pegamos em panos e fomos, fazer o que nos mandaram. Era incrível ver a cantina vazia e sem ruido, chegava até a ser estranho, pois estava habituado a vê-la inundada de gente, boiando com tabuleiros na mão de um lado para o outro.

Peguei no pano e comecei limpando.

_ Não a encontrou? – Achava que Rita, desde manhã que tinha essa pergunta encravada na garganta, mas nunca teve coragem de a botar pra fora.

_ Encontrei.

_ E onde ela está?

_ Não sei!

_ Como assim não sabe? – era complicado ela compreender minhas respostas, não sabendo metade da história.

_ A gente esteve junto, a gente conversou, a gente se acertou e chegamos na conclusão que nosso destino é estarmos separados. Não tem jeito da gente estar junto. E é melhor assim!

_ Hey, se liga na Terra, Diogo! Que tá dando em você, cara? – ela me cotovelou forte me desequilibrando . – Eu estou falando com o mesmo Diogo que eu conheci? Você é louco por ela! Ela á louca por você! Que te tá dando, hein! Tá pirando?

_ Sim, você tá falando com o Diogo que conheceu, e eu sei perfeitamente que tudo o que você falou é verdade, mas foi uma decisão tomada por nós, juntos e em acordo! Está na hora de mudar!

_ Ai sim? Eu apenas quero ver como!

_ Também eu! – não queria falar isso mas saiu, e já sabia que vinha questionário.

_ Que quer dizer com isso? – em vez de estarmos cumprindo nossa tarefa estávamos parados conversando, frente a frente!

_ Minha vida está complicada Rita! Tudo está de cabeça pra baixo! Tudo se está separando!

_ Como assim tudo se está separando? Fale direito e com as letras todas, se deixe de meias palavras. Os ares de fora do colégio, pelo que eu estou vendo, então causando um grande impacto, hein! Nem articular uma frase concisa e  sucinta, cê consegue. Acorde pra realidade!

_ Pode traduzir essa sua linguagem, com palavras que eu nem sei o significado, pra uma mais simples e que meus neurónios consigam entender! – ela encolheu os ombros, pois sabia que eu tinha intendido tudo!

_ Tem duvida, procure dicionário!

Decidi deixar de ser complicado, afinal estava precisando de alguém a quem desabafar o que estava me sufocando, com Tomás era impossível, com Sophia mais ainda e quem me restava era a fiel amiga!

_ Sophia foi embora, Tomás nem me fala direito, meus pais se estão divorciando, minhas notas descendo… Acha que vai ser fácil esquecer de um dia pro outro e mudar assim com tanta facilidade?

Seu olhar transbordava de admiração, talvez não estivesse esperando ouvir grande parte dessas coisas. E a que mais lhe surpreendeu não foi Tomás, não foi Sophia e muito menos as notas. Ela não esperava era ouvir a parte de meus pais.

_ Não vai falar nada? – perguntei.

_ Bem! – ela pestanejou dando conta da realidade. – Desculpa, mas eu tou um pouco sem jeito, não estava esperando tanta novidade! – ela gaguejava.

_ Parece que dessa vez, quem tá com dificuldade em articular frase é você!

_ Fala sério que seus pais… - assenti. – E porque não contou pra gente, sabe que nunca zoaríamos ou te abandonaríamos.

_ Tive vergonha!

_ Diogo! Vergonha?

_ Sabe que até um Playboy tem vergonha!

_ Como cê tá?

_ Por um lado até estou bem! Já há muito tempo que eu suspeitava que esse momento fosse chegar, e até sou a favor!

_ Eu não falo que você tá pirando? – ela não estava acreditando no que eu falava, pudera quem á o filho que torce para que os pais se divorciem?

_ Não sabe como as coisas eram lá em casa! Não imagina sequer!

_ Briga? – a inocência e rebeldia de Rita, me surpreendiam.

_ Não. Bem pelo contrário. Acho que foi a falta de briga, e a falta de convívio que levou a isso. Eles mal se falavam. Acho que chegava mesmo a haver semanas que não punham o olho um no outro. Ou porque meu pai estava trabalhando ou porque se estava satisfazendo com uma qualquer, num hotel qualquer, numa cidade qualquer. E minha mãe sempre deixou as coisas rolarem. Sempre encolhia os ombros e fechava o olho pra tudo, mas finalmente agora não os fechou e os abriu.

_ Então porque falou que sua vida estava complicada?

_ Tudo bem, isso de se separarem e tudo mais. Mas meu pai não está disposta a dar pra minha mão os pontos. Ele exige a minha guarda! Ele quer que eu passe a viver com ele. E isso eu não quero. Que quero ficar com minha mãe!

_ E não tem jeito disso se resolver?

_ Não. O mais provável é ele conseguir o que quer, quer seja a bem ou a mal.

_ Hey, sabe que me tem aqui para o quer precisar! Se estiver aflito já sabe que é apenas gritar que aqui a Rita aparece. Nem que seja pra descarregar em mim, pra darmos numa de skate, pra desabafar, pra mandar á merda se for preciso! Eu estou aqui! E isso vai melhorar pra seu lado! – nos abraçamos e eu me baixei um pouco, ela era uns centímetros mais baixa que eu.

_ Obrigada! Mas se liga porque passou a ser minha linha de SOS.

_ Conte comigo, toda a hora. – rimos os dois. Ela sim era uma verdadeira amiga! Sempre estava lá pronta para os outros.

_ E comigo também! – a voz de Tomás soou atrás de mim! Não. Mais confusão não. Me descolei de Rita logo!

_ Tomás, nós apenas estávamos… - Rita começou.

_ Eu ouvi a conversa! Conte comigo cara! Junto e grudado! – ele me estendeu o punho como a muito que não fazia, parece que Rita tinha razão, as coisas estavam melhorando.

_ Aí, isso é tudo muito lindo, mas já é tarde eu não vejo a hora de ver minha rica caminha! Vamos acelerar isso, porque amanhã é dia de acordar cedo e o relógio não atrasa! – Acho que Rita estava um pouco enjoada com a situação.

_Já acabou na cozinha?

_ Estou quase!

_ Então se despacha se quer subir para os dormitórios com a  gente!

Tomás tratou logo de voltar para  cozinha.

_ E você e ele? – voltei a falar, dessa vez mais baixo para a coisa trapalhona que agora encarnava no papel de empregada de cozinha escutar.

_ Que tem? – lancei um olhar pra ela, comprometido e com um pouco de safadeza, cinismo e indecência, queria ver qual sua reação. – Não me olhe assim tá!!!!!!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Aguardo reviews!
* quem não leu, volte pra trás e leia as notas iniciais, falo pra vocês umas coisinhas sobre o que quero que vocês me contem!
Beijo Duda =)