Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 50
Capítulo 50 - Adeus. E até sempre!


Notas iniciais do capítulo

Olha eu! Fiquei esperando os 860 reviews mas parece que ele não chegou. Novo capitulo e com surpresas!
Espero que gostem!!
Boa leitura...
* durante esse capitulo vai haver uma parte que vai ter musica. Se quiserem abram o link e leiam o capitulo curtindo o som. Mas não saltem já pra essa parte, porque se o fizerem, não intenderão o contexto!!



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POV SOPHIA

_ Shhhh…. – ele murmurou – Eu te quero de volta, piolho!

Numa fração de segundos seu rosto ficou muito próximo do meu. Seu olhar também se fixava dentro de meus olhos e suas mãos não desgrudavam de meu rosto.

Eu me mantinha ali, quieta, parada, sem reação, esperando uma dele. Segurava o sorvete na mão e incontrolavelmente termia, sem razão. Ou será que tinha? Bom não interessa!

Temia o que vinha depois e com vontade e também com um pouco contra vontade senti a necessidade de o afastar.

_ Não Diogo! – segredei tão baixo que fiquei incerta se ele escutou ou nem por isso.

Mas escutou, e bem. Pois se afastou um pouco, me olhando sério, confuso, surpreendido! E apesar de não falar, pedia razões pra esse “não”.

_ Não Diogo. – repeti de novo, baixo e tremelicando com os lábios. Pois me custou sair aquilo. – Isso não está certo. Isso nunca vai dar certo!

_ Mas porque não? – Ele perguntou rouco e nesse instante senti uma ardência em meus olhos, senti um lago se formar, persenti que não tardaria e gostas salgadas escorreriam por meus olhos.

_ Porque tão bem como eu, cê sabe que eu e você juntos, acaba em briga da certa, acaba em confusão. Tudo está contra nós. Parece que o mundo em nosso redor só nos deseja o mal!

_ Mas isso não é verdade! – ele afirmou convicto.

_ Tem certeza que não é? Pense, não é difícil relacionar os fatos. Guilherme, Liz, seu pai, meus tios, tudo está contra a gente.

_ Mas nós sempre conseguimos passar por cima!

_ Não, por cima do coração tenho certeza que não passa!

_ Nisso eu concordo, pois o meu bate por você, e se eu te quero nunca o destruiria.

_ Se engana de novo. Ele não bate por mim. Sua mente, sua cabeça isso sim, bate por mim. Você me deseja, e os desejos não são coisas que dão no coração, mas sim na mentalidade!

_ Porque está falando desse jeito? É isso que você está sentido? È porque se é, eu informo que então a gente não quer o mesmo.

_ A gente quer o mesmo, porém quem nos rodeia não quer e sempre consegue nos destruir. E se nos conseguem destruir é porque a gente é fraca, então. É porque não temos força suficiente para nos mantermos seguros e firmes. È porque não temos energia nem capacidade para alimentar esse sentimento. – e o que eu não queria aconteceu, as lágrimas rebentaram.

_ Não fale assim, não fale o que mais que ninguém sabe que não é assim. – ele devia estar achando que eu estava brincando só podia.

_ Diogo se liga, cara. A gente nunca vai poder ficar junto. Não fomos feitos um pró outro. Não somos a cara metade um do outro.

_ Mas quem fala, isso? – ele juntou as mãos, insistindo comigo, querendo respostas e mais respostas.

_ Falo eu, fala você, fala todo o mundo que nos cerca.

_ Eu não falo isso!

_ Fala, bem lá no fundo você fala. Você sabe que isso é um amor impossível. A gente se odiou desde o primeiro minuto que se cruzou. Somos muito diferentes… Você não está é querendo admitir isso, assim como eu também não o admiti até agora!

_ Como assim, você não admitiu? Tá falando que o cachorro aqui fui eu? Que você me deu trela esse tempo todo, fazendo de mim o otário?

_ Não Diogo. Tanto como você, eu caí nesse jogo, nesse sentimento que nem eu sei o nome, que me aprisionou. Ele aos poucos foi e está destruindo aquilo que a gente é, aquilo que a gente foi! Ele não nos está deixando pensar direito. Seu veneno já se entranhou em nossa mente. A gente já está viciada nele.

_ Isso quer dizer que você nunca me amou? Que apenas o falou, porque eu também o falei? Quer dizer que quem falou eu te amo foi esse veneno?

_ Não. Eu não te amei! Eu ainda te amo. E mais, você foi o primeiro garoto pra quem eu falei, tal coisa! Mais nenhum outro o ouviu de minha boca.

_ Então, porque está dizendo isso?

_ Porque a gente só está bem quando está separado, só somos felizes quando estamos separados, só vivemos nossa verdadeira vida quando estamos longe um do outro, só nos amamos quando há alguma distância. E te garanto que é assim que a gente vai acabar, é assim que teremos um futuro feliz garantido. Separados é nosso destino!

_ Mas eu te amo quando a gente está junto. Eu te amo mais que tudo. – Ele segurou minha mão, mas eu tratei logo de a desgrudar da sua.

_ Tenho certeza que chegará o dia em que você amará alguém muito mais do que me ama. E aí, você será feliz. Eu quero que você seja feliz. Aliás, eu só estou fazendo isso por essa mesma razão. Porque temo que comigo você nunca será feliz.

_ Mas eu não quero ser feliz com outra pessoa. Eu quero ser feliz com você! – ele se aproximou mais de mim e insistiu em prender minha mão na sua.

_ Pois mas brigas e confusões é a única coisa que resulta entre a gente. E ser feliz, ter uma vida, amar não é confusão e briga.

_ O que é de uma vida sem obstáculo? Não é nada. O que é de uma relação ou de um amor, sem briga? – dessa vez quem ficou a comandar as perguntas retóricas foi ele, mas não por muito tempo, pois o disco virou logo pra meu lado.

_ Tudo bem, não vivemos sem obstáculos. Mas quando o obstáculo é o mesmo amor que nos faz feliz, o melhor mesmo é acabar com ele. O melhor é nos desprendermos desse amor sem escrúpulos, sem barreiras, sem pilares pra se segurar, esse amor indomável e que nem eu nem você conseguimos controlar. – fui fria e não tomei qualquer carinho pelas palavras. Essa era a verdade nua e crua, custasse ouvir ou dizer!

_ E então o que você sugere pra acabar com os obstáculos, brigas e confusões? – ele enfiou a mão nos bolsos e fez uma posse muito descontraída, se bem que não estava.

_ A solução é cada um de nós seguir caminho diferente. È cada um de nós levar com sua vida pra frente longe um do outro, pra sermos verdadeiramente felizes. – ele assentiu pressionando seus lábios com força um contra o outro.

_ Então acabou? – ele perguntou quase sem voz.

_ Nunca começou! – não olhei em seus olhos quando falei.

_ E como você pensa seguir em frente? A escola? Os amigos?

_ Escolas são o que não falta por esse país e amigos, eu sou bastante sociável. – estava a ser rude, mas isso pouco interessava. Cada palavra que falava cada lágrima que derramava.

_ Diogo, siga com sua vida , que eu de qualquer jeito seguirei com a minha. Não me presiga, não me procure, apenas viva! Seja feliz se divirta. Mas me prometa que nunca mais, vai lembrar de mim, e que esquecerá que eu um dia, existi em seu mundo! – me custou tanto falar aquilo em seus olhos! Que não tomei controle dos meus e deixei mais uma gota salgada cortar meu rosto.

Me aproximei dele dois passos, me estiquei um pouco e em sua bochecha deixei um leve beijo, de alguns segundos. Molhei sua cara com uma lágrima que se misturou com o salgado da que ele também deixou fugir. Era doloroso fazer isso mas era o certo.

Fiz um pequeno desvio até seu ouvido e segredei.

_ Te amo!

Voltei a assentar os pés no chão e o olhei nos olhos, que também estavam vermelhos.

_ Até sempre! – virei as costas e dei um passo, deixando as lágrimas que tentei evitar escorrer em sua frente, inundarem meu rosto.

Porém e sem conseguir andar mais ele me agarrou, me voltando a virar. Ficamos de corpos colados, nos olhando cúmplices.

_ Você fiz seu pedido será que agora, posso fazer o meu? – senti sua respiração bater contra meu rosto, quente, abafada. – Deixe eu passar essa noite com você. Apenas mais uma, depois eu desapareço!

_ Diogo! – como ele era capaz de fazer um pedido desses. Uma noite? Ele estava cheio de intenções.

_ Eu não estou falando que quero transar com você ou tudo mais que essa sua cabeça pensou, o que eu estou querendo dizer é que quero passar o resto do dia com você. E amanhã, amanhã eu desapareço. Deixa eu apenas me despedir de você! – não sabia o que responder, apesar da resposta ser sim ou não.

Ele deve ter se apercebido da minha atrapalhação, mas mesmo assim esperou, me olhando com seus olhos expressivos e um pouco vermelhos. Ele me estendeu a mão, como forma de se pousar a mão é porque aceito se não é porque não quero. Deve confessar que também queria me despedir dele e por isso lá arrisquei, pousando a medo minha mão em cima da dele.

_ Vamos apenas fazer de conta que nenhum dos nossos problemas existe. Vamos curtir esse dia como se fosse o ultimo. Como se fossemos nós mesmo, tentando pela primeira vez, não meter briga nem confusão nele.

Passamos a tarde fora, conversando, brincando, curtindo como dois amigos mais íntimos digamos, a tarde passou depressa, como se o relógio tivesse ganhado asas e tivesse voado a toda a velocidade, cortando os minutos e os segundos.

Quando cheguei em casa da Damiana ainda havia luz. Ela estava na sala vendo a novela, enquanto a Magnólia ronronava aos seus pés muito deitada. Quando ouviu o barulho da porta a abrir levantou uma orelha escutando quem eram as visitas mas depois se voltou a deitar, com a cabeça entre as pernas.

_ Boa noite! Desculpe só aparecer agora, Damiana!

_ Não tem problema, eu não costumo me deitar muito cedo, por isso… Que belo moleton esse, hein! – nem lembrava que tinha o moleton de Diogo vestido, por isso com esse seu comentário confesso que corei um pouco. Enquanto Diogo se ria por trás de mim, como se tivesse muita piada.

_ Damiana? – chamei.

_ Diga meu bem! – ela desde que cheguei e desde que botei conta sempre tata os filhos e agora até eu, pelo que parece por “ Meu bem”.

_ Será que Diogo não pode passar a noite por cá? – perguntei mordendo o lábio inferior, pois achei que foi direta demais.

_ Claro que pode, não tem problema. Eu durmo no quarto com a Catarina e vocês ficam no meu.

_ Não precisa eu posso ficar na sala! – Diogo falou, não aceitando sua proposta.

_ Não. Aqui na sala, não há espaço nenhum, eu me arranjo com Catarina, apesar de já ser crescida ela sempre gosta de dormir na mesma cama que eu! – sempre humilde.

_ Não se importa, mesmo? – questionei, enquanto ela já se levantava.

_ Boa noite. – não me respondeu, e saiu em direção ao quarto da filha.

Fomos até ao quarto que ela nos disponibilizou. Era maneiro. Pelo menos tinha cama, o mais importante. Pousei a bolsa que carregava no ombro de um canto e quando me virei, Diogo me encarava. Como eu detestava e como eu detesto esse seu olhar.

Ele sorriu de leve e depois enterrou a mão no bolso dos jeans, pegando de lá seu celular. Passou os dedos pelo visor e musica começou tocando.

(TRADUÇÂO)

“Você, você me pegou,

Pensando que daria tudo certo.

Você, você me disse,

Venha e dê uma olhada dentro

Você acreditou em mim,

Em todas as mentiras

Mas eu, eu fracassei com você desta vez.

E parece esta noite

Eu não posso acreditar que eu estou machucado por dentro

Você não consegue ver que não há nada que eu queira fazer,

Além de tentar fazer as pazes com você?

E parece como esta noite,

Essa noite.

Eu estava esperando

Pelo dia que você viria

Eu estava perseguindo,

E nada foi tudo que eu achei

Desde o momento que você entrou em minha vida,

Você, você me mostrou o que era certo

E parece esta noite

Eu não posso acreditar que eu estou machucado por dentro

Você não consegue ver que não há nada que eu queira fazer,

Além de tentar fazer as pazes com você?

E parece como esta noite

Eu nunca me senti assim antes

Quando eu vou embora, eu volto para mais

Nada mais parece importar

Nestes dias em constantes mudanças,

Você é a única coisa que importa

Eu poderia ficar assim pra sempre

E parece esta noite

Eu não posso acreditar que eu estou machucado por dentro

Você não consegue ver que não há nada que eu queira fazer,

Além de tentar fazer as pazes com você?

E parece como esta noite,

Essa noite

Essa noite

Porque não há nada que eu queira fazer,

Além de tentar fazer as pazes com você?

E parece como esta noite,

Essa noite.”


Ele se aproximou de mim e me esticou a mão, me convidando pra dançar. Não rejeitei o seu pedido e o acompanhei. Sua mão se entrelaçaram com a minha e de uma vez, ele me virou e fez minhas costas encostarem em seu peito, encostou sua cabeça na minha, apoiando o queixo em meu pescoço. Agarrou minhas mãos, sobre meu abdómen e depois nos foi movimentando da esquerda para a direita.


Fechei o olho, para saborear o momento e sem contar as lágrimas escorreram. Como assim? Eu não sou tão fraca a esse ponto de partir o vidro tão depressa. Eu sou bem mais forte e tenho que controlar isso!

Devagar ele me virou de novo pra ele, deixando nossas mãos seguras umas nas outras, pairando no ar, brincando com os dedos e descobrindo o encaixe perfeito. Nossos olhares também estava fixos no mesmo ponto.

_ Acho que esse moleton me pertence. – murmurou.

Porque tinha a sensação que essa sua estranha observação tinha uma certa malicia? Porém o puxei pra cima pra tirar, e Diogo acabou por me ajudar. O jogou num canto qualquer e seu desejo do dia foi realizado, ele me beijou.


Jogando meu cabelo pra trás e agarrando minha cintura, me aproximando de si um pouco mais. Passei as mãos por seus braços e parei em seu peito. Depois desci um pouco mais agarrei a ponta da camisa que vestia a arrancando muito devagar de seu corpo, fazendo ele expor seu peito pra mim. E foi ao som da musica que nos fomos deitando bem devagar na cama, nos beijando, nos entregando um para o outro, envolvendo nossos corpos,…


Duas respirações descompassadas, dois corpos suando, duas mãos juntos, dois corações batendo forte e quase saindo fora do peito. Dois olhares perdidos um no outro.

Diogo estava caído de meu lado, com sua mão junta com a minha, beijando meu ombro e tentando normalizar a respiração. Me puxou um pouco pra ele e deixou eu pousar a cabeça em seu peito, aproveitando meu movimento pra pegar o lençol, pra nos cobrirmos.

Senti ele acarinhar minha cabeça. Esse seu gesto, mais uma vez deixou uma lágrima mais fugir. Que aterrou em seu peito e que ele tratou logo de limpar o vestígio. E depois suspirou. Me abraçando forte, muito forte e segredando:

_ Você é o meu piolho! Te amo. Não vai ser fácil te esquecer!

_ Também não será fácil pra mim, mas é o que tem que acontecer.

Me aconcheguei melhor em seu peito, ainda ouvindo a mesma musica que se repetiu mil e quinhentas vezes sem parar. E foi assim que eu adormeci. Minha ultima noite com ele, meu ultimo sonho com ele…

Acordei cedo. Diogo ainda dormia de meu lado, pela janela dava pra perceber que o dia ainda não tinha nascido. Olhei em volta do quarto. Me levantei enrolada no lençol, fui á sala pegar minha bolsa com roupas e me vesti. Arrumei tudo o que estava desarrumado e fora da bolsa para dentro dela e a pus no ombro.

Peguei num lápis e num papel e escrevi:

“ Adeus. E até sempre! Nunca esquecerei de você, playboy gostoso, marrento, pegador, mulherengo, gato, bobo! Pra sempre recordarei nossa noite! Espero que se esqueça de mim, bem rápido! Seja feliz e não esqueça que tem sempre no céu um pontinho que reluz pra você! Quem sabe esse pontinho não serei eu! Beijo Sophia!”

Olhei mais uma vez pra ele e sorri, evitando a lágrima, que não caiu. Graças a Deus! Bati a porta do quarto e depois a da casa. Seria mais fácil assim. Sem despedidas. Não gostava delas e sabia que se ficasse por muito mais tempo, me derreteria e acabaria em choro certo!

Sem despedidas, sem abraços, sem ultimas palavras e com os óculos de sol posto no rosto, eu cortei correndo a rua. Parando na praça e pegando o primeiro táxi que apareceu. Em rumo… bem não sei que trilho eu iria apanhar, o certo é que uma nova vida, se preparava pra começar…


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Notas finais do capítulo

Tem por aí alguém chorando? Porque se tem juro que não era essa minha intenção!!
Sophia e Diogo pra sempre separados! Pra onde vai Sophia? Pra onde vai Diogo? Qual o caminho que seguiram? Alguém tem ideia?? Então faz favor de deixar pra mim no review!!
Quem contava que seria esse o futuro deles?
Novo capitulo... Não sei! Quando vocês querem?
Aguardo reviews!!
Beijão Duda =)