Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 52
Capítulo 52 - Mas como você apareceu?


Notas iniciais do capítulo

900 reviews!! Muito obrigado gente! Não imaginam o quão feliz eu estou.
E bem a fic está chegando no fim. Esse é o ultimo capitulo!
Postarei o epilogo ainda hoje. Mas primeiro quero muitas opiniões acerca desse capitulo!
Espero que gostem e Boa leitura...



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2 meses depois…

POV DIOGO

Estava deitado na cama,  com o violão no colo. Sempre que estava mal pegava nele, era uma forma de descarregar nas cordas meus problemas e por outro lado quando estava com saudade de Sophia pegava nele, pra me confortar.

Era incrível como em dois meses eu ainda não a conseguia tirar da cabeça. Minhas noites já não eram as mesma, sem o barulho de sua cama guinchando, cada vez que se mexia. As manhãs perderam o encanto, sentia falta daquelas brigas idiotas. Do seu jeito aborrecido de como todo o dia acordava.

Onde será que ela anda agora? Onde ela está? Com quem está?

O advogado falou pra mim que sabia onde ela estava, assim que se resolveu os problemas de sua saída do colégio. Disse que se atracou numa escola e que estava bem, só que ela pediu pra ele não revelar pra mim onde, e foi o que ele fez. Nem uma pista sequer me deu. Várias vezes peguei no celular e fiquei olhando seu numero e imaginando como seria se eu apertasse a tecla verde. Ela atenderia? Desligaria? Minha duvida era essa, por isso sempre desistia.

Alguém bateu na porta e de seguida a cabeça de Rita espreitou na porta.

_ Posso?

_ Claro! Entra!

_ Parabéns! Feliz aniversário! Já é maior e vacinado! Tem 18!!! – Rita foi a primeira pessoa a desejar parabéns pra mim. Parece que não tinha esquecido essa data marcante de minha vida.

_ Obrigado!  - foi a única coisa que falei. – Finalmente meus problemas acabaram!

_ Como assim? Acha que ficar mais velho acaba com os seus problemas? Acho que está trocada, já pensou nos problemas de coluna e tudo mais? A idade trás isso, cara!

_ Deixe de zoação, vai. Imagina o que isso significa? – ela dessa vez sérios abanou a cabeça negativamente. – Isso quer dizer que depois desse tempo todo, correndo para o tribunal pra ver a quem calha a sorte de ficar comigo, tudo acabou. Sou livre, sou maior e não preciso nem de ficar com um nem de ficar com outro.

_ Não tinha pensado nisso!

_ Pois, já imaginava! – ninguém pensava nessa parte!

_ Não parece estar muito feliz! Se anima. Já pensou o quão legal é saber que seu aniversário é justamente no dia do baile do colégio? Vai ter bebida, vai ter musica, vai ter animação, vai ter amigos pra dançar e curtir toda a noite!

_ Cê vai no baile?

_ Claro que vou! Quero me despedir desse colégio como deve de ser! È nossa ultima noite. Amanhã está já fazendo a mala e regressando pra casa, se preparando pra faculdade!

_ Vai com Tomás? – sua expressão se reprimiu.

_ Não!

_ Ele não te convidou? – esse cara era mesmo casca grossa! Como ele foi capaz? Ele sabia bem que ela queria ir com ele! E mais, ele também queria ir com ela! Esses dois!

_ E você com quem vai?

_ Quer saber! Pra falar verdade acho que nem vou. Não estou com disposição pra festa. Ainda pra mais acho que esse aniversário não vai ter brilho. Eu não sei o que festejar!

_ Ai não? Então eu falo! Você tem que festejar por ter passado de ano, tem que festejar que agora em independente, tem que festejar sua passagem para a classe de gente grande, ué!

_ Quer vir comigo no baile? – precisava de par e como ela falou que não tinha, talvez me pudesse fazer companhia!

_ Isso quer dizer que eu te convenci a vir? – não respondi, ela sabia a resposta.

_ Vem comigo?

_ Claro que eu vou!

_ Te espero então as 7 na porta de seu quarto. E não se atrase cinderella! – Rita saiu e eu voltei a ficar de novo sozinho.

Tinha que arranjar roupa pra levar logo, e com certeza eu não ia encontrar nenhuma em meu roupeiro. Talvez Tomás tivesse algum fato que me servisse.

Quando entrei em seu quarto ele também estava escolhendo sua roupa. Pela cama, pelo chão e por tudo o quanto era lugar havia roupa. Olhei em volta e eu pensando que ele apenas tinha um a mais, afinal tinha vários. Sorte a minha ia poder escolher.

_ Aí cara! Já se arrumando? – perguntei rindo.

_ Não. Não sei o que vestir!

_ Somos dois então. Mas pelo que aprece você está bem melhor que eu!

_ Estou? – ele jogou mais um casaco na cama. Quantos mais seu armário esconderia?

_ Eu tenho certeza que se abrir meu roupeiro não encontro nem um fato decente.

_ Ah, eu já tou entendendo! – Tomás me conhecia e sabia bem que minha entrada repentina não era porque sentia saudade!

_ Será que não disponibiliza um pra mim!

_ Só depois de escolher o meu!                 

_ Valeu! Sabia que não me deixaria mal!  Quer ajuda?

_ Eu sei bem a ajuda que você vai dar! Te conheço mau filho! – ele não deixou eu ajudar, que egoísta, hein!

_ Aí! Porque não convidou a Rita? Sabia que ela queria ir com você!

_ Porque eu já tenho par! – ele falou se pondo na frente do espelho com um fato na frente.

_E eu posso saber quem é? Sílvia?

_ Não!

_ Barbara?

_ Também não!

_ Liz? – dei um certo entusiasmo na voz!

_ Deus me livre! – ele conseguiu me por rindo, com essa sua cara de enjoo e pânico ao mesmo tempo.

Realmente Liz conseguia provocar disso nas pessoas. Só de ouvir seu nome!

_ Então quem é?

_ Depois vê!

_ Cá pra mim não tem ninguém e apenas está com esse teatro todo, pra se armar em grandalhão.

_ Depois confirmará se isso é verdade ou não. – ele pouco ligou pro que eu falei. Mostrou desprezo e não se afetou com meu comentário. Estranho isso!

_ Pra deixar isso bem claro e pra não apanhar você em estado de choque e minha noite virar martírio. Eu vou com Rita!

_ Ok. – e eu esperando sei lá… Um soco, uma ameaça, um levantar de mão e afinal ele apenas falou um “OK”??? Ele estava realmente estranho! Vá se lá saber quais as razões de sua tão incomum estranheza e calma!

_ Eu já entendi que você não está pra grandes conversas hoje. Escolha sua “Toilette Madame” – tentei fazer o melhor sotaque francês que consegui! – e depois me chame pra eu pegar a minha!

Fui até a porta e antes de a fechar ele me chamou. Me voltei pra trás e o encarei me olhando:

_ Parabéns, cara!

Ri, pensava que ele se esquecera. Mas afinal, ele também se lembrava!

_ Não se esqueceu?

_ Você é meu amigo, faz anos. Te conheço desde que tinha menos de metade do que meço agora, acha que esqueceria sua data de aniversário?

_ Obrigado!

_ Pense pela positiva. Finalmente e pela primeira vez você vai conseguir o que quer! – ele falou aquilo com tanta convicção que só eu não entendi qual o fundamento de sua frase.

_ Conseguir o que quero?

_ Sim me chamar de criança, o adulto! – caímos na risada. Realmente agora ele era meu bebé!

Fui na cantina pegar alguma coisa pra comer, estava com fome! Peguei uma maçã e voltei pro quarto, tinha uma hora pra me por pronto, pra depois pegar Rita e curtir a noite toda com os amigos. Bebendo e dançando, que nem doidos.

Remexia  com a  maçã na mão tentando escolher o lugar certo pra roubar a primeira  trincada  quando Liz me apareceu na frente!

_ Parabéns meu querido, Di!

_ Muito obrigado minha querida Li!

_ Logo á noite levo seu presente!

_ Não preciso de seus presentes envenenados! – fiz ar de santo e de inocente, piscando os olhos várias vezes tal e qual ela fazia.

_ Eu faço questão.

_ E o que vai ser dessa vez?  Uma bomba?

_ Não. Sua vida já está destruída o suficiente! Nada que eu não previsse. Eu te falei Digo, ela te abandonou. Eu te disse que não durariam muito mais tempo. Parece que não me errei. E seus pais, também já ouvi uns ruídos. Todo o mundo te está abandonando! Como será que você vai acabar?

Ela não falou mais nada e entrou no quarto. Era incrível o poder de sedução e de convencionalismo que ela provocava nos outros. Olhei pra maçã que segurava  na mão, de uma hora para a outro a fome se foi. A joguei na lixeira mais próxima e depois corri pro quarto. Tinha mesmo que me apressar.

Sete horas em ponto e eu ainda enfiado no quarto em frente ao espelho. Apertei os botões do punho. O fato de Tomás assentava na perfeição em mim.

Corri para o quarto de Rita. Ela já me devia estar esperando fazia séculos.

Bati na porta e ela deslumbrou. Estava realmente bonita, com um vestido azul e com saltos. Tipa a maquiagem bem carregada, mas não demasiada. Na perfeição.

_ Nossa, se esmerou!  De fatinho? Que estranho ver você desse jeito. Mas é mesmo assim. A idade trás charme e você tem que começar o mostrando. Sem senhor. Gostei!

_ E… Vai começar a zoação e ainda mal começou a noite!

_ Pode ter certeza que vai ser muito falado. Quem diria Diogo Macedo o tremendo playboy da escola, e o lidernato de turma, vestindo fatinho! Vá começado já se acostumando.

_ Vamo? – estendi o braço pra ela, como um verdadeiro cavalheiro, quer dizer, iniciado de cavalheiro, e fomos até ao lugar onde se daria inicio ao baile.

Já tinha bastante gente por lá, dançando, conversando, rindo animadamente, bebendo, se pegando, enfim se via de tudo.

Procurei Tomás, com o olhar queria saber como a criança estaria dentro de um fato apertado, que não fazia nada seu estilo. Varri tosos os cantos mas não encontrei a princesa em nenhum. Estava curioso em relação a quem ele trazia e tinha a sensação quer Rita também. Ela certamente ficaria com ciúmes de saber que ele escolheu seja quem fosse e não ela.

_ Acho que vou pegar algo pra beber, cê quer? – Rita perguntou perto de meu ouvido, pois a musica estava muito alta pra eu a escutar direito se estivéssemos a uma certa distância!

_ Quero sim!

Ela foi pegar lá os copos e eu fiquei encostado num lugar qualquer e fui recebendo os parabéns de amigos e amigas, apenas amigas que se relembraram de que meu dia era hoje. Faltava saber se na realidade essa data tava fixa em suas cabeças ou se mais uma vez o Facebook tinha dado uma ajuda!

Rita voltou para meu aldo, se encostando de meu lado me dando um copo de vodka, nossa ela estava começando a noite em grande.

De onde estávamos tínhamos vista garantida para a porta e assim controlávamos quem entrava quem saía e quem passava. Qual foi meu espanto e se calhar dela também quando vi agarrada a Guilherme, Liz.

_ Você tá vendo o mesmo que eu? – ela perguntou agarrando meu braço.

_ Ò meu deus do céu, eu não falo que esse colégio vai mesmo de mal a pior!

_ Aqueles dois juntos? Isso só pode ser miragem!

_ Se ele conseguir amansar aquela cretina, passo a ter um pouco mais de consideração por ele. Enquanto isso não acontecer eu apenas lhe desejo sorte, muita sorte!

_ Vai precisar. – rimos os dois. Tinha graça. Agora no final de uma no é que se vem a saber dessas coisas!

Rita apertava com força o copo, ela estava nervosa e irritada pois ainda não tinha posto a vista em Tomás, estava já começando a entrar em paranoia!

_ Calma ele vai aparecer! Ele me garantiu que vinha.

_ Ah? Do que está falando?

_ De Tomás! Já deu pra perceber que o procura, e que ainda não parou de o procurar!

_ Se nota assim tanto?

_ Não, quase nada! – desdramatizei.

_ Aí, acho que vou pegar mais uma bebida. Meu copo já se foi! Você também quer?

_ Não, acho que não. Vou lá fora, apanhar um pouco de ar, aqui já se está tornando cansativo!

_ Tá bom! – ela logo desapareceu no meio da confusão e eu procurei a saída mais próxima, precisava mesmo de apanhar um pouco de ar. Aquele espaço estava abafado, apertado.

Mal me vi fora do edifício, tratei logo de desabotoar o casaco, e os botões principais da camisa branca que Tomás insistiu que ficava bem. Desfiz a gravata que se segurava em meu pescoço e deixei suas duas pontas caírem por meu ombros. Muito melhor assim, levando com a brisa leve e quente. Fechei o olho e apreciei o momento. Finalmente era livre, era autônomo, independente. Era eu como sempre quis ser, sem viver sobre os esquemas de meu pai, ou ordens de quem quer que fosse. Era eu e ponto final.

Esse mal tempo que passei me ensinou realmente a aproveitar o bom da vida, porque um dia ele acaba. Amadureci enquanto pessoa, e acho que a principal impulsionadora disso foi Sophia. Apesar da falta que me fazia e da saudade ainda ser muita, ela me fez crescer, me fez olhar a vida com outros olhos.

Adorava saber onde ela estava, se estava bem, se ainda se lembrava de minha existência!

Olhei para o céu, ela falou pra eu olhar pra estrela mais brilhante, pois era ela! Mas será que ela ainda estava lá? Será que ela ainda cintilava no meio de tantas outras?

Senti alguém me agarrar pelos ombros, por trás e segredar em meu ouvido:

_ Parabéns! – por um segundo eu pensei estar tendo visões, miragens, alucinações ou coisa parecida o certo é que eu reconhecia aquela voz. Mas de conhecer a ser quem eu pensava ia uma longa distância. Se encostou em minhas costas e pousou as mãos sobre meu peito.

Me virei devagar pra ter certeza que estava vivendo a realidade e não mais um sonho que me perseguiu durante dois meses.

E o sonho estava virando realidade, sim foi mesmo a voz de Sophia que eu escutei. Sim foi ela que se abraçou a mim. E sim era ela que agora me olhava frágil, a medo, com os dentes prendendo o lábio inferior.

_ O que está aqui fazendo?

_ Acho que cansei de ver você do céu, lá longe ao pé de todos os pontinhos. Acho meu lugar não é lá em cima, meu lugar aqui e au seu lado!

_ Mas a gente só está bem quando está longe um do outro! – comentei.

_ Não. Acho que estava errada acerca disso e esse tempo me fez perceber isso. A gente só está bem quando está junto.

_ Está assumindo um erro? – era estranho ouvir isso de sua boca. Quem diria que um dia eu ouvisse ela admitir que não estava certa.

_ Parece que sim!

_ E o que isso quer dizer?

_ Isso aqui, oh! – não tive tempo de fazer o que quer que fosse. Ela me contornou o pescoço com seus braços e me cravou um beijo, sem sequer pedir autorização.

Não deu tempo pra pensar em mais nada. Deslizei minhas mãos até sua cintura e apertei pra mim. Que saudade.

Nos desgrudamos graças á falta de ar. Maldito ele! A encarei olho no olho, ainda sem separarmos as mãos do corpo um do outro.

_ Eu estou mesmo agarrando você, dentro de um vestido que não é o seu estilo, e com uns saltos que te fazem quase do meu tamanho?

_ Está!

_ Mas como você apareceu? – tudo era lindo mas as maiores respostas eu não as tinha.

_ Tomás!

_ E sua volta é passageira? Ou Definitiva?

_ É até quando você me deixar ficar!

_ Isso quer dizer que a gente está junto de novo? Você é minha mais uma vez?

_ Mais uma vez não. Eu sempre serei sua…

E o que veio a seguir? Uma noite curtida com o pessoal, festejando meu dia! Dançando, brincando, bebendo,… E o  melhor presente, esse nem preciso sequer de fazer referencia!


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Notas finais do capítulo

E que tal esse final? O famoso reencontro aconteceu! O epilogo se obtiver muitos reviews aparecerá em breve, por isso comentem pra mim que ainda hoje o postarei.
Amo vocês leitoras mais lindas desse mundo!
Até já!!!! ;)