Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 49
Capítulo 49 - Onde ela está?


Notas iniciais do capítulo

Desiludida. Fiquei esperando os 27 reviews e apenas tive 22!:(
Novo capitulo acabou de sair.
Espero que gostem.
Boa leitura...



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POV DIOGO

Não sabia nada de Sophia fazia três dias, tantas vezes que liguei e nada. Ela não atendia, nem desligava apenas ignorava.

Nas aulas os professores já sentiam a falta dela e a melhor desculpa que arranjei foi que estava doente, e eles a engoliram, não fazendo mais perguntas. Ainda ninguém sabia de seu desaparecimento, nem mesmo Rita.

Não consegui sair do colégio em qualquer que fosse a hora nesses três dias, era como se a segurança do portão principal tivesse reforçada sempre com o porteiro atento ás entradas e saídas.

Sozinho não ia conseguir me resolver. Precisa de ajuda. E minha única saída era Rita.

Esperei a aula acabar pra contar pra ela o que se estava passando, e vendo nisso uma forma de pedir ajuda, pra sair do colégio. Temia que já fosse tarde de mais, mas tentar não custa.

Minha ideia era dar uma passada pela cidade e pelas redondezas, procurar em hotéis e coisas do género. Podia ser que ela não estivesse tão longe quanto eu não queria acreditar! Podia ser que ainda estivesse por perto.

O toque bateu e antes que Rita pudesse sair da sala eu a agarrei pelo braço. A fazendo recuar. Esqueci apenas que Tomás estava também dentro da sala e me olhou com desdém e desprezo. Só de imaginar o que ele pensou… Será que nesses tempos eu não sou capaz de fazer uma única coisa direita.

Pra limpar um pouco o lance e pra tirar ideias erradas da cabeça de Tomás, também não o deixei sair e forçadamente fi-lo ouvir o que antes apenas tenciona contar pra Rita.

_ Que foi Diogo?

Deixei o professor sair, pra evitar mais confusão e depois falei.

_ Aconteceu uma coisa! - comecei, não os bombardeando logo com a noticia.

A cara de enjoo e desinteresse de Tomás, foi se desfazendo dando lugar a curiosidade e interesse.

_ Grave? – Rita perguntou devolvendo lentamente os livros que prendia contra o peito, ao tampo da mesa.

_ Depende!

_ Meu filho se deixa de rodeio e conta logo. Que está passando?

_ Sophia se foi embora! – antes tentei evitar ser direto mas agora falei a verdade nua e crua, sem problema nenhum. Era pra não ter rodeio, né?

_ Ah?? – resposta de Rita.

_ Como é que é? – a expressão embasbacada de Tomás falava por ele.

_ Como assim? Porquê que ela se foi? Quando ela foi? Pra onde ela foi?– Rita perguntava tanta coisa ao mesmo tempo que eu nem sabia por onde começar.

_ Não, o mais importante é com quem ela foi? – Tomás passou por cima das perguntas de Rita a calando.

_ Dá para baixarem um pouco a altura da voz? A ideia é ninguém saber! – eles se reprimiram. – Com quem ela foi, pressinto que tenha ido sozinha, como ela foi não faço a mínima ideia. Porque ela se foi? Por minha causa. Quando ela foi? Há três dias atrás, e para onde ela foi eu quero saber, o mais brevemente possível. Respondi suas perguntas? Posso agora falar?

_ Como assim ela se foi por sua causa? – Tomás se encostou numa mesa, cruzando os braços e fazendo cara de interrogação e de quem não estava intendendo nada.

_ Eu falei pra ela o que não devia ter falado e quando cheguei no quarto encontrei isso. – tirei do bolso a carta que ela deixou pra mim a erguendo entre meus dedos. Logo foi pega por Rita que a abriu e começou lendo para si, enquanto eu e Tomás trocávamos olhares.

_ E… Porque não contou pra gente isso antes? – ele me perguntou.

_ Porque não queria que se soubesse pra não arranjar problemas.

_ E o que te fez, agora e assim repentinamente nos contar? – Rita se empenhava lendo a carta enquanto trocava perguntas e resposta com Tomás.

_ Tentei sair do colégio pra procura-la mais sem resultado. Não consegui e… acho que vou precisar de sua ajuda pra conseguir me ver fora dessas quatro paredes.

_ E quem falou que eu vou ajudar você a dar uma escapadela pra lá do portão?

Rita descolou o olhar da folha e nos encarou ao dois, talvez assim como eu não esperando ouvir tal resposta de Tomás.

_ Nem se eu pedir? – exclamei. – Vá Tomás, pô! A gente é amigo há anos, fala sério que você me vai deixar na mão?

_ É amigo? A gente é amigo? Desde quando um amigo pega a namorada do outro?

_ Quer lavar roupa suja, aqui e agora? Caso não lembre eu também apanhei Sophia em cima de você rebolando no chão, com os lábios grudados nos seus.

_ Eu já falei que aquilo não foi o que aparentou!

_ Não foi? Quem prova isso pra mim? – ele não respondeu. Se calou. – Bem me parecia. Antes de falar que eu peguei Rita se lembre que você também não fez muito melhor. A gente tá em pé de igualdade.

Estiquei a mão pra ele:

_ Resolvidos?

Ele hesitou um pouco ainda olhando uma vez pra Rita, que de lá assistia a tudo, mas depois acabou por apertar sua mão com a minha.

_ Então me ajudam a sair do colégio? Não preciso que façam mais nada apenas que me ajudem a sair.

_ Mas como? – Dava pra perceber que Rita estava duvidosa.

_ Então é assim… - comecei contando qual meu plano…

Tudo estava certo. Combinamos nos encontrar no corredor principal em direção da saída. Esperamos a hora de almoço, pois geralmente nessa hora todo o mundo era recambiado para a cantina, e os corredores pareciam desertos.

Já pra não falar que essa era a hora predileta do porteiro, pois num dia que tem 24 a do almoço e do jantar eram os únicos períodos de tempo em que ele desgrudava o olhar do portão e apenas atentava na comida em sua frente.

Quando cheguei no lugar combinado, já Rita e Tomás estavam lá. Conversavam constrangidos mais se entendendo o que era bom, parecia que já se estavam entendendo.

_ Chegou. Finalmente. – Rita falou quando me viu.

_ Tudo em cima? Prontos?

_ E se alguma coisa não der certo? E se a gente for apanhada? – Rita estava insegura, medrosa, duvidosa.

_ Hey, nada vai dar certo, tá bom! Se fizermos tudo do jeito que planeamos não tem como não dar certo. Agora vamos. Já perdi tempo demais durante esses três dias. E cada hora que passa eu vejo as chances de a voltar a ver, cada vez diminuírem mais.

Apanhei um táxi, assim que me vi fora do portão grande e preto colégio. Felizmente tudo tinha dado certo.

Mandei o homem barbudo e já de alguma idade, que conduzia o táxi, parar no centro da cidade. Talvez Sophia tivesse recorrido á cidade. Lá sempre á mais gente, mais locais pra visitar e pra dormir. Pois não estou imaginando ela dormindo debaixo da ponte, ou num banquinho de rua.


POV SOPHIA


_ Entendeu? Primeiro faz isso e depois é que faz isso! – estava sentada com o Lipe na mesa o ajudando com seus trabalhos da escola. Enquanto como sempre ele estava devorando chocolate.

Era incrível mas não havia hora em que ela não comece um pedaço de chocolate que fosse. Lipe não era um menino gordo, bem pelo contrário até era bem magro, sempre com um sorriso no rosto e som muito boa disposição.

Falando verdade a família era bem legal. A Damiana era uma senhora muito gentil e simpática, apesar de eu sempre recusar ela insistiu pra eu ficar o tempo que precisa em sua casa. Ela até queria que eu me instalasse no quarto da Catarina ( irmã do Lipe) Mas não aceitei, invadir o espaço de quem quer que fosse eu não queria por isso optei pelo sofá da sala.

A família eram apenas eles três, segundo o que Lipe me contou o pai os abandonou á muito, muito tempo. Ele nem lembra de o conhecer. Mas sua irmã, por ser mais velha já lhe viu o rosto.

Não falava com ninguém do colégio desde que desapareci. Não atendia nem rejeitava chamadas, e também não desliguei meu celular, apenas deixei tocar quanto tempo fosse necessário até desistirem.

_ Vou passear a Magnólia, cê quer vir?

_ Se importaria se eu ficasse? – ele abanou a cabeça, engolindo finalmente todo o chocolate que segurava na mão. Deixando um belo de um bigode em torno de seus lábios. Me fazendo rir.

_ Vem cá. Deixa eu limpar sua boca, seu trapalhão. – limpei sua boca e depois deixe ele sair, chamando pela cachorra, que também fazia parte da família. Vi os dois passando na porta e depois a ouvi bater.

Me levantei da cadeira onde estava. Arrumei o mantão de livro que se espalhava pela mesa e depois deu um jeito na sala. Pelas horas, Damiana devia estar chegando pra preparar o almoço.

E não me enganei passado uns minutos, uns cinco mais ó menos ela chegou, com umas sacas na mão, com legumes e vegetais.

_ Oi. Bom dia. Já acordou? – ela perguntou quando me viu.

_ Já tá mais que na hora de acordar. Não costumo ficar dormindo até tarde.

_ Quando saí, você ainda ressonava. – ela pousou as sacas na mesa e retirou a bolsa que segurava do ombro. – O Filipe já chegou da escola?

_ Sim, ele foi dar uma volta com Magnólia.

_ Tá bom. Então eu vou preparar o almoço. Imagino que esteja com fome.

_ E se eu der uma ajuda, cê se importaria? – me ofereci, pois duas pessoas fazendo o mesmo trabalho, poupam tempo, e não se cansam tanto! Verdade!

_ Não precisa, eu me arranjo sozinha. – sempre simpática e amável. Acho que esse seu feitio doce tinha uma razão de ser. Aparentava ser uma mulher com muito experiencia de vida, que já passou por muito e que sempre se limitou a ajudar os outros e nunca a pedir ajuda.

_ Eu insisto. È o mínimo que eu posso fazer, pra agradecer, por me deixar ficar por cá.

_ Tá bom. Venha então!

A segui em direção a cozinha.

POV DIOGO

Estava já perdendo a esperança de a encontrar, tinha revistado a maior parte dos recantos da cidade e nada, não havia sinais dela. Ninguém imaginava sequer quem ela era.

Você é mesmo idiota Diogo. Fez a merda e agora pensa que a vai limpar assim. Ela foi bem clara na carta que te escreveu! Ela não vai voltar mesmo!

Já sem muita fé em a voltar a ver, apanhei uma ruela fina, que aparentava dar até ao lugar onde mandei o táxi parar, com sorte apanharia outro por lá, de volta pro colégio. Não havia mais nada a fazer apenas continuar tentando lhe ligar e rezar pra que de uma vez ela arrisque a apertar a tecla verde e fale um simples “oi” ou não fale nada apenas me deixe escutar seu silêncio.

Caminhava olhando para a foto dela que segurava na mão e que sem ela percebeu roubei de seu porta retrato, á algum tempo atrás. Passei o dedo na área onde tinha manchado seu rosto e sorri. Como foi babaca!

Estava andando quando vindo do lado contrário da rua vi um garoto acompanhado de um cachorro. O cachorro se foi aproximando de mim, e o garoto não o controlou. Quando chegou perto de mim, percebi que era uma ela e num um ele. Fiz uma festa no seu dorso e depois o garoto se aproximou. Fazendo ela parar quieta de meu lado.

_ Desculpa, tem dias que ela fica assim!

_ Não tem problema não! Eu gosto de cachorros. Qual o nome dela? – me abaixei um pouco para poder acarinhar melhor o pelo.

_ Magnólia.

_ Nome legal! – comentei. Depois me voltei a levantar e a foto de Sophia caiu no chão, me obrigando a apanhar.

A segurei na mão e depois olhei o garoto. Será que ele sabia onde ela estava? O mais provável era nem sequer a conhecer, mas como tentar não custa lá perguntei.

_ Viu essa garota por aqui? Em algum lugar? A conhece ou já falou com ela?

Não entendi, mas o garoto se encolheu e pegou a cachorra. Me olhou com medo e como se tivesse alguma coisa a esconder. Depois começou correndo rua fora.

Não gostei disso e corri atrás dele. Pra alguém fugir é porque tem algo a esconder ou porque está com medo. Mas do que será que esse garoto tem medo?

Corri atrás dele e cimo devem calcular corro muito mais que uma garotinho que anda pouco mais que quinze dias na terra. Quinze não, ele devia ter para aí uns 10 ou onze anos, por nisso estava á mais. Mas vocês perceberam.

_ Vem cá. – agarrei ele pela camiseta que vestia e o encarei.

_ Não, eu não vou falar onde ela está! – definitivamente ele sabia onde Sophia estava. E mais ele falaria pra mim cantando sem desafinar onde ela estava.

_ Onde ela está? – abanei com o braço fino do garoto que estremeceu todo. Vi que não deu resultado e tive que encarar um personagem menos bruto e mais meigo. – Eu sou amigo dela. E a quero ajudar. Me diga onde ela está. Tenho certeza que ela tem estado triste! Não é verdade?

Ele assentiu, vá lá, deu sinal de vida!!!!

_ E onde ela está? Diga pra mim! – tentava ser o mais meigo possível e parecia estar dando resultado.

Depois de uns segundos me olhando no olho o garoto lá se desprendeu de mim, chamou a cadela e sussurrou:

_ Venha!

Ele abriu a porta de casa e deixou primeiro o animal entrar, depois entrou ele e por fim permitiu minha entrada.

Fiquei parado, olhando em volta, quando de uma porta aparece Sophia com pratos na mão. Mal me reconheceu arregalou o olho deixando o que segurava cair no chão, provocando um barulho horrivelmente, horrível. Só dando conta do que aconteceu quando olhou pro chão e viu espalhado por ele cacos e mais cacos, que se fossem encaixados uns nos outros com um pouco de cola, retomariam a forma de um prato.

_ Diogo?

_ Sophia?

Ambos com cara de admirados, nos encarávamos.

Da mesma porta que antes subitamente Sophia apareceu e provavelmente assustada com o barulho uma mulher loira, também triunfou limpando a mão no avental.

_ Quem é esse?

_ Diogo! – entre dentes Sophia falou.

_ Aquele que… – a senhora não terminou de falar o que eu “que…” o que me fez pensar que Sophia já havia falado de mim antes, pra ela. Será que isso era um bom sinal? Nem queiram saber, como eu gostava de saber.

_ Esse mesmo Damiana!

_ Vem, Lipe. Acho que estão precisando de conversar. Que você acha se hoje a gente for almoçar fora?

_ Damiana não precisa, de tudo isso. A gente pode conversar noutro lugar qualquer! Se deixem estar. Essa casa é vossa. Eu e Diogo podemos perfeitamente conversar noutro lugar, né?

_ É sim! – concordei com ela.

_ Espere um pouco. Me vou trocar e volto já. Não demorarei, garanto.


POV SOPHIA


Fui até minha bolsa peguei uma roupa, e a encaixei em mim. Que raio ele estava aqui fazendo? Como ele me encontrou?

O que iria falar pra ele? Tantas perguntas!

Passei pelo espelho e vi como meu cabelo estava. Passei os dedos e depois saí. Diogo abriu a porta e eu passei, seguida por ele.

Que longa conversa que esse iria ser.

Fomos até a um parque, onde não havia muita gente, havia muito verde e bancos e muita calma e paz. Os cinco minutos que andamos até esse parque não abrimos o bico. Paramos numa barraca de sorvete e compramos dois.

Não nos sentamos numa mesinha e preferimos devora-los pelo caminho.

_ Porque se foi? – Diogo perguntou.

_ Acho que expliquei o porquê no bilhete que te deixei.

_ Eu fui um bobo. Um babaca. Um otário. Estava com problemas e descarreguei em cima de você! Que idiota!

_ Eu sei.

_ Aquilo que eu te disse não é verdade. Eu não quero você fora de minha vida. Bem pelo contrário eu te quero dentro dela, mais que tudo. Você não é a culpada de meus problemas nem de minhas encrencas. Você é quem me faz esquecer delas.

_ Tarde demais pra falar isso, não?

_ Há quem fale que nunca é tarde demais.

_ Mas também é quem fale que sim!

_ Se fosse tarde de mais, tenho certeza que não estaria aqui falando com você. Tenho certeza que não me teria escutado.

Ele começou rindo co nada, só eu que não entendi a razão.

_ Que foi? - perguntei assustada, curiosa, admirada e tudo mais.

_ Você tem boca suja de sorvete. – Passei a língua pelos lábios, limpando e depois a mão mas parece que mesmo assim ainda continuei suja.

Diogo se pôs na minha frente, segurou seu sorvete numa mão e com o polegar carinhoso e meigo, passei o dedo no canto de minha boca limpando. Depois aproveitou o desvio que fez com a mão pra arrumar uma mecha de cabelo que caia em meu rosto. Segurou meu rosto com uma mão e para libertar a outra, jogou o sorvete que segurava na lixeira, prendendo depois meu rosto com as duas mãos.

Como eu detestava quando ele fazia isso.

_ Não faz isso não, Diogo!

_ Shhhh…. – ele murmurou – Eu te quero de volta, piolho…


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O que vai rolar depois desse "Eu te quero de volta, piolho"? Sugestões são bem vindas! O que acharam do reencontro, Do Lipe, Da Damiana? Contem pra mim, sinto necessidade de saber vossas opiniões. Sempre gosto de saber o que acharam da escrita, das descrições, dos personagens, da forma de pensar e de ser dos personagens.
Eu não mordo! Deixem reviews pra mim que eu ficarei mega contente de os ler. Querem novo capitulo? Quando? Amanhã ou Segunda feira?
Acho que se não tiver reviews em breve vou ficar em fase de bomba relógio, pode explodir a qualquer momento. E se isso acontecer não tem quem escrever a fic!!! ;)
Beijão.
Duda =X



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