Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 36
Capítulo 36 - Apenas quero conversar com você!!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Mil e um perdões mais ontem não consegui postar mesmo. E como recompensa disso hoje trago um capitulo bem grande pra vocês apreciarem.
Espero que gostem.
Esse capitulo é dedicado a uma pessoa especial que eu sei que ela sabe quem é, pra você c(: !!!!
Boa leitura....



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POV Diogo.

_ O que você tá fazendo?

_ Ainda não percebeu? Quer que eu faça um desenho? – e do rouco e baixo tom de voz ela passou a ser fria e rude.

Ela passou a mão pelo rosto limpando uma lágrima e a escondendo de mim. Se encolheu ainda mais, mas dessa vez escondendo os braços.

Não estava gostando nada daquilo que estava vendo. Ela não seria capaz de fazer aquilo a ela mesma. Tentava olhar Sophia nos olhos, mas ela não permitia e sempre virava o rosto.

_ Que raio você tá fazendo?

_ Volte pro quarto, volte pra cama, voltar a pousar a cabeça no travesseiro, volte a dormir. – ela levantou o braço apontando para a porta e deu pra ver o que ela tinha feito. As marcas vermelhas que sobressaiam em sua pele branca chamavam bastante a atenção. Já pra não falar que deixavam seu braço horrivelmente horrível.

Ela esticou a mão pra apanhar a pequena lâmina pousada no chão, mas fui mais rápido e a calquei mesmo antes de ela deitar a mão.

_Eu não vou a lugar nenhum antes de você me explicar o que estava fazendo! – ela podia ser marrenta e tudo mais, mas mais teimosa que eu não era com certeza e não me iria dobrar assim com tanta facilidade.

_Não lembro de ser obrigada a dar justificação pra você!!! – ela falou irónica já se levantando do chão.

_ Que tá dando em você? Porque está sendo assim?

_ Não está dando nada em mim, mais vai dar se você continuar me maçando desse jeito.

Andou até a pia e apoiou as mãos lá. Baixou a cabeça e se manteve calada por uns segundo. Ainda a ouvi bufar umas quantas vezes.

Peguei o que antes estava debaixo de meu pé e pousei em cima da pia.

_ Porque está sendo assim?

_ Eu não estou sendo de jeito nenhum, agora por favor deixe de me massacrar com suas perguntas e volte pra onde estava antes!

Que raio estava dando nela? Porque estava sendo assim? Estava tendo um ataque?

_ O que deu na sua cabeça pra se andar a cortar?

_ Eu já falei que não tenho que dar justificações pra você! – me cansei de ser ignorado e de ser tratado como lixo, como estava sendo naquele momento e com brutalidade, o que me arrependi depois a virei de frente pra mim. Agarrei com força seu pulso e a encarei. Ficamos com o olho dentro um do outro.

Apertei seu pulso num lugar, perto de onde ela se tinha cortado o que fez uma gota de sangue deslizar até minha mão e a tingir de vermelho.

_ Chega. Você vai falar pra mim o que está rolando com você! Onde está a Sophia que eu conheci? Não nos primeiros dias que entrou no colégio, mais sim depois. Onde está a Sophia que se abriu pra mim? Onde está a Sophia com quem eu dormi? Onde está a Sophia que chorou em meu colo? Onde está a Sophia que sussurrou no meu ouvido “ Eu te amo” ? Onde ela está?

_ Essa Sophia nunca existiu! – o que ela falou me mandou abaixo. Como assim ela nunca existiu? E o pior era que eu sabia perfeitamente que ela não falou o que sentiu nem o que era verdade. – A Sophia que você descreveu nunca existiu. Nunca! Você me pintou de uma forma que eu nunca fui. Você se deixou acreditar por uma Sophia que nunca foi real. Que apenas nasceu em sua mente.

Mesmo ouvindo tudo aquilo eu ainda não tinha largado seu pulso nem tencionava larga, dava pra perceber que estava doendo pois ela mexia constantemente com ele e fazia de tudo pra eu o largar.

Assenti com a cabeça mordendo o lábio ao que ela falou Na realidade ela estava me contando muitas verdades que eu não acreditava nem um pouco.

_ Então, se… - estudava mentalmente aquilo que ia falar, - … se a Sophia por quem eu me apaixonei não passa de uma farsa acho que termina aqui tudo o que a gente podia ter. – Joguei tudo aquilo na cara dela. Não queria ficar ali nem mais um pouco. Não queria ouvir mais nada, até porque não havia mais nada pra se dizer.

Larguei seu pulso e reparei que minha mão de branca passou a avermelhada. Como ela estava em bicos de pés graças a altura que eu segurava o seu braço quando o deixei ela ficou ainda mais baixa, apoiando todo o seu pé no chão. Virei costas e quando estava a sair na porta ela agarrou na minha mão e me fez virar de novo pra ela, porém num resto rápido ela se agarrou a mim, apertando minha cintura com toda a força. Acho até que ela nunca me tinha agarrado daquele jeito.

Fiquei sem reação por uns segundos mais depois lá levei os braços em suas costas as acarinhando e sorrindo pro nada. Parece que afinal eu tinha razão, nem tudo o quer ela falou foi verdade.

Apesar de tudo aquilo eu tinha uma certeza apenas. Ela não estava nada bem. Ela estava sufocando com tudo isso e o pior é que ela é muito mais sensível do que aquilo que realmente aparenta. Estava convencido de que ela estava mesmo precisando de ajuda. Ela estava se martirizando a si própria e pior estava achando que não valia nada.

O sangue que escorria por seu braços acabou por manchar toda a minha camisa e tive uma ideia pra acalmar seu choro e seus soluços. Me estiquei um pouco sem me desgrudar dela e liguei o chuveiro. Ainda com as suas mão me rodeando o corpo peguei nela e ainda vestidos e abraçados nos pus debaixo da água corrente e morna que caia do alto. Minha roupa acabou por se encharcar e o cabelo dela ficou ensopado. O pus atrás das orelhas e olhei no fundo de seus olhos. Passei o dedo por seu rosto e em vez de ser eu a pedir ela não perdeu tempo e me deu um beijo leve nos lábios.

Se esgueirou mais um pouco enroscando seus braços em torno de meu pescoço e chegando bem perto de meu ouvido segredou.

_ Te amo!! – deixei minhas mãos deslizarem por suas laterais e agarrei sua cintura.

Gostava de a ver rendida a mim. De a ver aprisionada em meu corpo, de sentir suas mãos rodeando meus ombros ou seus dedos delineando minhas linhas do peito.

Beijei sua testa com carinho e depois de um tempo debaixo de água peguei uma tolha e a envolvi nela. Sophia termia. Desliguei a água e peguei uma toalha também pra mim. A passei por meu peito e por meu cabelo e depois segui com ela pro quarto. ME cheguei perto da cama e como ainda tinha a toalha que me limpei na mão, peguei num dos braços de Sophia, olhei o que lá tinha e cuidadosamente e tentando não provocar muita dor, limpei os cortes que se espalhavam por lá. Ela não gemeu nem gritou, e muito menos se queixou por isso achei logo que não estava magoando.

Porém apesar de não ter nenhuma reação dela me sentia observado e não me enganei. Ela acompanhava tudo o que eu fazia e não descolava o olhar de mim.

Fui no roupeiro e peguei uma t-shirt minha. Deu pra ela que a vestiu e depois deitei de novo. Não a chamei pra meu lado, não me deitei com ela. Apenas me deitei sozinho. Meu papel estava feito agora ela que fizesse o que quisesse, tirando voltar pro banheiro e se mutilar, se se podia falar assim.

Ela se mantéu sentada por uns minutos. Senti que se levantou da minha cama e logo depois alguém se aproximou de mim. Ela se abaixou e junto de meu ouvido murmurou bem baixinho.

_ Desculpe o que falei. Na realidade não fui eu que criei uma Sophia dentro de mim, mas sim, foi você que despertou uma Sophia em mim que á muito tempo estava adormecida. Ela beijou meu rosto de leve a passou a mão em meu cabelo.

Pediu um espaço pra se aconchegar e depois, e como sempre, adormeceu sobre meu peito. Fiquei um tempo vendo ela dormir. Tinha que arranjar um jeito de a ajudar. Não podia perder ela desse jeito.

_ Eu não vou deixar você ir assim desse jeito! Eu não vou perder você! – lembro de falar isso pra mim mesmo e pra ela e depois acabei por adormecer também.

Um cheiro diferente preenchia aquele quarto. Uma respiração que não a minha se fazia ouvir. Um peso em cima de mim, e um pé me chutando. Abri um olho e depois o outro. Dei conta da realidade. ME levantei com cuidado pra não acordar ela e fui até ao roupeiro. Peguei uma roupa e relembrei o que tinha que fazer. Ontem antes de adormecer planejei tudo muito bem.

Procurei meu celular nos bolsos dos jeans jogados num canto do quarto e disquei o numero de minha mãe.

_ Oi!

_ Oi!

_ Tudo bem filho?

_ Sim!

_ Certeza? Não é estranho demais você me estar ligando numa hora dessa?

_ Acho que não!

_ Fala pra mim o que rolou!

_ Será que pode passar pelo colégio, agora de manhã? – estava sentado na cama da Sophia falando o mais baixo possível. Queria que ela estivesse dormindo o mais tempo possível.

_ Porque o que aconteceu? Algo grave?

_ Não. Apenas quero conversar com você!!

_ Tá bom eu apareço por aí.

_ Dou 10 minutos pra você!

_ Mas…

_ Mas nada por favor se despacha!! È muito importante….

_ Filho eu adoraria fazer isso pra você, mais eu não posso! Tem noção daquilo que me está pedindo?

_ Tenho e sei mais que ninguém que você pode! Fale com o pai! Cê o consegue convencer.

_ Não. Eu não vou falar com seu pai coisa nenhuma. Está na altura de ser você, e só você a ir falar com ele.

_ Mas ele não me vai ouvir. Você sabe muito bem qual é o resultado de Diogo Macedo e Marcelo Macedo dentro do mesmo lugar.

_ Hey, se deixe disso. Você tem que parar de se achar um fraco perante seu pai. Você é muito mais que isso e eu tenho certeza que se falar com ele e se for você mesmo, sem medo e com a vontade de o convencer você consegue. Deixe de duvidar de você mesmo. Mostre pra ele que apesar das sua inúmeras tentativas de te rebaixar, você continua de cabeça erguida pro que der e vier!! – minha mãe levantou meu rosto com o polegar, erguendo meu queixo pra cima. – Lembre pra ele que você é filho dele e que ele tem o papel de pai na sua vida.

Aquilo que minha mãe falou me incentivou e ela tinha razão estava mais que na altura de ele me ouvir. Tinha contado pra ela o que estava rolando com Sophia e minha mãe concordou comigo que ela estava realmente precisando de ajuda e um orfanato não era de todo a melhor opção.

_ Que horas ele está no escritório? – minha mãe sorriu de canto vitoriosa e orgulhosa de mim. Depois levou a mão no relógio que prendia em seu pulso e viu a hora.

_ Ele já deve lá estar! – Como assim ele já lá estava. Era cedo demais!

_ Ele já lá está? Mas… Ele não dormiu em casa?

_ Não! – ela falou triste. Isso me enervava. Meu pai não ligava nem um pouco pra minha mãe. E em casa mal punha o pé.

_ Cê tem razão. Eu vou falar. Vou falar umas verdades que tenho guardadas em mim á muito tempo! – essa era a chance ideal e eu o confrontar com tudo o que guardei durante anos e com tudo o que sentia e achava de seu comportamento com a família.

_ Quer uma carona até lá?

_ Quero! – falei firme. – Mas antes preciso fazer uma coisa.

_ Tá bom, então. Eu espero você na entrada! Não demore.

Peguei uma caneta e papel e escrevi:

“ Tive que sair por umas horas do colégio! Eu volto assim que conseguir. Não faça nenhuma loucura e não se machuque a si mesma! Também amo você!!! Acho que esqueci falar ontem! xD”

Pousei o papel ao seu lado e saí. Iria ser uma longa conversa ia.

Cheguei na empresa cedo. Pedi pra chamar meu pai e a resposta habitual e que eu já contava da Fernanda, secretária de meu pai desde sempre, pois não lembro sequer de conhecer outra, desde garoto que a conhecia como a mão direita de meu pai, foi: Seu pai está em uma reunião importante tem que esperar um pouco!

Acatei o pedido dela e me sentei num sofá que lá havia. Peguei no celular e comecei enviando pra lixeira todas aquelas mensagens que se acumulavam na caixa de entrada.

_ Diogo! Menino Diogo? – Fernanda falou me fazendo levantar. – Seu pai está te esperando. Entre logo.

Fui até á sala do senhor Dr. Marcelo. Já nem lembrava o caminho. Até já tinha perdido a conta de á quanto tempo eu não tinha estado nesse edifício. Lembrava que quando era garotinho minha mãe me trazia pra cá muitas vezes depois da escola e eu ficava vendo a enorme estante de livro e capa que decorava o gabinete de meu pai. Nem sabia sequer se ela ainda continuava lá.

Bati na porta e entrei. Meu pai estava sentado em seu famoso cadeirão. Tinha o computador na frente e um montão de papeis preenchendo a secretária. Olhei em volta e de fato recordava bem aquele lugar. A estante continuava cheia de livro e os quadros também ainda continuavam lá erguidos decorando a área. A grande janela vistosa de onde se vê a cidade quase toda e onde eu adorava ver os aviões passar continuava dando luz aquele lugar e estranhamente minha foto e de minha mãe continuava erguida em sua mesa.

_ Então a que se deve essa sua visita, Diogo?

_ Preciso tratar uns assuntos com você!

_ E desde quando você tem assuntos pra tratar comigo? – sempre frio e grosseiro, indelicado e azedo.

_ Desde que eu sou seu filho e você meu pai! – respondi arrogante e ríspido.

Minha frase o fez descolar o olho das folhas onde distribuía assinaturas e me olhar pela primeira vez.

_ E eu posso saber que assunto é esse?

_ Preciso de um advogado que tome conta de uma menor e de sua herança!

Ele fez cara de irónico erguendo o cenho e rindo.

_ Você precisa do quê?

_ Acho que você ouviu bem da primeira vez.

_ E eu posso saber quem é a menor?

_Pode! Sophia! – não tinha nada a esconder.

_ E porque é necessário um advogado ela não tem família, não?

_ Infelizmente não. Seus pais e seu advogado foi morto por seus tios.

_ Nossa. Família complicada hein! – ele jogou a caneta na secretária e se encostou pra trás na cadeira. Era incrível. Eu era seu filho e ele nem sequer me convidou pra sentar.

_ Pelo menos ela tinha a atenção dela, por ruins ou boas razões. – aprovei o lance pra dizer já uma verdade pra ele.

_ Está querendo persuadir alguma coisa?

_ Por acaso estou. Não acha que está na altura de dar alguma atenção pra sua família?

_ Eu dou atenção pra minha família!

_ Então não. Você me dá tanta atenção que eu até nem lembro de quando foi a ultima vez que a gente se viu.

_ Eu não dou mais porque não posso!

_ E a mãe? Também não pode? Pensem que ainda partilhassem a mesma casa e a mesma cama.

_ Eu não vou estar ouvindo suas idiotices. Tenho mais que fazer do que aturar criança mimada.

_ Eu sei que a verdade custa ouvir e engolir.

_ Me conte a história da tal Sophia direito.

_ A história já foi contada. Agora apenas preciso que você me arranje um advogado que esteja disposto a tomar conta dos poderes dela até completar 18 anos.

_ Meu filho. Eu não estou pra ficar aturando e sustentando filho de outros. E se essa menina quer ajuda que vá pedir noutra porta porque essa não vai abrir e ceder.

_ Mas não é ela que está pedindo sou eu! – ele estava se fazendo de difícil.

_ Olhe só! Isso tudo é pra quê Diogo? Tá fazendo todo esse show pra quê? Quer impressionar ela e mostrar que é o herói? Ou o príncipe encantado que a vai livrar de todos os perigos e males?

Foi a gota de água. Não estava suportando mais essa sua forma ridícula de levar a situação!

_ Não eu não quero mostrar nada pra ninguém. Quer mesmo saber porque eu estou fazendo isso? Porque pela primeira vez na minha vida eu encontrei alguém que goste de mim, que me ame pelo que sou. Que não tente a todo o custo me tornar em outra pessoa, apenas porque gostava que eu fosse assim. Finalmente não tenho que fazer aquilo que alguém me pede apenas porque foi um sonho que esse alguém queria realizar e não realizou. Pela primeira vez eu não fui obrigado a namorar com aquela garota porque você quer o dinheiro da família dela. Pela primeira vez encontrei alguém nesse mundo que esteve lá quando precisei e me abraçou quando mais necessitei e que sei que sempre vai estar lá pra mim. Ela me fez esquecer dos problemas, me fez desligar do que os outros dizem e ser eu mesmo. E se você não me quer ajudar eu me arranjo sozinho. Mas garanto pra você uma coisa, se tudo continuar desse jeito você vai acabar sozinho, aí ó sentado nessa secretária assinando papeis e se arrependendo daquilo que sempre teve ao seu redor e que nunca deu valor. Por esse andamento todo o mundo vai acabar por abandonar você, por deixar de obedecer a suas ordens e a seus pedidos. Você vai acabar por perder tudo. Começando logo por mim.

Me dirigi até a porta estava tudo dito…


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O pai não vai facilitar as coisas, não. Será que Diogo vai mesmo se arranjar sozinho?
E Sophia? Será que está mesmo precisando de ajuda?
Será que na realidade está tudo dito?
E eu? Será que eu mereço reviews????
Fico aguardando vossas opiniões e vossas dicas.
Capitulo amanhã ou só domingo???? Falo com vocês pelo twitter!!! @DudaZJM
Beijão e espero comentários.
xD



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