Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 17
Capítulo 17 - Eu não vou ligar! Vou mesmo desligar


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como vai todo o mundo?
Novo capitulo! Dessa vez vou ser má e só vou postar um novo quando tiver 15 reviews!!
Boa leitura!
* por revisar desculpem os erros! :)



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Estávamos os quatro sentados numa mesa da sala de convívio, falando de besteiras e ouvindo as palhaças uns dos outros.

Guilherme entrou na sala e quando me viu rasgou um sorriso como se me estivesse cumprimentando.

_ Foi impressão minha ou o garoto novo sorriu pra você? – Rita falou, fazendo Tomás e Diogo virarem a cabeça pra trás, visto que estavam de costas para a entrada.

_ Ele se chama Guilherme!

_ Guilherme? Como você sabe? Anda muito bem informada! – Dessa vez foi Tomás que se foi virando de novo pra mim e para Rita.

_ Digamos que no final da aula de Filosofia, a gente se esbarrou no corredor e tudo o que ele segurava na mão foi parar no chão, eu o ajudei a apanhar as coisas tentando me desculpar e acabamos por trocar nomes.

_ E a troca foi só de nomes e que pela intimidade que vocês agora tiveram trocando esse sorrisinhos bobos, deu a entender que agora se tornaram quase melhores amigos! – Diogo falou rude e quase cuspindo tudo aquilo em minha cara.

_ Onde você quer chegar?

_ Em meu quarto o mais rápido possível! – Diogo se levantou e pegou junto suas coisas, quase deitando a cadeira abaixo.

Me levantei num impulso e só fui impedida de prosseguir, porque Rita agarrou meu pulso:

_ Onde vai?

_ Saber o porquê dessa atitude! – peguei minha bolsa também e sai seguindo os passos da criatura com quem dividia o quarto. Dei uns quantos encontrões a quem se pôs na minha frente e nem sequer me limitei a pedir desculpas, afinal o que eu me limitava agora era a ouvir explicações de um certo alguém.

_ Acho que o bicho vai pegar…- foi a ultima coisa que ouvi da boca da Rita.

Segui Diogo e quando pude acelerar o passo acelerei e o alcancei me pondo na frente dele, apoiando minhas mãos em seu peito e impedindo que ele desse um passo mais que fosse!

_ Que de em você, hein?

_ Em mim? Nada. Apenas vontade de vir pro quarto!

_ Porque quando se fala no Guilherme dá sempre em você vontade de se por a andar?

_ Você já chegou na resposta! Porque se fala no Guilherme!

_ Outra vez o lance de ciúme? – perguntei virando meu rosto tentando procurar seu olhar que estava fugindo do meu.

_ Quem aqui falou em ciúme? Eu não tenho razão pra ter ciúme!

_ Viu. Você não tem razão pra ter ciúme afinal a gente não fez nada de mal. Eu apenas esbarrei nele e me desculpei!

_ Você ainda fala apenas?

_ Sim! Falo apenas! Que está dando em você?

_ Em mim nada! Mais em você e no seu amiguinho idiota sim!

_ Pare de chamar ele de idiota! Qual é a sua? Ele é apenas um aluno novo. Que mal fez pra você?

_ Quer mesmo que eu fale pra você o mal que ele fez?

_ Sinceramente queria!

_ Esse cara ainda agora chegou nesse colégio e já me roubou o lugar de capitão no time. Já me obrigou a ficar no banco só para o treinador ver o quão bom ele era e agora, agora está se fazendo pra você!

_ Agora nada. Diogo eu não estou acreditando que você ficou assim com ele por causa de um lugar idiota do time? E fica aqui bem claro que ele não está se fazendo a mim!

_ Tem certeza? Primeiro se esbarra com você! Que conveniente, depois vai no bar e te procura quando finalmente encontra sorri e pisca o olho, que vai acontecer depois? Vão se tornar melhores amigos e fazerem programinhas juntos? Ou melhor, vão organizar uma festinha noturna e você vai pedir pra ele pra tornar você numa mulher. – com alguma rapidez levei minha mão na cara de Diogo dando a ele um verdadeiro tapa.

_ Cale a boca e pare de falar besteiras!

_ Você está defendendo ele… - ele falou passando dessa vez sua mão na cara tentando se consciencializar do tapa que levou.

_ Não! Eu não estou defendendo ele!

_ Não! Você está defendendo ele! E por muito que negue seu gesto disse tudo que sua boca não é capaz de dizer!

_ Se eu tiver alguma coisa pra falar não vai ser nem a língua nem os dentes que vão impedir de minha vou transmitir qualquer som que seja. Pare com esse seu ciúme estupido e ridículo!

_ Isso não é ciúme!

_ Tá bom, quando se trata de você muda de nome, né. Visto que é tão especial! Se liga, no que está falando e pare de ser criança!

_ Eu não vou ligar, não. EU vou mesmo desligar. – ele parou e pela primeira vez olhou bem no fundo de meu olho. – Vou desligar de você, do que a gente tinha! De tudo o que nos unia e do que nos separava. Nunca mais lembre que eu existo e quando me dirigir a palavra pense bem se tem razão pra isso! Acabou! Entendeu? Não estou pra ser constantemente sujeito a ouvi você gabar um garoto qualquer. E também não estou pra ser o cara das horas vagas. Acabou!

Ele se desviou e seguiu seu caminho até a porta do quarto mais algo o fez parar e voltar a virar o rosto para me enxergar:

_ Eu nem sei pra quê que estou pra aqui falando de acabou, afinal não tinha começado nada. – ele entrou no quarto e eu me encostei na parede. Levando a mão na cabeça e enterrando meus dedos no meu cabelo e puxando de leve.

Confesso que me estava apetecendo gritar. Gritar bem alto e liberta o que havia preso dentro de mim. Deixei meu corpo escorrer na parede até eu sentar no chão toda encolhida, com as mãos coladas na cabeça e apoiadas nos joelhos, tentando segurar o grito e não deixando as lágrimas rebentarem.

Estava tremendo sem razão, ou será que tinha?

Estava com um nó no estomago e não era por falta de comida! Ou era?

Um arrepio me subia pelas costas e meu corpo de um momento pro outro gelou, e num era por ter frio! Tinha muita roupa vestida! Será que era a suficiente?

_ Hey! Está tudo bem?

_ Até você aparecer estava! – nem sequer me limitei a olhar pra quem falava apenas respondi com as mãos tapando o rosto.

Não estava com vontade de olhar pra ninguém, de cheirar quem quer que fosse, de ouvir uma criatura qualquer que me aparecesse na frente, de falar nem com garoto, nem com garota apenas queria falar com o silêncio, ouvir o silêncio, cheirar o silêncio e ver o silêncio. Era espantoso como eu naquilo momento desejava tanto uma palavra só.

_ Você precisa de alguma coisa?

_ De sossego e de esquecer! Esquecer o que ouvi, esquecer o que vi, esquecer o que ele foi, o que ele fez e o que ele disse, Esquecer que ele existe e esquecer que um dia olhei pra ele com outros olhos.

_ Sei de uma coisa que não falha. E muito apropriada para casos como você está agora!

_ Tem comida?

_ Não! Porquê?

_ Porque engorda! Tem romance?

_ Depende, mais porquê?

_ Porque enjoa.

_ Tem tristeza?

_ Geralmente não! Porquê?

_ Porque se apega!

_Acho que meu programa. Respeita todos os seus critérios! – levantei o olho e encarei quem se erguei na minha frente mais que agora estava sentada de meu lado.

_ Você?

_ Tem aqui mais alguém? Então acho que sou eu mesmo!

_ E qual é sua forma pra se esquecer?

_ Sessão de cinema, com pipoca e muita bebida na mistura!

_ Não tem sala de cinema no colégio!

_ Sempre ensinaram pra mim que quando não tem a gente arranja!

_ Como?

_ Isso quer dizer que você aceita um cinema comigo?

_ Se for o único jeito que houver pra esquecer! Aceito sim!

Ele se levantou e estendeu a mão pra mim. Me ajudando a levantar.

_ É um jeito bem melhor, pra esquecer do que ficar perdida num corredor qualquer se lamentando e se martirizando. – ele me puxou mais eu ofereci resistente e obriguei ele a parar de novo!

_ Sem romance!

_ Ação policial?

_ Sem policia!

_ Ficção cientifica?

_ Sem ciência, já basta aturar o professor.

_ Terror?

_ Não me assusta!

_ Comédia?

_ Legal! Mais ó Comédia romântica fora de plano!

_ E se fosse um musical?

_ Ótimo! Mais que género de musica?

_ A quem diga que a clássica é a que mais ajuda a pensar e a organizar as ideias. – ele falou entre um sorriso rasgado.

_ E que gênero de clássica? È um recital, é um concerto, é uma obra, é medieval, é contemporâneo, é barroco? – falei melodicamente, no meio de uma risada e sem parar pra respirar.

_ Você é exigente! È contemporâneo!

_ Adorei! E onde aqui a minha pessoa vai poder afogar as mágoas e ter o prazer de ouvir esse clássico musical contemporâneo, tomando isso como uma forma de esquecer o inesquecível?



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Notas finais do capítulo

E quem é a pessoa que sentou do lado dela? E Diogo? O que acharam do capitulo?
Deixem reviews! E quando tiver 15 ou mais posto outro!
Beijão pra vocês!
=D