Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 11
Capítulo 11 - Dê um chance pra meus gostos!


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo!
Amei os reviews que deixaram e ainda bem que gostaram das fotos estava que meio em duvida!
Espero que gostem deste cap.
Boa leitura



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Fui abrindo o olho devagar para a claridade não incomodar. Sentia uma mão se afundando em meu cabelo e fazendo carinho, tocando em minha cabeça.

_ Bom dia dorminhoca! – Diogo falou carinhoso e baixo perto de meu ouvido.

_ Bom dia Macedo. – falei, me acomodando melhor na cama.. Ele passou seu dedo sobre meu ombro e eu me arrepiei. – ele riu rouco e puxou o cobertor para cima, tapando cuidadosamente e meigamente meu corpo!

_ Você nem num dia desse dá descanso.

_ E que dia é hoje para eu dar descanso pra você?

_ Hoje é…é…

_ Viu. Não há razão para eu tratar você de maneira diferente. Pelo contrário devia tratar você mega mal. Não falou que vazava de minha cama quando eu adormecesse? Parece que acabou por ficar cá, não deixando aqui a minha pessoa dormir bem.

_ É. Fala a sério que minha presença em sua cama incomodou é que num parece nada. – ele passou as mãos por trás do pescoço e as apoiou na nuca. Olhando para mim de seguida.

Ao principio não entendi nada e nem sequer levantei o olho para ver ao que ele se estava a referir. Depois de uma pausa e de ele ter enchido os pulmões de ar e depois os esvaziar eu olhei para cima.

Pera aí eu falei que ele encheu e esvaziou os pulmões?

Olhei para baixo e vi que meu colchão e meu travesseiro era seu peito e aí eu perdi a razão e a fala. Pois congelei e apenas fiquei olhando alternadamente para Diogo e depois para seu peito.

O empurrei e ele acabou por cair no chão.

_ Tá louca?

_ Não. Tou com sono!

_ Pois. Mais já passou um bom tempo desde que as aulas começaram. Não sei no que deu no despertador mais não tocou. – ele falou pegando no aparelho e o olhando em todos os cantos.

_ Ele tocou só que eu o desliguei! – que mania minha de falar tudo o que vem em minha cabeça. Quando aprendo a pensar antes de falar?

_ Você o quê? – ele falou se pondo ao mesmo nível que eu.

_ Eu tenho que ir tomar um banho. Estou mega melada e se não me despachar não apanho a segunda aula. – corri para o banheiro.

Liguei o chuveiro e me pus na frente do espelho.

_ Porque você é tão ingénua e num fecha o bico? – perguntei a coisa sonsa refletida no espelho. – Ele com certeza imaginou mil e uma razão por você ter feito o que fez. Você é mesmo estupida!!

Alguém bateu na porta e não era difícil de adivinhar quem era. Respirei fundo e abri a porta com brutalidade.

_ O que quer? – falei ainda sem encarar quem se erguia á minha frente.

_ Esqueceu sua roupa. Não quero que depois dê em cima de mim por a ter esquecido e andar feita doida pelo quaro toda atrapalhada e segurando a toalha firme contra o corpo para não a deixar cair na minha frente.

_ Acha mesmo que eu vou vestir isso?

_ Porque não experimenta? Adorava ver você assim vestida! Dê um chance pra meus gostos!

Peguei nas peças que segurava e voltei a entrar no banheiro. Tomei meu banho e vesti a roupa que Diogo tinha sugerido.

Primeiro a reneguei por não a querer por ter sido ele a escolher mais depois olhei de novo para o espelho e tive que admitir que assentava bem em mim.

Tá bom eu admito ficava bem demais em mim. Parece que o playboy do colégio, riquinho e cheio de fãs até tinha bom gosto.

Sai do banheiro e ele já não estava na quarto. Minha cama estava feita. O que queria dizer que ele apesar de tudo fez minha cama e a sua. Cheguei até a cama e olhei o que tinha em cima. Uma bolsa e um papelzinho pousado sobre ela com a letra dele. Peguei e o li.

“ Essa bolsa ficava linda com a roupa que sugeri. Sua cama está feita e desculpe pela noite se realmente fiz você dormi mal. Não era essa minha intensão. Ao contrário de você eu adorei dormir com um piolho em cima de mim. Me chutando e me pontapeando o tempo todo. Espero você na aula! Diogo xD”

Quando voltei a realidade um sorriso estava formado em meu rosto. Cheirei o papel e ri com ele tapando minha boca.

Varri o quarto com os olhos parando eles no relógio que movia o ponteiro de segundo em segundo. Eu estava mesmo atrasada. Joguei minhas coisas dentro da bolsa e corri até á sala. Quando lá cheguei a professora ainda não tinha chegado.

Diogo estava sentado numa mesa falando com Tomás no fim da sala. Rita também estava junto com eles e pelo que parecia e pelo que dava para ver a conversa estava bem animada. Quando pousei o pé na sala o olhar de Diogo pousou em mim. Ele estava falando e foi parando de falar, até quase soletrar o que saia de sua boca. Se fixou em mim e acompanhou os meus movimentos até chegar junto da mesa onde estavam sentados.

Quando cheguei ao seu lado mordeu o lábio inferior e me analisou de cima abaixo. Ele ía falar só que uma voz, mais alta, mais fina e mais poderosa falou por cima, cortando sua vez de se pronunciar.

_ Todo o mundo para os lugares, a aula vai começar.

A professora de filosofia tinha chegado. Ela era legal. Muito legal e num era daquelas que obrigava a gente a fazer redações e a escrever sobre o quotidiano ou da vida que nos rodeia.

_ Oi gente. Hoje trago uma aula bem diferente pra vocês. Vamo fazer um jogo! Quem alinha? – toda a turma alinhou. – Muito bem. Todo o mundo interessado e empenhado em participar na aula. Muito bem. Eu quero que vocês me falem de uma pessoa. Uma pessoa qualquer que vos chame a tenção por motivos bons ou ruins. Quero que me falem e que me expliquem porque a odeiam ou porque gostam tanto dela. Quero que me falem das duas visões que têm desse individuo.

_ Como assim das duas visões? – Tomás falou fazendo toda a turma atentar e de um certo jeito concordar com sua questão.

_ Tenho certeza que todo o mundo têm uma pessoa que gosta menos, ou até detesta, mas por muito que não queira admitir tenho certeza também que bem lá no fundo existe qualquer coisa que nos faz até admirar e gostar um pouquinho dessa pessoa. E eu quero que vocês me falem dessa pessoa que me contem o porquê de não gostarem ou o porquê de adorarem e admirarem a tal pessoa.

_ O que você quer dizer é que quer que a gente fale pra você as razões que falaria para a pessoa em causa sobre o porquê de gostar ou detestar ela? – A Liz falou.

_ Exatamente. Isso mesmo.

_ E o que isso tem a haver com filosofia?

_ No final da aula vão ver! Algum voluntário para começar com o exercício? – ninguém levantou o braço o que levou a professora a escolher um. – Diogo! Se importa de ser você o primeiro?

_ Eu! Acho que deve haver gente com mais vontade do que eu.

_ Pode haver, mais eu gostava de ouvir você em primeiro lugar. Mostre para a turma aquele lado filosofo que guarda bem dentro de você!

_ Eu não tenho esse perfil.

_ Tem esse e muitos mais. Agora se levante e venha pra aqui para a frente. – Diogo percebeu que não valia a pena teimar, ele tinha que ir quer quisesse quer não.

_ Bom deixo as atenções sobre você. O importante nesse exercício é você pensar numa pessoa e dizer pra turma o porquê que gosta e o porque que num gosta desse pessoa. E falar pra gente da maneira como você falaria para ela. Entendeu! – ele assentiu. – A melhor forma de se expressar é pensar em alguém que tire você completamente do sério! Quando quiser pode começar.

_ Bom. – ele começou e eu prestei toda a minha atenção nele. – Eu nem sei por onde devo começar a lista de defeitos é tão grande que… Posso começar por dizer que você é chata, que é provocadora, que adora brigar, que é fria, que é boba, que é melga e uma destruidora de auto estimas, que adora deitar as pessoas em baixo, mais que também faz isso de propósito para depois as voltar a por pra cima. Posso dizer que você é insuportável e irritante! Mas… - Diogo levantou o olhar que antes estava pousado no chão pra mim. – Mas eu gosto de você. Eu gosto do seu jeito risonho, ou até desse seu jeitinho irritante. Gosto da forma como olha o mundo e da maneira como vê as coisas que te rodeiam. Gosto dessa sua teimosia que me deixa louco da vida! Gosto desse seu jeitinho de me olhar ou até de me zoar. Gosto das suas respostas na ponta da língua e adoro o cheiro de seu cabelo. Adoro quando fica sem resposta e a tenta arranjar. Adoro quando se torna num verdadeiro piolho e arma para me infernizar. Mas eu sei mais que ninguém que por muito que eu fale que odeio você eu sei que nunca vou ser capaz disso porque são todas essa pequenas coisas que eu detesto na sua forma de ser que me fazem gostar tanto de você! – toda a turma ficou calada por uns segundos.

Porque eu achava que era a sujeita em causa que ele falou? Porque achava que toda aquele discurso dele foi direcionada pra mim? Porque eu achava que ele tinha sido tão verdadeiro e usou essa aula pra se abri?

Estava fixa nele e ele em mim. Tentava compreender o que seu olhar dizia mais não o entendia.

_ Bem. Diogo! Você me surpreendeu. Nunca pensei que fosse se abri desse jeito e falar tudo isso!

_ Até eu próprio me surpreendi. Pra falar a verdade! Será que posso voltar pra meu lugar?

_ Claro. Vá se sentar! Quem quer ser o próximo?



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Notas finais do capítulo

O que acharam da filosofia de Diogo? O que acham que Sophia vai pensar acerca disso?
Deixem reviews gente! Quero saber vossa opinião.
Novo capitulo só amanhã!
Beijão!!!