Ja haviam se passado alguns dias desde que Jacob e eu começamos a namorar. sim! Namorar! Depois da noite em que nos beijamos, Jake me levou para um passeio e me pediu em namoro, contou que ja havia conversado com meus pais e que a partir daquele momento nossas vidas seriam perfeitas.

Tudo parecia perfeito mesmo, começava a acreditar que eu e ele tinhamos sido feitos um para o outro. Estavamos sempre juntos, nos divertiamos, eramos companheiros. Nunca haveria razão para nos separarmos, nos completavamos mutuamente, mesmo ele sendo um lobo e eu uma hibrida de vampiro.

Mas como tudo que é bom dura pouco, sempre aparece algo para estragar nossa felicidade. Certo dia quando caminhavamos pela praia, encontramos com o bando de Jacob, e para minha supresa, Jason estava lá, junto com eles, igual aos outros. Mais forte do que da ultima vez que o vira, e em nosso ultimo encontro não havia reparado, mas agora ele também tinha uma tatuagem igual aos outros lobos. Toquei o rosto de Jacob e lhe mostrei a cena, ele saberia o que eu queria saber.

–Eu sei Ness, lhe devo alguma satisfação, só não sei se é a hora certa...

Mostrei a Jacob outra lembrança. Desta vez a lembrança que lhe mostrei foi a que eu conversava com Jason na floresta depois de me recuperar do ataque de alguma vampira.

–Sim, tem haver, o fato de ele ter entrado no bando fez com que ele mudasse de ideia com relação a você, mas posso lhe prometer que eu não precisei pedir nada. A noite...é tudo o que lhe peço, a noite voce saberá de tudo meu anjo.

Como era costume dos Quileutes a tribo se reunia ao redor de uma fogueira na praia e os mais velhos começavam a contar historias de lendas das tribos. Aquela não era a primeira fogueira que participava, mas era a primeira vez que escutava a historia que Billy, o pai de Jake, estava contando.

– Como todos aqui presentes sabem, nós, quileutes, descendemos dos lobos, criaturas sobrenaturais, que muitos acreditam não existirem...os lobos são criaturas fortes, prontas para defender a tribo contra seus inimigos, dispostos a dar sua vida por isso, mas também podem ser criaturas doceis....sim....doceis e dispostos a dar sua vida por amor...

Amor era eventualmente um dos temas das antigas lendas quileutes.

Billy continuava falando com sua voz forte e cheia de autoridade, assim como todos os mais antigos da tribo costumavam falar.

–Um quileute, descendentes dos lobos, deve obediencia ao seu alfa, ao chefe da matilha, quase como que uma lei natural, ama a tribo acima de tudo, juntamente com seus irmaos lobos, entretanto, tudo isso pode ser deixado de lado se ele acha uma razão mais forte para viver.

Me perguntava o que poderia ser a razao mais forte do que a propria natureza deles, afinal, Jacob me dissera uma vez que a natureza dos lobos era cuidar da tribo, dos seus irmaos. Então, o que poderia ser mais fortes que o proprio motivo de suas existencias?

–A palavra que define a razao maior de um lobo viver é imprint! Um lobo pode viver uma vida, namorar e ate casar-se com uma pessoa achando que a ama, mas tudo pode ser mudado se ele sofre um imprint.

–É algo mais forte que amor, é a propria vida que depende disso. Não tem dia nem hora certa para acontecer, não escolhe idade. O objeto de imprint torna-se o centro do universo para o lobo, se a pessoa alvo de imprint morre é capaz de matar o lobo junto. Torna-se dificil a pessoa não aceitar o lobo como parceiro para a vida, pois o lobo pode ser tudo o que a outra pessoa deseja, pode ser um amigo, um companheiro, um protetor, um marido...tudo o que o alvo do imprint desejar...- Interveio Sue clearwater.

Imprint? Comecei a ficar curiosa. Será que Jake era capaz de amar assim? Amar alguem mais do que ele jurava amar aquela tribo? Amar alguem mais do que a seus irmãos lobos? E se ele resolvesse ter um imprint com alguem de uma hora pra outra e me abandonasse? Não suportei pensar nisso. 

Não sei porque mas Sue olhou para mim de uma forma estranha, como se quisesse falar algo.