Capitulo 2:

Acordei muito bem-disposta, a final, era fim-de-semana e eu adoro fins-de-semana! Levantei-me e espreguicei-me com vontade, pouco tempo depois olhem para onde estava a secretária e vi, de novo, a carta a brilhar.

Levantei-me da beira da cama e peguei na carta que parou de brilhar, olhei para a imagem linda do coração branco, com as facas e com o fio vermelho preso nos cabos das facas.

Ainda continuei a olhar, para tentar perceber o que aquela imagem significava: Aquele coração, com as facas e o fio… Porque que o fio era vermelho? E porque que ele ligava aquelas duas facas? A primeira coisa que eu pensei: *ESTRANHO!*

Ainda estava imersa nos meus pensamentos, quando ouço alguém a bater á minha porta e de repente a minha cara fechou e olhei com odio para a porta. Não é que a porta tivesse a culpa e eu sei disso, o problema era a “pessoa’’ que estava a bater naquela porta.

Pôs a carta em cima do caderno, outra vez, e nem tive tempo para me virar para a porta, que um certo “ser’’ arrebentou-a ao ponta pé e abraçou-me fortemente.

Agora devem estar a perguntar… Quem é esse “ser’’? Pois não é nada mais, nada menos, que o estupido e pervertido do meu pai.

- Oh minha filhinha linda! Minha linda Alice! Porque que não respondes-te quando eu, o teu paizinho, bateu á porta? – Perguntou-me ainda abraçando-me

- TIRA…OS…DEDOS…DE…CIMA…DE…MIM! VELHO PERVERTIDO! – E dei um ponta pé bem mesmo no estomago do meu pai e ele acabou por cair do chão – JÁ É A 5ª PORTA ESTE MÊS QUE TU PARTES! SERÁ QUE NÃO TE CANSAS DISSO?! E QUANTAS VEZES TENHO QUE TE O DIZER, PARA NÃO VIRES BATER À PORTA DO MEU QUARTO?!

- Pronto, pronto! Desanimas-te o meu humor hoje… - Disse o meu pai indo, para um canto do meu quarto e com uma aura negra a rodeá-lo e eu apenas ignorei.

Todos os sábados era a mesma “festa’’, Como os meus pais não tem trabalho no sábado, eles passam o dia em casa e o meu “paizinho’’, bate sempre à porta para acordar a sua “doce filhinha’’.

Olhei para o meu pai e depois lembrei-me do anime Soul Eater. Ahhhhh! Se a Maka me visse nestes momentos com o meu pai de certeza que me intenderia! Afinal o pai dela também é um homem pervertido, a sorte dela é que não vive na mesma casa que ele, que sorte.

- Bom, eu vou descer pai, quando a tua tristeza passar sai LOGO! Do meu quarto e NÃO TOQUES EM NADA!

Sai e foi ter com a minha mãe que de certeza estava lá em baixo a preparar o pequeno-almoço, foi á cozinha e discretamente foi ao ombro da minha mãe ver o que ela estava a cozinhar e quando vi que eram panquecas o meu coração até ficou com mais vida, eu AMO panquecas e quando á panquecas para comer ao pequeno-almoço, significa que algo de bom, pode vir a acontecer.

Desviei-me para tentar fazer com que a minha mãe não notasse a minha presença e foi ter com os morangos que estavam em cima da mesa da cozinha, que de certeza que era para acompanhar com as panquecas, quando ia pegar em um para meter na minha boca…

- Filha! Eu sei que estás ai! Por isso larga os morangos! – Fogo! A minha mãe deu-se conta que eu estava lá

- Eheheh! Bom dia mãe – Disse-lhe tentando-me fazer de santa.

- Bom dia Alice – Disse-me a minha mãe se virando para mim, sorrindo-me e com as panquecas prontas e eu retribui o sorriso. – Já discutiste com o teu pai? – Sim já é hábito a minha mãe ouvir as discussões que eu e o meu pai fazemos pela manhã

- Já sim, mãe! – Disse sorrindo para ela.

- Bom, não importa! Senta-te para comeres o pequeno-almoço!

- Sim!

Sentei-me e comecei a comer as panquecas com os morangos, era uma mistura um pouco maluca, mas o sabor era perfeito. Pouco tempo depois o meu pai chegou para perto de nós e quando me virei, adivinhem o que eu vi, o meu pai com o meu caderno de história numa mão e na outra a carta que aquele senhor me deu ontem na loja.

- Filha! Que carta é está? – Perguntou-me o meu pai

- Pai! Eu não disse para não mexeres nas minhas coisas? – Disse-lhe tirando o caderno e a carta nas mãos dele e comecei a corar quando vi o caderno.

- Alice, que carta tão bonita! Têm uma imagem fantástica! – Disse-me a minha mãe vendo a carta que tinha nas mãos.

- É não é? Eu também achei! – Disse para ela – Olha mãe, hoje á tarde vou dar uma volta ao parque de patis-em-linha, está bem?

- Claro querida, mas vai com cuidado!

- Sempre mãe! – Disse-lhe sorrindo

Assim que tomei o pequeno-almoço, levantei-me da mesa e foi para a sala ver televisão, o meu pai pouco tempo depois chegou á sala e sentou-se ao meu lado e ele tentava inúmeras vezes por o braço em cima dos meus ombros, mas eu mostrava sempre o meu ponho fechado e ele lá parava.

Pouco tempo depois levantei-me aborrecida, com a carta e o meu caderno nas mãos, foi para o quarto, pôs o caderno lá, vesti-me com a roupa que usei ontem, pôs a carta nos bolsos do casaco e sai do meu quarto.

Quando estava na entrada, calcei os meus patins, levando um saco com os meus ténis lá dentro no caso de queres tirar os patins, e sai de casa.

Eram ainda 8:08, muito cedo! Mas em casa não estava a fazer nada, por isso sai antes que o meu pai tivesse alguma ideia realmente estupida.

Foi em direção ao parque, que estava vazio, e foi para o meu lugar preferido desde que eu era pequena, o lago que lá havia, ali podia estar sossegada, porque ninguém vai para lá, só eu é que vou.

Quando cheguei ao lago, parei de patinar e sentei-me na beira do lago, tirei os patins e calcei os meus ténis pretos com listras brancas e guardei os patins dentro do saco.

Fiquei a olhar para o nada, até que me lembrei da carta que tinha guardado no bolso, tirei de lá e olhei para ela, mas acabei por não olhar por muito tempo, pois a carta começou a brilhar outra vez e desta vez mais forte, que acabei por deixa-la cair no chão, de repente a luz desaparece e deixei de sentir o chão debaixo de mim, abrir os olhos e vi que estava a cair desde o céu! A carta caia ao meu lado e eu num puro instinto agarrei, antes que pode-se desaparecer e nunca mais a poderia encontrar.

Depois olhei para baixo e vi um edifício enorme, a se aproximar enquanto eu caia, quando eu senti que a minha queda fez com que o teto destrui-se e ai eu desmaiei.

Quando eu acordei, vi um teto branco em cima de mim, pisquei os olhos algumas vezes, pois a minha vista estava desfocada, por isso levai uma das minhas mãos ao meus olhos, mas pouco tempo depois senti uma dor vinda nessa mesma mão, olhei para ela e a minha mão estava toda ligada. As lembranças vieram todas á toa, de eu estar no parque e de repente a carta começar a brilhar e depois já não estava mais no parque, mas sim a cair do céu… Espera ai! Mas onde raios eu estou? Olhei á minha volta e vi mais outra cama de solteiro que também tinha uma manta branca, uma secretária, uns quantos papéis em cima dela. Podia estar a imaginar coisas, mas eu acho que estava numa enfermaria. Tentei-me levantar mas as minhas costas doíam-me tanto que acabei por desistir ao primeiro intento, o meu cabelo estava solto, e eu a pensar que o tinha prendido num rabo-de-cavalo, ouvi a porta ser aberta e olhei para a mesma, e um senhor muito estranho, com um parafuso na cabeça tinha acabado de entrar… ESPERA AI! ESSE HOMEM É O DR. FRANKEN STEIN, UMA DAS PERSONAGENS DO SOUL EATER! Será que eu bati com a cabeça em algum lado e agora estou numa espécie de sonho.

Quando ele me viu, acordada e com a cara cheia de espanto, ele sorriu-me e eu “voltei’’ ao mundo.

- Afinal acordas-te! – Disse-me

- Hum… S-sim… P-parece que si-sim… - Disse-lhe nervosa, tinha tantas perguntas na minha mente – Onde… Onde eu estou? – Perguntei-lhe nervosa e um pouco assustada, apesar de ser uma das personagens do meu anime preferido, preciso de ter a certeza se estou, onde eu penso que devo estar.

- Estás na enfermaria da escola Shibusen, na Death City! – Disse-me sorrindo

- EU ESTOU A ONDE?! –Gritei, ainda deitada na cama, com a boca aberta.

Então eu estava mesmo, onde eu pensava que estava, a carta levou-me para o mundo Soul Eater, ou melhor dito, para o anime Soul Eater.

Eu não posso acreditar que isto esteja mesmo a acontecer!