Moiras escrita por AngelSPN


Capítulo 3
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/311400/chapter/3

21 de novembro 2007.

Sam abriu os olhos. Levantou-se sobressaltado ao perceber que o irmão não estava na cama. Dean sempre dormia até tarde. Olhou em volta, a chave do impala estava na cabeceira da cama. Suspirou um pouco mais aliviado. Espichou o braço em direção do celular, deixando amostra seus músculos que se contraíram com o movimento. Era manhã de sábado por volta das 7 horas.

“Onde raios você se meteu?”

Seu questionamento logo foi respondido, o loiro chegava arfando com uma bandeja improvisada de pão, queijo e maçãs. Sam fitou-o com ar abobalhado e inquisidor ao mesmo tempo.

—Hey, não me olha assim. Eu fui dar uma volta aos arredores desse fim de mundo. Encontrei uma senhora no caminho e perguntei onde podia conseguir um lugar para comprar um café da manhã. Minha sorte, ela era a dona do lugar, próximo daqui. Então...bom pensei em trazer para comermos, já que você foi dormir tarde e...

—Estava acordado?

Droga, Sam era rápido demais. O loiro depositou a bandeja sobre o cômodo e em um gesto todo seu, resmungou:

—Vai vim comer ou não? Porque eu estou cheio de fome! —questionou de forma ríspida e sem aberturas para outras perguntas.

Sam sorriu deixando suas belas covinhas na sua face balançou a cabeça e juntou-se a Dean naquela mesa bagunçada e improvisada.

—Então...hã...devo admitir. Está uma delícia. — Sam encarou os olhos verdes que brilharam intensamente de satisfação.

—Valeu, Sammy. Ah, Recebi uma mensagem de um velho conhecido meu Rich, é um cara que banca ser o caçador, mas, é desajeitado. Está encrencado, sabe perto de onde? Próximo a Ohio.

—Coincidência? É a mesma cidade ao qual Bobby nos falou dos presságios. —Sam devorou mais um pedaço do queijo.

—Por isso eu digo que ele está encrencado. Tentei ligar de volta. Ninguém atende.

—Péssimo sinal.

—É, ou está muito encrencado ou se envolveu com mulheres. —Dean mastigava enquanto falava abafado.

—Porque será que isso me lembra alguém? — Sam olhava-o divertido.

—Não sou encrenqueiro! — ambos sorriram. — Ok, só um pouco. Quanto a mulheres....

—Não precisa explicar. — Sam levantou a mão em negação. E acabou olhando para a janela atrás de seu irmão.

Sam percebeu a nuvem negra que se formava no céu. Alertou o loiro de uma tempestade, e arrumaram suas coisas e seguiram viajem. Não queriam arriscar ficarem presos nesse fim de mundo ao qual foram parar.

Três horas depois os dois caçadores desceram do impala no posto de gasolina mais próximo, estava frio e o vento fustigava como chicote suas faces e a chuva fina formava uma bruma esbranquiçada e assustadora, típico de filmes de terror. Após abastecerem e Dean pagar a conta para a balconista obesa e simpática, derretida pelos encantos e sedutores olhos verde, eles continuaram a seguir para Ohio. A chuva agora se intensificava ainda mais, casas eram deixadas para trás e conforme se aproximavam do seu destino percebiam as poucas janelas envidraçadas e no meio delas uma penumbra, como um vulto observador. Que mistérios a cidade ocultava? Sam analisava cada canto do lugar, pouca gente estava nas ruas. Em compensação um bar parecia lotado de homens e mulheres muito a vontade. Algo estava muito errado, Sam sentiu o arrepio pela sua nuca. A noite chegara mais cedo, a chuva dava uma trégua e a lua começava a surgir timidamente pelas densas nuvens pesadas. Não fora difícil encontrarem um hotel para se hospedarem, com cartões falsos pagaram duas diárias antecipadas ao recepcionista de poucas palavras.

—Aproveitem sua estada. Quarto nº 2013. Onde estão suas malas? —o pequeno homem de aspecto oriental e com uniforme cinza procurava com os olhos apertados os objetos pessoais dos Winchester.

—Não se preocupe amigo. Somos práticos. Obrigado mesmo assim. — Dean pegou a chave e saiu em direção do elevador.

— Qual é Dean. Vamos pelas escadas. São apenas dois andares!

—Para que gastar as pernas se tem os elevadores para isso? —o loiro cruzou os braços esperando o elevador abrir. Mas a voz com sotaque forte chamou sua atenção, era o recepcionista do hotel.

—Elevador sem uso, estragado senhor Parker. Apenas escadas, bom para o coração.

Sam sorriu e agradeceu a informação. Dean por sua vez, espichou os lábios prontos para dizer alguma maldição ou um palavrão. Mas entre os resmungos apenas o “Tá de brincadeira” saiu nitidamente. Sam puxou-o pelo braço antes que seu irmão tentasse aborrecer o oriental.

22 de novembro de 2007

Não havia como negar, a cidade estava infestada de pessoas estranhas. Umas jogadas ao chão com garrafa na mão, outras sem pudor algum agarrando as mulheres com suas minúsculas saias. Era um verdadeiro bordel. Dean Winchester não se constrangeu com a investida da garota a sua frente, ela era linda afinal de contas. Sam sempre era o estraga prazer.

—Cara, nem vem. Estamos a serviço. Vamos aqui nesse bar coletar algumas informações, sobre esse seu amigo desaparecido e, o que está acontecendo com o povo daqui.

—Como quiser Madre Teresa!

— Dean...

—Tá, parei! — o loiro levantou as mãos em rendição.

Ambos entraram no bar, o clima era de diversão. No entanto não era isso que os dois caçadores sentiam, algo no olhar das pessoas era amedrontador e extremamente insano. A jovem do outro lado do balcão encontrou os olhos verdes do loiro, que sorriu de forma tentadora. Aos poucos a distância diminuía e Dean sentou no banco aguardando pacientemente a bela morena aproximar-se. Sam por sua vez o acompanhou analisando o local. Um estrondo no fundo do bar lotado chamou a atenção de Sam e de todos que ali se encontravam. Sam voltou o olhar para onde seu irmão estaria sentado, e, para sua surpresa Dean não estava mais lá.


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agradecimentos aos amados leitores!!!
Valeu!Beijos!