PDV NARRADOR.

–Shh - Falou Damon pressionando o dedo indicador contra os próprios lábios.

Elena riu baixo.

–Para onde vamos, Damon?

–Você vai adorar - Ele prometeu.

–Eu vou estar com você Damon, é claro que vou adorar - Falou abrindo o seu sorriso encantador.

Damon olhou para ela e se perdeu em seus olhos, ele sorriu também, mas de uma maneira diferente, ele a prensou contra a parede e lhe roubou o ar com um beijo. Elena sorriu e eles se separaram, ele voltou a puxá-la para fora da mansão, já devia de ser duas horas da manhã ou mais. Se não tivesse completamente apaixonada por Damon, poderia jurar que era seu irmão a guiando para outra pequena aventura.

Eles finalmente saíram da mansão pelos fundos então Damon acelerou o passo, Elena tinha sua mão com a dele e era puxada para seguir a mesma direção que ele, os dois estavam rindo, e Damon não ria assim a muito tempo, não estava certo se gostava ou não disso.

Eles pararam embaixo de uma árvore, Damon e Elena se encostaram no tronco dela, os dois riam ofegantes, então Elena parou e olhou para Damon, com um giro ela estava na frente dele, colando seus lábios aos dele, e ele a virando para que ela ficasse contra a árvore, suas mãos se juntaram, e quando Damon iria dar o próximo passo, Elena se soltou dele, sorrindo.

–Então... - Perguntou ofegante- É aqui?

–Não - Murmurou Damon e selou os seus lábios por mais poucos segundos, depois a puxou para trás da árvore, onde havia seu cavalo - Essa é a nossa carona, venha. - Ele a montou primeiro no cavalo e depois subiu.

Eles galoparam por um longo tempo e Elena não teve queixas de estar com seu corpo tão perto ao o de Damon, com sua cabeça encostada ao peito definido dele, ela precisava conter os suspiros que achou que nunca teria. Suspiros apaixonados.

Então a floresta começou a se tornar comum para ela, o cavalo pulou dois galhos caídos de uma vez então Damon acelerou e lá estavam eles, no lago onde ela e Jeremy nadavam, Elena sorriu maravilhada, Damon desceu e a puxou para baixo também.

–E então? - Ele perguntou.

–Como... Como sabia?

–Sabia do que? - Perguntou visivelmente confuso.

–Eu e Jeremy vinhamos aqui, nós vinhamos a galope, a mansão Gilbert fica logo após a floresta... E a gente subia na rocha maior - Ela apontou para rocha - E pulávamos no rio.

–Estranho você dizer isso. -Disse com um sorriso malicioso.

–Por quê? - Foi a vez de Elena ficar confusa.

–Porque... - Ele tirou o colete - É o que vamos fazer. - E então ele a pegou no colo e subiu na rocha.

–Damon, não, Damon! - Ela esperneou - Damon estou de camisola!

–Ainda há outras, meu bem...

–Não, Damon, deixe eu a tirar...

–Não teria graça, eu quero tirar, molhada.

–Damon, por favor...

–Deixa eu pensar... Humm.... Não...

Ele jogou Elena na água e logo depois pulou.

–Desgraçado! - Elena fez menção de tirar a camisola e e Damon se aproximou.

–Não, não - Ele bagunçou a cabeça negativamente. - Eu faço isso.

Elena abriu a boca para protestar, mas os lábios de Damon impediram que de lá saísse qualquer som, ele se afastou com um sorriso malicioso e estendeu as mãos para a camisola de Elena, sem desviar os olhos dos dela, ela estava com a boca aberta, os lábios formigando, as mãos de Damon encostaram em sua pele e um arrepio tomou conta de seu corpo, ele começou a puxar lentamente a camisola até a tirar, Elena fechou os olhos e manteve um gemido preso em sua garganta.

Damon jogou a camisola dela para cima da rocha e atirou sua blusa para lá também, então Elena contemplou o peito nu e definido de Damon, e agradeceu internamente por esse ser o homem com quem casaria.

–E então? - Disse Damon se aproximando, mais ainda, de Elena.

Elena olhou para ele de cima a baixo para Damon, e então seu olhar se fixou nos lábios dele. Elena não soube como, quando e nem se foi ela mesma que proferiu as palavras que saíram de sua boca:

–Beija-me.

Damon sorriu vitorioso e puxou Elena pela cintura, os braços dela envolveram seu pescoço e suas unhas arranharam sua nuca enquanto os dedos enrolavam os cabelos. Elena mal podia acreditar no que estava fazendo. Em um rio com Damon Salvatore, semi-nua, aos beijos. Sua mãe adoraria isso, não?

Elena sentiu que Damon a empurrava para trás, aliás, ele a ergueu e caminhou, sem soltar seus lábios, ela sentiu a rocha atrás de si e sentiu Damon deitá-la nela, sem interromper o beijo. Elena amou isso. Algo tão errado... Eles separaram os lábios para apanharem ar e então urgentemente Elena o puxou para outro beijo.

Aquilo teria passado de simples beijos se um galope não os interrompessem, primeiramente acharam que o cavalo havia fugido, mas quando se levantaram para ver, o cavalo estava ali. Eles se entre olharam, Elena vestiu sua camisola e Damon a camiseta, ele saiu da água e a puxou para sair junto...

Jeremy apareceu em sua égua malhada.

Elena sentiu uma enorme raiva por ele interromper seu momento com Damon, mal sabia que depois agradeceria por isso... Mas então a raiva se dissipou, ela estava com tantas saudades, queria abraçar ele, mas estava toda molhada, e ao lado de Damon. O que ele pensaria? Chegaria bem perto da verdade? Ah, não...

Jeremy ficou confuso, desceu de sua égua e sua expressão abrangia raiva, ele encarou Damon e Elena pode ter certeza que Jeremy queria socá-lo.

–Jer... -Ela começou.

–O que faz aqui Elena? -Ele perguntou - O que fazem aqui?

–Jeremy, eu posso explicar, por favor... -Começou Elena dando um passo em direção ao irmão.

–O que você faz aqui? - Retrucou Damon erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços.

Jeremy cruzou os braços também.

–A propriedade de minha família fica logo ali a frente, e esse aqui, sempre foi um lugar meu e de Elena - Ele olhou ressentido para a irmã - Mostrou a ele?

–Não, Jeremy, ele me trouxe até aqui... Nós só...

–Eu não quero detalhes Elena, o que estariam fazendo molhados os dois a essa hora da madrugada? Treinando nado sincronizado ? - Perguntou irônico. -Não com esse seu lábio inchado.

–Ah, Jeremy, por favor, me deixe explicar, você está entendendo errado...

–Não, Elena, estou entendendo perfeitamente bem... Eu lhe avisei sobre isso, só não sabia que seria mais uma delas.

–Não, Jeremy, eu não... Olha, você está entendendo tudo errado, nós não... -Era evidente que Elena mentia, mas não queria o irmão magoado assim, e se tivesse de mentira para o ver bem, é claro que mentiria.

Ele subiu na égua novamente.

–Não se preocupe Elena, eu não vou contar para ninguém, e trazer vergonha a família. - Ele praticamente atirou facas no lugar de palavras, que acertaram o peito de Elena, as lágrimas arderam nos olhos dela, mas se permaneceram lá, Elena não choraria. Jeremy deu meia volta e sumiu, o corpo de Elena fez menção para segui-lo e Damon segurou seu braço.

–Sh, é melhor ele esfriar as ideias. Irá lhe perdoar, só está irritado, pareceu Stefan.

–Ah... Tudo bem, é... É melhor voltarmos.

–De fato.

Damon a botou novamente no cavalo e galopou de volta para casa com Elena, entraram sem fazer barulho em casa, ou sem serem pegos por alguém enquanto estavam no corredor. Eles pararam na porta do quarto de Elena, que havia se perdido em devaneios até chegarem ali, ela não sabia como se sentir a respeito de Jeremy, se sentia culpada, mas ele também a havia magoado com aquelas palavras, mais do que a magoaria por atitudes.

Damon encarou os olhos castanhos de Elena, e elase perdeu no mar de mistérios dos olhos azuis dele, ele afastou a mexa do cabelo de Elena da frente do rosto dela, e sorriu fraco.

–Parece que ele não gosta muito de mim.

–Eu não me importo com o que ele diz, eu estou apaixonada por você - Isso saiu da boca de Elena sem ela poder conter, mas não se arrependia, era a verdade.

Damon ficou surpreso, esperava que ela sentisse apenas desejo por ele, nunca esperou que ela se apaixonasse, e não sabia se isso era bom, ele deu um beijo na testa dela, mas os famintos lábios dela chegaram ao encontro dos lábios dele, e permaneceram ali até Damon coordenar o ritmo do beijo, fazendo o começar calmo e ficar urgente e depois se afastando.

–Boa... Aliás, bom resto de noite, Elena.

–Para você também, Damon, e obrigada - Elena fechou a porta do quarto e apressou-se em um banho rápido para praticamente desmaiar em sua cama.

E no final do corredor, em um quarto sozinho estava Stefan Salvatore, que estava sentado no parapeito da janela que dava para os fundo da casa, brincando com o próprio anel que ganhara dos pais após o décimo oitava aniversário. Lá estava ele lembrando tudo o que havia acabado de ver. O irmão mais velho correndo para longe com a garota que ele amava, e depois os virá voltar a galope, molhados, e sua imaginação não pode deixar de pensar o pior. E por mais que se odiasse por isso, seus olhos não podiam segurar as lágrimas que se acumularam. E então depois ele desejou ser surdo e não ouvir a declaração de Elena para o irmão, ou o barulho dos beijos urgentes. Deveria ser ele no lugar do irmão. Ele desejava não ter essa terrível insônia, e desejava ter uma plena ingenuidade sobre o amor, para assim não senti-lo e acreditar que era bom, e não o fazia sofrer.

Ah, como ele odiava aquela castanha ingênua, e como se odiava por amá-la.