PDV NARRADOR

Algumas semanas Depois.

A Senhora Gilbert não podia mais sair da cama, havia enfermeiras, médicos e cientistas morando com os Gilbert. Havia sido semanas difíceis para todos, exceto para Luke, que não entendia o que acontecia, e ninguém media esforços para que ele entendesse.

Elena estava caminhando no corredor do segundo andar, perto da biblioteca, pretendendo fazer uma visita a sua mãe, sabia que ela odiava ficar sozinha e se sentir exilada, quando Damon a chamou:

—Elena, por favor, espere.

Elena se virou e suspirou, porém parou e esperou. Damon chegou a sua frente, Elena entrou na biblioteca, Damon rolou os olhos, porém a seguiu, ela se escorou em uma prateleira, ele cruzou os braços.

—E então? – Elena perguntou.

— As coisas mudaram Elena, não quero ficar assim com minha família.

—Não sou sua família.

—É casada com meu irmão mais novo. Portanto, é minha cunhada, faz parte da minha família.

—Ele não te considera um irmão.

—Eu irei resolver isso com ele. Estou arrependido.

—Não acredito em você, por que deveria? É bom com mentiras...

—Achei que estivéssemos bem, depois de que encontrei meu afilhado.

—Meu filho. Sou grata por isso, mas não muda o que fizeste comigo.

—Sinto muito. Sei que desculpas não consertam tudo... Mas preciso que saiba a verdade – Elena assentiu para ele continuar - Você tem que saber que mudei, um homem como eu... Ou garoto não é fácil de lidar. Depois que minha mãe partiu eu fiquei impossível, sei disso. Eu fiz tudo o que não devia, você não merecia, sinto tanto ter lhe magoado, lhe feito mal... Eu precisava de ajuda, e demorei demais em pedir, demorei demais em me ajeitar. Mas agora mudei. Eu sei que não será fácil me perdoar Elena, não peço que seja imediato, só quero que fique tudo bem... Você precisa saber que nunca quis te magoar, você foi a única mulher que eu já amei.

Elena ficou estupefata, seus olhos se arregalaram, ela engasgou.

—E... Rose?

—Meu pai obrigou nosso casamento. Mas tudo bem. Ficaremos bem, somos como melhores amigos.

Elena assentiu.

—Sem filhos?

—Vocês já deram um herdeiro aos Gilbert e Salvatore. Mas Rose quer...

—Você não.

—Eu gosto de crianças.

—Mas não de Rose.

—Não desse jeito.

—Foi o suficiente para levá-la para cama uma vez.

—Eu mudei. E o amor não influencia nisso.

—Devia fazer isso por ela.

—Eu tento, não sabe como.

Elena assentiu.

—Diga-me que vai tentar me perdoar – Implorou Damon.

—Eu vou tentar, não peça minha ajuda para conseguir o perdão de Stefan, eu não me perdoo por já tê-lo odiado, por já tê-lo magoado.

—Eu entendo.

Elena se levantou para sair do recinto, quando passou por Damon ele a parou gentilmente e eles se fitaram por um longo tempo, ele se aproximou dela e ela não se mexeu, não fez nada para impedir que os lábios dela tocassem os dele, e não fez nada para impedir o beijo.

—Você é casado e eu sou casada, com seu irmão. Tenho um filho, não faça isso de novo.

—Era uma despedida.

Elena assentiu e retirou-se.

Encaminhou-se ao quarto da mãe, entrou sem reproduzir sons, encostou a porta e se aproximou da figura adormecida da mãe, sentou-se ao lado dela, afagou seus cabelos e sua mão. A mãe acordou.

—Elena...?

—Sinto muito, não quis acordá-la.

A mãe sorriu fraco, com os olhos ainda um pouco fechados.

—Está tudo bem, estou tão feliz que estejam aqui.

—Não nos deixe mamãe, precisamos tanto de você. Eu sinto muito ter lhe deixado.

—Shhh, meu bem, fez o que achou que era certo.

—Como se sente mamãe?

—Desconfortável... Na verdade... Você poderia chamar a enfermeira?

—Ela está aqui ao lado mamãe.

A enfermeira se aproximou.

—Não está – Alegou a Senhora Gilbert.

—Estou aqui, madame – A enfermeira lhe informou.

—Elena? – A mãe de Elena rolou os olhos pelo quarto, procurando mais alguém, mas só focalizou Elena.

—Não mamãe, foi a enfermeira...

—Elena se afaste.

—O que foi mamãe?- Elena ficou alarmada.

—Afaste-se!

Senhora Gilbert gritou de dor, Elena levantou-se e deu três passos para trás, a enfermeira se aproximou, e logo no quarto entrou mais dois médicos.

A senhora Gilbert teve espasmos musculares enquanto gritava de uma dor que não sabia se era real ou uma alucinação, ela se aproximou do chão e vomitou uma quantia de sangue que fez o quarto girar para Elena, ela se apoio na parede e sentiu o estomago embrulhar, virou de costas para cena e respirou fundo, mas não conseguiu conter o enjoo, correu para o banheiro onde despejou seu café da manhã e depois apagou.

~*~

Elena acordou, sem saber que horas eram, em sua cama, na casa de Bonnie, estava com a cabeça no colo de Stefan.

— Oi – Ele disse em um sussurro e beijou a testa dela.

—Oi – Elena respondeu um pouco rouca, piscou os olhos para se acostumar a luz – Que horas são?

— Duas da tarde. O que aconteceu?

Elena vincou a testa para se lembrar, depois arregalou os olhos.

—Minha mãe está bem?! Diga que ela não morreu...

—Calma, meu amor, ela está bem, foi uma crise, mas já está melhor... E você?

Elena tocou a cabeça que parecia explodir.

—Acho que estou bem...

—O que aconteceu?

—Passei mal, ao ver... Ver... Argh – Elena teve que se levantar e botar para fora a bile que tinha, já que seu estômago estava vazio.

Stefan a levantou do chão, ela limpou-se na pia.

— Elena, você não está bem. Acho melhor chamar um médico – Ele olhou preocupado para a esposa.

—Não. É só um mal estar, vou ficar bem logo. Só preciso descansar.

Stefan deitou Elena novamente em seu colo e emaranhou seus cabelos.

— Onde está Lucas? –Elena perguntou de olhos fechados.

—Com Bonnie e Jeremy.

—Acha que eles se importam de ficar com ele?

—Tenho certeza que não... Não quer mesmo um médico?

—Não, vou ficar bem.

—Estou preocupado.

—Calma, já disse que vai ficar tudo bem.

Alguns minutos de silêncio se instalaram entre eles, cada um distraído com seus devaneios, Elena estava quase adormecendo.

—Elena...

—Sim?

— Você acha que... Tétano é contagioso?

Elena abriu os olhos, alarmada.

—Eu... Eu não sei.

—

LEIAM AS NOTAS FINAIS EU PRECISO DE AJUDA.