- Como assim vocês vão fazer isso na casa da minha Tia?! – Sunako-chan parecia furiosa, a ideia de algo assim era completamente absurda pra ela. E uma grande aura negra a envolvia deixando todos inquietos.

- Ah, nos desculpe, acho que devíamos tê-la consultado antes. – disse Haruhi, que não apenas estava se sentindo mal por não pedirem a autorização da garota, como também não queria ter que “trabalhar” naquela mansão. Morar lá já era o bastante assustador para ela.

- Não se preocupe, Sunako não é a única moradora dessa mansão. Nós quatro autorizamos. – disse Kyouhei que não tinha intenção alguma de pagar dinheiro para o Host Club.

- É verdade Sunako-chan. Apenas deixe como esta. – Yuki tinha um olhar meigo em seus olhos que derreteria qualquer outra garota, mas não Sunako.

- De maneira nenhuma!!! Vocês acham mesmo que EU sou OBRIGADA a ser mudada por esses caras e ainda querem que eles “trabalhem” aqui? Isso é um absurdo! – ela lançava olhares demoníacos aos rapazes do Ouran, no entanto quando seus olhos entraram em contato com os olhos demoníacos de Kyouya algo inesperado aconteceu. – Vo .. você... você tem olhos lindos! Tão assustador e demoníaco!

- O QUÊ?! – todos, exceto Kyouya gritaram.

Aquilo era absolutamente absurdo. Para os garotos que moravam ali na mansão, definitivamente era algo inacreditável, não apenas pela reação de Sunako, que era de se esperar, mas como podia existir alguém com aquela aura no Host Club.

Para os próprios membros do Host Club, o lado “negro” ou “natural” de Kyouya era algo que DEFINITIVAMENTE não atraia as garotas. Para Haruhi aquele olhar era quase tão assustador quanto trovão.

- Obrigado por elogios tão interessantes. Mas devo dizer, será que você não poderia nos deixar fazer nossas atividades aqui? – o sorriso de Kyouya estava realmente demoníaco, era obvio que ele tinha apenas a intenção de fazê-la concordar. – E como nosso primeiro evento, eu faria um tema sobre o Halloween, o que acha? Você poderia nos ajudar.

Os olhos de Sunako-chan brilhavam com muita intensidade, ela realmente estava feliz. E fora completamente enganada.

- Siiiiiiiiiiiiiiiiiim! Não vejo problemas então!

            Sunako foi em direção a seu quarto dando pulinhos de alegria. Deixando pra traz todos muito confusos.

            - Bom, problema resolvido. Agora onde nós iremos nos acomodar nas próximas semanas?

            - Ah sim. Bem, Yuki vai levar os que forem para os quartos desse andar, eu para os do segundo andar, e Ranmaru e Kyouhei para vão ajudar com as malas que sobrarem. 

            Mori e Honey seguiram Takenaga já que ambos queriam ficar em quartos próximos. Kyouya apenas seguiu Takenaga porque queria um quarto no segundo andar. Os irmão Hitachiin seguiam Yuki mas avisaram que ambos queriam ficar no mesmo quarto, e claro, também puxaram Haruhi com eles alegando que a garota deveria ficar em um quarto próximo.

            Apenas Tamaki ficou na sala em pé. Não havia dito muito essa noite, ele apenas se sentia mal pela Sunako. Ser rejeitada. Ele sabia como era. Mas havia escolhido um caminho completamente diferente do da garota, e queria mostrar a ela que ela também poderia fazer o mesmo.

            Decidiu então apenas seguir Haruhi, mas quando chegou perto do corredor dos quartos, Yuki lhe disse que lá já estavam cheios, e sobravam apenas os quartos do segundo andar.

            Depois de todos arrumarem suas coisas e os moradores da mansão já estarem em seus quartos também, os irmão Hitachiin começaram a ficar inquietos.

            - Até que o quarto lembra um pouco o nosso. – disse Kaoru que olhava para a grande janela que ficava em frente a enorme cama de casal, todo o quarto era em azul e dourado, mas aparentava não ser usado muito. Grandes guarda-roupas, espelhos, um lustre que parecia desnecessário e uma porta que dava a um banheiro só para eles. Provavelmente era um dos poucos quartos na mansão que deveria ter um banheiro particular.

            - Talvez ... – disse o gêmeo indiferente. – Vou toma uma ducha. – e assim ele vai em direção ao banheiro e largando suas roupas pelo caminho.

            - Hikaru já lhe disse para não largar sua roupa por aí! – resmungou o gêmeo enquanto entrava no banheiro e jogando as roupas em um cesto.

            - Me sinto triste. Mas não sei o motivo. – Hikaru estava debaixo do chuveiro, apenas deixando a água cair sobre seu corpo.

            Kaoru sabia o motivo, Haruhi. Era obvio que se tornaria questão de tempo até os moradores da mansão se tornarem amigos dela, e então Hikaru iria se sentir enciumado.

            - Não se preocupe, eu sei algo que pode te fazer feliz. – temporariamente pelo menos, pensou Kaoru. – Vamos assustar o Tamaki!

            Apenas a ideia de Tamaki ser assustado era contagiante. Logo Hikaru saiu de toalha pelo quarto e abraçou o irmão.

            - Vamos pedir ajuda a tal garota, acho que ela tem brinquedos legais. – o seu sorriso deixava o outro gêmeo aliviado.

            - Então que comece os jogos! – falaram ambos os gêmeos.