A Ironia Da Vida escrita por Uma Garota Entorpecida
Ao ouvir Bridgit falando “positivo”, veio uma felicidade inexplicável, uma felicidade que nunca senti antes e rapidamente coloquei a mão sobre minha barriga e escorreu uma lágrima em meu rosto. Eu sei que só tenho 15 anos, mas ter um ser vivo dentro de você, que precisa de você para se desenvolver... Enfim é magnífico.
Bridgit ficou emocionada também, mas ao mesmo tempo preocupada e colocando a mão em minha barriga disse:
- Vai falar com Christopher quando?
Eu:- Assim que puder, mas não vou falar agora de manhã
Bridgir:- E o seu pai? Vai contar quando?
Eu:- Ainda estou no início, quando ele começar a perceber, conto
Bridgit:- Então vamos para a escola? Já estamos atrasadas.
Assim fomos, eu com um sorriso mais exuberante em meu rosto. Continuava andando, até que mãos tampam meus olhos.
Eu:- Quem é?
Era Christopher, lindo com aqueles olhos claros. Bom Christopher era um legítimo alemão. E imaginei meu bebê na hora.
Christopher:- Que saudade meu amor. Hoje me encontra lá no parque Brandemburgo. Preciso conversar com você.
Eu:- Também preciso conversar com você. É sério. Mas como foi a reunião?
Christopher:- Foi aquela coisa de sempre. Trabalho e blá.
Eu:- Pois é, te vejo hoje de noite. Minha classe já subiu.
Christopher:- Te vejo lá então.
Então até que enfim aquele bendito sinal tocou, desci as pressas para chegar em casa me arrumar e contar para Christopher.
Cheguei em casa e meu pai estava lá de novo, estranhei claro.
Bernardo:- Boa tarde, filha!
Eu:- Boa tarde, pai!
Bernardo:- Está diferente hoje
Eu:- Estou?
Bernardo:- Está.
Eu:- (risos) Tá né, pai. Vou tomar meu banho.
Subi e quando cheguei no quarto o meu teste estava sobre a cama, agradeci a Deus por meu pai não ter subido no quarto e mais do que de pressa coloquei ele dentro da mochila e fui tomar meu banho.
Terminei meu banho desci com minha mochila e meu pai pergunta:
- Filha, você tem remédio para dor-de-cabeça?
Eu:- Acho que não pai
Bernardo:- Deixa eu ver na sua mochila?
Meu coração disparou e pensei parece que ele sabe de algo.
Eu:- Pode deixar que vejo, pai
Abri minha mochila peguei o remédio.
Eu:- Aqui está. Pai, estou indo para casa da Bridgit.
Bernardo:- Volta ainda hoje?
Eu:- Acho que sim, vou sair com Christopher depois.
Bernardo:- Vão aonde?
Eu:- Parque Brandemburgo
Bernardo:- Ok. Só não demore.
Eu:- Beijo, beijo, pai
Cheguei na casa da Bridgit e lá fiquei, até anoitecer.
Fui para o parque e Christopher estava lá sentado.
Eu:- Oi, meu amor.
Christopher:- Oi, preciso de contar algo, muito importante.
Eu:- Diga, o que houve?
Christopher:- Sabe o Phelipe?
Eu:- Sei, o que te chamou para conversar aquele dia.
Christopher:- Esse mesmo, então a namorada dele está grávida e ele vai assumir. Se fosse eu não assumiria.
Eu:- Por que?
Christopher:- Porque sou novo e ser pai agora iria estragar tudo. A vida dele está acabada.
Eu:- Preciso falar uma coisa
Christopher:- O que? Não está grávida não é?
Eu:- Não. É que eu quero acabar nosso namoro.
Falei e saí andando chorando aos prantos.
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