A Ironia Da Vida escrita por Uma Garota Entorpecida


Capítulo 5
Capítulo 5- Como contar ao namorado




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Ao ouvir Bridgit falando “positivo”, veio uma felicidade inexplicável, uma felicidade que nunca senti antes e rapidamente coloquei a mão sobre minha barriga e escorreu uma lágrima em meu rosto. Eu sei que só tenho 15 anos, mas ter um ser vivo dentro de você, que precisa de você para se desenvolver... Enfim é magnífico.

Bridgit ficou emocionada também, mas ao mesmo tempo preocupada e colocando a mão em minha barriga disse:

- Vai falar com Christopher quando?

Eu:- Assim que puder, mas não vou falar agora de manhã

Bridgir:- E o seu pai? Vai contar quando?

Eu:- Ainda estou no início, quando ele começar a perceber, conto

Bridgit:- Então vamos para a escola? Já estamos atrasadas.

Assim fomos, eu com um sorriso mais exuberante em meu rosto. Continuava andando, até que mãos tampam meus olhos.

Eu:- Quem é?

Era Christopher, lindo com aqueles olhos claros. Bom Christopher era um legítimo alemão. E imaginei meu bebê na hora.

Christopher:- Que saudade meu amor. Hoje me encontra lá no parque Brandemburgo. Preciso conversar com você.

Eu:- Também preciso conversar com você. É sério. Mas como foi a reunião?

Christopher:- Foi aquela coisa de sempre. Trabalho e blá.

Eu:- Pois é, te vejo hoje de noite. Minha classe já subiu.

Christopher:- Te vejo lá então.

Então até que enfim aquele bendito sinal tocou, desci as pressas para chegar em casa me arrumar e contar para Christopher.

Cheguei em casa e meu pai estava lá de novo, estranhei claro.

Bernardo:- Boa tarde, filha!

Eu:- Boa tarde, pai!

Bernardo:- Está diferente hoje

Eu:- Estou?

Bernardo:- Está.

Eu:- (risos) Tá né, pai. Vou tomar meu banho.

Subi e quando cheguei no quarto o meu teste estava sobre a cama, agradeci a Deus por meu pai não ter subido no quarto e mais do que de pressa coloquei ele dentro da mochila e fui tomar meu banho.

Terminei meu banho desci com minha mochila e meu pai pergunta:

- Filha, você tem remédio para dor-de-cabeça?

Eu:- Acho que não pai

Bernardo:- Deixa eu ver na sua mochila?

Meu coração disparou e pensei parece que ele sabe de algo.

Eu:- Pode deixar que vejo, pai

Abri minha mochila peguei o remédio.

Eu:- Aqui está. Pai, estou indo para casa da Bridgit.

Bernardo:- Volta ainda hoje?

Eu:- Acho que sim, vou sair com Christopher depois.

Bernardo:- Vão aonde?

Eu:- Parque Brandemburgo

Bernardo:- Ok. Só não demore.

Eu:- Beijo, beijo, pai

Cheguei na casa da Bridgit e lá fiquei, até anoitecer.

Fui para o parque e Christopher estava lá sentado.

Eu:- Oi, meu amor.

Christopher:- Oi, preciso de contar algo, muito importante.

Eu:- Diga, o que houve?

Christopher:- Sabe o Phelipe?

Eu:- Sei, o que te chamou para conversar aquele dia.

Christopher:- Esse mesmo, então a namorada dele está grávida e ele vai assumir. Se fosse eu não assumiria.

Eu:- Por que?

Christopher:- Porque sou novo e ser pai agora iria estragar tudo. A vida dele está acabada.

Eu:- Preciso falar uma coisa

Christopher:- O que? Não está grávida não é?

Eu:- Não. É que eu quero acabar nosso namoro.

Falei e saí andando chorando aos prantos.


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