(Emily Cullen )

CAPITULO 4 - I NEED A HERO

PDV RENESMEE

Nada me deixava mais alarmada que ver a calmaria de minha mãe , ela não havia expressado sua raiva o que só comprovava que ela já tinha uma solução pra mim. E seja lá o que fosse algo me dizia que eu não iria gostar. Enquanto voltamos para casa , ela mantinha um monologo no qual eu não conseguia me concentrar, sei que em partes ela dizia estar feliz por descobrir a “raiz do meu problema” já que segundo ela , era perfeitamente explicável todas as encrencas em que eu havia me metido, sendo usuária de drogas.

A parte triste é que as vinte mil vezes que disse que não era usuária de drogas foram ignoradas e substituídas por um : não se preocupe querida , eu vou te ajudar!

E era isso que me assustava.

Ela estava disposta á me ajudar e não tinha mencionado como .

_Mãe, a senhora não esta pensando em me enviar pro México neh? – mordi o lábio ansiosa.

Ela desviou os olhos da estrada , me olhando de esguelha

 – Querida farei o que for necessário pra te ter de volta , a minha menina.

Abri a boca pra protestar

_Eu sabia que o erro não havia sido meu, eu criei você e a Emily da mesma forma porque erraria justo com você, agora tudo faz sentido pra mim!

Fechei meus olhos encostando minha cabeça na poltrona do carro, eu estava cansada demais pra discordar,  pior do que estava não podia ficar.

PDV EMILLY

#dias depois

_Você fez exatamente como te falei? – perguntei impaciente olhando pra cara sonsa da Jenny.

_Sim, relaxa Emy já esta tudo certo.

_Ótimo! – sorri triunfante – Mal posso esperar pra ver a cara dele quando receber a nota.

Sentei na carteira habitual da sala sendo seguida pelas meninas .

_Eu só acho que pegamos um pouco pesado, ele pode ser processado por isso – disse Mandy insegura.

Sorri olhando minha vitima á alguns metros sorrindo despreocupadamente.

_Isso seria perfeito! Mas não acredito que o Profº Mendes leve tão avante assim, infelizmente O Black tem uma reputação muita boa pra isso.

_Só que plagio é crime Emy – hesitou Jenny – se descobrirem que fomos nos .

_Nunca vão descobrir a menos que você tenha sido incompetente ,lembre-se Jenny se envolverem o meu nome nisso eu acabo com a sua vida! –a fuzilei com o olhar.

_Eu fiz tudo certo, foi só uma suposição – esquivou-se.

_Bom mesmo! – me empertiguei na carteira quando o profº começou a distribuir os trabalhos, percebi que ele havia entregue o de todos menos o do Black.

_Olhá só isso tirei sete – sorriu Jenny.

_Parabéns Jen, eu já não fui tão bem – se lamentou Mandy – E você Emy tirou dez.

Dei de ombros só prestando atenção ao professor Mendes que á esse momento conversava com o Black em particular.

_E dai nem é ela que faz – ouvi Jenny murmurar.

Me voltei pra ela.

_Está com algum problema?

Ela suspirou – Bom, pra falar a verdade estou sim eu..

Levantei minha mão a impedindo de continuar

_Se  não tem a capacidade de perceber foi uma pergunta retorica , tenho preocupações maiores que sua vida mesquinha.- me retirei seguindo para o corredor onde ainda pude ver ao longe Jacob e o Sr Mendes seguirem para a reitoria , Jacob nervoso gesticulava sem parar.

Meu sorriso se alargou, então meu plano havia dado certo.

Parei no corredor frente á porta e antes que o Sr Mendes a fechasse , o olhar de Jacob cruzou com o meu  , meu sorriso se alargou ainda mais se é que isso era possível e seus olhos se estreitaram,  então a porta se fechou impedindo nosso contato visual.

Naquele momento eu soube que ele compreendeu o que ocorre com quem se mete no caminho de Emily Cullen.

PDV JACOB

_Eu compreendo sua decisão senhor Mendes , mas eu tenho como provar meus amigos me virão fazer o trabalho eu juro , eu lhe dou minha palavra que houve algum engano. – supliquei enquanto o Reitor e o Professor Mendes me olhavam com desagrado.

Minha cabeça girava, minhas mãos suavam , eu estava mais uma vez sendo acusado por algo que eu não havia feito. E mais uma vez eu suspeitava da mesma pessoa. Se é que poderia chama-la de pessoa.

Mas agora ela havia ido longe demais , inventar um vídeo para ganhar umas eleições , era baixo mais ainda assim era a cara dela . Mas tentar me incriminar de plagio , ai já era outra coisa.

_Sinto muito Jacob se não tem como provar , não me resta outra saída a  não ser te reprovar nessa matéria , não tenho condições de  avaliar esse trabalho tampouco seria justo te permitir entregar outro . Deveria agradecer que  não iremos te processar , você tem ciência que plagio é crime não tem? – continuou o profº Mendes.

_Sim , eu sei no entanto o senhor deve acreditar em mim. – pedi – Por favor! Eu não fiz nada disso, Os senhores conhecem minha índole e meu comportamento , sabem que eu  seria incapaz de algo assim, armaram pra mim e eu irei provar.

_Espero que consiga provar mesmo Jacob , e sim conhecermos seus antecedentes e em respeito á eles é que não te expulsamos agora mesmo – disse o Reitor – Sabe que se soubessem disso, que permitimos que ficasse após esse ato, bom isso  mancharia o bom nome da nossa universidade que se consagrou através de muitos sacrifícios. Espero que isso não se repita.

Respirei fundo engolindo meu ódio.

Eu faria Emilly Cullen pagar por tudo .

_Não se repetirá.

_Otimo!

PDV EMILLY

Sentei em uma lanchonete nos arredores do campus , Sabia que Jacob teria que passar por ali para ir para seu apartamento que ficava á algumas quadras dali.

Queria assistir de camarote sua queda, nada poderia me dar mais prazer.

Bebi meu suco de morango tranquilamente , remexia o canudo borrado de batom vermelho quando minha atenção foi roubada por sua voz  áspera , ele passava distraído falando ao telefone , parecia á ponto de explodir de raiva.

Estiquei minhas pernas quando ele ia passando o que o fez tropeçar e então me notar.

Seus olhos brilharam perigosos quando me viu.

Mordi o lábio evitando um sorriso, Maldito gostoso, seu ódio fervilhando por mim me deixava em brasas, só aumentava meu desejo por ele.

Ele desligou o aparelho os olhos vermelhos focados em mim.

Ergui meu queixo encarando-o.

A tensão entre nos era palpável.

Se ele não fosse meu não seria de mais ninguém!

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Alguns dias depois #

_Sim, mamãe não se preocupe , eu cuidarei de tudo , pode ficar tranquila!  Ate mais , também te amo.- desliguei o telefone sorrindo.

Fechei a enorme mala com os planos rolando em minha mente.

Minha querida irmãzinha era tão oportuna , eu estava mesmo precisando de umas férias dessa faculdade chata e desses problemas , ainda mais agora que as coisas estavam começando a se complicar, uns dias na França me fariam bem.

_Vai viajar ? – Jenny entrou vendo minha enorme mala aos meus pés.

_Sim. Vou visitar minha mãe surgiu uma emergência familiar.

_Algo serio? Posso ajudar? Você nunca fala da sua família , tem irmãos ?

_O que é ? resolveu me entrevistar agora? – a empurrei pegando minha bolsa sobre a cama. _Hora mais que impropria, daqui á uma semana nos vemos.

_Mas .. – ela virou me encarando confusa – Uma semana? Como assim vai começar as provas como vai ficar fora por uma semana? Vão te reprovar!

_Não vão não! Eu terei atestado.

_Porque alguém na sua família esta doente?

_Não , mas eu ficarei.

_O que?

_Ah! Esquece, aproveita e some da minha frente! – coloquei minha mala no chão -  Vai ser bom ficar longe da sua burrice contagiante. – murmurei puxando a mala pra fora do quarto e do campus .

E de quebra de toda as confusões que havia me metido, ia esperar as coisas se acalmarem e voltaria.

PDV RENEESME

_Não acha estranho ate agora ela não ter tomado nenhuma atitude , tipo ela pensa que você é uma drogada e tudo bem?

Eu estava falando ao telefone escondida no banheiro já que estava de castigo sem celular e principalmente contato com meus amigos há duas semanas , desde o ocorrido na delegacia.

_ Ah! Eu não sei , acho que ela acreditou quando eu disse que estava tentando parar, talvez ela esteja levando meu esforço á serio.- Sussurrei.

_Sei não Ness , isso tá muito fácil pra ser sua mãe , não quero te alarmar mais algo me diz que vem tempestade por ai e das grandes

_Acho que não! Pelo menos por enquanto esta tudo normal sabe, ela tem ate me tratado com mais carinho. Talvez ela ate entenda meu desejo pelo teatro.

_AH! É  talvez ela te compre um pônei no natal também o que acha?

_ Eu acho que você esta exagerando Ise, quer dizer o que pode ser tao ruin assim? O que pode ser pior do que ficar sem mesada , sem celular e sem sair de casa , sem ver vocês e sem ver o Bin ?

Tenho certeza que sua mãe pensará em algo

_Nessie , querida venha cá tem surpresaaah! – ouvir minha mãe gritar do hall de entrada.

_Tenho que ir , minha mãe esta me chamando.

_OOOh vá lá Nenzinha talvez seja o pônei – ironizou Ise

_Rá ra ra , beijo – desliguei o celular escondendo-o debaixo do colchão de minha cama .

Minha mãe havia capturado meu celular, mas não sabia ela que eu tinha amigos fies que haviam me arranjado esse em uma das noites em que havia me encontrado escondido com o Bin.

Após guarda-lo no local secreto, desci as escadas ansiosa para ver qual seria a surpresa .

Meu sorriso congelou no rosto ao ver sentada elegantemente no sofá , alguém que em muitos aspectos era a minha copia , mas em outros...

_Emily?

_Olá Irmãzinha.

Ela continuava linda como sempre , só sua presença já iluminava um ambiente , Emily sempre fora o tipo de pessoa que nunca passava desapercebida , suas roupas de grifes , e seu cabelo impecavelmente liso lhe conferiam um ar de superioridade , como se estivesse estampado que sua beleza não era digna de nenhum mortal.

Engoli em seco, me sentindo subitamente nervosa.

_Não vai me dar um abraço ? – sorriu com os lábios perfeitamente desenhados em um tom marcante de vermelho.

Segui ao seu encontro rígida , meus braços se enroscaram ao redor dela de forma totalmente automática .

_ela me apertou por um momento e logo após me afastou avaliando-me dos pés á cabeça como costumava fazer quando tínhamos 12 anos .

_Olhe pra você? A mesma menininha revoltada de anos atrás , nem parece uma mulher – disse em falso tom de censura. _ ela não puxou o charme dos Cullens não é mesmo mamãe.

_Ah! Eu já não sei o que fazer com ela , veja só nem parece uma menina , as vezes acho que ela veio no corpo errado – mamãe sorriu sendo acompanhada por Emily.

Suspirei sentindo o familiar sentimento de humilhação que sempre me assolava quando Emily estava por perto, e como não sentiria ela sempre fora melhor do que eu em tudo e não fazia questão nenhuma de esconder isso.

_Então meu anjo conte-me sobre Harvard é realmente tudo o que dizem? – pediu minha mãe os olhos brilhado de orgulho.

_Ah! Sim mamãe a senhora se perderia naquele campus – sorriu docemente – É realmente incrível , tudo inclusive os professores , sabes que eu sou a presidente do Conselho estudantil e Presidente da irmandade Beta.

_Oh meu amor! Serio? Que maravilha , ai meu anjo eu sempre soube que você nasceu pra brilhar, sempre!- sorriu minha mãe bajulando-a como sempre.

E de repente vendo-as conversando animadamente, eu nunca me senti tão pequena.

Tao insignificante , tão sozinha.

Elas estavam tão concentradas em si mesmas que nem perceberam quando eu sai

Musica : 

http://www.youtube.com/watch?v=QoWSf_QFfi8

Fui ate o jardim da enorme mansão.

Sentei em um pequeno balanço , não queria ficar triste , Emily era minha irmã e pior era irmã gêmea , eu devia me orgulhar de suas conquistas também, mas só conseguia me sentir inferior e fracassada por nunca ter despertado em minha mãe nenhum sorriso de orgulho.

Não é que eu sentisse inveja da minha irmã, não era isso ! eu não queria a vida dela de jeito nenhum, mas eu tinha que admitir que sentia ciúmes de minha mãe .

Pois eu sabia que ela amava a Emily de um jeito que nunca havia me amado.

Um vento frio soprou arrepiando os pelos de meus braços e institivamente me abracei , desejando que ele estivesse ali, ele sim me entenderia , como só ele sempre foi capaz de fazer.

Eu sentia tanta saudade dele..

Tanta falta do meu pai.

Fechei meus olhos e por um momento pude ouvir sua voz.

“Deixem as duas tricotando la dentro querida , elas não sabem o que é diversão de verdade “ – ele havia dito certa noite em que eu havia corrido para o jardim chorando , assim como hoje , eu tinha oito anos e estava chateada por que Emily havia ganho outro concurso idiota de beleza e mamãe não prestava atenção ao colar de macarrão que havia feito para ela , apenas se importava com a coroa de plástico que Emily havia ganho no concurso.

Ele havia segurado minha mão e dito : “ Que tal você me fazer um colar de macarrão também? Acha que eu mereço?

Eu havia engolido o choro e assentindo ainda com os olhos marejados.

“Prometo que usarei em um dos meus concertos “

Eu havia sorrido maravilhada “Serio papai?” ele usaria um mero colar de macarrão em um concerto e ele havia confirmado ,  “ sim meu amor como um colar de joias porque foi feito pela mulher da minha vida”

E ele havia usado, e repórteres não haviam entendido nada quando o viram com um colar de macarrão.

Ele sabia como fazer eu me sentir especial.

Lembro que  certa vez quando eu havia ficado em casa chorando escondida por não ter um par para o baile e minha mae estava ocupada demais arrumando Emily que mais uma vez seria a rainha .

Ele havia me estendido uma coroa que ele havia feito de macarrão.

Lembro que os macarrões estavam mal colados e alguns se desprendiam , eu tinha quinze anos e não usaria aquilo mas só sua atitude já havia me comovido, lembro do seu perfume e da maciez de sua camisa enquanto me abraçava mas me lembro mais ainda de ouvir suas palavras:

 “ Nunca se esqueça Nessie você é a minha rainha, Você tem um coração bom, você é a verdadeira princesa e um dia encontrará alguém que saiba valorizar isso”

Sorri com as lembranças e uma dor angustiante tomava meu coração toda vez que eu lembrava de seu sorriso, lembrava de sua voz.

Eu seria forte por ele.

Encostei a cabeça no balanço vendo as estrelas brilharem alheias ás minhas dores.

Gostava de pensar que meu pai estava entre elas olhando pra mim, mas se assim fosse porque eu me sentia tão sozinha.

_Não devia ter me abandonado, você era meu herói – me peguei murmurando – Eu ainda preciso tanto de você , erramos um time lembra ? E você me deixou sozinha.

Suspirei com lagrimas nublando meus olhos.

Eu preciso de você!.