A História De Sally Jackson escrita por Kori Hime


Capítulo 34
Capítulo 34 - A aventura final (Fim da história)


Notas iniciais do capítulo

Este é o final. Essa história foi muito divertida escrever, espero que tenham gostado. A todos o meu agradecimento.



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Uma semana se passou e ninguém saiu do apartamento. Não exatamente mantiveram-se trancados ali dentro, mas a visita se estendeu justamente porque não sabiam o que poderiam esperar.

Cassandra não fez nenhum tipo de profecia nova, o que deixou todos aliviados. Percy retornaria para a escola, por isso Sally não poderia prendê-lo em casa. Ele estava mostrando a cidade para Alex, que se interessou em uma das escolas que visitaram. Dalila ficou de conhecer o lugar junto com Calyce naquela mesma semana.

O outono estava presente em cada metro quadrado de Nova Iorque. Após muito insistir, Dalila conseguiu tirar Sally de seu quarto. Ela estava escrevendo seu primeiro romance. Antes que alguém pedisse para ler, já foi categórica em dizer que ninguém iria ler uma nota enquanto não terminasse.

Percy e Alex caminhavam na frente, ambos comendo cachorro quente enquanto logo atrás Dalila e Sally conversavam. Calyce e Cassandra ficaram para trás, quando a sacerdotisa insistiu em tomarem sorvete de casquinha, era a coisa que ela mais gostava quando saía do Monte Olimpo.

Ao atravessar a rua, Sally pediu para Percy esperar, mas os dois jovens correram entre os carros fazendo suas mães gritarem para tomarem cuidado. Eles acenaram para elas quando chegaram com vida do outro lado da rua, sorrindo, correram depois para dentro do Parque.

Calyce as alcançou, trazendo Cassandra.

Um déjà vu. Aquela cena parecia se repetir novamente. Elas atravessaram a faixa de pedestre, apressadas porque o sinal já havia mudado de cor. Os carros buzinavam.

Percy e Alex estavam próximo ao lago observando alguns gansos na água.

As cenas seguintes aconteceram como em câmera lenta. Sally sentiu ser empurrada para a grama por Calyce, que girou o corpo, bloqueando o ataque de uma dracaenae. Ela gritou, ordenando Cassandra levar Sally e Alexandra dali. Mas sua filha já estava puxando seu bracelete de ouro, que se transformou em uma lança de três pontas.

— Presente do vovô. — Ela piscou para Percy, atacando uma outra dracaenae que vinha na direção deles dois. Percy destampou sua esferográfica, sentindo-se feliz por tê-la recebido de presente. — Bela espada titio.

Alex acertou a dracaenae no peito, enquanto Percy cortava o pescoço. Eles foram ajudar Calyce, mas ela e Dalila já haviam dado conta das outras duas.

Percy ajudou sua mãe a se levantar do chão. — Você está bem?

— Sim. O que aconteceu aqui? — Sally segurou o rosto do filho. — Você se machucou?

— Mãe. — Ele se afastou, mas já estava bem envergonhado pela preocupação excessiva. — Alex, deixa eu ver esse tridente. — Ele mudou de assunto.

— Vamos voltar. Aqui não é seguro. — Calyce falou preocupada, ordenando que Dalila levasse Cassandra em segurança para o Empire State.

— Deixe que nós vamos. — Alex pediu, dando inicio a uma discussão. — Mãe! O que você acha que eu tenho feito todos esses anos naquele acampamento? Pintando a unha e colando pérola no cabelo? Eu posso me defender.

Percy, ao lado da sobrinha, tocou-a no ombro. A única certeza que tinha era de concordar com ela. Apesar de nunca terem lutado antes junto, mas foi um bom começo.

— Vocês dois juntos podem atrair mais monstros. — Sally não poderia deixar que eles se arriscassem. No entanto, olhar para Percy causou uma reviravolta em seu peito. — Mas se prometerem se cuidar.

— Isso! — Percy comemorou com Alex.

Foi combinado que eles seguiriam direto para casa assim que Cassandra estivesse segura. Já era noite e nenhum dos dois havia chegado. Sally sentia-se culpada pela demora. E qualquer coisa que viesse acontecer aquelas crianças não iria perdoar a si própria.

Calyce decidiu ir atrás dos dois. Dalila também foi ajudar. Sally ficou no apartamento, caso eles retornassem. Embora não fosse de muita utilidade. Soube disso quando viu Dalila lutar com tanta agilidade. Enquanto ela estava caída no chão.

Sally ouviu um barulho em seu quarto, ela acreditou que poderia ser o vento na janela. Quando entrou lá, uma brisa fria causou-lhe arrepio. Fechou rapidamente a janela, puxando as cortinas. Ela abriu a gaveta da cabeceira, pegando a fotografia que Percy lhe deu. Ela sorriu, recordando-se daquele dia. Mas seu sorriso logo se fechou quando foi capturada. Seus dois braços e o corpo preso, impossibilitando-a de se mexer. Sally gritou, quando o minotauro bufou.

Uma risada escandalosa preencheu a sala. Sally foi levada para lá.

— Foi mais fácil do que eu pensei. — Aplaudiu uma mulher sentada no sofá. Ela vestia um longo vestido de seda azul claro, seus cabelos soltos e uma coroa na cabeça. Sally não sabia quem ela era.

— Quem é você? — Perguntou, terrivelmente assustada.

— Ah! Sim, sua mente foi bloqueada. Você não vai se lembrar de mim. É uma pena que não vai saber porque morreu.

— O que você quer?

— Ora. Não parece óbvio? — Ela gesticulou com suas mãos repletas de joias. — Onde está seu protetor agora?

— Poseidon?

— Sim, sim. — Ela gargalhou. — Onde será que está o grande e poderoso deus dos mares. Acho que preso em algum lugar. Os deuses se gabam de sua superioridade, mas são tão tolos. Quando se trata de quem amam.

— Por favor. Nós não nos vemos mais, já faz anos. — Sally chorou, sentindo os braços serem apertados. — Eu juro. Não temos mais nada um com o outro. — Ela sussurrou, sua voz falseando.

— Não importa. Quando eu disse que sua preciosa Sally havia sido capturada por mim, ele foi atrás de você como um cachorrinho abanando o rabo. Homens...

— Foi? — Sally sentiu um calor preencher seu peito.

— Ele é um tolo, assim como todos os homens.

A mulher estalou os dedos, dando uma ordem ao Minotauro. Sally apertou os olhos com força. Pensou em Percy, e como desejava que ele fosse feliz. A morte não era tão assustadora, sabendo que Percy não estaria sozinho no mundo. Ela sorriu, lembrando-se dele ainda bebê em seu colo. O desejo de protegê-lo.

O minotauro segurou-a pelo pescoço.

— Mate-a. — A ordem foi dada.

Lágrimas escorreram dos olhos de Sally, ela apertou os lábios, sentindo um pavor tomar conta de seu corpo. Estaria tudo acabado em segundos se o minotauro não tivesse largado ela no chão. O monstro estava com uma lança em suas costas. Sally o viu grunhir de dor e depois uma espada decepou a cabeça, que caiu rolando pela sala.

Com um grito, a mulher deu alguns passos para trás.

— Não! Você deveria estar preso. — Ela profanou algumas palavras numa língua antiga, enquanto uma névoa era criada em volta de seu corpo.

— Dessa vez o trabalho vai ser completo. — Poseidon, reluzindo em sua armadura de bronze, retirou a lança do corpo do minotauro e atirou na direção da mulher. Ela abriu a boca no momento em que a lança atravessou seu peito, um filete de sangue escorreu de seus lábios. Ela caiu de joelhos no chão e seu corpo foi secando a tempo da porta ser aberta e Calyce entrar seguida de Dalila.

— Cassiopeia... — ela disse, olhando ao redor da sala. — O que essa bruxa faz aqui?

Percy e Alex vieram do quarto, eles ajudaram Sally se levantar.

— Mãe! Desculpa a demora. Foi um pouco difícil achar ele. — Percy apontou para Poseidon.

Sally não disse nada naquele momento, as perguntas vieram como uma avalanche em sua cabeça, mas não estava conseguindo raciocinar direito. A única coisa importante era que estava viva. Percy ao seu lado e, bem... Poseidon a salvou. Ele estava no meio da sala, retirando sua lança do peito da mulher. Explicando o que havia acontecido.

— Quando cheguei lá, era uma prisão. Ouvi vozes e uma delas era igual a Sally. Eu não pensei direito e ataquei, mas acabei sendo capturado. — Ele falou, sem se sentir envergonhado pela captura. — Esses dois chegaram na hora certa para me ajudar.

Alex correu para junto de suas duas mães.

— Cassandra teve uma profecia no elevador, ela disse que nós dois deveríamos ir ao parque, que era onde tudo teria explicação. E lá conseguimos encontrar uma entrada de caverna. — Alex contou ansiosa sua aventura.

— Poderia ter me avisado. — Dalila resmungou. — Mas fico feliz que tenham conseguido.

Calyce nada disse, mas seu sorriso era evidente que ela estava orgulhosa da filha.

— Eu cortei as correntes com meu punhal e...

— Você tem um punhal?

— Deixa a menina, ela foi uma heroína hoje. — Poseidon passou a mãos nos cabelos de Alex.

Percy trouxe água para Sally, depois ele se aproximou do pai. Poseidon estava mostrando a Alex como ela deveria segurar melhor o punhal para não se machucar e causar um dano maior ao inimigo.

— Pai, obrigado por salva a mamãe. — Percy agradeceu, um pouco sem jeito porque não sabia como era aquelas coisas de pai e filho. Lá no Olimpo era diferente, todos estavam observando eles. Mas ali, estavam em família.

Poseidon nada disse. Eles precisavam arrumar toda aquela bagunça. Calyce, Dalila e Alex se encarregaram disso. Percy levou a mãe para o quarto e logo depois voltou para a sala. Ele trocou um olhar de cumplicidade com o pai, que depois de um tempinho decidiu ir ver como Sally estava.

Abriu a porta do quarto, o abajur estava acesso e Sally deitada na cama. Poseidon entrou e pisou em uma fotografia no chão. Ele a pegou, sorrindo pelas lembranças que aquela foto trazia.

— Mais uma vez achei que eu fosse morrer. — Sally disse, deitada de costas para Poseidon, mas ele não precisava se anunciar, pois ela sentia sua presença pressionando o ar. Tão poderosa como um jato de água fria no corpo. — Temi pela vida de Percy... acho que esse sentimento nunca irá terminar. Todos os dias eu penso que algo pode acontecer. Será que um dia poderei descansar em paz?

— Minha doce Sally. — Poseidon subiu na cama e a abraçou, não esperando que ela o expulsasse dali, mesmo que o fizesse não iria abandoná-la. — Você é a mulher mais forte que eu conheço. — Ele beijou os cabelos dela. — Por isso eu me apaixonei por você. Minha Sally.

Ela se virou na cama, passando sua mão na barba de Poseidon. Os dedos passearam por seu rosto, depois o pescoço sujo de cinzas e manchado de sangue. Sua armadura bronzeada iluminava o ambiente mais que a luz do abajur. Ela respirou fundo quando Poseidon a abraçou, entrelaçando as pernas e encaixando seus corpos perfeitamente no abraço aconchegante.

Poseidon beijou-a na ponta do nariz, fazendo Sally sorrir.

— O que vai ser das nossas vidas? — Ela sussurrou, roçando os lábios no rosto dele.

— Está brincando? Eu tenho certeza de que emoção não vai faltar. — Ele apertou os dedos na cintura dela, desejando beijá-la.

— Mas e quando eu envelhecer? Quando eu morrer, quando...

Shiii. — Poseidon tocou os lábios dela com os dedos. — Quem disse que você irá? As pessoas não morrem quando as amamos.

Ele a beijou, segurando o corpo de Sally contra o seu, protegendo-a. Declarando seu amor entre lábios, exigindo que ela permitisse ser amada mais uma vez por ele.

O coração de Sally disparou, ela agarrou-se ao pescoço de Poseidon. Eles giraram na cama, ela por cima do deus dos mares. Beijando-o pelo rosto e pescoço.

— Sim, meu amor. — Disse por fim. — Apenas não me abandone.

— Nunca mais. Nunca. — Eles se beijaram novamente. Pelo menos até baterem na porta. Poseidon revirou os olhos, quando Percy perguntou se poderia entrar. — Calyce, pendura uma meia na porta.

— Meia? — Sally tombou a cabeça para o lado.

— Gravata, meia. Sabe? — Ele a olhou curioso. — Você é uma universitária e não sabe o que isso significa? — Poseidon a deitou na cama, aproveitando para tirar sua armadura. — Vamos resolver esse probleminha agora.

Da sala, era possível ouvir algum burburinho.

— Eles estão fazendo?

— Quieta Alexandra! Vamos sair e comer uma pizza. — Dalila sugeriu.

— A essa hora? — Percy perguntou, fazendo careta.

— Saiam logo. — Calyce tampava os ouvidos de Percy e Dalila de Alex, enquanto saiam do apartamento.


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Notas finais do capítulo

Eu amo esse final hahahah próximo capítulo é um pequeno Epílogo, eu ia colocar nesse capitulo aqui, mas achei melhor separar as coisas.;
Então, até o próximo :D vou postar em breve, não vou demorar.
Beijos ;*



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