A História De Sally Jackson escrita por Kori Hime


Capítulo 23
Capítulo 23 - Previsões de uma sacerdotisa


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal. Terminei de ler a saga de Percy Jackson i.i
Beijos para os leitores novos ;*
E minha amiga Kisa que ta lendo a saga e começou a ler a fic, pirando a louca nos reviews HUSUHASUHASHUASUHASHU ♥
Também para a fofa da Gabi que me mandou uma recomendação super linda ♥



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— Tem certeza de que não é perigoso? — Dalila estava aflita com a possibilidade de se encontrar com uma profetiza. Ela seguiu Calyce até o Empire State. Sua entrada não foi barrada. Calyce deveria saber o que estava fazendo, concluiu.

— Não se preocupe, iremos falar com uma amiga. — Estavam dentro do elevador, ouvindo uma música típica desses ambientes.

— E sua amiga tem nome?

— Cassandra.

— Ela é tipo uma vidente?

— Das mais poderosas. — Calyce sorriu. — Embora poucos confiem em suas previsões. Mas no momento, é a única que podemos consultar.

— Que ótimo saber isso. Eu tive uma vizinha que via o futuro em uma bola de cristal.

— As bolas de cristal não são um meio seguro de ver o futuro, elas refletem muitas revelações que podem significar totalmente o contrário, por isso não é uma boa opção.

— Ah. Que bom que você esta aqui para me esclarecer.

Calyce não entendeu que aquele tom era de piada e fez uma reverência com a cabeça.

O elevador parou no andar 103, um andar depois do último conhecido pelos mortais, mas ainda longe do Olimpo que ficava mais acima. Saíram e andaram por um corredor comprido, no final dele uma grande porta de duas barras que se abriu quando elas se aproximaram.

Calyce sorriu, pedindo para Dalila não se preocupar, convidando-a a entrar. E quando o fez, Dalila sentiu como se tivesse sido arremessada ao passado e aterrissado na Grécia antiga. Os pilares, a beleza, o branco e dourado. Os ramos de oliveira encheram os olhos dela.

Após uma rápida caminhada elas chegaram. O lugar que entraram era um templo, Dalila estava completamente maravilhada com o que via e sem saber como poderia descrevê-lo depois.

— Ela esta ali, vamos. — Calyce disse, indo na direção de uma bela jovem de longos cabelos ruivos encaracolados. Usava um vestido azul celeste e sandálias de tira. Sua pele era tão lisa e pálida, que poderia ser confundido com uma boneca de porcelana. Ela usava um cordão conchinhas, amarrados em uma fina tira de couro.

— Calyce, filha de Anfitrite. — a jovem sacerdotisa virou-se, com suas mãos delicadas no ar. Ela apertou os lábios, num fino sorriso.

— Já faz tanto tempo minha amiga. — Calyce estendeu as mãos para a sacerdotisa, apertando-as gentilmente. — Me perdoe não vir aqui sempre. Meu senhor me deixa sempre tão ocupada em atividades na terra, ou no mar.

— Não há o que perdoar, você tem muito o que fazer. O senhor dos mares precisa de uma mão.

Cassandra não parecia como as sacerdotisas que Dalila costumava ver nos filmes que assistia com seu pai. Mas ela se assemelhava muito a uma hippie. Poderia facilmente ser protagonista de algum filme sobre o movimento dos anos sessenta, já que transpassava toda aquela aura de paz e amor.

— Quero que conheça minha irmã nereida, Dalila.

Cassandra estendeu as mãos para Dalila e ao tocá-las, seus olhos se anuviaram. Era como se ela não estivesse mais ali. Sua voz tornou-se embargada, ela continuou segurando as mãos de Dalila com força, deixando-a assustada, enquanto dizia: — Deve se manter afastada... da água, dos amigos, você protegerá uma criança.

Calyce olhou para Dalila, que parecia ter perdido toda a cor em seu rosto, estava pálida e seus olhos vidrados na sacerdotisa a sua frente.

De repente sua voz de Cassandra voltou ao normal. Ela piscou os olhos agitadas e continuou falando como se nada tivesse acontecido. Dalila olhou confusa para Calyce.

***

Ao deixa o Empire State, Dalila estava ainda em choque com o que havia presenciado. Calyce não a culpou, era natural que ela se sentisse daquela forma. Também não compreendeu quando Cassandra lhe deu uma previsão, mas a hora chegou.

— O que ela quis dizer com me manter afastada da água, dos amigos. Que criança eu vou ter que proteger? — Dalila sentiu o ar faltar em seus pulmões. Calyce a segurou para que ela não caísse.

— Acalme-se. As previsões de Cassandra são uma incógnita. Se tentar decifrá-la sem pensar com cuidado, vai acabar fazendo bobagem.

Ela a levou para o Hotel em que haviam se hospedado, passariam mais dois dias em Nova Iorque. Calyce fez o pedido de um chá para o serviço de quarto, enquanto Dalila tomava um banho para tentar se acalmar.

— Aqui, seu chá já chegou. — Ela serviu a xícara de chá com um cubo de açúcar.

— Como saberei decifrar algo como aquilo? Não faz sentido.

— Tudo fará sentido na hora certa.
Dalila suspirou.

— O que ela disse? — Perguntou, sentindo as mãos tremerem, deixou a xícara de chá sobre a bandeja. — Você falou que não fazia sentido, mas o que foi.

Calyce andou pelo quarto, ela cruzou os braços de frente a janela. A vista privilegiada que possuíam do hotel era perfeita, o Central Park completamente iluminado por luzes artificiais dos postes de rua.

— Ela previu minha gravidez. — Calyce continuou observando o movimento lá embaixo no parque enquanto falava — As previsões de Cassandra nunca foram muito confiáveis, mas ela não erra. Somos nós que não sabemos interpretá-las. Eu achei bobagem na época.

— Mas... — Dalila calou-se então e esperou ela concluir.

— Mas eu não dei ouvidos e anos depois, aconteceu. — Calyce sentou-se na cama ao lado da que Dalila estava.

— Não sei se serei paciente para aguardar.

— Você não tem escolha. Passaram-se séculos até eu engravidar... — Calyce sentiu fome, ela acabou esquecendo-se do jantar que marcaram com Poseidon e Sally no restaurante do hotel, ambos deveriam esta aguardando.

Decidiu fazer uma ligação para informar que iriam jantar no quarto, inventando alguma desculpa para a ausência das duas. No entanto, a voz descontraída de Poseidon não parecia muito preocupada. Ele desligou antes mesmo de saber o motivo da ausência delas.

***

— O que ela disse? — Sally perguntou, enquanto bebia suco de laranja servido em uma taça, no lugar do vinho. Poseidon não permitiu que ela comemorasse o momento com bebida alcoólica. Se bem que ele próprio não bebia vinho, era uma forma de ficar bem afastado de alguém indesejado.

— Acho que estão cansadas de tanto bater perna por aí gastando dinheiro. Não se preocupe.

— Podemos levar algo para elas comerem?

— Minha querida, você sempre preocupada, pensando em todos. — ele estendeu a mão e alcançou a dela, sobre a mesa. — Irei pedir para que o serviço de quarto mande o jantar no quarto e sobremesa também.

Sally ficou mais aliviada e o jantar pode ser aproveitado sem problemas. Poseidon insistiu nos nomes de crianças, mas Sally estava irredutível.

Estavam no elevador, ouvindo uma música suave.

— Pense como a criança vai se sentir com os colegas da escola rindo. Essas coisas dão até depressão. Sabe, se não escolher o nome certo. Você quer que a criança seja chamada de Alga Marinha pelas outras?

— Porque fariam isso? — Poseidon perguntou, fazendo Sally acreditar que ele amava os mortais, desejava e invejava, mas não compreendia nada sobre eles, mesmo anos e anos de observação e interação.

Eles deixaram o elevador e Poseidon abriu a porta do quarto com o cartão magnético. Entraram no apartamento que era grande o suficiente para todos se acomodarem. Dalila e Calyce estavam no quarto a esquerda da grande sala de estar, e a suíte do casal na outra extremidade.

— Porque, às vezes, as crianças podem ser cruéis. Eu tenho experiência nisso. Não tive amigos e os poucos que consegui de alguma forma me fizeram mal.

— Sinto muito querida. Prometo que isso não irá acontecer. Vamos por um outro nome, que tal Mary ou Bob?

— Com certeza podemos encontrar alguns melhores que esses.

— Sally sentiu os braços de Poseidon a abraçar pelas costas, colando seu rosto no dela.

— Eu gosto de Perseus. — Ele não desistira tão fácil. — Ele foi um grande herói. Mas se quiser Benjamin, por mim tudo bem.

— Vou pensar. — Sally gargalhou, com certeza não seria Benjamin. Ela se virou e alisou o rosto dele, beijando-o levemente.

— Case-se comigo Sally. Case comigo hoje. — Ele a segurou firmemente.

— Hoje? Mas não dá.

— Tudo bem. Case comigo amanhã.

— Amanhã? Mas onde? Como?

— Não importa, desde que você esteja lá, comigo é claro. — Poseidon a pegou no colo, beijando-a carinhosamente. — Espera, não tem problema a gente... sabe... — ele lançou o olhar para a cama de casal. Sally apertou os olhos, com as maçãs avermelhadas. — Tem tanta coisa naquela lista, que eu até fiquei com dúvida. A não ser que você esteja muito cansada.

— Você precisa sempre me embaraçar dessa forma?

— Você não conhece a expressão “É perguntando que se aprende?” Ela é mais antiga do que eu.

Sally o olhou de esguelha, sendo colocada sobre a cama com cuidado. Poseidon sentou-se ao lado dela, erguendo a camisa de alças que ela vestia, até a altura dos seios, não a tirou. Passou a mão sobre sua barriga e falou algumas palavras que Sally não compreendeu. Era uma língua diferente. Ele ficou ali, por muito tempo, falando com o bebê, Sally sentiu-se sonolenta e, embargada pela voz de Poseidon falando em grego com o bebê, dormiu.


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Notas finais do capítulo

Awnn que amor esses dois no final ♥
Mas falando na Cassandra, ela foi uma sacerdotisa que Apolo ensinou os segredos da profecia, mas quando ela se negou "ficar" com ele, Apolo a amaldiçoou. KKKK que coisa

Beijos



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