Cartas Para Hermione escrita por Ruppa


Capítulo 8
Pequenas mentiras, grandes confusões


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei, mas a semana foi corrida e eu não to numa época bacana. Obrigada pelos reviews, é bom saber que nem todos esqueceram dessa fic. Espero que as antigas leitoras deem as caras novamente :)



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Era dia e o despertador marcava mais de dez horas, com um soco certeiro Rony o desligou com brutalidade. Odiava o barulho que aquele aparelho emitia.

Demorou alguns segundos se espreguiçando e reconhecer seu quarto bagunçado na visão turva. Por fim, mexeu um pouco a cabeça no travesseiro e ela latejou muito forte.

Estava plenamente acordado quando as lembranças do dia anterior o abateram como um choque elétrico e a cabeça girou. Se lembrou de que estava noivo.

Noivo.

Hermione agora era sua noiva.

Soltou um sorriso sutil pensando nela, sempre ela.

Pensou em ligar, mas teve o mínimo de sensibilidade de entender que ela deveria estar mais abalada do que ele com as coisas mudando de rumo absurdamente rápido. Talvez ela quisesse ficar um tempo sozinha, para refletir.

Refletir. Era exatamente o que ele deveria fazer, caso conseguisse colocar a cabeça no lugar.

Já que não haveria aula naquele dia, resolveu sair de baixo das cobertas e desfilar de cueca ate a porta estreita em uma das paredes do cômodo, e então tomar um banho. Quem sabe depois resolvesse visitar Hermione, tinha que estar decentemente arrumado agora que era noivo dela. Pelo menos era essa sua teoria.

Saiu dentre o vapor de cabelos molhados e roupas simples, passar o dia em casa talvez fosse o melhor a se fazer naquele momento. Mas o toque do celular foi o aviso de que aquele dia não seria nada calmo.

Nervoso, atendeu sem nem mesmo olhar quem era.

– Alô?

– Oi Ron. Te acordei?

– Ah! Oi mione. Não, não, na verdade eu estava ate pensando em ligar, mas achei que, sabe... Você quisesse ficar um pouco sozinha. Pensar na vida. – riu sem jeito. A morena podia visualizar, mesmo do outro lado da linha, ele bagunçando os cabelos enquanto falava. O conhecia tão bem que já sabia todas suas manias, consequência de anos de amizade, ou talvez, reparece o ruivo demais nesses últimos anos.

– É o que pretendo, pra colocar as ideias no lugar. Mas eu não podia deixar de te agradecer por tudo sabe? Eu não havia te agradecido direito então... Obrigada. Serio, não sei o que faria sem você.

– Você já fez isso sabe-tudo. Não foi nada, você faria o mesmo por mim. – corou e agradeceu por estar tendo aquela conversa por telefone. – Você sabe que no futuro posso usar isso contra você, não sabe?

– Você não ousaria! – riu menos tensa, deixar as coisas mais leves era mesmo a especialidade dele. – Bom mesmo assim... Obrigada mais uma vez. – silêncio. – Ron, você se lembra do que prometeu ontem? Você não vai procurar aquele idiota, não é?

– Não, não vou. Eu te prometi não foi? – ele não viu, mas pode ter certeza que ela mordia os lábios e balançava a cabeça do outro lado da linha. Não era só a castanha que andava reparando detalhes. Também teve a certeza que o tom da sua voz saiu rude, mas a raiva que sentia de Mclaggen, e de si mesmo por prometer não estraçalhar ele, o deixava realmente irritado. Não tinha nem ideia de como iria se segurar na faculdade e em outros lugares, Mas por ela tentaria se conter, apenas por ela.

Devaneavam tão longe que não reparou que ainda estavam no telefone, em silêncio.

– Mione?

– Sim?

– Ligou mesmo só para isso? – desconfiou, ela raramente o ligava logo cedo, conhecia intimamente sua preguiça. Mesmo que fosse para agradecer, ligaria mais tarde.

– Não, eu queria, bem... Queria te convidar pra assistir algum filme mais tarde comigo, deixo ate você escolher algum de ação se preferir. Meus pais vão ficar fora o dia todo, não quero ficar sozinha em casa. – admitiu.

Ponderou em aceitar, mas não iria se concentrar em nada enquanto não resolvesse algumas coisas pendentes que tinham nome e sobrenome.

E de repente o dia lhe pareceu mais do que propicio para isso.

– Sabe o que é mione, eu vou sair com os meninos hoje, mas porque você não convida a Gina? Assim vocês duas podem vê aqueles filmes chicles e chorarem juntas. – coçou o queixo displicente.

– Ah tudo bem... Vou ligar para ela. – ficou subtamente desconfortável, uma sensação de estar cobrando dele mais do que devia. – Então ate mais Ron... E mais uma vez obrigada.

– Não foi nada, eu te vejo depois. Se cuida. – desligaram em uníssemos, não precisavam de longas despedidas. Se entendiam no subtendido.

Voltou ao banheiro para trocar de roupa e se arrumar melhor, pelo jeito o dia ia ser bem animado.

Desceu as escadas a passos lentos e deparou-se com Gina e seu melhor amigo no sofá da sala, numa cena um pouco intima demais para o horário.

– Ei! Respeitem pelo menos a minha casa, seus tarados! – pigarreou alto e o casal se separou, com uma careta de Harry pego no flagra. – Gina, mione disse que quer falar com você...

– Eu já sei, ela me mandou uma mensagem dizendo que vinha pra cá para termos uma conversa de mulheres. – a rapidez como as duas resolviam as coisas às vezes o assustava, estavam sempre em sintonia. Se uma estava em apuros lá estava a outra pra ampara-la no estante seguinte.

– Então vamos Harry, levanta essa bunda branca daí. Você vai comigo resolver umas coisinhas. – anunciou pegando as chaves da moto.

– Como você sabe que a bunda do meu noivo é branca? – perguntou a ruiva maldosa.

– Não foi do mesmo jeito que você Ginerva. - alfinetou.

– Grosso. È assim que pretende assumir um compromisso serio com nossa mionizinha? Com essa falta de senso de humor?

– O que tem eu? – perguntou a castanha entrando na sala, completando a cena. – A essa hora e já estão brigando ? – rolou os olhos. Se tinha alguém que brigava tanto quanto ela e o ruivo, eram eles dois.

– O Rony acordou de TPM, ta com um humor do cão. – sussurrou o moreno para amiga que riu baixo.

– Eu ouvi isso Potter! E Vamos logo, deixem essas duas na conversa “homens não são bem vindos” onde elas falam mal da gente e fofocam sobre coisas de fúteis.

– Você anda tão engraçadinho...

– É meu charme. - piscou.

– Cínico.

– Vamos Harry! Você ta lerdo hoje hein? – e saiu apressado.

– Eu não disse? É o casamento, só pode ser. Os hormônios ficam a flor da pele e ele fica mais abalado que a noiva. – esclareceu Harry assim que viu o amigo um pouco distante.

– Anda logo testa rachada, antes que volte ai e faça você engolir o que disse!

O garoto se apressou a acompanhar o ruivo, despediu-se com um beijo rápido em Gina e com um abraço em Hermione.

– Pode guardar esse capacete cenoura. Nós vamos no meu carro, eu não subo com você naquela moto nunca mais cara.

– Deixa de ser fresco e toma o capacete. Você parece que rasteja com aquele carro. – escutaram os protestos de Harry na entrada da casa.

– E você parece um fugitivo da policia enquanto dirige aquela moto...

As vozes foram morrendo ate se ouvir a porta da casa de fechar e no final escutaram o ronco da moto de Rony e a partida do carro de Harry.

– Homens! – reviraram os olhos as duas ainda no mesmo lugar.

– Então o que vamos fazer hoje senhorita Granger quase Weasley? - perguntou animada a caçula dos Weasleys.

– Eu não sei, só não quero ficar em casa sozinha. Ainda não falei com meus pais sobre a gravidez e o casamento, me sinto muito mal por isso. Quero distrair um pouco a mente. – desabafou.

– Então nada melhor do que compras para isso minha cara. – levantou Gina do sofá e alcançando o celular na mesinha de centro. – Vou ligar para as duas malucas que temos como amigas. Faremos um dia só de mulheres o que acha?

– Por mim tudo certo, mas você sabe como é a Tori quando começa a comprar não para mais. É capaz de ir à falência e nós levar juntas.

– A gente corre o risco. Qualquer cosia ligamos pro Malfoy e pedimos um help. – debochou sabendo da aversão da amiga pelo loiro.

– Você é muito maléfica sabia?

– Ócios do oficio minha cara. – sorriu triunfante.

Os dois estacionaram em frente ao prédio de Draco Malfoy, uma construção luxuosa, em um bairro nobre da cidade. Exibido como ele era, não poderia morar em um lugar menos requintado.

Já eram conhecidos pelo porteiro e não demoraram muito estavam subindo para o apartamento no decimo terceiro andar.

O loiro abriu a porta do imóvel exageradamente grande pra quem mora sozinho, estava desarrumado e de calças de pijamas.

– Espero que seja algo muito sério pras duas moças terem me acordado a essa hora da madrugada. – deu passagem para que entrassem.

– Sossega ai garanhão que o assunto é serio. Liga pro Nev que o Rony tem uma cosia seria pra falar.



– Eu gosto de rendas, da um ar delicado e romântico para o vestido sabe? – opinou Gina enquanto folheava uma revista de noiva junto com a cunhada.

As duas haviam subido para o quarto da ruiva enquanto esperavam Luna e Astoria, que aproveitou para mostrar algumas coisas dos preparativos do seu casamento e ajudar a castanha planejar o dela.

Enquanto Gina parecia bastante animada falando sobre o enxoval e tudo mais sobre os preparativos, Hermione sentiu uma pontada de ressentimento, por, de certa forma, estar apagando o brilho do casamento da amiga. Quando anunciassem o casamento corrido, os preparativos da cerimônia da mais nova teriam que dividir a atenção da família, o que não era justo na opinião dela, pois a intrusa da situação era ela.

Era como se de repente roubasse algo que era da ruiva por direito e isso não estava lhe deixando aflita. Culpada.

–Gin... – esperou a amiga desviar os olhos da revista para falar – Desculpe acabar com o brilho do seu casamento com o Harry. – a outra lhe olhou atordoada e por um momento não compreendeu o que ouviu. – Sabe, quando anunciarmos o casamento apressado, eu sinto como se eu roubasse o foco que deveria ser seu.

A mulher a sua frente sentada na cama de solteira, ergueu as sobrancelhas e deu um sorriso gentil, compreensível.

– Mas que bobagem Hermione! Situações desesperadas pedem medidas desesperadas. Alem do mais, você não tirou brilho algum, todo casamento tem seu glamour, seja ele corrido como é o seu caso, ou ele mais planejado como é o meu. – falou com simplicidade.

– Obrigada. Você é a melhor cunhada arranjada que alguém poderia ter. – brincou.

– Não há de que cunhadinha. Aliais, se você não tivesse tão apressada em colocar coleira no meu irmão, poderíamos nos casar juntas!

– Você não existe! – declarou aos risos.

– Eu sei. Agora vamos falar da noite de núpcias, já escolheu sua lingerie?

– Ginerva! – corou violentamente. – Você é impossível. – e voltou a ri com a mais nova.



– Cara não acredito nisso. Ta certo que eu a Granger nunca morremos de amores um pelo outro, mas isso que aquele galinha fez foi cruel. – Draco falou surpreso com a historia.

– O problema é que mione quer deixar isso passar em branco, ignorar o que ele fez. Ela tem medo de dar maiores problemas, tanto pra ela quanto pro bebê que ela esconde a existência – indignou-se Ron. – me fez prometer que não mexeria com ele para não causar brigas ou escândalos.

– Ela sempre foi diplomata. Não esperava outra coisa vindo dela. – Neville afirmou.

– Mas nem eu e nem o Ron concordamos com isso. Por isso estamos aqui. – esclareceu Harry.

– Tudo bem, já entendi. Qual é o plano? – disse Malfoy sacando a jogada.

– Ah meu Deus! Tori o que você ta fazendo? – perguntou Luna rindo das caretas que a amiga fazia.

– Estou jogando charme para aquele bonitão ali. – mostrou nada discreta o moreno alto na mesa atrás da loira, na praça de alimentação do shopping.

– Você vai espantar o cara assim. – riu Hermione.

– Que nada, ele ta gostando do meu lado sedutora, não tira os olhos de mim. - mandou um beijo no ar para o garanhão da mesa de trás, que tratou de apanhar fazendo um teatrinho e "guardando" o beijo no bolso da camisa.

– Meu Deus! Às vezes você é pior do que a Gina! – disse a castanha gargalhando dos olhares sedutores de Astoria.

– Hey! Eu ouvi isso. – a ruiva tirou finalmente os olhos grudados na tela do celular, onde tentava falar com o namorado. – esse quatro olhos que não me responde. Aposto que esta aprontando alguma! – disse discando pela milésima vez o numero do noivo.

– Deve estar jogando videogame com os meninos. Nev fica mais avoado do que eu quando joga. – sugeriu Luna.

– Mesmo assim. Ele não me retorna há horas. Nem as minhas mensagens ele responde. – falou frustrada.

– Não deve ser nada. – garantiu Hermione.

– Vou tentar mais uma vez. – pegou novamente o celular em cima da mesa.



– É a Gina de novo. – mostrou o celular ao ruivo - quero ver o escândalo que ela vai fazer quando nos encontrarmos. – falou preocupado o garoto cicatriz. Sabia o quanto a namorada podia ser neurótica quando o assunto era ele a as chamadas perdidas não retornadas. Mas era melhor assim, se falasse com ela era capaz de entregar o jogo todo.

– É por uma boa causa. – consolou Ron. – Desligue o celular que já esta na hora de irmos. – aconselhou.

– Cara você sabe que se a mione descobrir você ta fudido, não sabe? – alertou nervosamente Neville.

– Eu sei. – suspirou preocupado – mas eu não vou conseguir tirar esse peso das costas, sem antes resolver as coisas com aquele verme. E eu vou cuidar direitinho pra que ela nunca descubra minha pequena mentira.

Harry ate achou que deveria alertar sobre o fato de que Hermione era muito esperta para ser enganada facilmente, que cedo ou tarde ela descobriria e as consequências seriam graves, mas o amigo estava tão atormentado com a impunidade de Cormac que ele preferiu ficar calado e deixar as coisas seguirem. Fossem como fosse era por uma boa causa.

– Pronto, confirmei com Dino: Mclaggen ta mesmo naquele pub que a galera da faculdade frequenta. – Draco disse voltando para sala e se juntando aos três.

– Certo. Então vamos.

Seguiram ate uma área movimentada do centro de Londres, com bares e boates bastante frequentadas pelos jovens londrinos e turistas.

Estacionaram com um pouco de dificuldade na rua já lotada por carros e foram na direção de um letreiro luminoso com os dizeres “Bright Star Pub”. Enfrentaram uma pequena fila e finalmente conseguiram entrar se juntando a multidão maçante da danceteria.

O pub era dividido em dois andares, em baixo um bar com mesas de sinuca, garçons e lugares para as pessoas sentarem e se servirem. Um pouco ao canto havia uma escada em formato de caracol que levava o segundo piso com a pista de dança cheia de efeitos especiais, luzes e lasers, musica alta, comandada da cabine do DJ e um bar ao canto bastante movimentado.

Os quatro homens bem arrumados e de postura ereta se esgueiraram em meio as pessoas que dançavam animadas, procuravam atentos em meio a escuridão quase completa o rosto de Cormac. E foi Neville que o achou, cutucou Harry que por sua vez avisou os outros dois.

Rony não esperou nem meio segundo e seguiu empurrando todos ao redor ate alcançar o braço livre do seu mais novo inimigo.

– Acho que temos que ter uma conversinha Mclaggen.

– Lar doce lar. – disse Gina abrindo a porta de casa e se sentando no primeiro lugar vago que encontrou. – Estou morta. Meus pés estão me matando e minha coluna nem se fala! Hermione você não sabe o que vai passar quando sua barriga começar a crescer. – dramatizou.

– Ah garotas, o importante é que compramos coisas lindinhas pra esses anjinhos dentro de vocês. – disse Luna animada remexendo nas sacolas de compras das novas mamães, e mostrando um conjunto de cor neutra, já que não sabiam o sexo dos bebês.

– E eu consegui o numero do bonitão. – Astoria disse balançando um cartãozinho branco em sua mão. As outras apenas reviraram os olhos. – Eu disse que ele tava gostando.

– Estou preocupada com aqueles quatro, não dão noticias há horas. – disse a ruiva massageando a ponta dos pés. – Mãe! Você teve noticia daqueles quatro bastardos?! – gritou para a matriarca na cozinha.

– Gina menos! – repreendeu a Sra. Weasley, ainda de avental, os maus modos da filha. – Os garotos passaram por aqui meio apressados há algumas horas e voltaram para o apartamento daquele garoto, o Malfoy.

– Shiiiii já não é boa coisa. Se ta com a doninha, boa cosia não estão fazendo. – Astoria disse implicante. - Se cuida em ruiva, olha lá o que teu homem ta fazendo.

– Eu mato o Harry quando eu achar ele, ah se mato!



O rapaz olhou assutado para a parede de cabelos ruivos, com a cara nada amigável que apertava firma o seu braço esquerdo. Weasley já mostrava que a aquela conversa não seria nada pacifica, o motivo ele sabia muito bem.

Puxou em reflexo o braço com brutalidade se soltando das mãos grandes e se escondendo entre a multidão, quase sumindo de vista.

Ron fez sinal com a mão para que os amigos o seguissem, fazendo o mesmo caminho que o outro. Não iria deixar que ele escapasse tão fácil.

Quando chegaram a uma parte menos abitolada de gente, viram a saída pequena nos fundos do local, onde provavelmente Mclaggen havia saído. Fizeram o mesmo e se depararam com a semi-escuridão de um beco sujo e fedido, encontraram não só ele como mais três ou quatro rapazes junto.

– Agora acho que nossa conversinha fica mais justa Weasley. – disse o outro possuindo uma confiança que ate ha pouco parecia não ser capaz de ter. – Veja, também não estou sozinho. – Rony com o rosto tão vivido quanto os cabelos, cerrou os punhos fortemente. – O que foi? Aposto que veio proteger a vadiazinha da Granger. Pois saiba que faria tudo de novo, ela ate que é bem gostosinha na cama. Você deveria experimentar qualquer dia desses...

Foi o estopim para a confusão de golpes e socos que se seguiu. Ron já no limite da sua curta paciência, não precisou de nada mais para acertar em cheio um soco no rosto bem cuidado de Carmac. Sem deixar o seu ego enorme se abater, Mclaggen tratou de revidar com um sorriso lascivo no rosto.

Os outros grandalhões do local atacaram os outros com a mesma fúria que os outros dois.

A ideia inicial do plano era dar um susto no Carmarc, deixa-lo a par do que aconteceria caso chegasse perto de Hermione novamente. Mas escutar aquelas palavras contra a sua melhor amiga, o Ron não conseguiu segurar seus instintos animalescos e homicidas, era algo maior do que ele podia controlar.

A briga gerou muito barulho e quebraria, mas isso não pareceu ser notado por eles, principalmente pelo ruivo que só conseguia pensar em quebrar cada pedacinho do corpo do seu adversário.

Foi por um segundo de distração que ele levou um soco doloso na boca, deu alguns passos para trás, e o gosto de sangue inundou seu paladar.

– Você já foi melhor de briga, hoje em dia esta parecendo uma mocinha, deve ser por isso que a Hermione preferiu a mim. – A raiva o cegou por completo, como raramente acontecia. Atacou Mclaggen como se fosse um grande pedaço de carne a ser amaciado com chutes, socos e ponta pés. Poderia ter o ferido gravemente se não fosse por um barulho no final do corredor.

– Parados ai, vocês estão presos!

Ronald, assim como os outros, sentiu o sangue gelar e o coração perder uma batida.

Sua mentira seria descoberta mais cedo do que esperava.


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Notas finais do capítulo

Eu tentei fazer uma coisa mais dinâmica nesse capitulo, não sei se vocês gostaram. O capitulo nove já esta quase pronto. Ate a próxima e me digam o que acharam :)



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