Cartas Para Hermione escrita por Ruppa


Capítulo 7
Boas novas


Notas iniciais do capítulo

Gente mil desculpas pela demora.



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– Deixa eu vê se entendi, o filho da puta do Mclaggen te engravida e quem casa com você é o Rony? – perguntou um Harry abalado com o que acabara de ouvir.

Fazia uma noite feria e cinzenta do lado de fora da casa dos Weasleys, apelidada carinhosamente como “A toca”, já se passava das vinte e uma horas daquele longo dia que parecia não ter fim.

O mais novo casal de noivos depois da conversa esclarecedora na biblioteca da universidade, com direito a lagrimas, um pedido e uma resposta que mudaria a vida de ambos, resolveu dar as boas novas naquela mesma noite.

O que pareceu a decisão certa, julgando pelo número de chamadas perdidas no celular de Hermione, Gina não a deixaria em paz até que contasse tudo.

– Resumidamente, é isso. – respondeu Hermione encolhida em um canto da sala, corando violentamente e evitando olhar para qualquer rosto ali presente.

– Porque sou sempre o ultimo a saber das coisas? – Harry perguntou abalado.

– Ah amor, Eu soube do ocorrido com o Mclaggen antes por ser mulher e melhor amig, era obvio que ela viria desabafar comigo. Você é homem antes de ser melhor amigo dela. Já da gravidez soube hoje. Rony também só soube da história toda hoje, então tecnicamente você não está muito atrasado. – Gina o consolou abraçando pelos ombros.

O garoto cicatriz deu um pequeno sorriso, já os outros dois estavam tão distraídos na própria bolha de pensamentos que nem notaram o que diziam.

– Isso é tão estranho – tornou a falar a ruiva observando a mais nova cunhada e o irmão, com um sorriso debochado nos lábios conseguindo a atenção de todos.

– Isso o que? – quis saber Rony sempre curioso.

– O fato de ser você dar a ideia do casamento. Sabe, sempre achei que a Hermione fosse o cérebro da relação de vocês. – analisou.

– Gina! – repreendeu Hermione, finalmente encarando todos ali. As orelhas de Rony ganharam um tom vermelho pela súbita raiva da irmã, enquanto as bochechas dela ganharam o mesmo tom pela vergonha.

Depois de risos cúmplices entre a ruiva e o noivo, o silencio pairou novamente sobre o local, uns por não saberem o que dizer e outros por estarem simplesmente digerindo o que estava acontecendo.

– Eu ainda não acredito que o cretino do Mclaggen fez a você Hermione, aquele abutre! – Harry voltou a pronunciar revoltado – se eu pegar ele...

– Você não ira fazer nada senhor Potter! Não quero vê você detido em uma delegacia por um idiota feito Cormac. – bronqueou a caçula dos Weasleys.

– Não creio que irei preso por matar um imbecil feito ele, não depois de contarmos o motivo. – rebateu o outro decidido a uma possível vingança.

– Concordo plenamente com o ele, aquele abutre não fará falta alguma a humanidade... – Ron se intrometeu para o delírio de sua irmã que prensou os lábios prontos pra uma discussão.

Depois de algumas ameaças de Gina, ao noivo e ao irmão, que não só apoiava a ideia de vingança como queria ter grande participação, o que tornou o clima menos tenso na opinião de Hermione que, mesmo discordando da ideia, resolveu não se meter naquela briga, mantendo-se apenas como expectadora daquela grande comedia. Sabia que a amiga dava conta dos dois marmanjos sozinha.

E deu muito bem dado, deixando eles a par das consequências graves que sofreriam, por ela mesma se fosse possível, caso fizessem algo errado.

O bico dos dois homens era visível, o que deixou tudo mais cômico, pareciam dois garotinhos de cinco anos, onde Gina era a professora malvada que lhes davam bronca e os deixaram sem recrio como castigo.

Uma sensação de dejavu passou por Hermione, voltou à época que ficava quase as férias todas enfiada na toca e que tinha só se preocupar com coisas banais, como o que iam fazer no dia seguinte de divertido e o que fazer para controlar os dois amigos que adoravam confusão e sempre a levando junto.

– Então... Vocês vão se casar e depois separar? – já sossegada, Gina voltou o foco para o mais novo casal – Ou vocês vão continuar nessa de casados, morando juntos, criando um filho, mas apenas amigos pelo resto da vida? – a língua afiada era algo que mais nova dominava, principalmente se o objetivo era zombar com o irmão.

Os dois se encaram, mas quem respondeu foi Rony.

– Não, claro que não. Quer dizer... Nós casamos, ficamos juntos por um tempo para que o pai dela não ter um treco e ninguém falar, ou pensar mal dela, assim ela pode terminar a faculdade em paz. – tentou conter o nervosismo nas palavras, não queria que a amiga tentasse desistir de novo – Depois se ela quiser fingir uma briga... Nos separamos e cada um segue sua vida. – Hermione tentou fingir que a ultima parte não teve efeito sobre ela.

– Mas esse meu irmão esta saindo melhor que a encomenda. Quando foi que você arrumou um cérebro que não fiquei sabendo? – Gina não conseguiu se conter.

Hermione riu junto a Harry e o ruivo fechou a cara novamente.

– Se vocês quiserem podem ficar com o apartamento que Sirius me deixou antes... – falar do assassinato do padrinho e dos pais sempre era difícil para o moreno. – Estava mesmo querendo um maior para quando me casasse com a sua irmã. O lugar precisa de umas reformas para parecer um lar, mas já é um começo.

– Obrigada Harry, mas eu e Ron achamos melhor que para isso dar certo é começarmos com algo nosso, que conseguimos juntos. – Sem contar que o orgulho dele não aceitaria tamanha generosidade. Mentalizou.

– Olhe querido, mal começaram a por em pratica o plano e já estão agindo feito um casal, não é lindo? – a ruiva disse cutucando o noivo.

– Querida, você sabe que esse negocio de plano é só uma desculpa para eles assumirem a relação... – completou o outro entrando na brincadeira.

– Vão se catar vocês dois! – esbravejou o Rony realmente chateado, Esses comentários sarcastico estava começando a lhe irritar.

Teria ralhado mais com o casal, mas a maçaneta da porta girou e logo Molly Weasley adentrou o cômodo, vestia elegantemente como quem volta de uma festa, obrigando ele a se conter.

– Ah, olá garotos! – cumprimentou a matriarca sorridente – Onde estão os outros?

– Fred e Jorge estão perdidos em uma festa por ai, Percy ainda esta no fórum trabalhando ate tarde, como sempre, ou na casa da namorada, e nós estamos aqui. – informou-lhe Gina como quem falasse do tempo.

– Ah sim! Bom eu e seu pai vamos subir e deixa-los termina a conversa a sós – anunciou assim que viu a figura do Sr. Weasley atrás de sí. – nao demore a deitar Gina, você esta gravida tem que se manter bem descansada. Vocês também meninos. Boa noite para você. - sorriu bondosamente e seguiu em direção ao andar superior.

Ninguém falou nada ate terminarem de escutar o ranger das escadas cessarem e a porta do quarto se fechar.

– Bom já deve estar muito tarde então é melhor eu ir andando, minha mãe deve está preocupada. – Hermione seguiu a porta da sala, se despedindo com um breve aceno de mão.

– Eu acompanho você, a rua deve está escura e perigosa á essa hora. – o ruivo a alcançou na porta, ela não rejeitou a companhia dele, afinal era verdade que as ruas de Londres poderiam ser bastante perigosas àquela hora da noite, mas o que ela queria mesmo era falar com ele a sós.

O vento gélido resultado do clima natural da cidade, ou talvez apenas da recém-chuva, batia contra as costas de ambos fazendo Hermione ter leves tremores. Rony tirou seu próprio casaco e entregou a ela que lhe sorriu agradecida pelo cavalheirismo, um lado raro que ele deixava transparecer.

Já estava perto da residência dos Granger, a castanha dos cabelos volumosos deixou o acanhamento de lado e resolveu dizer o que queria.

– Ron, espere, eu quero lhe pedir algo. – ele parou um pouco a sua frente e encarou de sobrancelhas erguidas. – Eu queria pedir que você não voltasse a procurar mais o Mclaggen. Se ele souber de algo e resolver tirar satisfações, ou fazer fofocas por ai, eu vou me expor demais entende? Então por favor, não dê motivos a ele esta bem? – a falta de expressões dele á deixou atordoada – Eu sei que você deve estar furioso assim como Harry, mas por favor, não faça nada. Não por ele, mas por mim.

– Hermione...

– Por favor, Ron. Só promete que não vai mais procurar ele, por favor... – ele observou atentamente a face preocupada, os olhos castanhos, a sobrancelhas bem definidas que dava o ar angelical ao rosto, a pele lisa e tão pura, as bochechas levemente rosadas pelo frio, ou será que era por vergonha mesmo? E por ultimo observou a boca pequena, onde mesmo no frio parecia ser quente e aconchegante, quem sabe um dia ele descobriria se ela era mesmo.

Ele queria muito dar um surra em Cormaco, queria bater ate ele não se reconhecer no espelho, pelo que havia feito com ela . Mas ali diante do castanho preocupado que era os olhos dela, não podia admitir suas intenções homicidas. Mas também não poderia prometer algo que talvez não pudesse cumprir, talvez fosse pior que não prometer.

– Por mim... – o sopro de voz que ela emitiu o destruiu e ele não teve mais como negar.

– Tudo bem, eu prometo. – disse suspirando com as mãos ainda enfias nas jeans surrada.

– Obrigada. – sorriu aliviada e com o olhar mais tranquilo – Obrigada por tudo, Ron. Você é o cara mais especial desse mundo.

– Faço o que posso. – sorriu de lado.

Era impressionante como que em muitas vezes ele ficava desconcertado perto dela, tudo bem que ficava embaraçado na presença de qualquer menina, mas com ela era algo de uma hora pra outra, uma simples frase fazia ele se sentir assim, perdido.

– Esta tarde, melhor eu entrar. – se despediu com um breve aceno e um sorriso. Já a alguns passos de distancia dele, deu meia volta e lhe abraçou enterrando o rosto no seu pescoço, só entao seguiu de vez para dentro de casa.

Ele sorriu abertamente ao reparar que ela entrou aconchegada no seu casaco, sem nem ao menos perceber que acabou esquecendo de entregar ao dono. Mas quem ligava para frio ou para casacos quando ele caia tão perfeitamente nela?

Com certeza ele não ligava nem um pouco.


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Notas finais do capítulo

Se tudo der certo e minha gripe melhorar ate o próximo final de semana eu posto o próximo capitulo melhor e maior, por favor não deixem de comentar :)



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