Pov Melody

Ao ouvir esse nome, minha irmã se encolheu ao meu lado, já com lágrimas nos olhos.

— Então quer dizer que foi esse desgraçado do Grayback que matou minha mãe?!- eu disse com fúria nos olhos.

— Sim, mas você já ouviu falar nele?- perguntou o Sr. Weasley.

— Não só ouvi, como já vi!- eu disse com muita raiva, então contei toda a história a eles. - Quando eu e minha irmã tínhamos 12 anos, fomos numa viagem com a vovó para a Irlanda, quando voltamos para casa, encontramos ela toda revirada, ficamos em pânico. De repente escutamos um barulho vindo da cozinha, Nynha que estava mais perto, foi até lá. Ao abrir a porta, nos deparamos com Grayback, ele saía de trás de um armário, com um sorriso sinistro no rosto e garras a vista. Ele olhava para nós com uma ferocidade assustadora. Nynha berrou apavorada e deixou cair a varinha no chão. Ela tentou correr, mas o lobisomem era mais rápido, e com suas garras conseguiu arranhar o braço dela, que caiu no chão longe dele com o braço todo ensanguentado, vovó consegui atingi-lo com um feitiço quando ele estava a centímetros de me atacar também. Depois disso ele foi embora, não antes de dizer que a missão dele era nos morder, mas como conseguimos irritá-lo, na próxima vez que o víssemos ele nos mataria. Quando ele foi embora, corremos em direção a Nynha que estava jogada no chão com três cortes profundo em formas de garra no braço direito. Desde esse dia, eu jurei que da próxima vez que o ver, ele vai se arrepender de ter feito isso com minha irmã e com minha casa. E agora tenho outro motivo muito mais forte. Ele matou minha mãe e vai se arrepender de ter feito isso. - Terminei de contar a história com todos nos olhando, uns com pavor do acontecido e outros com pena. Fred olhava pra Nynha como se quisesse abraçá-la e fazê-la esquecer de tudo, acho que ele gosta mesmo da minha irmã, e quando olhei pro Jorge, ele olhava pra mim como se eu fosse a coisa mais importante do mundo e não quisesse me perder. Será mesmo que eu vi isso? Acho que não.

— Foi horrível!- disse minha irmã ao meu lado com a mão sobre o local das cicatrizes que ela tinha ficado, me tirando do meu momento de avaliação de expressões, ela tremia e tinha lágrimas nos olhos.

— Calma gêmea, ele não vai mais chegar perto de você, eu prometo. - eu disse a abraçando forte e sentido suas lágrimas molhando meu pescoço.- Me desculpe te fazer lembrar daquele dia.

— T-tudo b-bem!- disse ela se afastando e secando as lágrimas.

— Eu sinto muito por isso meninas, principalmente por você Enya. - disse a Sra. Weasley vindo nos abraçar.- Mas fiquem tranquilas, ele nunca mais vai chegar perto de vocês, porque vamos protegê-las.

— Obrigada, nós só tentamos ao máximo não lembrar disso. - eu disse.

— Muito bem então, vamos mudar de assunto. - disse o Sr. Weasley.

— Senhor, quando vamos ver nosso pai?- perguntou minha irmã ainda enxugando as lágrimas.

— Eu diria que agora mesmo!- disse ele sorrindo um pouco ao ver minha cara de felicidade e de minha irmã

— E o que estamos esperando? Vamos!- dissemos juntas fazendo todos rirem, e o assunto Grayback havia sido esquecido.

— Já estão todos prontos?- perguntou ele olhando para as pessoas que já estavam em pé para irem, que eram: Harry, Hermione, Rony, Gina, Fred e Jorge, que apenas afirmaram com a cabeça.

— Já nascemos prontas!- dissemos eu e Nynha juntas fazendo todos rirem.

— Ok, então vamos!- disse o Sr, Weasley se despedindo de Molly, e indo para o lado de fora. Todos nós nos despedimos dela e fomos para fora. Quando chegamos lá, o Sr. Weasley criou uma chave de portal que dava na sede da Ordem da Fênix.

— Vamos lá crianças. Segurem firme!- disse ele. Quando seguramos a bota (chave de portal) começamos a girar, e em pouco tempo paramos em frente a uns prédios antigos.

— Onde estamos?- perguntei enquanto olhava os prédios, dando falta do número 12.

— Tomem!- disse o Sr. Weasley nos entregando um pedaço de pergaminho, que tinha escrito:

"O Quartel-General da Ordem da Fênix pode ser encontrado no número 12, Grimmauld Place, Londres."

—O que é isso?- perguntei confusa.

— Apenas se concentrem nisso.- disse o Sr. Weasley. Eu e minha irmã nos olhamos e depois fechamos os olhos nos concentrando no endereço, quando abri os olhos, uma porta surgiu do nada entre os números 11 e 13, seguido por paredes e janelas. Era como se uma casa tivesse inflado, empurrando as outras duas casas para o lado. Sendo que tudo continuava normal, parecia que os trouxas não haviam percebido nada.

— Venham, vamos entrar!- disse ele indo em direção a porta.

Quando olho para trás vejo minha irmã parada, com cara de nervosismo.

— Vem Nynha, não precisa ficar nervosa!- eu disse chegando perto dela.

— Eu sei. Mas e se ele não gostar de mim? E se ele não quiser me ver porque sou mais parecida com a mamãe? Mel, estou com medo!- disse minha irmã quase chorando.

— Nynha isso não vai acontecer! É claro que ele vai gostar de você, todo mundo gosta!- eu disse tentando convencê-la, às vezes minha irmã era tão insegura.

— A Mel tem razão Nynha, é impossível alguém não gostar de você!- disse Fred se aproximando sorrindo, fazendo minha irmã corar um pouco. Esses dois, aí tem coisa, mas vou descobrir isso outra hora, primeiro vou dar um sacode na minha irmãzinha querida com sérios problemas de insegurança.

— Tá vendo gêmea, escute o que o Fred tá dizendo, todos gostam de você! Agora vamos, eu quero conhecer nosso pai!- eu disse sorrindo pra ela.

— Eu não consigo!- ela disse chorosa.

— Consegue sim! Vamos Nynha! Por Favor!- disse Fred segurando a mão dela. - Eu não vou sair do seu lado se isso te fizer melhor!

— Ahn, eu... quer dizer... ahn...- falou Nynha. Tadinha da minha irmã, o Fred sabe deixá-la sem palavras.

— Vamos logo casal, já estou com frio e todo mundo já entrou!- eu disse fazendo os dois ficarem vermelhos.

— Não somos um casal!- disseram os dois ao mesmo tempo e juro que ouvi o Fred sussurrando "ainda", depois olharam um pra cara do outro e começaram a rir.

— Tudo bem, vamos entrar! Afinal, ele é meu pai, não é!- disse minha irmã finalmente terminando com o faniquito dela.

— Não vou sair do seu lado!- disse Fred ainda de mãos dadas com ela.

— Obrigada Fred!- disse ela sorrindo pra ele. "Acho que minha irmã está apaixonada!" pensei enquanto entrava no prédio.

Ele era enorme, mas tava meio empoeirado, como se não visse uma vassoura há anos. Fomos andando por um corredor comprido até que chegamos numa sala ampla, com sofás e almofadas, onde todos estavam sentados, e em pé, no meio de todos, estava um homem alto, branco, com os cabelos na altura do queixo, com um bigode que cobria um pouco a parte superior da boca. Percebi então que eu olhava para o homem que tanto via nas páginas dos jornais. O homem que foi preso por crimes que ele não cometeu. Eu estava olhando para Sirius Black, o meu pai.