Confusões No Mundo Dos Trouxas escrita por CaahYoshida


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiee, antes de mais nada gostaria e agradecer os reviews que eu recebi no capitulo anterior :) foram poucos, mas eu gostei mto!
Espero que gostem desse capitulo e por favor deixem as suas opiniões.



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    POV SIRIUS

                    Acordei atrasado, de novo.

                Minha querida família já havia saído para a estação e nem fizeram o favor de me chamar. Não que eu estivesse reclamando, eu prefiro ir sozinho a ir acompanhado com aqueles montes de cobras.

                Levantei-me, troquei de roupa, peguei meu malão e fui correndo em direção a plataforma 9 ¾ .

                O céu estava claro, o sol brilhava e as nuvens, brancas feito algodões, balançavam em cima de mim. O tempo estava fresco e pássaros cantavam suas canções enquanto voavam por aí. O dia estava perfeito: eu não ia ver a minha... o povo que mora na minha casa por um ano e ia reencontrar os meus amigos.

                Nada podia estragar o meu dia, pelo menos, eu achava que não.

                Cheguei à estação correndo feito um cachorro. Os trouxas me encaravam assustados, também, não deve ser todo dia que você vê um garoto correndo por aí com um malão gigante. Devo ter pisado no pé de, pelo menos, duas pessoas e eu tenho quase certeza que aquela bola de pelos que o meu malão passou por cima era um gato.

                Finalmente eu cheguei na pilastra que iria me levar para o Expresso de Hogwarts. Sorri e me preparei para atravessá-la, só que dessa vez, uma coisa diferente aconteceu. Normalmente eu atravessaria a pilastra e iria procurar os meus amigos e, é claro, algumas garotas, só que... bem, dessa vez  eu não consegui passar.

                Eu estava caído no chão, meu malão e minhas coisas estavam espelhados ao meu lado.

                - Ai – reclamei de dor e passei a mão na minha cabeça, que agora continha um galo.

                Todo mundo estava olhando para mim, provavelmente se perguntando por que um garoto (com uma bagagem muito estranha, devo ressaltar) estava caído no meio da estação de trem.

                Levantei-me, tentei de novo e a mesma coisa aconteceu. Eu não entendia por que raios aquela pilastra maldita não estava se abrindo para mim. Eu era um bruxo! Devia conseguir passar!

                Comecei a olhar ao meu redor, procurando algum conhecido. Não vinha ninguém, é claro, o Expresso já devia ter saído.

                Frustrado, me sentei em cima do meu malão e fiquei esperando, o que eu estava esperando eu não sabia. Suspirei, e agora?

                Eu podia ir de vassoura, mas assim não conseguiria levar as minhas coisas comigo. É, eu estava perdido.

                - Droga! – gritei e soquei a parede ao meu lado.

                Eu não ia voltar pra casa, não quero mais ver a minha mãe nunca mais e agora eu não tenho mais nenhum ligar para ir.

                - Você está bem?

                Levantei a minha cabeça e me deparei com uma garota. Ela tinha cabelos castanhos, presos em um rabo de cavalo, os olhos eram azuis e intensos, o rosto angelical e pálido e a boca era vermelha e se abria num sorriso preocupado. Ela estava segurando um livro em uma das mãos, “Querido John”, consegui ler o título. E a outra mão segurava o meu ombro. Ela era linda, tenho que admitir. Em qualquer outra ocasião eu teria dado em cima dela, mas digamos que agora eu tenho outros problemas para resolver.

                - Sou Danielle, Danielle Gilbert – ela sorriu, um sorriso lindo – você está bem?

                Fiquei quieto por alguns segundos, perguntando qual era o problema daquela garota. Quer dizer, ela nem me conhecia e já ia se apresentando. E se eu fosse um cara mau ou coisa do tipo?

                - Eu estou bem sim – agradeci a preocupação a sorri de volta.

                - Por que está sentando no chão, no meio da estação de trem? – ela fez uma expressão esquisita que me fez rir.

                - Digamos que eu... não tenho pra onde ir.

                Ela me olhou meio surpresa.

                - Como assim? E seus pais? Nossa, desculpa a indelicadeza – ela disse meio envergonhada.

                - Não tem problema – respondi – meus pais... não gostam muito de mim.

                - Eu sinto muito – Danielle disse sincera – bom, se precisar de alguma ajuda eu... ei, por que você não vai lá pra casa?

                Eu a olhei surpreso. Ela acabou de me conhecer! Eu sei que ninguém consegue resistir ao Sirius aqui, mas...

                - Eu não quero incomodar – disse calmamente, mas uma parte de mim bem que queria aceitar o convite e passar mais alguns dias com aquela belezinha.

                - Não vai. Meus pais estão viajando e eu estou sozinha em casa com o meu irmão.

                - Você nem sabe quem eu sou...

                - É verdade, mas se você fosse uma pessoa ruim, já teria feito alguma coisa comigo – ela disse displicente e olhou em volta. A estação estava completamente vazia, todos deviam estar almoçando. Danielle estava certa, se eu fosse uma pessoa ruim já teria aproveitado que não havia ninguém e teria feito alguma coisa com ela.

                Sorri.

                - Já que insiste – me levantei e peguei o meu malão.

                - Ainda não me disse o seu nome – ela me cutucou.

                - Sirius, sou Sirius Black.

                - Bom, Sirius, minha casa fica no final do próximo quarteirão. Vamos?

                Assenti e a acompanhei. Não falamos quase nada durante o caminho. Primeiro, porque eu estava ocupado demais pensando no por que eu não consegui atravessar a pilastra. O que será que tinha acontecido? Segundo, porque de tempos em tempos eu me pegava observando Danielle. O vento soprava seus cabelos castanhos e a luz do sol iluminava sua pele deixando-a surrealmente linda.

                Espera, Sirius Black não pode estar apaixonado! Tira esses pensamentos da cabeça agora, me repreendi.

                - Aqui estamos.

                Olhei para a casa na minha frente. Não era muito grande, nem muito pequena, tinha as paredes brancas e grandes janelas, nos jardins se encontravam diversas árvores e flores. Era uma casa bem simples, mas parecia ser muito aconchegante.

                Ela abriu a porta e eu entrei. A sala de estar era grande, havia dois sofás bem na frente de uma lareira, uma mesa de jantar ao lado da janela e várias estantes (cheias de livros) espalhadas por aí.

                Comecei a andar pela sala e reparei que na parede havia várias fotos, só que elas não se mexiam! Isso era muito estranho... A primeira fotografia mostrava Danielle com um homem, supus que seria o seu pai, os dois sorriam para a câmera e estavam abraçados. A segunda mostrava Danielle com duas pessoas, uma mulher e um menininho, os três faziam caretas e estavam na cozinha todos sujos de farinha (provavelmente cozinhando um bolo). Tinham muitas, muitas fotos na parede: Danielle quando era um bebê, o menininho brincando de carrinho, os pais dela sorrindo, uma de todos juntos comemorando um aniversário... Comecei a rolar os olhos pelas fotografias e uma em especial chamou a minha atenção: Danielle de biquíni na praia.

                CARAMBA, QUE CORPO ERA ESSE? MEU MERLIN! Quem diria que por baixo daquele monte de roupas de frio existiria uma deusa desse jeito. “Almofadinhas vai se dar muito bem aqui”, pensei comigo mesmo e sorri marotamente.

                - Sirius? – ouvi Danielle me chamar.

                - Estou aqui – respondi.

                - Está vendo as fotos? – ela perguntou enquanto chegava mais perto e eu assenti.

                - Esses são meus pais, Karen e Mark – ela disse apontando – e esse é o meu irmãozinho Kevin.

                - Quantos anos ele tem?

                - Dez, e semana que vem é aniversário dele – Dani sorriu – dia vinte de setembro.

                - Ele tem muita sorte de ter uma irmã como você – falei me aproximando e sorrindo.

                - Ah é? Por quê? – ela sorriu marota.

                - Porque você é muit... – comecei a dizer enquanto acariciava o seu rosto, mas fui interrompido.

                - DANI! VOCÊ CHEGOU! – me virei assustado e vi um pequeno garotinho descer as escadas correndo.

                - KEVIN! – Danielle berrou e pegou o irmão nos braços.

                - Ele estava aqui sozinho?

                - Eu sei me cuidar – Kevin respondeu sorrindo olhando para mim.

                - Maninho, esse é Sirius.

                - Seu namorado? – o garoto perguntou e vi Danielle corar violentamente. Sorri, ela ficava muito fofa com vergonha.

                - N-não, é lógico que não. É só um amigo – ela explicou ainda muito vermelha.

                - Sei... – o irmão disse nos olhando desconfiado.

                - Ah, vai dormir vai Kevin – Dani disse sorrindo e apontando as escadas para o garoto.

                - Não dá, eu estou indo na casa do Lucas agora, tudo bem?

                - Vão jogar vídeo game de novo? – ela perguntou e o que raios era um vídeo game?

                - Aham, não vou demorar, prometo – ele deu um beijo na bochecha dela e saiu pela porta.

                - Você não vai com ele? – eu questionei preocupado. Como ela deixava um garotinho de dez anos sair andando pelas ruas assim? Alguma coisa podia acontecer com ele!

                - O Lucas é nosso vizinho – ela disse simplesmente.

                - Ah... então, onde nós estávamos mesmo? – me aproximei novamente, sorri maroto e vi que ela também sorriu. Nossos rostos estavam a centímetros de distancia, fomos nos aproximando mais um pouco e quando eu estava prestes a beijá-la, nós ouvimos um estrondo lá fora.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Tá legal? hahah deixem comentários, por favor.
Nos vemos no proximo capitulo!
Bjss
Ah, se quiserem deem uma olhada na minha outra fic: Nunca é bom mexer com o tempo ;)