Eu estava de seis meses e estava fazendo sol e resolvi me sentar ara ler um livro da faculdade na piscina. Estava agradável e eu usava um maio para preservar um pouco mais a barriga que agora estava bem evidente. Meus exames na última consulta deram excelente e todos estavam satisfeitos como tudo estava acontecendo.  Eu estava casada com Edward a três meses e estava, se possível, mais feliz. A única nuvem preta do meu céu era o fato de Mike estar conseguindo driblar todos os nossos esforços para conseguir o divórcio. Até um exame de DNA ele pediu para retardar o processo e minha médica não deixou alegando riscos a gravidez, o que foi um alívio porque não queria que meu filho fosse incomodado de maneira alguma.

Uma coisa ia e voltava a minha cabeça. A breve conversa de minha mãe com Carlisle. Aquilo foi estranho, mas não tinha coragem de perguntar algo tão íntimo a ele. Será que ele era o grande amor que uma vez Charlie em seus delírios falou? O que eles tinham em comum? Edward afirmou não saber de nada e pedi para ele não perguntar, dependendo do que fosse poderia desagradar Esme e esse argumento o fez pensar mais sobre o assunto.

- Como vai a grávida mais linda do mundo? – a voz dele atrás dele de mim me fez sorrir feito boba.

- Oi meu amor. – me ajeitei e fui olhar para ele.

- E como está a criança mais linda do mundo? Vai nos deixar saber seu sexo ou vamos ter que comprar tudo branco, amarelo e verde? – ele falava mais perto da barriga e nosso filho se mexia. Sorria e ele passava a mão na barriga procurando os chutes que ele já sabia que estavam acontecendo. Era ouvir a voz de Edward e a criança ficava inquieta como se quisesse responder. – Eu sei que é uma menina linda, mas a mamãe não acredita em mim então na próxima consulta vamos mostrar a ela que estamos certos ok?

E mais chutes e ri com aquela traquinagem de nosso filho. Edward me beijou lentamente e fez carinho em meus cabelos. Eu sentia falta de seus toques, mesmo tendo o visto pela manhã. Não ter ele era ser metade. Ser incompleta.

- Chegou cedo. O que houve?

- Fiquei com saudades. O escritório estava lento hoje então pude voltar, qualquer problemas eles me ligam.

- Que maravilha! – disse realmente feliz. Ele estava trabalhando demais.

E foi um final de tarde muito relaxante. Edward e eu ficamos admirando o por do sol em nosso quarto e depois ele ficou resolvendo algo no escritório comigo sentada numa poltrona lendo meu livro e fazendo anotações. Ele tentava falar baixo para não me atrapalhar, mas estava muito concentrada, ele não precisava ter esse trabalho.

Enquanto nos arrumávamos para a janta a porta abriu de maneira brusca e levei um susto. Edward me colocou atrás dele como por instinto e vimos a figura de Alice alegre. Meu coração ainda estava acelerado quando Edward relaxava.

- Alice não entre assim! Bella quase teve um ataque cardíaco. – ele a repreendeu, acho que só naquele momento ela percebeu o que tinha feito.

- Desculpe. Os empregados me falaram que ela estava sozinha no quarto.

- Só bata na porta Alice. – disse passando a mão na barriga, o bebê se agitou. Edward percebeu o movimento e veio até a barriga.

- É tia Alice meu amor, não precisa se assustar. – ele ainda estava sério quando se voltou para Alice. – O que quer Alice?

- Viemos jantar com vocês. A mais de duas semanas que só nos falamos por telefone.

Era verdade, Edward tinha pedido que me dessem espaço porque depois do casamento Alice me sufocava um pouco com os preparativos da chegada do bebê. Ele percebeu como eu estava precisando de um pouco de paz.

- Quem está aí embaixo?

- Todos! – ela disse pulando de alegria. Eu e Edward rimos com aquela animação. Provavelmente quando Alice revelou que viria, todos vieram também para aproveitar.

- Já estamos descendo. Vou terminar de me arrumar. – disse sorrindo para ela. Ela se aproximou e beijou minha barriga.

- A tia te ama! E trouxe presentes!

E terminamos de nos arrumar descendo para ver nossos familiares. Tinha que confessar que estava com saudades do clã reunido. Emmett já estava fazendo gracinhas e todos riam com ele imitando alguém.

- Boa noite. – Edward disse chamando a atenção de todos. E Esme assim que me viu veio em minha direção.

- Querida! Como está linda! Essa barriga está cada dia mais linda.

- Maior você quer dizer Esme.

- Precisa crescer para nosso querido nascer saudável! – ela passou a mão na minha barriga – a vovó te ama querido!

E ela gargalhou quando ele mexeu. E cumprimentei a todos e soubemos das novidades. Rose e Emmett estavam fazendo um tratamento de fertilização, ela comentou que descobriu que estava com problemas para engravidar e fizeram exames. Alice estava radiante com uma viagem a Paris programada para antes do meu bebê nascer e ela voltaria em cima da hora para nos ver. Edward e Carlisle ficaram conversando assunto da empresa e depois Jasper se juntou a ele.

Foi uma noite agitada e diferente da que estávamos tendo. E percebi como eu sentia falta dos Cullen reunidos. Alice mostrava para nós tudo que havia comprado para meu bebê, o que ela não se conformava era não saber o sexo do bebê e o quarto dele estar todo branquinho. Com paredes e móveis brancos. Fizemos no teto um lindo céu com nuvens e ursos pendurados. Foi o máximo que fizemos por não sabermos o sexo.

- Eu tenho algo para minha filha. – disse Edward com aquela convicção de que era menina. Ele se afastou do grupo e depois de alguns minutos voltou com uma caixa na mão.

- Filho por Deus! E se não for menina?

- Vai ser mãe. – ele falou agora sorrindo.

Edward me entregou a caixa. E abri vendo uma linda pulseira com pequenos diamantes e um nome. Tirei da caixa para ler o que estava escrito e vi ali. “Elizabeth Cullen.”

- Meu Deus! – disse surpresa e Esme pediu para ver. Eu entreguei a ela e ela sorriu com o nome.

- Lindo nome Edward.

- Gostou amor? – ele perguntou tímido.

- Eu amei! – abracei Edward e ele me beijou na testa.

- Se for menino você escolhe o nome, mas não resisti em escolher esse nome. É forte e tiveram duas rainhas com esse nome. Penso que ela será uma grande líder um dia.

- Será sim Edward, nossa princesa será grande como o sobrenome que carrega.

E enquanto a pulseira era passada de mão e mão ficamos nos olhando e acariciando a barriga. Emmett já tinha abreviado o nome de nossa filha assim que viu a pulseira. Carlisle brigava com ele por ser tão criança e ficar colocando apelidos. A campainha tocou e todos nos olhamos. Não estávamos esperando ninguém. E foi que uma pessoa entrou na sala. Desesperado e visivelmente perturbado. Eu não o conhecia.

- Carlisle! Ela o matou. Reneé o matou! Me ajude!

Minha mãe matou quem? E o homem de repente me olhou como se não esperasse que eu estivesse ali. Num ato protetor Edward me abraçou e eu sentia o chão querer me engolir, mas não podia deixar essa sensação me tomar. Eu tinha que ajudar minha mãe. O que minha mãe tinha feito?