Caminhos De Sangue. escrita por Wallas Reis


Capítulo 6
Amigos são pra isso.


Notas iniciais do capítulo

Vamos em busca de mais leitores pessoas uhul.
~Booa Leitura!



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Não me sentia preparada pra ir naquela casa, afinal o doutor Rafael era uma boa pessoa, e o pior ver aquele... O Miguel naquela situação. Mas não podia o deixar sofrer sozinho ele precisa de alguém que só fique do lado dele sem falar nada só fique ali lhe fazendo carinho e lhe dando abraços quando for preciso mais seria isso mesmo? Ele é muito diferente de todos os poucos meninos que já conheci. Me assustei com meu pai que me chamava.

- Laura estamos indo na casa do doutor Rafael, você vem com a gente?

Pensei por um tempo antes de lhe responder.

- Não pai, vou ficar aqui.

- Está bem filha - falou - estamos indo.

- Pai! - o chamei - fala pro Miguel que mandei um beijo, não um abraço, é um abraço - confirmei.

Ele assentiu e saio, eu fiquei ali em casa sozinha e ensando como sempre, começando a me arrepender de não ter ido, mas logo me contrariei já que chagando lá poderia deixar aquele idiota irritado e começássemos a brigar não iria ser muito legal, e a família dele provavelmente estará por lá o ajudando e confortando, depois eu ligaria pra ele ou então mandaria uma mensagem e quem sabe apareceria na casa dele para termos uma conversa. Ah não sei, deixa isso tudo pra amanhã, o que preciso agora é deixar meu corpo descansar, tomei uma ducha fria e me deitei um pouco esperando aquela fase ruim passar, um pouco impossível, ainda mais sabendo que o Miguel estaria sofrendo.

"Aain esse garoto não sai da minha mente, não consigo nem descaçar direito só pensando nele" – pensei.

Mais no fim, o cansaço foi mais forte e acabei dormindo, mas mesmo assim sonhei come ele.

~*~ ~*~ ~*~ ~*~

Ponto de vista do Miguel...

Estava sentado na escada, não conseguia ficar na sala, as pessoas e muitos pacientes foram chagando na nossa casa, e dando os pêsames a minha mãe e ao Roberto, eu estava ali em corpo mais meus pensamentos estavam além, mas acabei voltando à realidade quando um homem tocou em meu ombro me despertando, não estava a fim de ouvir ninguém nem de falar e acho que ele e amulher perceberam isso quando eu revirei os olhos.

- Me desculpe garoto – o homem falou – é que perguntei a sua mãe e ela me disse que você era o Miguel.

- Sim sou eu.

- É que a Laura, ela...

- A Laura! – falei o interrompendo – ela esta aqui?

- Não ela não quis vir – falou a mulher, que ao olhar se parecia muito com a filha – mas nos mandou lhe entregar isso – me abraçou.

- Ah! – disse desanimado e pego de surpresa – obrigado.

Os dois saíram, me deixando no meu canto de novo, dessa vez estava olhando pro chão sentando na escada tentando o máximo sair daquele lugar o que eu queria mesmo era ficar sozinho sem ninguém, então me levantei e fui subindo pro meu quarto.

- Aonde você pensa que vai? – alguém me perguntou.

Virei pra traz rapidamente pensado que era a...

- Ah! Oi Marjore - falei percebendo quem era.

- Nossa, eu sei que sou feia Miguel – comentou – mais não precisava disso, aff.

- Como você quer que eu dê risada – lhe falei – se um pedaço de mim acaba de ir embora.

- Ouunwt, vem cá seu... – Ela se conteve – bebe chorão.

Ela me abraçou e não conseguir me segurar e chorei, acho que na verdade só precisava daquilo mesmo um abraço verdadeiro, um abraço de carinho, de quem realmente gosta de você.

- Pode chorar amigo, ninguém é feito de ferro – o seu abraço me confortava – nem você!

- Obrigado – disse com a voz falha – de verdade.

- Eeh! Não precisa agradecer amigos são pra isso – ela agora segurava em minhas mãos olhando em meus olhos – e pode sempre contar comigo, mesmo eu estando em TPM.

- Sua palhaça – sorri levemente, mas a dor era maior.

- É a vida meu querido, ela que escolhe quem fica e quem vai, e a gente? A gente só precisa aceitar e seguir em frente.

Eu não conseguia entender como ela sempre tinha uma palavra amiga pra mim, como ela sempre estava do meu lado, SEMPRE. Essa é uma verdadeira amiga, melhor, meu anjo protetor.

- Vem comigo – ela me arrastou para fora de casa.

- Não Marjore eu não quero – falei – não agora.

- Vem comigo, isso não é um pedido, é uma ordem – pegou pelo meu braço e me arrastou – anda!

 Ela me levou até um jardim que tinha ali próximo do condomínio, nunca tinha parado para reparar como ele era lindo e tão calmo. A Marjore ainda me arrastava, não estava entendo aonde ela queria me levar, foi quando um pouco longe comecei a ver um rio que estava lindo com o reflexo do sol em si, ao redor algumas arvores que o deixava com tom de magico ou era simplesmente eu que estava mal a tal ponto.

- Você lembra daqui? – disse ela me despertando do meu pensamento.

- Não.

- Aff! Serio mesmo? – perguntou incrédula.

O meu silencio fez ela perceber que aquilo era um sim, mas ao me virar e ver uma arvore e nela um balanço, foi como se uma paulada atingisse minha cabeça e lembrei do meu passado naquele lugar e da nossa promessa.

- Prometemos que nada, nem ninguém vai conseguir nos deixar triste nem nos separar – falamos os dois juntos ao me virar olhando para Marjore no final dando uma boa gargalhada.

- Como éramos retardados – disse ela

- Mas felizes – sorri – foi aqui também que eu sem querer contei pro meu pai o que Roberto achava deles – a tristeza tomava conta de mim novamente.

- Olha pra mim – chamou – vamos fazer outra promessa. Esquecer o passado e lutar pelo futuro.

- Esquecer o passado e lutar pelo futuro – disse – agora você fala aquilo.

- Aah, promessa feita – ela falou sem graça.

- Promessa comprida.

Fomos até a árvore e entalhamos mais um traço nela e olhando quantas promessas tínhamos feitos, umas quatro mais ou menos.

- Valeu, sua chata sempre me ajudando.

- Esse é meu trabalho, eu sou Marjore... – pensou – a salvadora de... Essa é a parte em que você me atrapalha Miguel e diz “minha heroína”.

- Nem vem Marjore, nem vem – disse andando – estou indo nessa.

Ela me mandou um beijo e ficou ali mesmo, eu voltei pra casa um pouco melhor, tinha “aceitado” o fato que o perdi entrei em casa passando rapidamente pela sala e fui pro banheiro tomar uma ducha, pra ver se a agua levava com ela toda a minha tristeza e dor que eu ainda sentia, um pouco, mais sentia. 


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Deixem os Reviews!! *--*
Até o próximo capitulo.



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