Caminhos De Sangue. escrita por Wallas Reis


Capítulo 10
Pagando um alto preço.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo. ;)
~Booa Leitura!!



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Acordei me sentindo um pouco tonta e estava um clarão que me impedia de abrir os meus olhos, já me acostumando com as luzes percebi que estava em uma sala de hospital, no meu braço esquerdo tinha um curativo enquanto no outro uma bolsa de transfusão de sangue, eu fiquei assustada vendo aquilo tudo, nunca pensei que chegaria a tal ponto de querer me mantar, mas eu me toquei que tudo não passou de um acidente e nada mais.

- Boa tarde mocinha.

- Tarde? – perguntei.

- Sim, boa tarde – ele respondeu – está bem agora? Pronta pra voltar pra casa amanhã.

- Não, não estou pronta – eu ainda temia, ou só não queria ver ela novamente.

- Laura a gente, vai trazer aqui uma psiquiatra pra conversar com você, tudo bem?

- Não! O ultimo psiquiatra que eu fui ele se matou, e deixou a minha vida um caos – falei – e não quero mais conversar com esse tipo de gente.

- Está certo, então que tal falar com seu pai? – perguntou – ele passou a noite toda e boa parte do dia preocupado com sua saúde.

- Sim, sim eu quero vê-lo – sorri – e dizer o quanto eu o amo.

- Ok, só vendo umas coisas aqui, abra a boca aaah – disse – vou mandar ele entrar.

O homem de jaleco branco saio e eu fiquei olhando impacientemente para a porta esperando meu pai entrar, quando vi a maçaneta girar e a porta sendo aberta, era ele.

- Pai! – sorri.

- Minha princesinha – ele disse – porque faz essas coisas com seu pai.

- Eu vi a bêbada – expliquei – ela me chamou e como não olhei me deu tapa no rosto, tentei seguir o meu caminho, mas ela me puxou e acabou rasgando o meu vestido quase me deixando nua na rua e ainda me xingava – chorei.

- Filha – ele me abraçou – porque não conversou comigo, seria bem melhor do que fazer isso, e se eu te perdesse como eu ficaria, me diz?

- Ah pai me desculpa – falei – vou tentar não fazer...

- Filha eu tenho uma coisa muito importante pra falar com você – ele me interrompeu.

Pela sua feição a coisa que ele tinha que conversar comigo era muito seria mesmo, comecei a ficar com medo, de uns tempos pra cá toda vez que eu fazia uma loucura eu acabava pagando um alto preço, foi assim que tudo isso começou, eu quebrando tudo no meu quarto e gritando ao ver ela naquele estado e ainda brincando me fez ir ao psiquiatra que do nada se matou e que tem um filho ao qual eu sou... Amiga.

- Filha – ele me chamou fazendo com que eu voltasse à realidade e saísse dos meus pensamentos.

- Sim papai.

- Então, não sei nem como lhe falar, mas é preciso – explicou – o doutor acha que esses cortes que você faz pode um dia te afastar pra sempre de mim e não quero isso filha.

- Pai vai direto ao assunto – pedi.

- Eu vou lhe interna em uma clinica de recuperação...

- Como? – perguntei incrédula – porque? Sendo que ela é quem precisa e não eu.

- Laura, se ela quiser estragar a vida dela que estrague – ele explicava – mas a vida da minha filha ela não vai destruir, não percebe que a sua mãe e as bebedeiras dela é os tais motivos para essas cicatrizes filha.

- Eu te prometo que não irei mais fazer isso – o implorei – mas não me faz ficar longe da liberdade ou do senhor.

Vi em seus olhos e percebi o quanto estava sendo difícil ter que fazer aquela escolha, mas eu acho que se ele pensasse bem que realmente precisava era ela e não eu, porque ela se cuidando e não bebendo acho que eu não iria fazer mais nenhuma coisa dessas. Eu tentava entender por que tinha que ser logo eu, será que era amor mesmo do meu pai ou só uma forma dele se ver livre de mim, eu teria que arrumar uma forma de convence-lo que aquilo não era o melhor que tanto achava, e que eu poderia piorar mais ficando naquele lugar sentido saudades dele, eu não sei, sinceramente eu não sei.

- Com licença – disse a enfermeira entrando – Laura vamos tomar o seu remédio?

- Não precisa me tratar feito uma doente mental, porque eu não sou.

- Laura – ele me recriminou.

- Que nada seu Carlos, eles são assim mesmo – explicou – a fase da adolescência a pior de todas.

- Verdade – falei, tomando em seguida o remédio.

A noite chegou e com ela o receio, o medo, uma tristeza e tantos outros confusos sentimentos.

{***}

 Estava amanhecendo e eu não tinha conseguido pregar o olho pensando na hipótese de ir para uma clinica, seria liberada naquele dia, pensamentos loucos vieram em minha mente pensei em fazer algo que eu continuasse ali e não saísse. Quanto tempo mais eu tivesse pra tirar aquela ideia idiota da cabeça do meu pai eu tentaria tirar, por isso que tinha que ficar um bom tempo naquele hospital, mas antes que eu tentasse qualquer loucura o medico entrou na sala acordando o meu pai que dormia na poltrona do quarto enquanto eu fingia estar dormindo.

- Senhor Carlos – ele chamou – Me desculpe se lhe acordei, mas vim lhe mostrar essa clinica é uma das melhores, dos 70 jovens que entram mais de 40% sai restabelecidos.

- Muito boa – ele falou – mas essa está fora do nosso orçamento.

Comemorei disfarçadamente sem eles perceberem.

- Não se preocupe, a Laura é uma menina cativante – ele explicou, sendo que e não estava gostando do rumo dessa conversa – e a historia dela com a mãe e tudo que ela fez, sendo assim, eu conversei com a administradora de lá da clinica e como ela é minha amiga conseguir uma vaga para a sua filha.

- O que? – levantei sentando na cama, incrédula.

- Que bom que já acordou filha, que ótima noticia essa não é?

- Não! Não é.

 - Laura nós dois só queremos o melhor pra você – disse o doutor – e seu pai assim como eu quer que você pare de se cortar por causa de problemas, há outras formas de resolvermos isso sem precisar nos alto agredirmos.

- Ah não vem com a sua conversinha barata pra cima de mim, que eu não caio nisso – disse logo a verdade – poxa, já pensou na hipótese que vamos ficar longe um do outro – falei olhando pro meu pai.

- Na verdade não – explicou o intrometido – o seu pai sempre que quiser vai pode lhe visitar lá.

- Desculpe doutor mais eu não me lembro de pedir a sua opinião.

- Laura – meu pai me recriminou.

- Que nada seu Carlos, a adolescência é isso ai.

Affe’ nada ver esse papinho de adolescência e não tinha como não ser grossa eu estava com raiva, e quando estou assim falo o penso doa a quem doer. Mas aquele medico que no meu conceito antes era simpático desceu e foi pra patético, além de me enfiar em uma clinica ainda me liberou do hospital e falou com meu pai que se ele quisesse eu poderia ir direito pra clinica dali mesmo e claro que ele aceitou, e eu fui arrastada literalmente, pois me recusei a ir por si mesma e cruzei os braços e pernas sendo levada assim mesmo pelos enfermeiros da tal clinica, mas quando comecei a me debater fiquei tonta acho que ainda estava fraca por ter perdido meu precioso sangue, que merda já estava dentro do carro.


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Notas finais do capítulo

E ai mereço reviews ? *--*



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