Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 69
Pieces Of Me


Notas iniciais do capítulo

Ahhh, peço perdão pela demora, mas eu consegui acabar a outra fic (que é tão velha quanto essa) Bom, e essa aqui não deve demorar muito mais depois disso daqui 3 Anyway, espero que esteja do agrado e espero ver vocês mais vezes ♥ Beijos :3



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─ Vamos lá, estão lutando feito crianças com um pedaço de madeira. Acha que isso serve para que, cortar batatas?

Gritar estava longe de ser a melhor coisa a se fazer, mas era isso ou ver os campistas começarem a levar o treino como brincadeira. E isso sim estava longe de ser o melhor a se fazer.

─ Eu te entendo. ─ Solace parou ao meu lado e cruzou os braços, o arco pendurado nas costas. ─ Não dá pra exigir que eles levem isso tão a sério. Quando se tem treze anos ninguém quer aceitar que possa não ver os quatorze.

─ Não aceitamos isso nem aos vinte, Solace.

─ Exatamente. Brincar um pouco vai ser bom para eles.

─ Eles têm que aprender a hora de brincar e a de se manterem focados. É isso ou morrer.

─ É, eu sei. ─ Ele descruzou os braços, suspirando. Quase que por instinto, imitei o ato. ─Tem mais camas vazias no meu chalé do que eu gostaria.

─ Vai acabar logo, eu espero. Solace, semideuses sentem dores de cabeça frequentemente?

─ Sim, você quem não sente nada. Deve estar exausta se está chegando a esse ponto. Eu assumo.

─ Eu vou ficar bem.

─ Vai mesmo, depois de descansar. Anda logo.

Cedi. Eu estava tão estressada atualmente que nem aquele bloqueio barrava tudo. A dor de cabeça se manifestava todo dia, bem depois do meio dia. Era quando eu conseguia respirar de novo. Por mais que eu me distraísse, aquele maldito pesadelo sempre votlava para me assombrar. Mais ainda com a guerra se aproximando. Cronos chegaria logo para tomar o Olimpo e tínhamos que defender o prédio. E com tantos campistas morrendo por serem pegos pelo inimigo, Sr D não queria perder mais tempo.

Só tínhamos uma semana para nos prepararmos. Suspirei. Uma semana estava longe de ser o suficiente. Aliás, seria excelente se Cronos e Zeus pudessem se sentar e se reconciliarem num banquete particular. Particular e pacífico.

─ Olha só, quem dá as caras logo no Pavilhão. Lembrou que ainda não faz fotossíntese? ─ Chad perguntou, comendo um bife. Nem respondi, mas tomei o lugar ao seu lado e peguei comida para mim também. ─ Que cara é essa?

─ Eu estava pensando… ─ Comi um pedaço de pão antes de continuar. Desceu seco e sem gosto, mas engoli sem reclamar. ─ A sensação que eu tive na batalha do labirinto...eu não quero sentir aquilo de novo. Só que a guerra do Olimpo vai ser bem pior.

─ Consegue sentir os monstros também? Por que vão ser a maioria das vítimas.

─ Vamos ter perdas, Chad. Precisamos ser realistas aqui.

─ Elgin, ainda temos uma semana. Devia deixar para se preocupar com isso quando a hora chegar.

─ É, eu sei.

─ Ei, vamos. É difícil para todo mundo, mas você é mais durona que a maioria de nós. ─ Ele apertou meu nariz com a ponta do dedo, como uma campainha. Ele tinha esse hábito quando eu estava claramente triste.

─ Obrigada.

Acabei de comer e voltei para o chalé, pronta para deixar o estresse me comer mais um pouco. Dormir não estava me ajudando muito a descansar, mas era necessário.

Foi uma semana difícil. No nosso último dia antes de marchar, nós quatro nos reunimos na praia. Chad e Dante, Yamamoto, eu. Consegui rir vendo Chad reclamando do hábito de Yamamoto, que roubara uma das palhetas de Chad.

Silêncio. Não foi desconfortável. Olhei a lua que brilhava sobre o mar e respirei fundo. Yamamoto acabou soltando primeiro que o resto.

─ Então, nervosos?

─ Precisava ser esse assunto, idiota?

─ Foi mal. É difícil ignorar esse tipo de coisa.

─ É, não dá pra falar que eu estou tranquilo, mas eu treinei tanto quanto podia. ─ Chad comentou, esticando as pernas e se inclinando com os braços para trás. Dante acabou respondendo em seguida.

─ Eu nunca estive tão apavorado, mas não muda nada. Ou eu vou lá e luto feito um monstro ou eu volto para o Mundo Inferior. Dispenso a visita.

─ Nunca falou direito daquele lugar. Foi tão ruim? ─ Chad perguntou, mas quem respondeu fui eu.

─ É sufocante. Pelo menos é o que vocês provavelmente sentiriam. Eu gosto.

─ Bom, eu espero não conhecer a casa dos mortos tão cedo. ─ Yamamoto comentou. ─ Acho que na hora h nós todos vamos arrasar. E você, Elgin?

Suspirei, abraçando minhas pernas. Eles continuaram esperando. Até estranhei a naturalidade com que falei o que mais me assombrava recentemente.

─ Eu não vou voltar.

─ Como é?

─ Eu não vou voltar com vocês.

─ Elgin, para com isso. Você é a que mais tem chance de se salvar aqui. ─ Dante fechou a cara. Eu devia esperar aquela reação dele. Neguei com a cabeça, fitando o mar.

─ Acreditem no que quiserem, só não me digam que eu não avisei.

─ El, você é sempre otimista. Pare com isso.

─ Aliás, tem algo que eu queria dar para vocês. ─ Enfiei a mão no bolso da calça e puxei a correntinha. O bonequinho estava lá, apenas a forma dourada. Chad reconheceu na hora.

─ El, você…

─ Ela sempre disse que vocês iam acabar perdendo o seu pedaço. ─ Tirei o pingente delicado da corrente e forcei o meio, ouvindo o clic que eu esperava. Estiquei uma das perninhas para Yamamoto e outra para Chad. Dei o lado direito da cabeça para Dante.

─ O que você está fazendo, El? Trianna daria um show se te visse agindo assim.

─ Eu sinto muito. Guardem bem sua parte.

─ Você está falando sério mesmo?

─ É, eu sei.

─ El...─ Dante continuava olhando seu pedacinho do pingente. ─ De onde tirou essa ideia?

─ Não fui eu. Eu só sei ler bem os sinais. Não foi só um aviso. Até Hades me disse para fugir.

─ A gente dvia ir dormir. Temos que estar descansados amanhã. ─ Chad comentou com Yamamoto. Os dois tiveram o bom senso de me deixar sozinha com Dante. ─ Boa noite.

─ Dante…

─ Para. ─ Ele falou, sério. Voltei a me encolher até olhar para o lado e ver que ele me olhava também. ─ Só para.

─ Eu vou deixar…

─ Você não vai para lugar nenhum. Fica ai. Eu prometo que nada vai te acontecer. Escuta. Independente de quem tenha te dito essa baboseira toda, eu vou te proteger. Eu vou te salvar do mesmo jeito que eu fiz todos esses anos. Confia em mim?

─ Dante. Eu confio. Mas se por um acaso você falhar…

─ Eu não vou…

─ Se por acaso não conseguir, eu quero que saiba que eu lhe sou eternamente grata. E eu te amo.

─ Em alguns anos, vamos nos reunir de novo, os quatro, desse mesmo jeito e vamos remontar o bonequinho. Deuses nunca gostam de acreditar em nós humanos. O que eles dizem só vale quando é algo de bom.

─ É, acho que podemos ver as coisas assim.

Silêncio. Eu devia ter ficado quieta, mas ouvir ele dizer aquilo tudo pagou tudo que eu poderia perder se não voltasse. Deixei ele me abraçar e ficar beijando o topo da minha cabeça, até acabar pegando no sono, ainda na areia.

O grande dia chegou. Eu tinha acordado no meu chalé, com meu pedaço do bonequinho dependurado no pescoço. Sorri, tristonha. Os outros já se preparavam, num corre corre de armaduras e armas, expressões tensas e um silêncio esmagador.

─ Você tem sorte de não presenciar isso tudo, Trianna, mas eu ainda sinto muito sua falta. Eu adoraria ter você aqui para iluminar meu dia.

─ Elgin, temos que ir. ─ Stoll. Acabei de afivelar minha armadura e o segui para fora, vendo nosso exército de jovens inocentes. Talvez não ter mais que viver aquilo seria um presente e não um sofrimento. Pensei nas duas espadas e as segurei com firmeza.

Começamos a marchar colina acima.


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Notas finais do capítulo

E é isso. Espero não demorar uma eternidade para voltar :> See ya!



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