Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 70
The Last Sun


Notas iniciais do capítulo

Olá, moçada, voltei :3 Como eu disse, reta final. Estou buscando um pouco de informação na internet, mas talvez ainda tenha algo fora de ordem cronológica e tudo mais. Não dá pra cobrar muito detalhe da minha cabeça, já li tanta coisa que tudo se mistura rs Enfim, aproveitem ♥



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A animação demorou a chegar sobre Manhattan. As ruas estavam surpreendentemente vazias, mas não me incomodei. Melhor assim. Com névoa ou sem, aquilo tudo seria difícil de esconder. Montamos algo parecido com uma base no saguão de um hotel de um semideus e esperamos nossas ordens. Nada dos nossos inimigos ainda.

─ Eles estão chegando. ─ Foi o que precisamos. Solace tirou seu arqueiro da porta e ficou lá, parado, sem mover um músculo. Parei ao seu lado.

─ Boa sorte, Solace.

─ Você também.

Tudo era muito tenso. Centenas de adolescentes num parque, homens claramente inumanos de frente para nós, prontos para nos massacrar.

Respirei fundo. Se eu ficasse concentrada o suficiente, eu conseguia ignorar o som ao meu redor e a tensão. Não sentia nada. Ótimo. Abri meus olhos de novo e ajeitei a postura.

O primeiro som da manhã foi uma explosão alta. E então o caos se instalou. Gostaria de fornecer melhores detalhes, mas como eu disse, a confusão não facilitava que assimilássemos detalhes. Além disso, eu estava concentrada demais para isso.

Há muito tempo eu não lutava com as duas espadas. Eu ainda fazia uso de algumas boas balas de bronze, mas as lâminas de ferro estígio pareciam ter vida própria, cortando seu caminho sem se importar. Solace ia atrás de mim, Chad bem perto.

─ Eles vão se encaminhar para a ponte, vamos.

─ São muitos. Que porcaria. ─ Chad falou, juntando flechas caídas no chão e se preparando de novo. Vi Dante perto de uma multidão ao lado, unidos para derrubar um enorme manticore. Pisquei. ─ Vamos.

Foram horas de briga, mas nenhum músculo meu sentia a fatiga. Fico feliz que aquelas coisas não sangrem, senão eu estaria mais suja que Carrie, a estranha. E aquilo também facilitava ignorar toda a aura de morte, sufocante.

─ Elgin, cuidado. ─ Yamamoto apareceu perto de mim na ponte, mas não tive tempo de desviar. A sorte foi que erraram por centímetros a garrafa de fogo grego. Ainda assim, uma das chamas esverdeadas pulou na minha direção e acertou minha armadura por trás. O couro começou a queimar rapidamente.

─ Droga. ─ Tirei a proteção e peguei minhas espadas. ─ Japa, ajuda esses dois aqui. Preciso de outra defesa.

Ele nem pestanejou. Tive que voltar correndo e me desviando até nosso hotel, onde tratavam os feridos. Ali, com a concentração se esvaindo, estava mais difícil ignorar o cheiro de sangue. Um dos campistas me olhou, procurando ferimentos.

─ O que aconteceu?

─ Fogo grego, preciso de outra armadura.

A que eles tinham era um pouco pior, mas daria para o gasto. Sai do saguão e olhei o céu. O sol subia relativamente rápido. Vi a figura pálida de Luke com a imensa foice em mãos. Suspirei.

─ Vamos lidar com isso. ─ Eu não queria me envolver em combate direto com qualquer um dos campistas traidores. Então voltei correndo para a ponte, pronta para aniquilar mais alguns monstros. Infelizmente, a situação não estava boa.

O sol subia, quente feito fogo. Começava a ficar difícil manter tudo e todos longe de mim, bloquear tudo. E ficou mais difícil ainda quando tudo aconteceu.

O tempo que eu achei estar correndo, ficou tão lento que eu me senti pesada. Olhei para o céu. O sol estava em seu ponto mais alto. Vi Chad tentar me avisar, mas eu não teria como fugir. Fechei os olhos, suspirando. Por algum motivo, sempre achei que minha partida seria durante a noite.

─ Argh. ─ Imagino que todos ao nosso redor pararam, ou meus ouvidos tinham se desligado. Todo o som sumira. Infelizmente, toda a dor possível me acometeu de uma só vez, me deixando paralisada e ofegante.

─ Elgin. ─ Chad, de novo. A voz chorosa. Eu bem que tentei avisar, não foi? Ainda bem que eu não conseguir focar meus olhos nele. Será que Dante estava vendo aquilo?

─ Este será o futuro dos que me enfrentarem. ─ A dor piorou quando a ponta suja da foice subiu um pouco no meu tronco pelo esforço. Meus pés sairam do chão. Ele tinha me levantado, ainda presa na foice. Cretino, isso dói. ─ É sua última chance de se renderem.

E me bateu no chão, prendendo minha perna com o pé e puxando sua lâmina de volta. Só então o som voltou, mas com certeza mais tumultuado do que o esperado.

─ Elgin. El!

Ok, aquele era Dante. Então ele viu. Droga. Eu não queria que fosse tão sofrido.

─ El, minha nossa. Chad, vamos levá-la.

─ Não...adianta… ─ Eu senti o bolo de sangue que começava a encher minha garganta e quis tossí-lo, mas Dante estava tão perto que me contive.

─ Não, eu prometi. ─ Ele me pegou no colo, desajeitado, tentando não me machucar mais, mas do que adiantava? Eu não ia durar muito mais. Talvez nem visse o saguão.

Acho que o pior disso tudo foi a fraqueza. Não, fraqueza não descrevia. Eu literalmente não sentia mais como se tivesse um corpo. Era daquele jeito que uma alma se sentia ao deixar sua casca para trás? Era incômodo.

Numa coisa eu tive razão. Eu nem tive tempo de chegar à nossa enfermaria improvisada. Tudo sumiu pouco depois que estava sendo carregada, e nada mais chegou até mim. Desliguei.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, ainda tem coisa pra acontecer com os outros. Bjss



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