Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 5
Accident


Notas iniciais do capítulo

Curtinho,mas foi o possível com esse bloqueio horrível que eu to!



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Era umas 5 da tarde quando saímos pra ir a Manhattan, dar uma volta por lá, comer uma pizza, simplesmente sair com os amigos. Dante era o único com carteira de habilitação, então ele foi com a gente.

Gastamos uns 20 minutos contando moedas pra completar o valor da conta. Já tinha escurecido quando decidimos voltar pra casa.Pra falar a verdade já estava tarde.

Fui na frente com Dante,Trianna atrás de mim e Chad do outro lado,atrás de Dante.A estrada estava tranquila, cheia de camnhoneiros e táxis como sempre.

– Dante, você pode me deixar em casa? – Trianna olhou o telefone. O pai dela tinha ligado várias vezes.

– Claro.

Tudo ia bem, mas eu estava com uma sensação estranha. O anel formigava no meu dedo. Saimos de Manhattan,esse trecho do caminho era um tanto deserto. A inquietação era maior.

Tinha alguém na pista. Alguém não, algo. Enorme, encurvado e...meio touro?Corria na nossa direção, com chifres muito antipáticos virados pra nós. Dante saiu da pista pra desviar assim que o viu.

Assim que o bicho passou pelo carro ele sumiu.Ou eu achei que sumiu. Dante voltou para a pista e o grandão estava lá de novo. Dessa vez,quando ele mudou de pista um outro carro estava vindo.

Não vi mais nada. Abri os olhos, o farol do outro carro estava me cegando. Dessa vez eu sentia dor,a dor que eu não sentia em 15 anos de vida. Eu estava de cabeça pra baixo, com vidro por todo lado.

Olhei pro lado com os olhos lacrimejando. Dante se arrastava do melhor jeito que podia pra fora do carro. Chad estava quase na mesma situação que eu, mas estava inconsciente.

A pessoa no outro carro estava ligando para a emergência. Ferragens do carro estavam espalhadas. Então eu vi a coisa mais horrorosa do mundo. No retrovisor estava refletido Trianna com metade do corpo fora do carro, e com uma das mãos presa apenas por um tendão.

Desviei o olhar assim que Dante começou a me tirar do carro. O problema é que o cinto me prendia e não tinha como eu me soltar.

A mulher que dirigia o outro carro veio ajudar. Os dois conseguiram me tirar e começaram a tirar Chad, quando a ambulância chegou. Eu fiquei deitada no asfalto enquanto eles tiravam Trianna.

Desmaiei de novo quando um paramédico veio me socorrer.

Acordei em uma maca, em um quarto de hospital. Me levantei e comecei a me vestir. Minhas roupas estavam no canto do quarto.

– Não adianta, só vão nos dar alta amanhã de manhã. Belo conjuntinho a propósito. – Olhei pra trás assustada. Claro que tinha que ser Dante.E pra variar estava falando da minha roupa íntima.

– Caramba, Dante. Você podia se anunciar antes de eu começar a trocar de roupa.

– E perder o show? Não obrigado. – Revirei os olhos e vesti meu vestido. – Ei,não é minha culpa se você não percebe as coisas a sua volta, princesa.

– Cala a boca,seu idiota. Como a Trianna está?

– Deprimida e sem uma mão. – Suspirei – Pois é, os médicos amputaram no primeiro minuto dela aqui dentro.

Me sentei ao seu lado no sofá no quarto, do outro lado da maca.

– Você devia visitá-la amanhã, ela ainda vai ficar uns dias aqui.

Concordei com a cabeça. Só naquele momento,depois de ver aquela coisa na estrada eu percebi que aquele cara do café era realmente Hades. Deuses eram reais.

– O que era aquela...coisa na estrada?

– Eu acho que era um minotauro, mas ele não parecia querer nos matar. Parece que os semideuses esquecidos não são importantes.

– Querendo ou não ele quase matou.E Chad, está bem?

– Sim,só quebrou a perna.

– Você está bem?

– Te ver trocar de roupa deixa qualquer um bem – Ele não conseguia falar sério um minuto que fosse? – Vou ficar.Agora você acredita, né? Nos deuses e todo o resto.

– É, mas eu continuo sem entender porque eu não fui resgatada,como você diz.

– Não é isso que eu estranho, é o fato do seu pai ter falado com você. Eles simplesmente ignoram os filhos.

– Quem sabe agora nós não vamos ser lembrados,hein?

– Não que as chances sejam grandes, mas quem sabe né?

O rádio estava ligado no volume baixo, mas ainda assim eu escutava. A dor foi embora, e eu tentava levar a preocupação embora também. Dante podia até ser um idiota narcisista, mas ele era bom em me distrair.

Os minutos passavam no relógio e o sono começou a se aproximar. Dante começou a contar uma caso ou algo assim,mas não sei qual é o fim. Dormi antes. A última coisa que me lembro é dele colocando a jaqueta sobre mim e um último verso de “Every Breath You Take”.


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Notas finais do capítulo

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