Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 4
Talking To Dante


Notas iniciais do capítulo

1º - Escrevi esse capítulo em homenagem a isimply,que me deixou um review e me animou a continuar com a fic :)
2º - Façam como ela e deixem seus reviews :)
3º - Não revisei o capítulo e o meu teclado está agarrando,então talvez tenha um erro ou outro na ortografia,me avisem.
Boa leitura :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/310057/chapter/4

Só pra me certificar que o que aconteceu com o anel não foi um sonho ou algo assim eu atirei-o pela janela,com o máximo da minha força.Poucos minutos depois o anel estava no meu dedo.

Trianna ligou várias vezes,mas só atendi na 5ª vez.Assim que apertei a teclinha verde no aparelho ela começou a gritar,tanto que eu tive que segurar o celular longe do meu ouvido por uns 3 minutos.

– QUAL É SEU PROBLEMA? – Eu ia responder,mas assim que ela recuperou o fôlego voltou a falar – Eu fui te buscar no café hoje com Chad pra ter certeza de que você ficaria bem e de que ele te levaria em casa e é assim que você retribui?Me deixando doida esperando uma ligação?Uma,Elgin!

– Eu estou bem!Não liguei porque achei que você já estivesse dormindo,desculpa.

– Tudo bem – Ela respirou fundo antes de continuar – Me desculpe por gritar feito uma louca,só me preocupo com você.

– Eu sei.E não se preocupe,Chad fez quase a mesma coisa vinte minutos atrás.Você acredita que ele estava ouvindo Pink Floyd por minha causa?

– Ok,isso é pior do que ficar gritando.Talvez.

– Pois é.Preciso dormir,ok?

– Ok,vou desligar então!Mas da próxima vez me liga!

Eu ria enquanto ela desligava.Depois de tudo aquilo fui dormir,de fato.Apaguei a luz da cozinha e me deitei na cama de solteiro do canto do quarto.

***

Estava em uma praia,com uma tempestade caindo ruidosamente.Eu estava completamente molhada,mas não sentia frio como seria o esperado.

Ao longe,um cavalo e uma águia brigavam.Os raios cortavam o céu num espetáculo maravilhoso e tenebroso.Eu estava com meus pés presos à areia,mas também não queria me envolver na batalha.

Alguém apareceu por trás de mim,mas o que me interessava estava além da briga dos animais.Uma mulher que se dirigia até o mar,hesitante ,mas determinada.

Os animais viraram homens de uns 3 metros de altura,mas continuavam a brigar.Um outro homem,também enorme,tentava trazer a mulher para uma área segura de novo.

Então todos sumiram e a mulher entrou no mar.Não posso dizer ao certo,mas acho que as ondas a jogaram contra algumas pedras e depois a engoliram.

***

Acordei com o coração desparado,suando e tremendo.O despertador tocou quase que no mesmo instante.Me levantei e tomei um banho quente,rápido.

Depois de relaxar um pouco coloquei um vestido e uma sandália rasteirinha de tiras e fui para a casa de Chad.A mãe dele já deve ter saído para o trabalho,mesmo sendo domingo.

Prendi meu cabelo e tentei ligar pra Chad.Ele não me atendeu,mas acho que estaria em casa.De qualquer maneira,eu queria era falar com Dante,então tanto faz.

O principal fator,que me fez conhecer Chad e Trianna foi que todos moramos perto um dos outros.Eu vivia na Bergen Street,prédio 14,apartamento 8 mais precisamente,Chad morava na Wyckoff Street,a 2 quateirões da Bergen e Trianna na Hoyt Street,mas ela morava em uma mansão,não em apartamento.

De qualquer maneira,nos encontramos pela primeira vez na aula de história na escola e depois de perceber que morávamos todos perto decidímos nos encontrar fora da escola.Esse encontro resultou numa amizade de 5 anos.

Chamei no interfone e em menos de um minuto Dante atendeu,mais sóbrio que o imaginável.

– Quem eu posso ajudar?

– Abre o portão,Dante!Eu preciso falar com você.

O portão abriu assim que ele apertou o botão do interfone.Entrei,subi pelo elevador e já encontrei a porta aberta.Ele sorria torto pra mim,cheio de maldade.

Mantive o olhar no rosto dele,o que eu assumo era difícil com o tórax dele completamente exposto.Passei por ele e coloquei minha bolsinha no sofá antes de dar bom dia.

– Chad não está aqui?

– Não,saiu mais cedo.Somos só você e eu. – Ele fechou a porta com o mesmo sorriso torto sugestivo e ficou olhando pra mim. – Mas não acho que vamos precisar dele não,é mesmo?

– Fica na tua,por favor.É sério o que eu preciso falar.

– Fala logo,então – Ele se sentou e esperou.

– O que você disse ontem,sobre os deuses e sei lá o que,o que você quis dizer?

– Exatamente o que eu disse.

– O que você sabe sobre eles?

– Que são uns imprestáveis mesquinhos e arrogantes.E que alguns chegam a ser tão metidos que é irritante.

– Tipo você e seu irmão?

– Tal pai,tal filho.

– Do que você está falando,Dante?Sem gracinhas. – Eu me controlava pra não liberar a frustração gritando.

– Os deuses são reais!E eles têm filhos com os humanos,ao menos a maioria têm.Minha mãe não diz nada a Chad,mas já me contou sobre nosso pai.

– Que seria...? – Eu já imaginava uma resposta.Aliás,desde que Tri começou sua paixão por mitologia nós dizíamos que ele era filho de Apolo.Mas tínhamos o porque de achar aquilo.Ele tocava qualquer coisa,queria fazer medicina e tinha seu pequeno hobby na escola,arco e flecha.

– Quem você acha?Pense bem,só um dos deuses poderia ser tão maravilhoso e irresistível quanto nós,eu principalmente.

– Apolo.E larga a mão de ser exibido.

– É a única coisa que eu sei fazer. – Ele se levantou – Mas de qualquer jeito,é Apolo.O maldito não achou suficiente abandonar um filho então encontrou minha mãe de novo e tandan,Chad surgiu em nossas vidas.

– Eles não deveriam estar na Grécia então?

– Eu não sei,e nem quero saber.O importante é que todo semideus é “salvo”,digamos assim,aos 13 anos,quando os monstros começam a atacar com mais frequência. – Ele estava ficando mais próximo,mas eu não reagia. – E digamos que eu estou quase com 18 e ninguém levantou um dedo sequer pra me buscar.

Ele estava bem perto,mas minha cabeça latejava de uma forma irritante.Não doía,só latejava.Ele pegou minha mão e ficou olhando o anel.Eu ocntinuava tentando convencer a mim mesma que aquilo tudo não era possível até Dante perguntar,ainda olhando o anel.

– Aonde você conseguiu isso,querida? – ótimo,o babaca voltou a ser o babaca de sempre.

– Ele me deu.Meu pai. – Ele soltou minha mão.

– Que seria?

– Por que te interessa tanto?

– É um dos Três Grandes,não é?

–Não. – A porta se abriu ao mesmo tempo que Dante deu uns 3 passos pra trás.Chad passou com uma sacola na mão.

Depois disso eu fui pro quarto dele,mas evitava as perguntas sobre minha conversa com Dante.Fiquei olhando ele trocar as cordas do baixo e afinar o instrumento.

Por mais que eu me negasse a aceitar,eu estava acreditando nas palavras de Dante.Chad estava de bom humor e eu não queria estragar a alegria dele com minhas preocupações que,eu acho que devo dizer,não tem fundamento algum.

– Oi,tem alguém ai pra me atender? – Chad estava estalando os dedos na minha frente.

– Desculpa,estava tentando não me distrair,não tanto.

– Tranquilo,só não desconecta assim.

– Quer jogar poker?Eu quero – Me levantei da cadeira pra pegar o baralho e as fichas.

– Ok,chama Dante pra ser a banca.

Dante aceitou na boa.Ele continuava sóbrio,por mais impressionante que fosse.Ficamos naquilo por horas.Trianna me ligou e eu a convidei pra jogar também.Em 10 minutos ela chegou.E funcionou,eu me distrai de fato.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?Deixa review :)