Finalmente Hermione descobrira o porquê de Dumbledore ter lhe deixado Os Contos de Beedle, o Bardo. O livro infantil e sem importância, se revelou essencial na busca pelas Horcruxes. Em um capítulo em especial do livro, que contava a história dos Três Irmãos, um símbolo aparecera. O mesmo triangulo com um círculo no centro e um traço lhe cortando, que Ellie vira no pescoço de Luna há um ano, Harry também percebera no colar de Xenófilo, o próprio pai de Luna, no casamento de Fleur. Decidindo muito erradamente visitar o Sr. Lovegood para saber mais sobre esse símbolo, o trio descobrira que não só se tratava de um conto infantil, como o Conto dos Três Irmãos tinha vestígios verídicos e os três artefatos deixados pelo Senhor da Morte podiam estar em qualquer lugar, tanto a Capa da Invisibilidade, como a Pedra da Ressurreição, ou a Varinha das Varinhas. Depois de Xenófilo contar a eles sobre o conto tão famoso e misterioso, o trio começara a perceber o nervosismo do pai de Luna. Sem saber que estavam em uma emboscada, os três permaneceram ali até a chegada dos Comensais. Estes chegando, o trio tentou fugir, e aparatando em um lugar distante foram descobertos pelo charmoso e maléfico, Scabior. Sem saída, o trio fora pego e antes de serem levados a mansão, sede dos comensais, Harry tivera uma última visão. Nela, Voldemort descobria por Gellert Grindelwald a localização da Varinha das Varinha. Dumbledore. Só podia estar com ele. Antes que um dos sequestradores lhes segurassem, Hermione desfigurou a feição de Harry com um feitiço, lhe deixando irreconhecível, mas a cicatriz o denunciara. Os sequestradores não tiveram dúvida ao levar os três para a Mansão Malfoy. E lá, a mais interessada era Bellatrix, que chamara Draco apressada.

– Onde está seu filho Narcisa? – Bellatrix segurava o cabelo de Harry para trás com força. Outro sequestrador segurava Hermione e Rony, enquanto Scabior e os outros roubavam coisas da bolsinha de Hermione.

– Deve estar descendo Bella... – Narcisa se exaltara – Tenha calma...

– Draco! – Bella chamou mais uma vez e se interrompeu ao vê-lo descer as escadas com Ellie ao lado – Venha logo!

Ellie desceu cada degrau bem devagar tentando engolir a cena. Ao ver Harry e os outros naquela situação, sua vontade era estuporar a todos e acabar com tudo. Mas mais uma vez, ela era uma e eles eram muitos. Ela respirou fundo e pediu ajuda a seu pai como sempre fazia.

– Chegue mais Draco! – Bella sorria loucamente para ele – Veja se é o Potter...Para chamarmos o Lorde das Trevas, precisamos ter certeza!

Draco olhou para Ellie ao seu lado que assentiu discretamente para ele fazer o que Bellatrix mandara. Draco se aproximou de Harry e era óbvio que ele o reconhecera, mas tentou desviar a atenção para a resposta.

– Eu não tenho certeza...

– Draco... – Lúcio que estava mais empolgado e nervoso como nunca. Aproximou-se do filho apoiando em seu ombro. – Chegue mais perto filho... – Lúcio sorriu de lado – Se nós entregarmos o Potter ao Lorde das Trevas...Tudo será será perdoado e voltará como antes, sim?

– Não esqueça de quem, de fato, o capturou, Sr. Malfoy... – Scabior se apresentou.

– Não fala comigo assim na minha própria casa!

– Lúcio... – Narcisa abaixou a voz do marido.

– E então Draco...? - Bella fez um sim com a cabeça, de um jeito que só os loucos sabiam fazer. Draco chegou mais perto e Harry o encarou com a cara desfigurada. Draco olhou em seus olhos respondendo em silêncio que não o denunciaria. Draco desviou da pergunta de novo.

– O que há com o rosto dele?

– Sim, que há com o rosto dele? – Bella riu-se.

– Já estava assim quando o achamos... – Scabior olhou para Bella - Deve ter pego algo na floresta.

– Ou é uma azaração muito bem feita... - Bella fitou Hermione e andou assustadoramente até a menina que ainda era segurada pelo sequestrador - Foi você querida? – Bella fez voz de criança - Me dê a varinha da sangue-ruim... Vamos ver qual o foi o ultimo feitiço. – Bella mandou um beijinho para Hermione - Te peguei...

Bellatrix se dirigia ao sequestrador que estava com a varinha de Hermione e Draco se aproveitou para se juntar com Ellie mais uma vez, fugindo de denunciar o Potter. Bella estendeu a mão para o sequestrador, mas algo desviara a sua atenção fazendo seu olho arregalar. Em uma mão do rapaz estava a varinha de Hermione, mas na outra, estava uma espada de ferro e reluzente, que brilhava com pedras vermelhas. A espada de Gryffindor.

– Onde pegou isso? – Bella já tirava a varinha do bolso com os olhos raivosos quando o rapaz respondeu.

– Estava na bolsa dela quando procuramos... – Ele riu-se - Acho que é minha agora.

Em um ato de loucura e precisão, Bellatrix mirou a varinha ao rapaz e fazendo sair um chicote de sua varinha, enforcou o rapaz deixando a espada cair em suas mãos novamente. Ellie arregalou os olhos e viu Bella estrangular cada sequestrador.

– Enlouqueceu? – Scabior tentou, mas Bella fora mais rápida lhe estuporando.

– Saiam! Saiam! – Bella estava completamente louca e nem Ellie duvidava o porque.

– Rabicho! – Bella gritou para o servo que se escondera no canto - Leve esses garotos para o porão! – Ela jogou Harry e Rony para ele e mais rapidamente, pegou o braço de Hermione e a jogou na parede. Ellie tirou a varinha do bolso e Draco fez o mesmo. Bella fitou Hermione com a cara de maluca de sempre - Eu vou ter uma conversa com essa daqui...De garota...pra garota.

Ellie viu Rabicho levar os dois para o porão, e quando passaram por ela e Draco, Harry a fitou implorando com os olhos alguma ajuda com Hermione. Assim que os dois foram presos, Draco fitou Ellie e sussurrou.

– O que vamos fazer?

– Eu não sei... – Ellie viu Lizzy em um canto assustada e lhe acendeu uma luz.

– O que foi?

Ellie deixou Draco e fora até Lizzy passando por uma das cenas mais desagradáveis que já tivera que assistir. Bellatrix jogara Hermione no chão e a encarava com a varinha nas mãos. Hermione estava debaixo de Bella que tinha os olhos mais ansiosos.

– Era para essa espada estar em Gringotes! Como conseguiu?

– Nós não pegamos nada... - Hermione começava um choro - Por favor...não peguei nada.

– Diga como tiraram a espada do meu cofre! AGORA!

– Eu já disse...por favor... - Hermione falhara a voz.

– Não acredito em você.

Bella pegou sua varinha e como se fosse algo cortante, a varinha desenhava no braço de Hermione lhe torturando.

Sangue-Ruim

– Ela já disse que não sabe! – Rony e Harry escutaram do porão, a voz de Draco lá em cima defendendo Hermione – Deixe ela em paz Bella!

– Vai defender essa nojenta? – Bella fitou Draco com ódio e voltou para Hermione – Fale!

– Nó não roubamos nada... – Hermione tinha a voz mais fraca de tanta dor que sentia.

Os sequestradores aparataram assim que puderam, fugindo da loucura de Bella, mas Draco não podia fazer nada. Os olhos loucos de sua tia, diziam que qualquer movimento e ela mataria quem interrompesse seu julgamento crucial com Hermione. Enquanto Bellatrix torturava Hermione e Draco vigiava para que não fizesse nada pior, Ellie chegava até Lizzy.

– Lizzy faça um favor... – Lizzy arregalou os olhos de Bella para a dona.

– Claro senhorita...

– Procure Dobby e o faça tirar Harry daqui. Eu me viro com Hermione até lá. – Ellie suspirou – Mas diga a Dobby que depois que tirar Harry e os outros, tem que deixar que os Malfoy e Bellatrix o vejam. Se não estamos encrencadas Lizzy.

– Sim senhorita.

Lizzy aparatou disfarçadamente a procura do segundo elfo. Lizzy poderia até tirá-los dali, mas com certeza isso viria de ordens de Ellie, que seria interrogada depois. Mas Dobby era um elfo livre e podia fazê-lo sem culpa. Talvez Ellie quisesse tê-lo chamado antes para tirar Luna e o Sr. Olivaras, mas era muito duvidoso e arriscado. Mas naquele momento, mesmo correndo riscos, Ellie resolveu chamá-lo. Enquanto isso, Bellatrix desistira de Hermione e pedira para Lúcio chamar o duende Grampo, de Gringotes. Nesse meio tempo, Bella soltou Hermione e Ellie teve vontade de abraçá-la, mas na frente dos Malfoy, isso seria suicídio. Lizzy apareceu novamente para Ellie.

– Conseguiu? – Ellie a encarou.

– Sim senhorita. Dobby já veio, e levou a Srta. Lovegood e o Sr. Olivaras para o Chalé da Conchas.

– E Harry e Rony?

– Eles ficaram...

– O que?! – Ellie franziu, mas era tarde demais. Rony e Harry já haviam atacado Rabicho no porão e vinham subindo. Bella começava a entrevistar o duende recém chegado.

– Só vou perguntar mais uma vez, duende. – Bella assoprou a cara dele - Pense com muito...muito cuidado antes de responder...

– Eu não sei. – O duende era indiferente ao nervosismo de Bella. Duendes odiavam bruxos.

– Não sabe? Porque não estava trabalhando duende? - Bella fez a voz fina e engrossou do nada - Quem entrou no meu cofre? Quem a roubou? QUEM?!

– Da última vez que a vi, ainda estava lá Srta. Lestrange.

– Quem sabe a espada saiu andando? – Bella riu com ódio.

– Não há lugar mais seguro que Gringotes...

– Mentiroso! – Bella puxou um estilete e riscou o rosto do duende - Considere-se sortudo duende. – Ela se afastou e chegou próxima de Hermione novamente - O mesmo não pode ser dito dessa aqui...

Vendo Hermione sendo ameaçada, Rony saiu do sério.

– Expelliarmus!– Rony saíra do esconderijo com Harry e tirara a varinha de Bellatrix antes que ela tentasse contra Hermione.

Rony entregou a varinha de Bella ao amigo, já que a de Harry fora destruída por Nagini meses atrás. Vendo a fúria de Bellatrix, e antes que Lúcio ou Narcisa atacassem os dois, Ellie fora mais esperta e atacara Harry.

– Estupefaça! – Harry conseguira desviar, pois Ellie não mirara de propósito.

– Expulso! – Draco entendera Ellie e atacara Rony também. Mas não para acertar.

Harry parou por um momento e sacando o jogo de Ellie para sair salvo dali, continuaram se atacando erradamente a fim de ganhar tempo. Era melhor lutar com os dois do que com Narcisa e Lúcio. Rony disputava com Draco e as varinhas não paravam de soltar luzes. Lúcio se tentou a entrar na luta, mas ver os filhos lutando contra o trio era mais que apreciativo. Finalmente, Bella sorriu satisfeita quando viu que aquele era realmente Harry Potter. A azaração se desfizera mostrando sua verdadeira face.

– Parem! – Bella segurava Hermione pelo pescoço com a mesma faca que ferira o duende. – Larguem as varinhas! – Ameaçados, Rony soltou a sua e Harry fez o mesmo. – Draco, pegue as duas. – Contra a vontade, Draco obedeceu e Ellie ainda via a faca chegar perto demais da veia de Hermione.

– Bella, chega... – Narcisa a parara. Ter Harry desarmado já era suficiente.

– Chame a ele, Draco – Bella o fitou e queria que ele usasse sua Marca Negra para convocar Voldemort. - Chame o Lorde das Trevas...

Draco olhou os olhos de Ellie, e dessa vez ele não a decepcionaria. Se renegando com o olhar, Lúcio se apresentou para chamar o Lorde na frente do filho, antes que a comensal mais devota cometesse uma loucura com Draco. Lúcio fitou Harry com nojo e ergueu a manga de seu traje com um impulso só. O mais rápido possível. A outra mão girou no ar em cima da Marca Negra prestes a fazer a marca se mexer e convocar Voldemort, mas um pequeno barulho chamou a atenção de todos. Lizzy sorriu orgulhosa para o teto e Ellie a seguiu.

– Obrigada pai... – Ellie fechou os olhos pensando em Sirius.

Dobby girava o parafuso que prendia o lustre. Preso feito um macaco em um galho, Dobby dava pouca importância aos olhares atentos e já terminava o serviço que Ellie pedira. O lustre se soltou devagar e iria cair em cima de Bella que tinha Hermione em seus braços. Pensando em se salvar, Bella soltou a garota que num ato rápido, caiu nos braços de Rony. O grande lustre caíra espatifado no chão.

– Não os deixe escapar! – Bella se recompôs e viu o chão inundado de pequenas peças de cristal.

Ellie viu a varinha de Lúcio mirar para Rony e Hermione e se colocando primeiro que o pai adotivo, ela fez que fosse atacar os dois, mas errou o feitiço de propósito mais uma vez destruindo um vaso caríssimo. Do outro lado, ela olhou para Harry e somente com o rosto, o atiçou para Draco. Harry entendeu. Sem varinha, Harry tinha que pegar alguma já que devolvera a de Bella. A pessoa mais próxima era o próprio Draco, mas antes que ele levantasse a varinha, Harry lhe deu um soco no estomago. Draco nem olhou para Ellie. Desviando a atenção para Harry e Draco lutando, Ellie se virou e Lúcio começava a atacar com Rony e Hermione, que tentavam se defender. Narcisa apontou a varinha para Harry, que atacava seu filho, mas Ellie quebrou um abajur ao lado de sua mãe de propósito para distrai-la e deixá-los brigar. Draco já estava no chão reagindo muito pouco, e antes que conseguisse levantar, Harry socou Draco na cara. Draco caiu perto de uma poltrona e Harry sussurrou.

– Isso é pelo soco do trem. – Ele tomou a varinha de Draco – Eu não me esqueci.

Draco sorriu de lado e Harry sorriu por dentro. Estavam quites. Possuíndo a varinha de Draco, Harry atacou Lúcio e puxou Hermione e Rony em direção a Dobby, enquanto Ellie dava a falsa cobertura.

– Elfo idiota! - Bellatrix seguia Dobby - Poderia ter me matado!

– Dobby nunca quis matar... - Dobby fitou Bella orgulhoso - Somente ferir gravemente...

Narcisa apontou a varinha para o elfo, mas Dobby estalou os dedos e a varinha da antiga dona voou para trás.

– Como ousa desarmar uma bruxa! – Bella o fitou com ódio – Como ousa desarmar seus mestres!

– Dobby não tem mestre! Dobby é um elfo livre! – Lizzy brilhou os olhos debaixo da mesinha que se escondera – Dobby é um elfo livre! E Dobby veio salvar Harry e seus amigos!

Antes que alguém atacasse, Harry, Hermione e Rony, e até o duende, se juntaram ao elfo. E com o estalar de dedos de Dobby, eles aparataram juntos para o Chalé das Conchas. Ellie arregalou os olhos quando viu a faca de Bellatrix se juntar a aparatação. A faca pegaria Dobby.

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A sala da mansão parecia mais vazia. Sem os gritos e feixes de luzes das varinha, tudo estava mais calmo. Bellatrix andava de um lado para o outro agitada.

– Desgraçados! – O grito de Bella evacuava pela sala. Ela parecia possuída pelo ódio depois que vira o trio fugir.

– Ninguém mandou brincar com a comida Bella! – Lúcio a fitou com mais raiva ainda.

– Como ousa... – Bella o encarou para atacar.

– Chega! – Como sempre, Narcisa era quem ditava as regras – Lúcio tem razão Bella. – Narcisa ficara mais séria – Era somente para pegarmos o garoto e o Lorde das Trevas perdoaria nossa família pelos erros. Agora pela sua brincadeira com aquela trouxa, estamos mais ferrados que nunca!

– Aquilo não era brincadeira! – Bella ficou com sangue nos olhos – Tem ideia do que guardo naquele cofre? – A atenção de Ellie e Draco se voltou para Bella – Não se trata só daquela espada maldita! Voldemort confiou a mim! Somente a mim!

– E o que ele confiou a você? – Lúcio falara arrogante.

– Não é da sua conta...Lúcio.

Bella evitou se exaltar mais e se afastou da irmã e do cunhado. Do outro lado da sala, Ellie se entreolhou com Draco. O que Voldemort confiaria a Bella? Por que aquela raiva toda? Porque torturar Hermione por causa de uma droga de cofre e uma espada que não era nada mais que um artefato de luxo para Bella? As mentes de Draco e Ellie funcionaram como uma só. Para a confiança de Voldemort em sua mais devota comensal, somente uma resposta para o que Bella guardava: uma Horcrux.

– Temos que avisá-los Ellie... – Draco sussurrou para ela.

– Não podemos sair daqui agora... – Ellie mirou Bella – Olha o estado dela! Acha que Harry não percebeu?

– E se ele não percebeu... – Draco a fitou, mas Ellie ainda se preocupava com a faca que Bella lançara.

– Lizzy! – Ellie chamou o elfo que veio correndo.

– Sim...

– Encontre Harry. Diga que eles tem que entrar em Gringotes de qualquer jeito.

– Senhorita é impossível entrar lá...

– Só diga a eles Lizzy! Fale que o que eles procuram pode estar lá. – Ellie se agachou e fitou o elfo – Pode fazer isso?

– Lizzy sempre faz com gosto tudo que pede...

Lizzy sorriu sem que alguém visse e aparatou no Chalé da Conchas, a nova morada de Gui e Fleur.

– Você está bem? – Ellie viu a boca de Draco sangrando um pouco por causa do soco de Harry.

– Acho que sim... – Draco colocara a mão no rosto. – Eu já estou acostumado, não é?

Draco se lembrara das vezes que Lúcio lhe batera, e Ellie sorriu com a comparação. Mais uma vez, ela tirou um das pulseiras e a congelou sem a varinha. O rosto de Draco recebeu o toque da mão leve de Ellie e a pulseira gelada.

– Obrigado... – Draco a fitou docemente.

– Você mereceu... – Ellie sorriu e Draco correspondeu concordando.