Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 48
Relíquias da Morte - 13


Notas iniciais do capítulo

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Harry Potter e as Relíquias da Morte - (Parte 13)



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O calor do verão invadia os arredores da mansão, assim como a areia que rondava o Chalé da Conchas. Naquela manhã, Ellie abriu os olhos e do seu lado esquerdo na cama, Lizzy acordou também. Os grandes olhos avelãs do elfo eram a primeira coisa que Ellie vira no dia. Mas aquilo não a animava, pois os olhos de Lizzy estavam vermelhos e molhados.

– Está melhor...? – Ellie fez um carinho no rosto do elfo.

– Como Lizzy pode estar melhor, senhorita? – Lizzy tinha a voz chorosa – Lizzy chegou no Chalé da Conchas e...

– Ah Lizzy... – Ellie fez um cara de pena e viu Lizzy deixar cair mais duas lágrimas. - Não pense nisso...

– Lizzy vai sentir falta dele senhorita...

– Todos nós vamos Liz... Mas Dobby sempre estará conosco...

A faca certeira de Bella pegara o elfo e Lizzy se entristecia cada vez que lembrava da cena de Dobby nos braços de Harry, próximo ao Chalé da Conchas, quando fora avisar o trio sobre o cofre de Bellatrix.

– Lizzy... – Ellie se ergueu um pouco e puxou as mãozinhas do elfo para ele se sentar na cama.

– Sim... – Lizzy tinha os olhos molhados.

– Sabe que nunca... Nunca eu vou poder agradecer por tudo, não sabe?

– Lizzy sabe senhorita... – O elfo fungou – Lizzy já agradece só por me deixar dormir aqui.

– Pode ficar aqui até quando achar necessário... – Ellie sorriu – Essa dor não vai passar...você só vai ter que se acostumar com ela. Acredite em mim... E eu vou sempre estar aqui, ouviu? – Ellie era doce – Você é o melhor elfo que existe...

– Obrigada senhorita...

Ellie limpou as lágrimas de Lizzy e deixou cair uma gota em cima do jornal em sua cama, que lera na noite anterior. O Profeta Diário estava ao lado dos chocolates que Ellie dera para Lizzy se sentir melhor. As duas dormiram em cima dos lenços de papel, dos doces e do próprio jornal que deixava a capa exposta.

GRINGOTES DESTRUÍDA

Nessa tarde, tivemos o prazer de presenciar, no Beco Diagonal, mais uma catástrofe desses tempos. O Banco até então, sugerido como o mais seguro, ficara devastado após a entrada do tão famoso e procurado Harry Potter. O cofre da comensal Bellatrix Lestrange, fora invadido, mas ainda não se sabe o que fora levado. A própria Srta. Lestrange parece desolada com a notícia e se negou a dar depoimento sobre a suposta Poção Polissuco, que um dos acompanhantes do Sr. Potter usou e enganou os funcionários. O cofre era exposto a um Dragão que protegia os cofres que guardavam os mais preciosos tesouros, mas a mesma criatura fora domada e levada pelo Sr. Potter, destuíndo assim, grande parte da estrutura do Banco ao fugirem. Dois duendes, funcionários do Banco, saíram feridos, assim como três comensais que foram chamados de imediato. A recompensa pelo garoto continua a mesma. (O Profeta Diário, mais informações, pág 21.)

Ellie sorriu de lado. O que Harry conseguira fazer as vezes parecia impossível. Como alguém tinha tanta sorte? Era o destino. E aquilo deu esperanças a Ellie. Saber que eles estavam com a espada e destruiriam mais uma peça de Voldemort, era impagável. Ela sorriu mais uma vez.

– Senhorita?

– Sim Lizzy...

– Olhe...

A rosa que Harry lhe dera, florescera mais três vezes. Ellie se inclinou e encostou, deixando laranja as três flores brancas novas, e transformando as duas amarelas-nervosas também em laranja. O laranja contente tomava forma para um futuro ramo.


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O quarto de Draco estava silencioso como sempre. Ele lia A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore. O livro que Ellie lhe emprestara, contava a vida do diretor e pouco a pouco, deixava Draco conhecer mais de quem ele tanto se precipitava em julgar. Escondido é claro, e com a porta trancada, Draco virava mais uma página do livro quando ouviu passos do lado de fora da porta. Os passos não eram pesados como os de seus pais, ou leves como os de Lizzy. Ele se levantou, escondeu o livro em uma gaveta e trancou com um feitiço com senha. Abrindo a porta, viu Ellie já na beira da escada.

– Estava lendo? – Ellie o viu saindo do quarto.

– Sim... – Draco chegou mais perto – Tem coisas que eu nem desconfiava...

– Acredito. – Ellie sorriu e desceu um degrau.

– Ela está melhor?

– Lizzy? - Ellie suspirou preocupada - Acho que vai demorar para ela se acostumar... Eu sei bem o que ela está passando. – Ellie desfez o sorriso ao pensar em Sirius. Por coincidência, agora Lizzy tinha o mesmo ódio por Bellatrix que Ellie guardava. – Vou descer e falar com Narcisa para dar uns dias a ela.

– Acha que vai adiantar? – Draco descia a escada junto a ela.

– Não sei... Mas não custa pedir. Lizzy não está com cabeça pra trabalhar...

Os últimos degraus deixaram a sala exposta, e algumas presenças fizeram Ellie se assustar. O timbre rouco de Voldemort falava com Lúcio. Mais poderoso que nunca e possuidor da Varinha das Varinha que roubara no tumulo de Dumbledore, Voldemort parecia insatisfeito mais uma vez. Após visitar a casa dos Gaunt e ver a caixa de ouro que continha o anel aberta, e visitar a caverna dando falta do medalhão, Voldemort estava uma pilha ao pensar que Harry conseguira descobrir algumas de suas Horcruxes. As falas rápidas fizeram Draco e Ellie parar na escada. Voldemort encarava Lúcio com ódio quando avistou o casal.

– Agora não Draco... – Lúcio falou baixo fazendo Draco parar na escada.

– Que jeito são esses Lúcio? – Voldemort por nenhuma razão sorriu para Ellie e Draco – Deixe os entrar...Venham... – Voldemort fitou Ellie.

– Não queríamos atrapalhar... – Ellie se aproximou e tropeçou em algo.

Ela olhou para baixo junto com Draco, e viu no que tropeçara. Seus olhos arregalaram ao ver o chão da sala infestado de corpos. Mas não eram corpos normais. Eram pequenos e com orelhas grandes. Voldemort matara cada duende que trabalhava em Gringotes e falhara ao deixar Harry escapar com a Horcrux. Ellie não contara, mas uns seis a oito duendes deveriam estar pelo chão e junto com quatro comensais que também falharam quando foram chamados para deter o garoto. Rapidamente, Nagini já jantava um dos duendes a pedido de Voldemort, para que a cobra limpasse a sala. Um frio passou na espinha de Ellie e ela arregalou os olhos para Narcisa, que ainda estava em choque ao ver o massacre em sua sala.

– Não se assuste... – Voldemort viu o temor em Ellie – Isso só acontece a quem falha ao me servir... – Ele desfez o sorriso e fitou Ellie com seus olhos claros e sóbrios – Dê graças que você não tem o sangue deles...

Voldemort se referiu aos Malfoy que falharam tantas vezes, e Lúcio sentiu um arrepio. Mais uma falha e sua família teria o mesmo destino que os duendes. Sorte que Voldemort não sabia que Harry escapara de Bellatrix e levara o Sr. Olivaras e Luna. Somente contara a parte em que Dobby os levara, e isso já contava como um falha, mesmo que não proposital. Ellie se aproximou mais de Draco e viu Voldemort andar pelos corpos, falando sozinho. Nagini largou o jantar e acompanhou o dono.

Temos que nos manter seguros cara Nagini... Cada vez mais corremos risco... – Voldemort falou mais baixo – Não posso te perder agora...

Ellie viu a cobra se contorcer e Voldemort acariciar o mascote. Enquanto isso, Lúcio ainda estava em transe, com medo que Voldemort lhe atacasse ali mesmo, descontando a raiva que tinha pelo roubo da Horcrux.

– Lúcio... – Voldemort o fitou e o coração de Lúcio parou.

– Sim Milorde.

– Não posso atacar agora... Cada vez fico mais fraco...

– Sim Milorde...

– Continue organizando os comensais...Quero eles o mais próximo de Hogwarts.

– Sim Milorde.

Lúcio parecia um robô respondendo. Controlado pelo medo, o Sr. Malfoy sentiu um alivio ao ver Voldemort aparatar para longe com Nagini em um crack, sem se despedir. Não era de seu feitio. Ellie sentiu o mesmo alivio. Como Voldemort conseguia causar tanto pânico com poucas palavras? Draco suspirou mais calmo, mas os corpos ainda estavam na sala.

– Ellie... – Lúcio a fitou.

– Sim.

– Chame Lizzy para dar um jeito nisso. – Ele não sorriu – E mande que os leve para o mais longe possível.

– Mas Lizzy está triste...não posso...

– Agora! – A raiva de Lúcio o fez gritar, mas Ellie não se assustou.

Com o olhar, ela se negou a chamar Lizzy, pois nunca faria o elfo que estava em luto recolher corpos, ainda mais corpos tão pequenos que lhe lembrariam Dobby. Em honra ao elfo, Ellie deixou uma de suas habilidades escapar, sem pensar duas vezes. Ellie fitou Lúcio com nojo, pelo desprezo ao elfo, e levantou sua varinha do bolso. Ellie fitou cada corpo que Nagini não jantara e os fez levitar a dois palmos do chão. A varinha erguia os corpos e Ellie só a trincou no ar, fazendo cada corpo virar um monte de pó escuro. Ela rodou a varinha fazendo o pó de cada um se juntar, e o pó conjunto deu um rodopio no ar. Ellie direcionou a varinha para a janela, e o pó saiu voando para fora, levado pelo vento. A sala ficara limpa. Ellie abaixou a varinha fitando Lúcio com ódio.

– A sua sala está do jeito que você gosta senhor... - Ellie guardou a varinha – Sem vestígio das suas ações podres.

– Ora, sua...

Narcisa segurou Lúcio, mas Ellie se retirou da sala depressa, com o sangue lhe subindo. Ela subiu as escadas novamente indo para seu quarto sem que Narcisa mandasse como de costume. Mas não poderia deixar tudo aquilo sem provocar o Sr. Malfoy. Draco fitou seu pai também com ódio. Era pura crueldade fazer Lizzy recolher os corpos, ainda mais quando eles sabiam que o elfo andava chateado por causa de Dobby. Draco subiu atrás de Ellie e Narcisa ainda teve que acalmar o marido por muito tempo. O temor a Voldemort que o Sr. Malfoy tinha, o consumia e a revolta de Ellie não ajudava em nada.


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Após conseguirem sair ilesos de Gringotes, Harry, Hermione e Rony resgataram uma das últimas Horcruxes. A Taça de Hufflepuff era um dos objetos que guardava uma parte da alma do Lorde das Trevas., mas o problema agora, era destruir a Horcrux. Seria bem mais dificil agora, pois o combinado com Grampo, o duende, para entrar em Gringotes, era entregar a espada de Grynffidor a ele, caso o trio conseguisse. Já que Hermione conseguira se passar por Bellatrix e com muito esforço, eles entraram no cofre da Sr. Lestrange, a espada pertencia agora a Grampo. Não muito preocupados com isso, Harry dava importância a achar a próxima Horcrux, já que tivera a visão de Voldemort roubando a Varinha das Varinhas. Mais do que nunca, achar mais uma Horcrux era essencial. Decidindo que o objeto poderia estar em Hogwarts, e se arriscando mais uma vez, o trio aparatou em Hogsmeade, deixando os comensais que faziam vigia lhe verem. Graças a Aberforth Dumbledore, irmão do diretor, o trio conseguiu se esconder em um bar que pertencia ao mesmo. Ali dentro, conseguiram uma passagem nova para o castelo: atrás do retrato pintado a óleo de Ariana, também irmã do diretor, eles chegaram até o Salão Comunal da Grifinória. Harry finalmente encontrara Gina, e finelmente se sentia um pouco a salvo, mas infelizmente, os comensais que viram o trio em Hogsmeade, já haviam alertado a todos os outros seguidores do Lorde das Trevas. E ao próprio Voldemort principalmente.

– Draco...você viu onde deixei meu livro... – Ellie entrou no quarto de Draco e não viu ninguém – Draco? – Ela fitou a porta do banheiro – Draco? – Ninguém respondeu.

Ellie fechou a porta do quarto dele, e desceu as escadas a sua procura. A sala não continha ninguém. Ela passou pela sala de jantar e mais uma vez, ninguém. Entrou na cozinha e viu Lizzy levantando os pratos e os guardando em um armário sem varinha, somente com a magia dos elfos.

– Procurando algo senhorita? – Os pratos se guardaram e Lizzy fitou Ellie.

– Você viu o Draco? – Ellie se pendurou na janela que dava vista para carvalho. Talvez ele estivesse lendo o livro de Dumbledore escondido – Não o vi desde manhã...

– Ele não está senhorita... – Lizzy arrumou o vestidinho antigo.

– Onde ele foi? – Ellie franziu.

– Ah, isso Lizzy não sabe.

– E como sabe que ele saiu? – Ellie ficava tensa.

– Lizzy estava limpando a sala quando ouviu o Sr. Malfoy conversando com ele. Dizia alguma coisa sobre o Sr. Potter estar em Hogsmeade...Acho que a Marca Negra o avisou...

– Lizzy! – Ellie arregalara o olho – Como não me contou isso! Harry em Hogsmeade! Você tem certeza?

– Tenho senhorita...Me desculpe...Lizzy anda avoada depois que Dobby se fora...

– Ta...Tudo bem – Ellie começava a se agitar cada vez mais com a voz tremula – Você ouviu mais alguma coisa?

– Não...somente isso... – Lizzy colocara o dedo na boca pensando. Levantou a mão como uma criança que quer responder a professora – Ah! O Sr. Malfoy disse alguma coisa...algum feitiço eu acho... – Ellie arregalara mais ainda os olhos ficando desesperada - Mas acho que era um treino senhorita... Lizzy não sabe... Mas o menino Malfoy não estava nada contente... – Lizzy viu Ellie lhe ignorar e sair voando da cozinha – Senhorita! Senhorita onde vai? – Lizzy se bateu na cabeça – Ai...Lizzy é muito burra mesmo!


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No escritório que ficava ao lado da sala principal dos Malfoy, Lúcio estava de pé atrás da mesa grande e antiga, como os homens de negócios fazem. Em seu canto particular, onde cuidava de seus pensamentos, o Sr. Malfoy mirava a paisagem do jardim, onde os pavões andavam a esmo. Ele segurava sua bengala somente por charme e via as nuvem correrem com o vento forte que refrescava o verão. Um barulho enorme fora ouvido às suas costas. Ellie entrou com tudo no escritório deixando a porta grossa bater na parede. Com um movimento só, Ellie balançou a varinha em um ato rápido a mesa do gabinete, que parecia inquebrável, se rompeu ao meio e cada parte voou para um lado, assim como as cadeiras que ficavam para quem Lúcio recebia. Ellie destruiu a sala em um segundo e Lúcio a fitou arregalando os olhos.

– O que está...

– Como pode fazer isso seu cretino!? – Ellie gritou e andou até o falso pai. Ela o segurou pela gola da camisa e atiçou na parede com força colocando a varinha em seu pescoço.

– Ellie, o que está fazendo? – Ele tentou se soltar.

– Um passo e eu não falo por mim!

– Você enlouqueceu?! – Lúcio ainda estava assustado com a reação dela.

– Eu quero saber como você põe essa cabeça nojenta no travesseiro e dorme tranquilo!

– Do que você está falando?

– Você sabe do que!

Narcisa entrara na sala fitando o escritório destruído e sua filha adotiva com Lúcio nas mãos. Uma bela cena de ataque.

– O que está acontecendo aqui!? – A Sr. Malfoy arregalou os olhos e levou a mão na boca. – Ellie, o que está fazendo?

– Narcisa... – Lúcio pediu ajuda.

– Sabe que Draco levou minha varinha Lúcio... Ellie! Solte o agora!

Percebendo Narcisa se aproximar, Ellie, sem a varinha, pois esta estava ameaçando Lúcio, moveu os dois pedaços da mesa principal e fechara Narcisa na porta. Os pais adotivos ainda se perguntavam como Ellie fazia aquilo, mas a Sr. Malfoy não podia fazer nada, só assistir.

– Diga ela papai!

– Dizer o que? – Lúcio fitava Ellie com ódio e ainda assustado pela magia sem varinha que Ellie podia fazer.

– Diga como você é um bom pai!

– Do que ela está falando Lúcio? – Narcisa franziu.

– Eu estou falando sobre como esse monstro em pele de gente conseguiu enfeitiçar o próprio filho!

– Eu não fiz nada! – Lúcio tentou mirar Narcisa.

– Não fez nada? Nada mesmo Lúcio? – Ellie apertou a varinha. Lúcio nem tentara pegar a varinha reserva dele, pois era arriscado. – Diga como você fez nada amaldiçoando seu filho pra ir atrás de Harry! Diga como esse nada vai fazer Voldemort ficar satisfeito por Draco ir atrás do Harry! Diga como você só pensou na sua droga de recompensa ao invés de pensar na segurança do seu filho! Diga a sua esposa Lúcio!

– Lúcio...Isso é verdade? – Narcisa fitou o marido – Achei que você somente tinha pedido a ele, não jogado um feitiço para obrigá-lo.

– Não Cissa... – Ellie fitou Lúcio mais uma vez - Draco nunca aceitaria isso... O seu marido fez questão de jogar um Imperius nele!

– Como tem tanta certeza filhinha?- Lúcio devolveu o olhar de fúria e Ellie não aguentou.

– Justamente porque eu não sou sua filhinha...

– Ellie! – Narcisa a parava com as palavras, mas ela continuou.

– Acho que vocês não entenderam. – Ellie apertou a varinha em Lúcio – Chega de fingir ser a família feliz... Porque a minha família feliz, Lúcio, você destruiu! E sabe o que eu mais gostei em ser adotada? – Ellie ergueu a sobrancelha - Foi vigiar seus lindos passos e ver você fracassar com Voldemort.

– Do que você está falando?

– Ah! Você não sabe? – Ellie sorriu maléfica – Achei que você soubesse tudo... Ou o sangue-puro não te deu esse poder? – Ela desfez o sorriso - Deixa eu te contar então, papai...

Lúcio tentou levantar a bengala apoiada no chão para fazer um feitiço, mas Ellie fez a janela atrás deles se fechar com a força, somente com o pensamento. O baque da janela de vidro caindo fez Lúcio se arrepender.

– Por onde eu começo? – Ellie sorriu – Que tal pela parte que você e seus amigos comensais resolveram destruir a minha vida se aliando aquele monstro? Ou não...vamos começar pela parte que meu pai verdadeiro fora preso em Azkaban...Sim...você o conhece, Lúcio... – Ellie sussurrou alto – Sirius... Sirius Black... – Ela voltou para o tom normal. Narcisa escapou uma fala lá trás. – Ou que tal... pela parte que eu e Dumbledore combinamos que eu ficaria aqui como espiã? Ah Não! Vamos para a parte mais divertida. – Ellie sorriu gostoso – O meu sangue...Ah...o meu sangue... - Ela riu-se - Ele é tão puro, quanto você gosta dos Weasley... – Lúcio já estava de olhos arregalados e nervoso quando seu próprio sangue subiu. – Sabe o que eu mais amo, Lúcio? É ver essa sua cara de idiota assustado. Porque agora...Você não vai me bater... – Ellie imitou o tom infantil de Bella – Não...Agora, se você se comportar mal, quem vai bater em você... sou eu!

Ellie finalmente soltou a gola de Lúcio e ele respirou se desgrudando da parede. Mas as verdades ainda consumiam ele por dentro. Ellie se afastou sorrindo e muito...muito satisfeita. Um peso saiu de suas costas.

– Agora se me dão licença... Eu vou salvar o filho que você pôs em perigo. E não estou falando de agora... Nascer com o seu sangue Lúcio, já é um perigo.

Ellie virou-se de costas para Lúcio e fez as duas partes da mesa de distanciarem de novo na frente de Narcisa para poder sair do escritório. Ela viu a Sra. Malfoy assustada e sem ação. Lúcio se encheu de raiva e levantou a bengala do chão a ponto de fazer um feitiço contra Ellie, mas algo fez a bengala dele voar para longe se quebrar na parede.

– Não com a minha senhorita! – Lizzy aparatara no escritório e tirara a bengala com um estalar de dedos.

– Ora seu elfo estúpido...

– Obrigada Lizzy... – Ellie se virou e fitou Lúcio novamente – E não fique chateado... - Ela sorriu mais uma vez - Eu ainda pertenço a essa família...

– Não ouse dizer isso sua insolente de sangue-ruim! – Lúcio queria matá-la.

– Ah não? - Ellie riu-se - Pergunte depois a Draco por quem ele se apaixonou...

Lizzy sorriu boba, e indicando com o dedinho fino a imagem de Ellie, respondeu a pergunta antes de Draco. Já sua dona, sorriu malvada e Narcisa e Lúcio quase caíram para trás. Sem precisar dizer mais nada, levemente Ellie deu a mão para Lizzy e as duas aparataram e sumiram deixando o Sr. e a Sra. Malfoy em transe.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 49 em breve!