Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 21
Ordem da Fênix - 06


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:
Harry Potter e a Ordem da Fênix - (Parte 06)



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Após arranjar briga com todos os professores de Hogwarts, Dolores Umbrigde estava declaradamente e oficialmente odiada. Até Minerva, que tinha seus princípios, perdera a estribeira após ver Dolores aplicando um castigo medieval a um aluno do segundo ano.

Todos os alunos assistiram à discussão das duas e viram que dali em diante as coisas só iriam piorar. Dolores era aliada ao Ministro, e assim como ele, acreditava no boato que Dumbledore queria tomar o lugar do Ministro. Quando viu o quanto o corpo docente estava contra ela, Umbrigde não fez nada menos do que alegar ao Ministro, Cornélio Fudge, que Hogwarts precisava ser vista mais de perto. Acreditando no que Dolores dissera, o Ministro a promoveu como Alta Inquisidora da escola, o que lhe concedia poderes superiores sobre alunos, professores e programas de estudo. Não demorou muito às proibições virem à tona.

*Alunos De Sexo Oposto Não Podem Ficar Menos Que 20 cm Aproximados Uns Dos Outros*

*Alunos Com Uniforme Posto De Forma Desapropriada Terão Um Devido Castigo*

*Escutar Música pelo Castelo Durante O Período De Aula Está Definitivamente Proibido*

*Está Proibido O Uso Dos Produtos Weasley*

As placas que o Sr. Filch pregaram foram vistas e odiadas por todos. Pela primeira vez, as quatro casas concordavam entre si. Os sonserinos poderiam até achar que Hogwarts precisava de uma mudança, mas até o ponto de não lhes atingir tanto. Já no meio do semestre, Dolores começou com as entrevista com os professore, para a surpresa dos alunos. Naquela tarde, Dolores havia decidido que a Professora Sibila Trelawney não estava apta a dar aulas em Hogwarts. Sibila estava inconsolável, apesar de Minerva tentar ajudá-la. Estavam todos no pátio. Professores e alunos. E todos assistiram à humilhação que Dolores fazia a professora de adivinhação passar.

– Minerva, ajude Sibila a levar suas coisas de volta para dentro. - Dumbledore invadira o pátio como poucas vezes fizera.

– Obrigada Alvo, obrigada... – Sibila tremia de nervoso.

– Como ousa? – Dolores não conseguiu terminar a frase.

– Sinto muito Dolores. - Dolores o fitava com raiva. Dumbledore stava tirando sua autoridade na frente de todos. – Você pode demiti-la, como Alta Inquisidora, mas expulsá-la do castelo, só cabe a mim, o diretor.

– É o que veremos. – Dolores tinha aquele olhar nojento de superioridade.

– E vocês? – Dumbledore elevara a voz para todos enquanto voltava a sua sala – Não deveriam estar estudando?

Num ato quase mágico, os alunos se dispersaram. Harry viu tudo e precisava falar com Dumbledore. Tentou seguí-lo em meio a multidão que voltava para as salas de aula, mas o diretor apenas o ignorou. Ellie o seguiu.

– Ele não vai lhe ouvir... – Ela colocou a sua mão no ombro de Harry que virou.

– Porque? Ele está tão diferente...Por que não me dá atenção? – Harry estava nervoso.

– Ele está com muitas coisas na cabeça Harry... – Ellie não iria comentar das dúvidas que Dumbledore tinha sobre Voldemort ter feito ou não Horcrux, o que estava causando o pavor de Dumbledore – Tente entender...

– Eu só precisava...Esquece.

– E o meu voo? – Ellie tentava desviar o assunto.

– Verdade, tinha até me esquecido. – Tinha nada.

– Pode ser amanhã depois do almoço?

– Claro! – Harry abrira um sorriso bobo. Mal podia esperar. Por ele, o almoço de amanhã seria o quanto antes.

– Ok. – Ellie lhe deu um beijo na bochecha – Te vejo no almoço.

– Tudo bem... – As palavras mal saiam da boca de Harry depois do beijo.

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Naquela noite, Harry, Hermione e Rony, estavam sozinhos no Salão Comunal da Grifinória e os outros alunos já estavam deitados. Ellie ainda estava acordada com Parvati e Lilá no dormitório feminino, mas não ouvia os três lá em baixo.

– Você ainda fala com Eriky? – Lilá sentara na cama de Ellie que estava lendo. Ela se assustou com a pergunta.

– Não Lilá...Por que?

– Achei vocês tão bunitinhos ano passado!

– Ai...Por Favor! – Ellie revirara os olhos.

– É verdade que ele ainda te escreve? – Parvati sentara do outro lado da cama. Ela e Lilá estavam quase encurralando Ellie.

– Sim. Querem responder alguma? – Ellie abrira a gaveta da cômoda ao lado de sua cama e jogara um bloco de cartas na cama, juntas por um cordão que as envolvias.

– Por Merlin Ellie! – Parvati soltara uma das cartas

– Você não respondeu nenhuma? - Lilá pegara outra.

– Eu não! – Ellie voltava para o livro, o que foi inútil, pois as duas não calavam a boca.

– “Querrida Ell, ano passado ser incrível...” – Parvati lia uma das cartas.

– “Porque no me escreveu? Minha família quer conhecer você...’’ – Lilá lia outra.

– Parem! – Ellie ria, mas pegara as cartas da mão das duas e guardara.

– Qual é Ellie! Deixa a gente ler...

– Não! Vão dormir...

– Boa noite – Hermione entrara no quarto.

– “Meu pai dizer que os Malfoy são bem-vindos...”

– Lilá! Eu já pedi! – Ellie dera uma risada e arrancara a carta de Lilá novamente.

– Que saco Ell! – Lilá resmungou e, com Parvati, foram cada uma para sua cama.

– Que carinha é essa? – Ellie inclinou-se para Hermione que não abrira a boca e logo sentara em sua cama. Ellie sussurrou para Lilá não ouvir – Foi o Ron de novo?

–Não...Só cansada mesmo. Boa noite.

– Boa noite. - Ellie viu que Hermione não queria conversa.

A preocupação estava na cara de Hemrione. Acabara de receber junto com Harry e Ron a visita de Sirius pela lareira. Sirius os alertou que a Ordem da Fênix não ia bem e que começava a acreditar que Voldemort estivesse mais forte. Quando Harry lhe perguntou sobre o Ministério não permitir que eles aprendessem realmente feitiços e defesas contra as artes das trevas, Sirius lhe disse que o Ministro achava que Dumbledore estava criando um próprio exército dentro da escola para tomar o Ministério. As coisas estavam realmente ruins. Voldemort a solta, e nenhum dos alunos sabia se defender direito. Mas isso tudo, Ellie sabia por Dumbledore, o que ela não sabia era da ideia que Hermione tivera minutos atrás.

– Se não querem ensinar nos ensinar... – Hermione fitara Harry e Ron – Precisamos de alguém que nos ensine. Alguém com experiência....

Era óbvio do que Hermione estava falando. Queria que ninguém menos que Harry ensinasse aos outros alunos algumas das mágicas que usara diversas vezes até então para se defender. Rony teve uma ideia melhor.

– Podemos chamar Ellie também! Ela passou bastante tempo com Dumbledore, e vocês viram o que ela fez na sala de Sirius.

– Brilhante Rony! –Hermione sorrira para ele.

– Não! De jeito nenhum! – Harry se aprontara.

– Por que não Harry? – Hermione se aproximara do amigo – É perfeito! Ellie sabe fazer coisas que nós não sabemos. Ela pode ajudar.

– Não Mione! Ellie já se envolveu demais! Ela já se arrisca muito morando com os Malfoy. Não vou deixá-la entrar nisso e se meter em mais um enrascada. E se não der certo? O plano de Dumbledore vai por água abaixo...

– Ele tem razão – Rony se arrependera da ideia.

– E não quero que contem a ela...

– Mas Harry...

– Não Hermione! Não fale nada a ela. Promete?

– Prometo – Hermione não tinha saída. A cara com que ela entrara no dormitório era de vergonha por não poder contar a novidade a Ellie, e não por causa de Ron.

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Depois do almoço do dia seguinte, Harry já havia chegado ao lugar marcado, próximo a casa de Hagrid, que não estava ali pois estava fora resolvendo alguns problemas para Dumbledore. Era o mesmo lugar que ele e Ellie estavam sentados quando marcaram o encontro. Desviara Hermione e Rony das perguntas e fora encontrar com Ellie. Estava com algumas proteções extras para voo na mão e encostara sua vassoura no chão. Estava realmente ansioso. Era mais fácil entrar no Torneio Tribuxo novamente do que ficar sozinho com Ellie. E se Sirius descobrisse? Ele aprovava. Mas aprovava a esse ponto? Harry não queria pensar nisso. Já estava com coisas demais na cabeça quando Ellie apareceu.

– Eu que disse a meu pai para te dá-la... – Ellie estava atrás de Harry com sua Firebolt na mão.

– É uma das melhores. Como sabe sobre vassouras? - Harry arrumava uma das cotoveleiras em si mesmo.

– Draco não fala em outra coisa. Quadribol aqui...Peguei o pomo ali...Harry é um idiota...Essas coisas... – Ellie sorrira e Harry riu com a frase.

– Trouxe isso pra você – Harry deu duas cotoveleiras para Ellie que começou a colocá-las.

– Você acha que ela aguenta nós dois?

– Com certeza – Harry pegava a vassoura da mão de Ellie – Parece que não, mas pode confiar.

– Eu confio em você...

Harry corou na hora. Gostara de ouvir aquilo. Pegou a Firebolt e a colocou entre as pernas, como quem sobe em um cavalo baixo. Esperou Ellie terminar de vestir as proteções e a viu se contorcer em risadas.

– O que foi?

– Ai...Desculpe..é que... – Ela não parava de rir. – É que mesmo crescendo no mundo bruxo eu ainda acho ridícula essa posição. Você tá montado em uma vassoura!

– É verdade – Harry tambem riu – Acho que meu primo Duda ia ter uma piada pra vida inteira se me visse assim!

Então...Vamos? – Ellie se recompora das risadas e caminhara até Harry – Ela se ajeitou atrás de Harry passando a vassoura por entre as pernas. Harry não tinha nem pensado nisso. Ela teria que segurar em sua cintura para não cair. As mão dela transpassaram a cintura do garoto segurando com força seu corpo no dela. Harry teve um frio na barriga quase de imediato quando Ellie o abraçou por trás.

– Vamos lá... – Harry sorriu e inclinou-se para começar o voo.

– NÃO! Pera! – Ellie ria de nervoso – A gente vai cair disso aqui. Eu tenho certeza!

– Não vamos não. - Harry sorriu com o medo dela - Faz assim...Fecha os olhos e eu aviso quando estivermos lá em cima.

Ellie fez uma cara feia, de quem não estava muito confiante, mas fechou os olhos fortemente. Não queria mesmo ver tudo lá de cima. Alguns segundos se passaram, e Ellie percebeu que não era tão ruim assim.

– Pode abrir! – Harry olhou para trás.

– Harry! – Ellie abriu os olhos e deu um tapa leve nas costas de Harry. Elas ainda estavam no chão.– Isso não tem graça!

– Desculpe, não resisti. Feche de novo. – Ellie o fez e esperou o pior das alturas.

Os pés de Ellie se desgrudaram levemente do chão. Harry era calmo na ação devido ao medo de Ellie. Aos poucos, ela foi sentindo o vento que vinha em seu rosto. Estavam subindo e para o medo não lhe bater, tentou pensar em outra coisa. Pensou em como era bom abraçar Harry e como esperara tanto tempo por isso. Mas quase não deu tempo de pensar em mais nada.

– Agora pode abrir mesmo. – Harry era atento no voo.

– Meu...Deus!

Ellie abriu os olhos e se arrependera das vezes que Draco lhe convidara para fazer o mesmo. A vista era simplesmente incrível. Ela vira o castelo diminuído, parecendo uma casa de bonecas. A Floresta Proibida era apenas uma grama alta. E as colinas estavam perfeitas...Era tudo perfeito. O céu estava limpo e Ellie sentiu uma liberdade que nunca sentira antes. Que podia ir para qualquer lugar. Harry ficara feliz em proporcionar aquilo a ela.

– Posso abrir os braços? – Ellie gritava porque no ar era difícil de se conversar.

– O que?

– Como você fez com Bicuço! Posso?

– Pode, vou tentar ficar reto!

Ellie abriu os braços e seus cabelos pretos e longos foram mais uma vez para trás. Realmente estava livre. Harry inclinara um pouco e Ellie voltou rapidamente seus braços para a cintura de Harry. Outro frio na barriga passou por Harry. Ela podia lhe abraçar quantas vezes fosse. Parecia sempre a primeira vez. Harry pensou como se sentia bem com ela. Ela era o que ele queria: alguém para se contar. E isso só bastava. Nunca gostara assim de alguém. Era atraído por Cho, mas aquilo era diferente. Ellie alem de bela, era...tudo. Harry se desvinculou do pensamento e deixou seus braços quase que no automático. Ele voara tantas vezes, então deixou a cabeça vazia, junto com os olhos que aproveitavam as paisagens. O pensamento ia longe...e longe...

– Harry! – Ellie gritara desesperada.

Tarde demais. A colina já estava perto demais. Harry desviara mas acabou perdendo o controle e seguiu destrambelhado para a Floresta Proibida procurando controlar o voo que se desembestara. A velocidade era baixa mas algo estava errado com os movimentos. Talvez fosse os poucos segundo que Harry desviara a atenção do voo e pensara demais no frio na barriga que Elie causara. Ellie se apertara mais na cintura de Harry, mas a vassoura levara os dois para uma árvore. O impacto não fora forte, mas levou os dois direto para o chão. Entre as árvores altas, Ellie caiu no chão de um lado e Harry se encolheu do outro.

– Ellie! – Harry levantara depressa e fora ver Ellie ainda deitada.

– Ai minha cabeça... – Ellie se erguera pondo a não na testa.

– Você está bem? – Harry era só preocupação. Começou a ficar tão desiludido com a situação, que achou que Ellie nunca mais iria se encontrar com ele. Como pôde? Ele sempre voara tão bem! Então Ellie começou a dar gargalhadas. – O que foi?

– Esse é o pior encontro que eu já tive! – Ellie ainda ria e Harry fez o mesmo, deixando de lado as dúvidas que lhe passaram a pouco.

– Desculpe. - Harry não tinha o que dizer.

– Não se desculpe... – Ellie estava apoiada nos braços de Harry que sentou ao seu lado.

– Eu quase te matei. Desculpa. Se Sirius souber, ele...

– Não se desculpe se você ainda pode concertar... – Ellie olhou bem fundo nos olhos preocupados de Harry e foi o mais atraente que sua voz deixara.

Era a deixa e Harry não pensou dessa vez. Apoiada em seus braços, ali sentados em meio às árvores da Floresta Proibida, Harry a beijou.

Os lábios se tocaram levemente e Harry pensou ter escutado uma música, mas eram somente os pássaros rondando os Testrálios ali perto. Ellie sentiu a mão de Harry descer seu rosto num toque gentil. Ela fez o mesmo e o ato durou mais que alguns segundos. De repente, nada mais passava na cabeça de Harry. Se ela era irmã de Draco, ou filha de Sirius, ou aliada de Dumbledore... Nada. Ali era somente a Ellie. A Ellie que o encantara desde a primeira vez. Que fazia seu coração tremer e as mãos suarem. Que fazia sua atenção voltar cada vez que ouvia seu nome. Nada parecia errado ao lado dela. O pouso da Firebolt pode ter saído muito errado, como foi o encontro. Mas o momento ali era o certo. A melhor certeza que ele já sentira. Harry abriu os olhos devagar e Ellie fez o mesmo lhe encarando docemente. Ele viu seus olhos negros e eram os olhos que ele mais desejava ver desde que fechara os olhos para beijá-la.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 22 em breve!