Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 20
Ordem da Fênix - 05


Notas iniciais do capítulo

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Harry Potter e a Ordem da Fênix - (Parte 05)



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Naquele ano, Ellie se sentou na mesma cabine que Harry, Hermione e Rony. Durante a viagem que o trem fizera, os três conversaram bastante. Ellie explicava algumas coisas a mais e como era passar as férias com Dumbledore.

– Ele me ajudou bastante – Ellies se referia ao diretor – No começo eu não entendia por que meu pai havia feito algo terrível a ponto de ir para Azkaban. Dumbledore sempre tentava amenizar dizendo que meu pai me amava mas tinha que cumprir pelo o que fez.

– Você vê Sirius sempre? – Hermione estava sentada ao lado de Ellie e de frente para Harry e Ron.

– Depois que ele fugiu com Bicuço, ele ficou um tempo sem me visitar...Mas depois que Dumbledore me coutou a verdadeira história e Lupin se desculpou comigo e com meu pai. Eu finalmente pude conhecer quem era realmente meu pai. Depois disso ele sempre ficava rondando a mansão dos Malfoy em forma de cachorro. A gente conversava escondido.

– Por que você não foi morar com ele? - Harry participava.

– E viver fugindo? Meu pai não tem casa definida. Ainda perseguem ele. Ainda sonho com o dia em que isso tudo vai acabar.

– Eu também... – Harry olhava para Ellie, e sabia exatamente o que ela queria dizer com aquilo. Morar com os Malfoy ou com os Dursley era a mesma coisa que nunca estar em casa.

Ao descer do trem, Ellie ainda acompanhava o trio, quando Draco passou por eles ao lado de Crabbe e Goyle.

– Fazendo estágio ao lado da pobreza, Ellie?

– Não enche Draco! – Ellie viu o irmão ao lado seguindo também para as carroças com Testrálios.

– Soube que quase não vinha esse ano Potter! Foi defender seu primo, foi? Está apaixonado por ele? – Draco era nojento e voltou a ser o mesmo – Que tal uma cela em Azkaban para você?

– Cala a boca Malfoy! – Harry partiu para a cima de Draco, mas Ellie o segurou.

– Harry não! É o que ele quer. Você já tem problemas demais. – Ellie olhou para Draco com desprezo, o que o fez desfazer o sorriso.

– Isso mesmo irmãzinha. Defenda os fracos. E diga ao seu novo amigo que fique longe do perigo!

– Você perigo? Não me faça rir! – Ellie que enfrentava Draco.

– Qual é Ellie! Vai querer sair no braço? – Draco voltou a rir.

– Vai querer botar seu lado Lúcio para fora, irmãozinho?

Draco entendera e abaixou a crista. Sem responder a Ellie, seguiu calado com Crabbe e Goyle, com uma cara não muito agradável. Hermione se surpreendeu.

– Por que ele ficou assim? – Harry ficou curioso com a ação de Draco.

– Ele sabe do que eu estava falando.

– Do que? – Rony também ficou surpreso.

– Cada vez que Draco enfrenta o pai pra alguma coisa... – Ellie diminuíra a voz ainda olhando para a direção que Draco seguira – Digamos que... Lúcio não aceita ser contrariado.

– Ele bate em Draco? – Hermione se assustou. Mas Rony dera uma risada. – Isso é sério Ron!

– E bem sério. – As duas fizeram Ron parar com o riso – Ainda se fosse só isso... – Ellie olhava para Harry – O Sr. Malfoy faz uma lavagem em Draco. Vocês reclamam dele... Eu sei, Draco é insuportável quando quer... Mas se vissem o que eu vejo, vocês entenderiam.

Harry não se sentia culpado de odiar Draco, mas nunca tinha visto daquela fora. Realmente ele parecia uma miniatura asquerosa de Lúcio. Mas e se o que Ellie estivesse dizendo fosse sério a esse ponto. Sendo assim, Draco era quase que obrigado a aceitar as ideias do pai. Sobre ele, sobre trouxa, sobre elfos, sobre quase tudo. O sangue Malfoy, não tinha um bom histórico de pessoas boas. A maioria era da Sonserina e isso já explicava bastante. Mas talvez Draco pudesse ser diferente se alguém o ajudasse. “Não! Isso é impossível”. Era o pensamento que Harry tinha depois do raciocínio. Mas Ellie não erraria tanto assim com alguém. Erraria?

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No jantar de recepção, o Salão Principal estava cheio, mas não como ano passado, quando os alunos de outras escolas vieram para o Torneio Tribuxo. Parecia até um pouco mais vazio, mas estava cheio como sempre. Dumbledore apresentou os novos alunos, mas não estava com o mesmo entusiasmo de sempre. Depois de salvar Harry no julgamento, viu que a situação do Ministério em relação a Voldemort não ia bem. O Ministro em pessoa, Cornélio Fudge, não aceitava que o Lorde das Trevas havia voltado e isso dificultava um pouco as coisas. Dolores Umbrigde, foi nomeada professora para Defesa Contra a Arte das Trevas, mas sua real presença ali, seria declarada como uma bela intervenção do Ministério nas decisões de Hogwarts.

Após sua primeira aula, Umbridge já havia declarado guerra contra os alunos. Principalmente com Fred e Jorge, que aproveitariam da amizade e da mágica exótica de Ellie, para fazer futuros planos contra a nova professora. Os Níveis Ordinário em Mágia, os NOMs, aconteceriam no fim daquele ano letivo, mas Dolores não estava com cara de quem ensinaria alguém a se defender. Nem feitiços eram dados em aula.

– Isso é ridículo! – Hermione estava na Sala Comunal conversando com Ron – Ela tinha que estar ensinando feitiços de defesas!

– Não adianta... – Ron estava sentado

– Harry! – Mione vira o amigo entrando na sala. – Como foi?

– Ela só me deu um castigo.

– Que castigo? – Rony e Hermione viram Harry confrontando Umbridge em sua aula dizendo que Voldemort realmente tinha voltado e que vira ele matar Cedrico.

– Nada...Ela só...

– O que é isso em sua mão? – Hermione pegara a mão do amigo e vira a cicatriz recente formada pela pena de castigo. A frase estava pregada na mão de Harry.

– Eu não devo contar mentiras –

Harry... – Hermione abaixara a voz – Você tem que fazer uma queixa, é bem simples...

– Não Hermione! Não é tão simples assim...

– Então explique para nós... – Hermione tentou ser compreensiva, mas Harry já estava cheio de raiva quando saiu da sala de Umbrigde. Se afastou de Hermione e saiu da Sala Comunal, deixando Hermione e Rony se olhando confusos.

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No dia seguinte, Harry encontrou com Luna Lovegood, na Floresta Proibida. Eles viam os Testrálios, espécie de cavalos que somente podiam ser vistos por quem já vira a morte de perto. Eram criaturas diferentes, e meio sombrias até, mas isso não deixou Harry achar que eles eram menos interessantes. Harry deixou Luna mais um pouco á sós com os Testrálios, e resolveu caminhar mais um pouco. Saindo da floresta, Harry já estava quase chegando ao castelo, quando viu Ellie sentada sozinha, próximo a casa de Hagrid. Em meio a colina verde, Ellie parecia uma pedra parada, a não ser seus cabelos que voavam levemente para o lado.

– Você consegue vê-los?

– O que? – Harry se aproximara dela sentando ao seu lado.

– Os Testrálios...Luna me contou sobre eles, mas não posso vê-los. Você os vê?

– Vejo. São diferentes... – Harry não tinha assunto. Apenas um, mas esse era para outro momento. – O que está fazendo aqui sozinha?

– Só te esperando.

– Fiz algo errado?

–Magina... - Ellie abrira um sorriso - Só confrontou um dos maiores bruxos com apenas um ano de idade. Dumbledore está tentando te salvar e não sabe como, e você ainda faz questão de se afastar dos seus amigos.

– Desculpe – Harry sorriu assim como Ellie – Você falou com Hermione?

– Falei. – Ellie olhava para o céu – Ela me disse que você está está um pouco nervoso. Mas tenho certeza que ela queria dizer que você foi grosso com ela e Ron.

– Eles não entendem! – Harry podia desabafar ali – Tudo é tão...complicado. Voldemort voltou. E ninguém acredita nisso. Eu não sei o que fazer. Como agir. – Ellie lhe olhara nos olhos agora – Eu só..não sei.

– Eu te entendo – Ellie pegara na mão de Harry – Não é fácil. Também não deve ser fácil morar com os Dursley, ainda visitar Rony e ver a família que ele tem e você não. Ver que Hermione por mais que seja sua amiga, ela não é você e não está na sua pele. É a você que Voldemort quer. Ainda ver Cedrico morrer, e ninguém acreditar como tudo aconteceu. Chegar em Hogwarts ainda ver todos te olhando com desconfiança.

– Exatamente. – Harry até se assustara com o discurso – Por que você é assim?

– Assim como?

– Porque você faz isso comigo? – Harry finalmente estava falando de seus sentimento por ela. Ellie percebeu.

– Acho que é por que eu quero fazer isso com você.

Harry nunca ficou tão em silêncio como depois daquela frase. Deveria fazer algo? Só estavam os dois ali. Ellie era filha de Sirius, e ele aprovava. Ele realmente gostava dela. Era bonita, inteligente, engraçada, o entendia...Era tudo. Devia beijá-la? Ele não sabia. Muitas coisas passavam na sua cabeça. E se ela não quisesse? Mas e o que ela acabou de dizer? Disse que queria fazê-lo se sentir assim. Sua cabeça estava tão confusa...Mas estava decidido! Iria beijá-la!

– Você tem medo? – Ellie quebrara o silêncio, assim como a decisão de Harry.

– O que? – Harry franzira a testa.

– De voar! Meu pai era batedor da Grifinória. Mas eu nunca tentei. – Ellie estava realmente quebrando o clima. Harry só se decepcionou e respondeu.

– Não. Você se acostuma...Tive medo na primeira vez...Ao tirar o pé do chão. Mas como você disse, deve estar no seu sangue.

De repente uma ideia brilhante passou por Harry. Talvez ele entendesse a pergunta de Ellie. Ela não quebrara o clima. Estava tentando arranjar outro. Aquele não era o momento, mas Ellie queria algo com aquela pergunta, e Harry sabia disso.

– Você quer que eu te mostre?

– Harry... - Ellie o fitou - Esta me convidando para voar com você?

– Claro. Se você tem medo da primeira vez...Eu te levo pra você ver se gosta.

– Eu vou adorar!

O sorriso de Ellie dizia tudo. Era realmente o que ela queria e Harry acertara muito bem no convite. Ele já estava com frio na barriga, só de pensar no encontro...Encontro? Pode se dizer que sim. Um encontro diferente, mas que faria toda a diferença para Harry. Seus olhos ainda miravam Ellie que ainda seguia as nuvens, talvez desviando uma segunda tentativa de Harry de beijá-la, talvez apenas provocando o menino, ao deixá-lo com mais vontade. Harry estava sorrindo por dentro, já que não queria se mostrar um bobo para Ellie. Seu pensamento estava longe quando a voz de Hermione e Rony soaram ao fundo. Os dois desciam em direção a casa de Hagrid. Ellie e Harry se levantaram quando viram os olhos maliciosos de Hermione e Rony.

– Atrapalhamos algo? – Hermione sorria de lado.

– Não...Já estava indo... – Ellie estava sem jeito. Óbvio que eles estavam atrapalhando algo.

– Nós estávamos indo almoçar. Querem ir junto? – Rony sorria malicioso também.

– Claro! – Harry tentava desfazer a felicidade apaixonada em seu rosto.

Hermione saira de braços dados com Ellie na frente. Ellie ainda olhou para trás com um sorriso atraente, olhando para Harry que estava ao lado de Rony. Harry corou e Ron não perdeu a chance.

– Às vezes eu acho que você gosta do perigo, Harry...

– Do que está falando Ron? – Harry ainda acompanhava com os olhos, Hermione e Ellie se afastando lá na frente.

– Uma coisa é ser procurado por Voldemort, que está longe. Outra bem diferente é se envolver com a irmã do Malfoy, que está na mesma escola.

– Não tenho medo dele.

– Mas devia ter do que Lúcio pode fazer com ela, se Draco contar que vocês estão juntos.

– Nós... – A ideia de Ellie e ele juntos fizera Harry sorrir, mas logo pensou no que Rony lhe alertara – Nós vamos tomar cuidado. Mas obrigado por avisar.

– Eu vou estar sempre aqui. – Ron apoiou o braço em Harry, e ele pode jurar que o amigo ruivo olhava para Hermione, na mesma frequência que ele estava olhando para Ellie. Preferiu não comentar. Seus pensamento ainda estavam no encontro. O encontro...

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Depois do almoço, Ellie seguiu o pedido do diretor. Ele queria lhe ver, antes de qualquer decisão. A sala de Dumbledore estava impecável como sempre. Sua mesa estava no centro, amparada por Fawkes, a Fênix de Dumbledore. Era linda e mais uma vez Ellie olhou para ela e não para Dumbledore.

– Sabe que Fawkes canta, toda vez que você sai de minha sala? – Dumbledore estava encostado em sua Penseira e caminhara até Ellie, que estava ao lado da ave.

– Ela é linda... – Ellie passava a mão, escorrendo da cabeça vermelha às penas douradas da ponta.

– Ellie, eu pedi a Snape para lhe chamar, pois preciso contar algo. – Só agora Ellie reparara na presença de Snape, que estava calado num canto.

– O que aconteceu?

– A situação da Ordem não vai nada bem. Voldemort está reunindo muita gente. E temo que ele já esteja forte o suficiente.

– Lúcio comentou nas férias que Voldemort planeja libertar alguns prisioneiros de Azkaban.

– Eu já esperava por isso. – Dumbledore era sério – Mas continue descobrindo mais. Agora mais que nunca, preciso de você dois. – O diretor também encarara Snape.

– Mas o que o senhor precisava me contar? – Ellie estava ao lado de Snape agora.

– Tem certeza que vai contar isso a senhorita Black, Professor? – Snape do mesmo jeito que odiava Harry por ser filho de Thiago, odiava Ellie por ser filha de Sirius. Seus tempos de escola não guardavam boas lembranças por causa dos Marotos. Ele discordava mais ainda com a ideia de Dumbledore de infiltrá-la na Mansão Malfoy e colocar uma simples menina em uma missão tão séria.

– Absoluta Severo – Dumbledore olhava para os dois – Ellie é tão importante quanto você.

Toma essa! – Ellie sussurrou para Snape que lhe olhou com raiva.

– Ora, sua insolente...

– Ellie, – Dumbledore interrompeu a rixa – Creio que sei onde está um dos objetos que havia lhe falado.

– O senhor achou uma Horcrux? Voldemort realmente as fez?

– Pelo meu raciocínio, não existe apenas uma. Enfim – Dumbledore suspirara – Ainda não achei a que penso ser uma. Mas Severo me ajudará.

– O senhor quer que eu esconda isso de Harry?

– Por favor. – Dumbledore se aproximara dela – Harry, em hipótese alguma pode saber. Ainda é cedo. E eu preciso de mais provas.

– Farei assim...

Ellie se retirou da sala de Dumbledore com mil dúvidas na cabeça. Estava se envolvendo com Harry, mas até que ponto? Até que ponto Ellie esconderia algo assim dele? Tinha sua fidelidade a Dumbledore, mas uma Horcrux mudava tudo. Ainda não era certo que existia uma, ou várias. Dumbledore ainda estava analisando tudo em sua Penseira. Mas... Ellie não sabia o que fazer. Talvez Dumbledore tivesse razão quando tentou evitar sua entrada em Hogwarts no primeior ano. Se envolver com Harry poderia atrapalhar tudo. Estava se envolvendo. Aliás, já estava mais do que envolvida. Respirou fundo e deixou a razão entrar. Proteger Harry era sua tarefa antes de qualquer coisa, e por isso mesmo decidiu. Não contaria nada até que Dumbledore lhe permitisse.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 21 em breve!