Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 16
Ordem da Fênix - 01


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:
Harry Potter e a Ordem da Fênix - (Parte 01)



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– Posso sentar aqui? – Draco se aproximara do carvalho que ficava a alguns metros da Mansão Malfoy.

– Pode sim. – Ellie estava sentada rasgando uma folha sem motivo algum.

– Não fique assim. Ninguém podia ter feito nada.

– Ele era meu amigo Draco. – Ellie pensava em Cedrico – Ele era da nossa idade... E ele e Cho tinham acabado de começar... Coitada....

– Ela vai ficar bem. Não há nada que não possa ser superado.

– Você às vezes fala de um jeito...

– Que jeito?

– Como se não se importasse com nada.

– Mas eu me importo. Comigo, por exemplo. – Draco dera uma risadinha.

– Ah. Deixa pra lá – Ellie rira e abaixara a cabeça desistindo de Draco – Não quero mais falar nisso...

– Certo. Quer dar uma volta?

– Não, acho que vou ficar por aqui...

Ellie olhou para frente e viu algo que parara sua fala. Ao fundo da planície que rondava a mansão viu uma sombra. Já era fim de tarde, e só se via o formato do que estava ali parado feito uma estátua. Ela não conseguia definir se era um animal ou uma pessoa. Estava longe e só se via o contorno.

– O que foi? – Draco olhara para frente. Mas a sombra já havia sumido.

– Nada, eu pensei... Esquece. – Ellie se levantara ainda olhando para o horizonte e Draco a seguira.

– A Sra. Malfoy esta chamando vocês para jantar. – Lizzy aparatara ao lado deles do nada. Draco se aprontou.

– Ellie? - Ela ainda olhava para o nada - Vamos? – Draco acompanhava Lizzy que agora ia com os próprios pés em direção a casa.

– Eu vou ficar mais um pouco... – Seus olhos estavam fixos, mas ainda sim, demonstravam calma – Não estou com fome.

– Então vamos elfo. – Draco adiantara Lizzy, mas ela ainda olhava pra dona com pena de sua tristeza – Vamos deixá-la um pouco sozinha.

– Sim senhor. – Lizzy se despedira – Qualquer coisa Lizzy esta aqui, senhorita.

– Obrigada, Liz. – Ellie parecia responder no automático. Ainda esperava a sombra reaparecer.


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Havia se passado duas semanas e o dia da viagem dos Malfoy chegara. Eles iriam para o sul da Irlanda, onde morava um tio de Lúcio, Ernest Malfoy. Era um tio distante, e Lúcio decidira se afastar depois que Voldemort voltara, no mesmo tempo em que Cedrico fora morto. Sabendo que o Lorde das Trevas iria aparecer em breve a procurá-lo, resolveu dar a desculpa de férias em família.

– Que pena ter que ir a ponto de não ver o Potter ser acusado. – Lúcio estava em pé na sala ao lado de Lizzy que passava pegando as malas para levar para a carroça lá fora.

– Mas o que realmente aconteceu, querido? – Narcisa mexia em sua bolsa.

– Ele conjurou um patrono para salvar o primo trouxa. Dizem que foi atacado por dementadores em Little Whitning... Como se dementadores fossem para lá!

– Não pode ter sido... – Narcisa fazia menção a Voldemort e Lúcio entendeu.

– Com certeza. – Lucio olhava pra Draco que sorria de volta – Se não o matou ainda, pelo menos vai expulsar o Potter da escola.

– Chega desse assunto, por Merlim! – Ellie que estava sentada no sofá ao lado de Draco se levantara.

– Verdade. Temos coisas mais importantes para pensar – Narcisa se aproximara da filha – Tem certeza que não quer ir querida?

– Absoluta. – Ellie sorria para a mãe – Vou ficar por aqui. Ainda não me sinto bem.

– Não acredito que está triste por aquele infeliz do Diggory – Lúcio batia no ombro de Draco para esse se levantar.

– Vai me provocar ou eu vou ter que contar ao Ministério da sua festa do pijama com Você-Sabe-Quem ano passado? – Ellie brincava, mas seu rosto estava sério.

– Chega Ellie! – Narcisa interrompeu assim que viu o olhar de Lúcio para a filha. – Vamos logo! – Ela se afastara de Ellie e empurrava Lúcio para a porta.

– Adeus – Draco abraçara Ellie – E vê se não dá nenhuma festa sem mim.

– Vou dar o segundo Baile de Inverno – Ellie sorriu e o seguiu até a porta.

A carroça que esperava os Malfoy era puxada por Testrálios o que dava a impressão que a carroça seguia sozinha. Lúcio subiu na carroça sem ao menos falar com Ellie depois do que ela lhe respondera. Draco seguiu o pai e Narcisa ficou na porta onde Ellie estava encostada ao lado de Lizzy.

– Qualquer coisa me chame. Já sabe o feitiço – Narcisa beijara a testa da filha.

– Vou ficar bem...

– Tem certeza? – Narcisa não queria deixar a filha ali.

– Cissa, vaaaaaai... – Ellie dera um sorriso. Narcisa correspondeu o mesmo sorriso e seguiu para a carroça, que partiu assim que Lúcio estalou os dedos.

Narcisa não queria ter deixado Ellie sozinha, mas precisava ir com o marido. Lúcio estava nervoso com a volta de Voldemort, e a presença de Ellie na viagem só o deixaria mais irritado ainda. Então Ellie não ir era até uma boa noticia. Draco poderia ter ficado, mas Narcisa sabia que ai sim haveria uma festa envolvendo sonserinos. Ellie viu a carroça seguir para o trem e o barco que levariam os Malfoy a Irlanda. Ela entrou de volta na mansão e sentiu-se uma formiga perto do tamanho da casa.

– Quer algo senhorita? Um chá? – Lizzy estava ao seu lado.

– Não. Acho que vou deitar mesmo. Acordei cedo. Obrigada

– Lizzy estará na cozinha qualquer coisa. Tem muito que fazer.

– Descanse Liz, aproveite a saída deles. Deite no sofá. Faça o que quiser.

– Jura? – Ellie assentira com a cabeça - Se a senhorita manda... – Ellie deu risada ao ver Liz ir rapidamente se deitar no sofá que nunca podia sentar. O elfo aproveitara a ordem. – Aqui é gostoso.

– É sim... – Ellie lhe sorriu e subiu as escadas deixando o elfo cair no sono no sofá.

Ellie passou pelo corredor, e foi estranhando o silêncio. Ouvia apenas os pavões lá fora, mas não era realmente um barulho. Escutou o ronco baixo de Lizzy que vinha da sala, e riu para ela mesma. Chegou em seu quarto e abriu a porta. O quarto de Ellie estava calmo, mas quando ela abriu a porta, a mesma sombra que vira há alguns dias estava ali, em pé, mais aterrorizante que antes. Ela se assuntou e deu um pequeno grito que logo foi calado pela mão da sombra.


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Harry já havia chegado à sede da Ordem da Fênix, a antiga casa de Sirius Black, acompanhado do verdadeiro Moody, Tonks e mais três bruxos aliados à Ordem. Eles estavam escoltando Harry já que não era mais seguro o garoto andar sozinho depois que Voldemort voltara. Na casa de Sirius, Harry reencontrou Hermione, Ron, Gina e os gêmeos, e com eles tentou escutar, sem sucesso, a conversa que rolava andares abaixo entre Sirius, Lupin, o Sr. e Sra. Weasley e mais alguns bruxos que pertenciam a Ordem. A voz de Snape também soava vinda lá de baixo, o que dizia que ele participava da organização. Quando o jantar foi servido e Harry e os outros desceram, Snape e alguns bruxos já haviam deixado o local.

– Harry... Potter! – Sirius aparecera e dera um grande abraço em Harry.

– Sirius!- Era uma das poucas vezes que Harry se sentia bem naquelas semanas

– Vamos, rapazes, vamos jantar! – A Sra. Weasley era só sorriso e levava todos à mesa que estava farta naquela noite. Todos se sentaram e começaram a se servir. Sirius não perdera tempo e logo começara a persuadir Harry para entrar na Ordem alegando que Voldemort também estava juntando um exército.

– Pare Sirius! – Molly se metera – Ele é só um menino!

– Não! Eu quero entrar! Se Voldemort esta reunindo um exército, eu quero lutar! – Harry erguera a voz e todos, menos a Sra. Weasley, viram Sirius piscando para ele num ato de aprovação.

O jantar continuou mais calmo, enquanto Tonks arrancava risadas de Hermione e Gina com suas imitações. Os gêmeos conversavam num canto, enquanto Lupin olhava discretamente para Tonks. Rony já estava no terceiro prato.

– Se me dão licença, tenho que ver algumas coisas lá em cima. – Sirius se levantara e Harry pensara em acompanhá-lo, mas resolveu não ser um chiclete no pé do padrinho. Escutou Sirius subindo as escadas.

– Harry você viu Monstro? – Rony estava ao seu lado.

– Vi sim... – Harry lembrara do elfo que vira andares acima.

– Ele só reclama! Parece alguém que eu conheço – Ron olhava para Hermione.

Os sorrisos de Ron e Harry foram interrompidos por batidas na porta.

– Ah! Finalmente! – Molly já estava tirando alguns pratos da mesa, quando se voltou para o corredor.

Moody olhou para Lupin que correspondeu o olhar sério. Os dois pareciam aprencivos quanto a visita que chegara. Tonks se levantou junto aos dois, e o resto os seguiu. Todos se levantaram da mesa e se dirigiram para uma sala ao lado do corredor, onde havia dois sofás estampados e duas poltronas antigas. A sala tinha um papel de parede velho, manchado pelo mofo que o tempo causara. Alguns quadros estavam pendurados e mostravam rostos desconhecidos, os possíveis antecedentes dos Black. Harry viu Tonks se sentar em uma das poltronas, mas não conseguiu fazer o mesmo por ansiedade de ver quem chegara. Ele estava ao lado de Ron e Hermione quando olhou para a Sra. Weasley seguir pelo corredor para abrir a porta.



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Notas finais do capítulo

Capítulo 17 em breve!