Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 17
Ordem da Fênix - 02


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:

Harry Potter e a Ordem da Fênix - (Parte 02)



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O trem passava em uma paisagem fria, cheia de colinas e um lago que as rondavam. A família Malfoy seguia viagem. Na cabine, estava apenas a Sra. Malfoy e seu filho.

– Está tudo bem, filho?

– Sim. – Draco era breve.

– Brigou com seu pai novamente?

– Não... É só a Ellie.

– O que tem sua irmã?

– Ela se arrisca demais... – Draco estava olhando para a paisagem – Você conhece meu pai. Não sei se ele vai suportar muito tempo.

– Do que você está falando?

– De devolvê-la! – Draco agora olhava para a mãe – Ele não a tolera.

– Draco, querido – Narcisa era doce – Seu pai não vai devolver a sua irmã. Isso já diz tudo. Ela é sua irmã. Parte da família agora.

– Se você soubesse as coisas que ela faz, não teria tanta certeza assim. – Era óbvio que Draco estava falando da amizade de Ellie com Harry, e as coisas que ela lhe dizia sobre sangue-ruins. Ela não se importava nem um pouco com essas coisas. Apenas escondia isso de Lúcio para não causar mais problemas.

– O que ela faz?

– Deixa pra lá... – Draco não ia contar isso – Você tem razão. Meu pai não faria isso.

Lúcio entrara na cabine segurando o braço. A marca negra o incomodava, mas não queria que Narcisa e Draco soubessem que Voldemort já estava lhe chamando. O Sr. Malfoy não estava com uma cara muito boa depois dessa notícia.

– Algo errado, querido?

– Não. Só detesto trens.

– Já vamos chegar. – Narcisa abria um livro. Draco ainda olhava para o nada. Pensativo demais. Até resolver soltar o que Lúcio esperaria de Ellie, não do filho.

– Por que você ainda segue Voldemort?

– Ora essa, filho, não pergunte bobagens.

– É verdade! De que adianta dizer que você o segue, se você foge dele. Você não parece gostar disso. Porque continua então? – Draco sabia que o pai tinha era medo de Voldemort, mas não iria falar isso.

– Voldemort luta por um mundo ideal, onde esses traidores de sangue e os de sangue não puro não existam. Você devia pensar o mesmo e não fazer esse tipo de pergunta estúpida.

– O que vale um mundo só de sangues puros se isso nos custa a vida de todos?

– Draco – Lúcio o fitou com os olhos de raiva e Narcisa percebeu tirando lhe a atenção do livro – Acho que você quer acabar entendendo isso por outros modos...

– Parem você dois. Draco, respeite as decisões de seu pai. – Narcisa sabia que tanto tempo com Ellie deixaria Draco daquele jeito. Mas Lucio não precisava saber disso para enfiar novas ideias a força no filho. Batendo, por exemplo.

– Desculpe. – Draco voltara – Também não gosto de saber da nossa raça pura se misturando aos trouxas. Só temo por você. – Draco se redimira com o pai, mas no fundo, não era o que ele pensava.

– Melhor assim. E não se preocupe. Seu pai sabe se cuidar. – Lúcio falara isso, mas ainda assim a marca negra flamejava e incomodava seu braço. Subindo lhe um certo pavor ao pensar em Voldemort. Lúcio sabia que mesmo se quisesse deixar de ser um Comensal da Morte, Voldemort não deixaria por pouco.

– Estou tão preocupada com sua irmã. – Narcisa desviara a tensão.

– Ela deve estar dando a Lizzy uns belos dias de férias. – Draco rira pensando no elfo.

– Definitivamente, Ellie não tem nosso sangue. – Lúcio estava sempre sério.

– Não diga isso. Ela é nossa filha de qualquer jeito. - Por um momento o mesmo medo que atingia Draco há alguns instantes de Lúcio devolver a filha, atingira Narcisa também.

– Eu sei, Narcisa. – Lúcio quase revirara os olhos – Ellie só tem que aprender certas coisas. Mas se não aprender por bem, aprenderá... – Lúcio viu os olhos de sua mulher – Aprenderá por bem também, querida!

– Do que vocês estão falando? – Draco teve um mal pressentimento.

– Seu pai e eu estamos pensando em um marido para Ellie.

– Marido? – Draco arregalara os olhos para a mãe. Isso não podia ser verdade. Em outro caso, Draco daria risada da situação da irmã, mas isso era realmente sério.

– Sim. Vocês tem somente mais três anos de estudo. Temos que ver o futuro de vocês. – Lúcio dava um sorriso - Eriky Basov pareceu um bom rapaz...

– Não acha que quem deveria escolher isso somos nós? - Draco elevara a voz. - Ellie nem gostou de Eriky. E vocês só o querem porque os Basov também seguem Voldemort. Ellie nunca aceitaria isso! Eu não aceitaria um casamento arranjado! Não vou aceitar.

– Querido, é só uma suposição. – Narcisa se assustou ao ver Draco naquele estado.

– Então suponham que nunca vamos aceitar isso. - Draco se levantou e saiu da cabine nervoso. Não poderia aceitar um casamento arranjado. E se seus pais escolhessem Pansy? Ellie também não aceitaria. Ele conhecia bem a irmã que tinha. Que ideia idiota era essa que seus pais foram arranjar?

– Amor juvenil...Aposto que Draco está interessado em Pansy e sabe que Ellie tem um namoradinho também. – Narcisa abriu um sorriso e Lúcio correspondeu.

Mas talvez Narcisa não fizesse aquele olhar sabendo que o garoto em que Ellie estava interessada, fosse ninguém menos que Harry Potter.

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Harry ainda aguardava ansioso, com seus olhos fitando o corredor. Quem havia de visitar a sede da Ordem da Fênix àquela hora da noite? Hermione e Ron faziam o mesmo.

– Entrem! – A Sra. Weasley abrira a porta que dava entrada à casa dos Black. – Vocês já jantaram?

– Sim, obrigado mesmo assim Molly.

Harry conhecia aquela voz. Era uma voz rouca que ele ouvira tantas vezes. Ele tentou somente ouvi-la em meio às conversas paralelas que aconteciam na sala de estar da casa dos Black. Hermione também estava atenta à conversa que acontecia atrás da parede do corredor, que tampava a porta de entrada. Ela olhou pra Harry e sorriu. Já tinha reconhecido a voz do diretor junto com ele.

– Estão com sede? Frio? – A Sra. Weasley parecia animada e receptiva.

– Não, não. Muito obrigada Sra. Weasley. – Harry também reconheceu a segunda voz.

Ellie apareceu na porta entre o corredor e a sala de estar. Dumbledore estava atrás dela enquanto Molly olhava o diretor com os olhos brilhando. Realmente o admirava.

– Boa noite a todos – Dumbledore encarava cada rosto que estavam na sala apreciando a grande visita. Muitos responderam quase ao mesmo tempo.

– Remo! – Ellie se virou primeiro para Lupin que lhe abriu os braços e lhe deu um grande abraço. Em seguida, Tonks se levantou e a abraçou mais forte.

– Porque não me escreveu?

– Ah.. Tonks, você sabe... – Ellie desfez um meio sorriso e Tonks entendeu.

– O que você está fazendo aqui? – Harry sorria, mas estava tão confuso quanto Hermione e Rony.

– Você saberá em breve Harry... – Dumbledore respondera antes que Ellie e seguiu os olhos para Molly que estava ao seu lado. – Ah, obrigado Molly. – A Sra. Weasley estava com um sorriso maior ainda e trazia uma bandeja com chá e biscoitos para todos. Dumbledore pegara uma xícara.

Ellie abraçou Hermione primeiro. Cumprimento Ron com um abraço sem jeito e por último Harry.

– Eu disse que veria vocês antes das férias! – Ellie sorriu para Harry que já estava sorrindo desde o momento que ouvira sua voz no corredor.

– O que faz aqui? – Harry repetiu curioso.

– Você já vai saber. – Ellie sorrira e fugira da pergunta – Eu ouvi dizer sobre os Dementadores... Sobre te expulsar de Hogwarts... Está nervoso com o julgamento?

– Não mais... – Ellie percebeu a referencia que Harry fizera a sua presença e corou. Os dois se olharam por dez segundos e a sala entrou em silêncio, assim como o olhar de Gina se fixou enciumado para Ellie. Dumbledore tomava um gole do chá quando olhou para as escadas, fazendo todos mudarem a atenção de seus olhos para a mesma direção. Sirius estava no pé da escada de frente para a sala ainda com uma das mãos encostada na ponta do corrimão. Ele usava um sobretudo que lhe dava um ar superior.

– Então você vem a minha casa e nem me cumprimenta... –Sirius parecia sério. Ele olhou primeiramente e somente para Ellie que o seguiu rapidamente com os olhos. – Devia ter mais consideração com seu próprio pai.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 17 em breve!