Ady Nower. escrita por Thalia


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Pontos a acrescentar:
Primeiramente, feliz dia das mães para todas aquelas que forem mães, ou tiverem mães.
Segundo, este capítulo é o maior capítulo que escrevi até agora e, presentei-os também com uma foto de como me inspiro ser Thalía, o que farei, a partir de agora, com todos os personagens em cada capítulo. Acredito que teremos muitos capítulos pela frente e poucos personagens, mesmo assim, espero que gostem.
Quanto aos erros, me desculpem. Novamente, não deu para dar uma segunda leitura.

Bem, Bem-vindos ao novo capítulo,
Espero que o novo personagem possa ser desvendado por vocês, pois muitas pistas são dadas, no entanto qual delas não é falsa?
Bj.



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Capítulo V –

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(Uma imagem de Thalía para quem estiver interessado em minha inspiração. Em breve, colocarei de outros personagens.)

–Não vejo algum problema em ir andando meu querido Avô. Não me preocupo com a falta de uma carruagem. –O avô a olhou tentando ver se alguma coisa havia sido mascarada em sua voz, mas nada havia acontecido.

–Tem certeza? Posso alugar uma chaise para buscá-la. –Disse o avô, carinhoso e preocupado. Thalia negou com delicadeza e, despedindo-se do avô com delicadeza. Posicionou a mochila e o violino sob as costas e começou a caminhada matinal. Lembrou muita das vezes, no caminho que percorria, a voz que murmurava no espelho. Sentia medo. A última vez que tivera visto algo assim percorria mais de dez anos e, voltar a se passar por louca não era algo bem quisto por seu cérebro.

“Sua mãe havia pedido para que a menina ficasse no quarto de castigo e ela sentou na cama pronta para cumprir o pedido de sua mãe. Olhava o cômodo com a leve pureza das crianças, o sorriso terno de quem espera o que não deveria ser esperado. Por sob o quarto uma sombra formou-se perto dela, quase a sua frente. Inocente demais para perceber aquilo como devaneio, a criança curiosa tentou tocar a sombra que se esquivou.

–Quem é você? –Perguntou numa voz doce e infantil. A sombra transformou-se num ponto negro e rapidamente respondeu:

–Eu sou Kileai. Comandada pela Conselheira. Liberte-me Thalía! Liberte-me!

–Eu não sei como fazer isso. –Murmurou para as sombras. Pareceram-se apenas dois piscar quando as janelas puseram-se a bater e quebrarem e as sombras gritaram correndo para o banheiro.

–Deixem a idiota da Thalía em paz! Ela é minha! –Gritou uma voz. Os papéis dos exercícios matutinos de francês voaram da escrivaninha. Thalía começou a se ver apanhando dos papéis e antes que pudesse se dar conta estava gritando e sua mãe a sacudindo, gritando para que Thalía parasse.

Abriu os olhos. Não havia percebido que os havia fechado até o momento em que tudo se acalmou. Sua mãe a apertava sob os ombros, chorando. Thalía podia jurar que uma folha de papel havia a cortado, mas a dor, na verdade, só se encontrava no seu interior. Sua mãe explicou que ela estava tendo um sonho bastante agitado, no entanto, era difícil acreditar que aquilo tudo tivesse sido um sonho. O quarto, mesmo assim, estava intacto e as janelas em seus devidos lugares, com as costumeiras cortinas.

–Calma. O pesadelo já passou querida. –Disse sua mãe. Como qualquer criança Thalía acabou cedendo e acreditando. Não podia questionar o fato. Mesmo assim, quase deixou tudo a perder ao ver as sombras saindo do banheiro e agradecendo. Ela sorriu, não estava, de fato, enlouquecendo. “

–CUIDADO!- Ouviu ao ponto de ser levada para o lado direito quase sendo atropelada por uma carruagem. O simples toque da mão daquele na sua pareceu queimar seus dedos como gelo ao mesmo tempo em que uma sensação de arrepio tomou conta de seu corpo. Olhou para si percebendo que seu vestido azul encontrava-se intacto e ruborizou-se logo em seguida quando fora agradecer a seu salvador.

Não era de costume da época que um garoto tocasse tão abertamente uma garota assim, mesmo que estivesse salvando-a. A vergonha tomou conta das bochechas da menina enquanto ela tentava não encarar o menino que encontrava-se a sua frente de maneira tão elegante e aristocrática.

O garoto possuía os cabelos negros conforme o da garota. Parecia que o véu da noite havia instaurado tanto sob seus cabelos como por sua áurea negativa. Possuía os olhos dourados, felinos tais como de um gato, com pequenas gotas enegrecidas sob o dourado do homem que se pareciam intensificar quanto mais ele olhava para a garota. Possuía duas covinhas quando sorria, o que ela percebeu ao vê-lo sorrir desconcertado com toda a situação. Logo após sua postura mudou dando lugar a um ar mais avantajado e sério, olhando-a também com a mesma intensidade. Desta forma ele parecia possuir pouco mais de vinte um ano.

–Tome mais cuidado, senhorita. –Disse ele e ela assentiu, engolindo todo o bolo que se formava em sua garganta. Quando o via. Os olhos pareciam ter um certo mistério. Usava este uma blusa branca de botões, uma justa-corps preta com um lenço verde escuro merecido por um broche que parecia de família. Um triângulo do qual partia um ”X” onde em cada ponta do X era dividido em três ramos. Muito delicado e bonito por sinal. Usava cullotes e botas.

–Sim Senhor. –Murmurou prestes a voltar à caminhada, quando ouviu um pigarrear:

–A senhorita não deveria andar sozinha. –Insinuou o homem.

–O senhor me desculpe, mas não preciso de companhia. –Disse.

–Não foi isso que pareceu. –Disse o jovem e arqueou uma sobrancelha, de forma enlouquente.

–Está querendo acompanhar-me Senhor? –Perguntou sem entender. O garoto tirou o violino e a mochila das costas da menina, respondendo-a:

–Hábitos conservadores senhorita. Damas não deveriam andar sozinhas.

–Gosto de pensar. Consegui convencer minha família de não alugar um chaise. –O homem sorriu.

–A jovem senhorita então prefere ser revoltosa contra os preceitos da sociedade. Uma atitude já de sangue ou somente sua mesmo? –Perguntou-lhe acompanhando os passos rápidos dela.

–Minhas sinceras desculpas senhor, mas nem o conheço para ficar falando da minha vida. –O jovem parou, olhou a moça e deu uma risada sarcástica. O jeito afetado e sem escrúpulos para com a sociedade parecia tomar conta dos olhos do mocetão.

–De fato Concordo Srta. Esqueci, por ventura, de me apresentar. Mas discordo que não me conheces. Ou melhor, discordo que eu não te conheço, pois embora fostes muito nova para lembrar de mim no terreno de vossa família, já estive lá algumas vezes. Agora, se acaso acreditas que não nos conhecemos o bastante para qualquer coisa, fostes uma atitude impensada sua entregar-me sem problemas as suas coisas sem nem ao menos saber de minhas intenções. –A garota parou, engolindo todas as informações até ali dadas. Havia um pequeno ar de desentendido sob seus olhos quando os lábios fizeram um pequeno sorriso. Era inocente demais para a idade que possuía, no entanto, não era burra comparada as meninas de sua idade.

–Ora, não foi o senhor que disse que já nos conhecemos? –Perguntou dessa vez parando sem entender o porquê o jovem queria enganá-la.

–Claro. Claro. –Ele deu uma leve risada, percebendo a perspicaz da menina. –Chamo-me Dylan Guilbert Riccer. –Thalía achou estranho que o homem não demonstrasse possuir algum status que fosse.

–Encantada Sir. –Disse fazendo uma reverencia, mas com a sobrancelha levemente arqueada de forma divertida, como se estivesse curiosa ou apenas fazendo aquilo de forma sarcástica. –Chamo-me Thalía Larousse.

O homem segurou a falange da moça que novamente sentiu aquele arrepio estranho, como se seu coração estivesse desmoronando numa cascata de gelos. O olhou tornando a ver seu olhar sombrio enquanto beijava a mão da menina. Parecia que o ar lhe faltava. Não conseguia entender se estava vendo coisas, ou se era realmente o olhar dele.

–O prazer é todo meu Senhorita Larousse. –Inconscientemente a menina lembrou-se das sombras, estas que viviam a perseguindo. No entanto, as sombras pareciam dar mais medo do que aquele garoto.

Voltaram a andar.

–Para onde está indo Senhor? –Perguntou inocentemente.

–A senhorita parece muito inocente e diria que curiosa Senhorita Larousse. Espanta-me que não se atenhas ao que os outros pensariam com esta sua pergunta. Ora, aproveite o passeio. –A garota assentiu. Estava realmente parecendo uma garota sem portes, quando só deveria aceitar a ideia de que ele a acompanharia. Estavam se aproximando de um pequeno colégio de moças, com a arquitetura barroca e sinistra. Muitas garotas estavam sentadas no gramado em frente ao colégio, em sua maioria, conversavam com garotos. Pensava que chegaria atrasada, mas parecia não fazer diferença. O primeiro tempo parecia ser mais para isso mesmo. Aproveitar a companhia.

–Ora, suponho que devo acreditar que o senhor já esteve aqui conversando algumas vezes, não? –O homem riu. Não parecia ter nenhuma pontada de ciúme na voz da menina, embora ela no fundo, estivesse transtornada com a possibilidade do jovem mocetão já ter alguém para conversar.

–Sim de fato. Venho aqui na maioria das vezes para arrumar uma pessoa para conversar. –O homem se segurou para não mostrar a menina que estava rindo. A menina, por sua vez, percebeu como estava sendo intrometida. Isso não deveria ser uma atitude sua.

–Me desculpe à intromissão Senhor Riccer. Suponho que já possua uma dama para conversar. Peço licença, contudo. –O homem então, já achando mais graça do que deveria, soltou uma risadinha baixa, enquanto a olhava com o olhar bem mais sério do que antes, tragando-a para o universo dourado.

–Vim até aqui para encontrar contigo Senhorita Larousse. Não é preciso que eu encontre com outra menina, desde que você não me ache tedioso o bastante para uma conversa agradável como esta. Se me permites dizer, estava indo ao trabalho. Antes que vossa curiosidade pergunte, trabalho no escritório do Senhor Legrand. Não imaginava que teria que acompanhar a jovem fragilizada. –Ele deu mais um de seus sorrisos e suas covinhas fizeram Thalía volta os olhos para baixo, levemente corada.

–O senhor permita-me dizer, todavia, se minha fragilidade o perturba é porque, de fato, ela não é tão ruim assim. Mas agradeço-o, mesmo assim. –Ele estava admirando-a, quando se deu conta de que já era a hora de se despedirem. Entregou-a mochila e o violino.

–Não sabia que tocavas. O que carregas, afinal, nessa mochila pesada?

Antes que a menina pudesse responder, uma corneta ressoou por todo o ambiente e instintivamente ela assentiu, Olhou as meninas voltando para dentro da sala, os garotos partindo para algum lugar que ela não fazia ideia de onde fosse até que voltou seus olhos para seu acompanhante.

O susto foi perceber que ele não se encontrava mais ao seu lado e, onde porventura havia sua imagem encontrava-se ali um livro de capa grossa sob o chão, do qual ela não conseguia ler a capa. Lá dentro, parecia haver uma carta, mas ela sabia que ainda não podia lê-la.

Pegou o livro, olhou para os dois lados, procurando ainda o garoto e, percebendo que ele realmente não se encontrava ali, partiu para o colégio.

Por sob uma árvore, na sombra das folhas, ali se encontrava um gato. Negro e com os olhos verdes, ele ficou ali olhando tudo até que a menina entrasse no colégio, segurando o livro. Foi quando enfim, ele desapareceu pelas sombras, junto do vento que balançava as copas das árvores, levando tudo que tinha pelo caminho.

Inclusive seu cheiro.


================Fim do 5ºCap.======================

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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Notas finais do capítulo

Detalhes que preciso comentar, embora imagino que ninguém venha a ler.
Estou sentindo falta dos leitores que sempre vinham comentar. Confesso que minha demora com os capítulos e também com as respostas as reviews são gigantescas, no entanto, não imaginava que pudesse desanimá-los tanto assim.
Sinto dizer que, caso não apareça ao menos 2 leitores a mais para a leitura desta história que faço com tanto zelo, pesquisando e me atentando aos erros, precisarei excluí-la...
Bom, talvez vocês não se preocupem com isso... Todavia, é o que tenho a dizer.
Thalía.



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