Ady Nower. escrita por Thalia


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Seja bem vindo a este pequeno prelúdio..
A insanidade como a melhor amiga dos errantes, os erros como os melhores amigos dos pecadores...
Todos nós dependendo de Ady Nower... Nossa pequena loucura infinita...



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Prólogo:

A pequena canção tocava no quarto. A música simples entorpecia o pequeno bebê que brincava no berço. A janela encontrava-se aberta e, o vento da manhã nostálgica balançava as cortinas brancas que, porventura, pareciam dançar em conformidade a música. O bebê olhou rapidamente para o vulto que se encontrava no quarto e riu graciosamente como as crianças riem quando veem alguém conhecido. Este, por sua vez, limitou-se a dar um pequeno sorriso de lado posicionando, logo em seguida, o dedo indicador sob os lábios.

Aproximou-se do mesmo enquanto a graciosa criança coloca as mãos sob a boca, mostrando que também ficaria quieta. Os passos do vulto mesclaram-se a música sendo inaudíveis por sinal. Tocou a testa do bebê num beijo cálido e a pequena fechou os olhos. Sorriram ambos.

–Isto é para te proteger Thalía, sempre. –Disse o indivíduo e colocou sob o pescoço da menina um pequeno e delicado colar com um pingente de brilho esmeralda. Este se pôs, logo em seguida, a distanciar-se e a criança continuou a olhá-lo até sua despedida nas sombras. Tocou, então, sua mãozinha no pingente sob o peito e ficou a olhar, compenetrada, o colar, até que colocou este em sua boca. Sucederam-se, logo após, a parada da melodia nórdica e a porta fora rapidamente aberta pela mãe da menina. Os cabelos negros presos em um coque, os olhos negros e grandes. Usava um vestido cinza e ainda tinha em uma das mãos um pacote marrom de compras, de onde poderia enxergar um pé de alface. Ao ver a menina com algo na boca, soltou o pacote que se esparramou pelo chão, derrubando não somente a alface, como também uma lata de leite. Tirou assim o pingente, não o tirando da menina.

–Quem te deu isso Thalía? –Perguntou a mãe tentando manter a calma em sua voz, porém o espanto e a vontade de desatar em lágrimas pareciam ocupar lhe a mente.

–Um anjo. –Disse a menina e a mulher se assustou, no primeiro momento. Voltou seus olhos para a janela, as cortinas ainda sacolejando despreocupadas com a possível chuva que viria. Aproximou-se rapidamente da mesma, na intensão de ver algo, mas sabia que nada via. Por via das dúvidas, fechou a janela, tirando a menina do berço e levando-a rapidamente para fora do quarto.

–Vamos Thalía. Graças a Deus você está bem. –Disse a mulher mais aliviada.

A menina deu uma leve risada, embora a mãe não tenha percebido preocupada em fechar a porta, sem ter que virar na direção da mesma, entretanto lá estava o seu anjo, dando um leve aceno com as mãos, voltando para o escuro, do qual outrora havia saído.

A música recomeçou. O conserto ainda não havia nem mesmo começado. Disso, nem mesmo a mãe de Thalía poderia um dia saber. Se é que descobriria.

*







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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegarem até aqui. O que acharam?