Make Your Choise escrita por Skull


Capítulo 6
Castellan


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, me desculpem pela demora. Eu estava de viajem, e programei para postar no tablet, mas... É horrível aquele teclado, ainda não me acostumei. Espero que meus fiéis leitores ainda estejam aí.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/309880/chapter/6

A autora recomenda esta música para maior tensão na história.

H E R M I O N E - P O V

Gritos vindos da sala ao lado. Por Gryffindor, mais um jogo, eu não iria aguentar. Nem Hanna, nem Clarisse, que parecia tão fraca quanto eu. Peeta suava frio, dava para sentir. Nós estávamos andando há algum tempo. Depois da gaiola de ratos, ou qualquer que seja o nome daquele instrumento horrível, achamos um corredor. Eu, Hanna, Peeta, Clarisse e o loiro, Luke. Mundungo estava... Com a cara amassada, deitado em agulhas, no chão da gaiola. Minhas lágrimas estavam secas no rosto, fazendo uma trilha de sujeira. Fuligem, sangue e tristeza no mesmo lugar. Não havia mais o que chorar, eu estava me conformando com a ideia de já estar basicamente morta.

Peeta andava na frente, seguido por Hanna, que não desgrudava dele. Se estivéssemos em outra história, em circunstâncias mais amenas, eu diria que os dois seriam o par romântico. Mas não era o que parecia. A loira estava totalmente abalada, completamente insana pelo medo. Eu não a culpava, aquilo era... Era loucura.

- Peeta? - chamei, tentando atrair sua atenção. Estávamos em outro corredor horrível, quando um grito masculino atingiu nossos ouvidos. Clarisse olhou para mim de uma forma assutada e agarrou minha mão, tentando fazer uma pose de coragem logo após. Revirei os olhos e olhei para o garoto de novo. - Você... Reconhece? Os gritos? Estou com medo de descobrir...

- Eu também. Mas é a única saída. Eu não quero ficar lá... Naquela sala. - respondeu ele, a voz tensa, acelerando o passo. Já dava para ver a luz depois daquele corredor escuro. Era como o outro, a diferença de menos luzes piscando, e mais apagadas. 

Suspirei, andando junto com eles. Mas algo me fez parar, alguém. Luke estava parado no meio do corredor. Ele tinha uma expressão triste. Estava chorando, olhando para baixo, reto, feito uma pedra. Me aproximei, tentando ao máximo não fazer barulho. Ele era bem mais alto que eu, por isso, apenas me postei abaixo dele, para poder ver seus olhos.

- Eu acho que sei por que estamos aqui.

Prendi a respiração, ficando tensa. Precisava de respostas, como todos eles, mas não sabia se queria obtê-las. Por fim, engoli seco, aguardando Luke continuar.

- Eu tive um sonho... Sabe, semideuses costumam ter sonhos... Reais. Avisos. Coisas acontecendo, visões. E tinha um homem... Tinha um homem com uma máscara de palhaço... Não, não era bem um palhaço. Ele tinha a cara toda branca, e umas coisinhas vermelhas nas bochechas... Enfim, ele estava...

- Ele estava o que, Luke? - falei, para estimulá-lo. Estava com medo do que poderia vir. Precisava muito da minha varinha. - Continue.

- Ele estava parado, olhando para mim. Em uma sala escura. E então ele começou a dizer... Por que estava falando comigo. Ele sabia que eu estava lá o olhando. E disse que... Nossa existência estava em perigo. Disse que nós, ou quem quer que sejamos nós... Estávamos sendo apresentados como simples humanos, não como heróis ou vilões... Só... Humanos.

Flashback

"Olá, Luke, e bem vindo aos seus sonhos. Sua existência será posta à prova. Você e os seus companheiros de jogo sempre foram vistos como heróis, vilões, mocinhos ou bandidos. Neste lugar, neste local de corte... Irão ter de provar que são humanos. Acessíveis. Por isso, eu expurguei todos os poderes de vocês. Apenas habilidades puramente humanas estarão em jogo. Para vermos quem é digno de sobreviver"

Off

Eu estava prestes a abraçá-lo quando outro grito horrível veio da sala depois do corredor. Luke levantou a cabeça rápido, e eu virei a tempo de ver Peeta, Hanna e Clarisse saindo correndo. E, logo depois, um estampido alto, do local. Peguei na mão de Luke e saí correndo com ele também, para perto dos outros. Antes de chegar, deu para ouvir Hanna gritando com alguém. Alguém da sala. Ela estava com a voz de quem está pasmo.

- Sua vadia! Vocês está viva!

Quando chegamos, meus olhos se encheram de lágrimas. Estavam todos eles ali. E eu reconhecia cada rosto, é claro. Havia lido tantos livros.

Era uma roda gigante. Gigante mesmo, enorme, com lâminas em cada ponta. E haviam pessoas amarradas pelos pulsos nela... Pessoas, amigos... Simples humanos, como disse Luke. Eu havia pensado que não havia mais o que chorar, mas...

A primeira pessoa amarrada pelo pulso era uma garota. A pele azeitonada, corada, até. Estava suando. Tinha os cabelos escuros presos de lado por uma trança, e olhos cinzentos que vasculhavam o lugar. Uma placa de metal ao seu lado dizia seu nome, escrita em vermelho. Katniss. Ao ver a garota, Peeta correu para ela, tentando alcançá-la. 

Hanna estava parada, petrificada, olhando para uma outra garota, loira de olhos azuis e o rosto em forma de coração. Sua placa dizia Alison. Ela respirava forte, olhando para Hanna como se pedisse desculpas. E havia ele... Lá estava, cabelos despenteados, óculos redondos, olhos verdes... Fechei os olhos, vendo as lágrimas cair, com o rosto de Harry na mente. Ele estava chorando. Eu quase nunca o via chorar. Se ele estava ali... Ron também estava.

E haviam outras pessoas também. Garotos, garotas, adolescentes. Uma menina com o rosto pálido e cabelos escuros, cuja placa dizia Bella, chorava baixinho. Um outro garoto... Percy, muito parecido com Harry, mas sem óculos, e um pouco mais bonito, eu diria, olhava fixamente para Luke e Clarisse. E também havia uma menina de cabelos longos e escuros, olhos castanhos, que clamava por um tal de Daniel. Sua placa dizia Luce. Um outro garoto com cabelos escuros e olhos sérios, intitulado Darren, era o único que estava com os pés no chão. 

Muitas pessoas mais. Muitas. Seus pulsos marcados pelas cordas firmemente apertadas, alguns sangrando. A roda gigante, uma estrutura de ferro escuro e enferrujado, parecia que ia cair a qualquer momento, mas não deu sinais disso. Olhei, aflita, para Harry. Ele estava muito alto. Mesmo que tentasse alcançá-lo, não poderia.

- Sejam bem vindos. - disse a voz sinistra. Aquele boneco. Aquele palhaço. De novo. Fechei os olhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo tenso... Vamos para a interatividade. O que vocês querem que aconteça agora?
1 - Que Jigsaw esclareça os reais motivos deles estarem ali e dê início ao jogo.
2 - Que o jogo comece sem explicações, para todos desvendarem mais tarde.
Opinem! E muito obrigada pelos reviews, é isto o que está me movendo.