Make Your Choise escrita por Skull


Capítulo 5
Cullen




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A autora recomenda ouvir esta música para maior tensão na história

H A N N A - P O V

Eu chorava desesperada. Não havia o que fazer com aquele homem... Triturado, fatiado, ou qual quer que seja o nome de como ele estava. Respirava forte, agarrando a mão de Peeta, enquanto o boneco gargalhava. Uma luz nos cegando, me impossibilitando de ver muita coisa. Clarisse e Hermione atrás de nós dois, acuadas. Minha pressão provavelmente estava caindo, porque eu me sentia mal, como se fosse desmaiar. Agarrei o braço de Peeta, o puxando, louca para sentir alguém vivo naquele lugar. Nesta hora, comecei a sentir a falta de -A. Era tudo tão mais ingênuo perto daquilo.

Berrei, quando outro barulho muito forte veio de uma das paredes. Peeta fez um "shiu" para mim, e eu obedeci, segurando a boca com uma das mãos. Caladinha, Hanna. Avançamos, Hermione pegando em meus braços, e Clarisse em minhas costas. Todos juntos, andando em direção à parede. Eu estava com nojo de sentir as mãos da garota que matara Spencer em mim, mas precisava de maior proteção possível, por isso, não reclamei. Chegamos à parede, e a luz baixou, porque estávamos atrás das vacas... Fatiadas. Fiquei imaginando se o homem dentro da máquina estaria assim. E deu vontade de vomitar.

Vamos. Tem um corredor ali. - esclamou Peeta, puxando-me.

Eu não queria avançar, mas precisava, aparentemente. Respirei fundo, andando a passos curtos. O corredor era escuro, e tinha algumas luzes piscando macabramente. Estava com vontade de voltar, ms poderia ser pior. O boneco ainda gargalhava.

Tem uma coisa ali... Parece alguém. Não, espera... - Disse Peeta, apontando com dificuldade para a sala no fim do corredor. Sem aviso, ele correu até lá, deixando nós três para trás. Olhei para Hermione, que estava com lágrimas nos olhos, e puxei ela e Clarisse para perto de Peeta de novo. Este, gritou. - O que é isso?

– Parece uma gaiola. Parece... Parece uma gaiola de ratinhos. - completou Hermione, com as mãos na boca, espantada. Foi aí que eu entendi.

A estrutura à nossa frente era uma imensa gaiola de ferro, que mais parecia um viveiro gigante de hamsters. Mas, ao invés de hamsters, eram pessoas. Três. Quando todos nós entramos na sala, uma luz se acendeu lá em cima da gaiola, revelando ninguém menos que...

"Olá, Edward. Hoje, quero ver você ser o vampiro forte e bonzinho que ama e protege sua Bella. Ela também está neste lugar, por culpa sua. Você a abandonou quando ela mais precisava, e depois voltou se redimindo. Não é assim que as coisas funcionam, meu caro. A estrutura onde você se encontra tem mais duas pessoas. Mundungo Fletcher e Luke Castellan. Os dois abandonaram pessoas, assim como você, mas por motivos diferentes."

"Apenas um pode sair daí. Os outros ficarão presos para todo o sempre, ou então, serão mortos. Qual de vocês ama mais? Valorizem suas vidas."

As correntes que prendiam Edward pelos braços caíram, e ele entrou direto na gaiola. Dentro de um daqueles brinquedos de rato, aqueles que o ratinho ficava girando, girando... Como era o nome? Enfim, não importava. Peeta me recolheu, puxando-me pela cintura, e eu pudei Hermione e Clarisse para encostarmos na parede. Não dava para entrar na gaiola. Eles estariam sozinhos.

Clarisse? Clarisse, é você?! - gritou uma voz, e me virei para encarar um garoto loiro, com uma cicatriz no rosto se aproximar da grade da gaiola.

– Srta... Granger? - quem disse foi um velho, meio careca e capenga, na outra extremidade da gaiola. Hermione tremia. Olhei para ela, e vi ódio em seus olhos.

Por sua causa, Moody está morto! Seu... - disse ela, mordendo o lábrio inferior.

A roda de Edward começou a girar, e ele saiu rapidamente dela. Foi então que eu percebi que o chão da coisa estava cheio de...

Agulhas. - exclamou Peeta, arfando, quando Edward pisou em algumas e berrou. Ele estava descalço. Todos estavam descalços. Clarisse se aproximou da grade e sussurrou algumas coisas no ouvido do loiro. Depois, voltou em nossa direção.

Ele andou até Edward, pisando com cuidado, e arrancou algumas agulhas do chão. Eu pude ver agora que eram grandes, afiadas, grossas e muito pontudas. Edward ofereceu a mão, pedindo ajuda para levantar, mas o loiro... Gemi de nojo. Ele enfiou duas das agulhas nos olhos do vampiro. Este, berrou de dor, colocando as mãos no rosto, que escorria de sangue. Ele era tão branco, e agora estava todo pintado de vermelho.

Cuidado, Luke! - gritou Clarisse.

Mundungo se aproximava com um pedaço de ferro na mão, provavelmente tirado do chão da gaiola. Ele andava com cuidado também, fazendo caretas quando se machucava com as agulhas. Edward gritava. O careca andava rapidamente, driblando as agulhas, até chegar bem perto dos outros dois. Edward tentava agarrar Luke, sem sair do lugar, mas o loiro desviava, em vantagem porque o outro não podia vê-lo. Mundungo se aproximou o suficiente, enquanto Luke não olhava, e levantou o pedaço de ferro ao alto, sorrindo, em silencioso. Antes que pudesse atingir Luke com o pedaço de ferro, o vampiro tombou para a frente, caindo em cima das agulhas e desequilibrando Mundungo, que arfou, quando pisou em uma agulha particularmente grande, que se enfiou inteiramente em seu pé. Edward não se mexia.

Elas atravessaram o peito dele. Edward Cullen fora empalado. Luke olhava assustado para a cena, e o velho também. Todos olhavam, inclusive eu. Não podia fazer muita coisa para ajudar... Hermione gritou, e eu escondi os olhos no pescoço de Peeta. O coração dele estava acelerado, como dava para sentir. Não vi o resto da cena, só ouvi. Bang, bang, bang. Gritos. Hermione gemendo, chorando. Clarisse em silêncio, mas eu podia sentir sua tremendeira de onde estava. Peeta com o coração acelerado. Eu chorando. Gritos de dor vindos da gaiola. Edward provavelmente estava morto. E os outros dois?

Tudo o que sei é que... Desde pequena, sempre tive medo de agulhas.


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Notas finais do capítulo

Quem vocês acham que sobrevive? Ouçam a música, por favor, é a minha preferida para escrever. Agradeço à todos pelo carinho com a fanfic, e espero que possam me ajudar a divulgar, se puderem. Amo muito vocês.