Make Your Choise escrita por Skull


Capítulo 4
Granger




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A autora recomenda ouvir esta música para maior tensão na história.

P E E T A - P O V

Hanna estava passando mal. Não havia nada que eu fizesse que melhorasse seu humor. Depois que Spencer havia morrido, o chão dos espinhos voltou ao normal, e nossa gaiola de vidro desceu lá. Clarisse segurava uma faca, assustada, e olhou para nós com lágrimas nos olhos, como se pedisse desculpas. Eu sabia que não era culpa dela, mas...

– Vadia! Olha o que você fez com ela! Você a matou... Você a matou, cachorra! - berrou Hanna, assim que saiu da gaiola, por cima. Tive de a segurar pela cintura para que ela não avançasse em Clarisse. A loira estava completamente descontrolada. Seus enormes olhos claros agora estavam escuros, manchados de vermelho, o rosto inchado e triste. Hanna tremia. - Ela nem teve... Tempo... P-para se defender, olha...

– Hanna, calma. Olha pra mim. Calma, certo? - pedi, puxando-a para mim e a abraçando à força. As lágrimas da menina molhavam minha camiseta, mas não importava. Era melhor ela chorar em mim do que tentar matar a outra. Olhei para Clarisse, com os olhos apertados. - Sabe como veio parar aqui?

– Não. Só me lembro de estar treinando e... Depois, mais nada. - respondeu, com a voz rouca.

– HARRY? RONALD?

Alguém esmurrava uma porta. Ao procurar de onde vinha o som, vi que saía de uma porta bem ao lado da cama de Spencer. Hanna levantou a cabeça, assustada com o som. "Respira, Peeta." pensei comigo mesmo. Meu peito quase pulava, com os batimentos acelerados. Clarisse pegou as outras facas e enfiou no cós da calça, sem nenhuma proteção. Me perguntei se aquilo não machucava. Mas, enfim, não era da minha conta. Segurei Hanna pela cintura, mantendo-a perto de mim, enquanto comecei a andar em direção à porta.

Não tinha tranca, só uma maçaneta enferrujada e velha. Uma placa acima da porta, em vermelho, dizia "Sala de Cortes". Engoli seco, pegando lentamente na maçaneta. Bem no centro da porta havia um ponto de interrogação gigante pintado de vermelho, que escorria, como se fosse sangue. A porta pulava, de tanto ser esmurrada. E uma voz feminina saía de trás dela.

Quem é? - perguntei, tenso. Já estava farto daquele lugar. Era, com certeza, pior do que a Arena. As duas.

– Quem é?! - respondeu a voz.

Peeta Mellark, Hanna Marin e Clarisse...

– La Rue. - completou Clarisse. Hanna fungou.

– Eu sou Hermione Granger. Podem me tirar daqui? - disse a voz, batendo de leve na porta. Peguei novamente na maçaneta e a puxei, abrindo. A coisa rangeu, mas, atrás, pude ver uma garota de cabelos castanhos, meio loiros, olhos profundamente castanhos e assustados e um rosto muito bonito.

O local onde ela estava era uma sala gigantesca, bem escura. Tinha bois e vacas cortados, pendurados em araras no teto. Fedia como Haymitch sem tomar banho por dias. Havia sangue no chão, e, eu pude ver que, nas paredes laterais, haviam máquinas com lâminas enormes. Em uma destas máquinas, uma mão... Saía de dentro. Olhei desesperado para Hermione. Que diabos tinha acontecido ali... Ela tinha um gravador nas mãos, todas sujas de sangue.

Eu não sei onde está a minha varinha e... E... Ele estava lá grudado naquela máquina e essa voz... Essa voz me mandou... Disse que era para eu salvá-lo mas... Mas eu estava tão nervosa que não consegui pensar eu... Eu... - desabou Hermione, apertando o botão do gravador.

"Olá, Granger. Desde sempre, sua vida fora muito difícil, e você precisou se provar. Provar que conseguia ser a melhor, provar que conseguia ultrapassar à todos. Provar que podia ser reconhecida. Você foi uma boa menina, sim, mas, hoje, eu lhe ofereço a opção de salvar. O homem que está amarrado em sua frente tem apenas dois minutos de vida, a não ser que você o salve. Tudo o que precisa fazer é impedir as máquinas de funcionarem. Consegue fazer isso? Consegue ser esperta o suficiente para salvar uma vida? Faça a sua escolha rápido, Hermione, ele não tem muito tempo."

Arfei, chocado, entrando na sala. Hermione junto de mim, Hanna basicamente em meus braços, e Clarisse atrás. Porra...

Tem que ter uma saída.

Tem uma outra porta, mas está trancada. - disse Hermione, colocando as mãos ensanguentadas nos cabelos. Eu podia imaginar o que ela havia passado ali. Seus olhos estavam cheios de lágrimas novamente.

Eu já estava no centro da sala, olhando, de longe, a mão do cara na máquina, quando uma gargalhada terrível chegou em meus ouvidos. Arrepiou meu corpo inteiro. Uma luz cegante foi parar em minha frente, tapando minha visão. Quando acostumei os olhos, colocando uma das mãos em cima deles, pude ver um boneco de cabelos pretos, curtos, oleosos. A cara branca, com desenhos em vermelho nas bochechas. A mandíbula de ventriloquo fazendo movimentos conforme gargalhava. Ele andava em um triciclo vermelho e branco, que fazia barulho de enferrujado.

Foi então que a porta por onde entramos bateu com força, fazendo um barulho assustador. E a gargalhada foi ficando mais alta, mais alta...


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Notas finais do capítulo

Dedico este capítulo ao meu gostoso namorado que tem melhor gosto musical para tensões do que eu, e que sugeriu a música deste aqui. O Gui. Obrigada por encher meu saco, coisinha.



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