Make Your Choise escrita por Skull


Capítulo 3
Hastings


Notas iniciais do capítulo

E o vencedor da interatividade foi...



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A autora recomenda esta música para aumentar a tensão na leitura.

Assim que o relógio parou e decidimos que precisávamos sair dali, um barulho muito forte, como uma coisa se destrancando veio da sala ao lado. Peeta olhou para mim preocupado e me ofereceu sua mão, para que pudesse me puxar até o recinto. Assim que passamos pela porta, olhei para a mesa onde estivera presa há instantes... E agora, com a mente mais quieta, porém ainda com medo, eu podia pensar sobre os motivos de estar ali. Quem era aquele palhaço? E quem eram... As outras pessoas que estavam ali. Se Peeta estava comigo, eu estava quase adivinhando que logo, mais alguém de outro lugar completamente diferente também se juntaria à nós.

Como eu estava certa.

- De onde você é? - perguntou Peeta, querendo quebrar o gelo, enquanto examinava a mesa. 

- Roswood. É uma pequena cidade nos Estados Unidos... Você?

- O que é "Estados Unidos"? - disse ele, virando-se para mim com uma careta de curiosidade. Franzi o cenho, estranhando a pergunta.

- Sério mesmo? 

Peeta me ignorou, olhando com cuidado a mesa. Mais precisamente, embaixo dela. Arfou, me fazendo abaixar também. Não tinha percebido antes, mas, ali, havia um tipo de porta com uma tranca de ferro, provavelmente fora o que fizera aquele imenso barulho. Ele olhou para mim, misterioso, e meu coração disparou. Colocou aquelas grandes mãos na tranca e puxou a porta, fazendo um barulho de rangido tremendo... Que me arrepiou inteirinha. O loiro colocou a cabeça para olhar lá dentro, e gemeu.

Ajudei-o a levantar a porta e me deparei com uma escadinha de latão prateado. Peeta passou à frente e começou a descer, sem hesitar, apesar de eu poder ver que ele evitava olhar para baixo. Engoli seco e me posicionei para descer também.

Era tipo uma cabine no teto. Feita de vidro. E nós estávamos dentro dela. Logo abaixo, duas pessoas dormiam em camas feitas de metal, com travesseiro e tudo. Travesseiros pretos.

Foi quando percebi que conhecia uma destas pessoas. Era Spencer Hastings, uma de minhas melhores amigas, ali, deitada, com um galo gigantesco na cabeça e sangue escorrendo pelo nariz. A outra pessoa, também uma menina, era mais forte que Spencer, e tinha cabelos curtos. Eu nunca a havia visto na vida, apesar de ter a impressão de a conhecer.

- O que estamos fazendo aqui? - sussurrei. Foi quando olhei em volta e descobri que Peeta segurava um gravador igual àquele da sala da coleira. Ele fez sinal para que me calasse e foi o que fiz.

"Olá, Hanna, e olá, Peeta, caso ainda esteja vivo. Meus parabéns à Hanna se estiver. Em todo caso... Sejam bem vindos ao jogo de Spencer e Clarisse. Tudo o que vocês tem de fazer é observar, e ouvir o que elas falarem. Não se preocupem, ninguém pode ouvir vocês"

- Droga. - reclamei, batendo no vidro, tentando fazer Spencer me ouvir. Claro que não adiantou.

Depois de longos minutos, comigo e com Peeta completamente em silêncio, meus olhos grudados em minha amiga, ouvimos um barulho vindo da sala onde elas estavam. Era o chão, que começava a se dividir ao meio, expondo abaixo, uma série de estacas de ferro bem pontudas... Peguei, instintivamente, na mão de Peeta, tremendo. O som do chão fez Spencer e Clarisse pularem de suas camas.

- Mas onde Hades eu estou?! - berrou a garota de cabelos castanhos. Tinha a voz grossa e, percebi agora, uma bandana vermelha amarrada nos cabelos. - Que... É... Isso?

- Socorro! Me tira daqui, socorro! - gritou Spencer, olhando para todos os lados, se levantando. Quando olhou para cima e me viu, pude observar sua expressão de terror. - Hanna! Hanna, o que nós estamos fazendo aqui? Quem são esses?!

- Eu não sei, Spen... - murmurei, sabendo que, mesmo se falasse, ela não conseguiria me ouvir. Uma lágrima escorreu de meu rosto. O que aconteceria agora?

"Olá, Spencer. Deve estar se perguntando o motivo de estar aqui. Você é uma mentirosa, e todos sabem disso. Além do seu incrível poder de roubar namorados e arranjar problemas, também há aquela sua obcessão por ser perfeita em tudo. Superar sua irmã se tornou algo obsessivo, e obsessão... Faz mal. Hoje, vamos ver se você consegue se tornar obsecada também por coisas mais importantes... Como a sua vida."

"Olá, Clarisse. Você sempre foi uma péssima garota. Não recepcionava bem os novos moradores do Acampamento, enfiando a maioria dentro do vaso sanitário. Bem, seu objetivo agora é aniquilar um, para se manter viva. Você, que já matou tantos... Não fará diferença, fará? Ah... Caso ainda não tenha percebido... Todos os seus poderes são anulados neste lugar. E agora, Clarisse?"

"Para uma de vocês sobreviver, tem de matar a outra. Podem usar os instrumentos dentro das gavetas para isto. Apenas uma sairá viva. Mas, cuidado... Se não o fizerem em cinco minutos, a gaiola de vidro com Hanna e Peeta cairá em cima dos espinhos, matando os dois empaladoes  mantendo vocês aqui, presas, para sempre. Viver ou morrer, meninas..."

A sorte era que eu estava abaixada, caso contrário, teria caído. Comecei a tremer, encarando os espinhos logo abaixo de mim. Estava chorando descontrolada de novo. Peeta me abraçou, mas pude sentir ele tremendo também. Olhei para Spencer, que estava assustadíssima, os olhos arregalados. Clarisse mantinha a cabeça baixa, os punhos cerrados, e tremia de ódio. Um relógio se acendeu à um canto, e diminuia progressivamente. Quando percebeu isso, Clarisse disparou até uma das gavetas, abrindo-a e tirou dali... Um machado e várias facas.

- Eu tô a fim de viver... - disse ela, manejando o machado. 

- Não! - gritei, mas Peeta tapou minha boca. Spencer estava mexendo em sua gaveta, e não percebeu Clarisse mirando o machado nela. - Spencer! Spen, acorda, olha! 

O machado voou em direção à barriga de Spencer, o que me fez esconder os olhos nos ombros de Peeta. Logo depois, um berro. Eu não podia olhar, mas precisava... E lá estava, Spencer ensanguentada, cuspindo sangue, com um machado igual ao de Clarisse em mãos... E outro enfiado bem nas costelas. 

- Va... dia... - disse ela, fazendo força para atirar o seu machado contra Clarisse. Esta, num golpe rápido, desviou, a arma batendo na parede. Spencer ofegou, os olhos já fechando. O ferimento era fatal, o machado estava com sua lâmina inteira, quase, enterrada em seu tronco. 

- Eu preciso viver, está bem? Eu prometi isso à Silena, eu... - Clarisse chorava. Spencer cuspiu um monte de sangue no chão, e se sentiu, com a mão no ferimento. Não... Eu também chorava, soluçando nos braços de Peeta. Ninguém se importava mais com o relógio. Clarisse pegou o machado caído e, com um suspiro, o ergueu, mirando em uma Spencer que já estava branca, de tanto perder sangue. - Me desculpe...

- NÃO! - gritei, mas já era tarde demais. Ela havia jogado o objeto. Encostei no vidro, não conseguindo suportar a dor que tinha no peito. O outro machado fora parar paralelo ao outro... Bem no peito de Spencer. Pude ver ela dar seu último suspiro, olhar para mim, piscar lentamente os olhos. E ir.


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Notas finais do capítulo

... Percy Jackson!
Admito que CHOREI escrevendo este capítulo. Ouvindo esta música, então... Foi difícil escrever a primeira morte. Reviews?
Agora só escrevo amanhã, já está tarde e estou morta de cansaço. Beijos no coração de vocês ♥



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